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HIPERTENSAO NA ENFERMAGEM, Notas de estudo de Enfermagem

HIPERTENSAO PARA SAUDE NA ENFERMAGEM

Tipologia: Notas de estudo

2019

Compartilhado em 22/10/2019

pollyanna-mello
pollyanna-mello 🇧🇷

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HIPERTENSÃO
1. HIPERTENSÃO ARTERIAL - INTRODUÇÃO
O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante
toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o
corpo. Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através
dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência
que ele encontra para circular no corpo. Ela pode ser modificada pela variação do
volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da frequência cardíaca
(batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos
hormonais e nervosos que regulam a resistência sanguínea sofrem a influência
pessoal e ambiental.
2. Sintomas: Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando
a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas,
zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal dentre
outros sintomas como:
Dificuldade para respirar;
Cansaço excessivo;
Visão embaçada;
3. Diagnostico: Medir a pressão regularmente é a única maneira de
diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir
a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver casos de pessoas com
pressão alta na família, devem-se medir no mínimo duas vezes por ano.
Como a hipertensão costuma apresentar sintomas apenas quando está em
estágio mais avançado, os portadores tomam consciência quando o
quadro já apresenta alterações no organismo, Para fazer diagnóstico precoce,
é preciso que em todo o atendimento de saúde, seja público ou privado, os
possíveis portadores tenham sua pressão arterial verificada, Também é
possível medir a sua pressão arterial em casa com uso de aparelhos
apropriados.
4. Complicações: Acontecimento ou processo patológico que ocorre durante
a evolução de uma doença.
Acidente Vascular Cerebral (AVC) - Cerca de 80% das pessoas que sofrem
derrame são hipertensas. Assim como ocorre com infarto, a pressão alta pode
levar ao entupimento das artérias do cérebro, provocando um AVC isquêmico.
A hipertensão também pode romper vasos, causando o sangramento que
caracteriza o AVC hemorrágico.
Impotência Sexual - Para acontecer uma ereção, é necessário que o sangue
chegue ao pênis. Quando a hipertensão não está controlada, a pressão
inadequada pode dificultar o fluxo sanguíneo, impedindo a chegada do
sangue ao órgão e, consequentemente a ereção.
Infarto Miocárdio- A pressão alta agride as paredes das artérias, deixando-as
rígidas e causando danos que facilitam o acúmulo de gordura e a formação de
coágulos que podem entupir as artérias do coração. A doença é a principal
causa de pelo menos 40%dos casos de infartos.
Doença Renal Crônica - O aumento da pressão também pode lesionar as
artérias dos rins. A hipertensão é responsável por mais de 30% dos casos de
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HIPERTENSÃO

1. HIPERTENSÃO ARTERIAL - INTRODUÇÃO

O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo. Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo. Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da frequência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sanguínea sofrem a influência pessoal e ambiental.

  1. Sintomas: Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal dentre outros sintomas como:
  • Dificuldade para respirar;
  • Cansaço excessivo;
  • Visão embaçada;
  1. Diagnostico: Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver casos de pessoas com pressão alta na família, devem-se medir no mínimo duas vezes por ano. Como a hipertensão costuma apresentar sintomas apenas quando está em estágio mais avançado, os portadores só tomam consciência quando o quadro já apresenta alterações no organismo, Para fazer diagnóstico precoce, é preciso que em todo o atendimento de saúde, seja público ou privado, os possíveis portadores tenham sua pressão arterial verificada, Também é possível medir a sua pressão arterial em casa com uso de aparelhos apropriados.
  2. Complicações: Acontecimento ou processo patológico que ocorre durante a evolução de uma doença.
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC) - Cerca de 80% das pessoas que sofrem derrame são hipertensas. Assim como ocorre com infarto, a pressão alta pode levar ao entupimento das artérias do cérebro, provocando um AVC isquêmico. A hipertensão também pode romper vasos, causando o sangramento que caracteriza o AVC hemorrágico.
  • Impotência Sexual - Para acontecer uma ereção, é necessário que o sangue chegue ao pênis. Quando a hipertensão não está controlada, a pressão inadequada pode dificultar o fluxo sanguíneo, impedindo a chegada do sangue ao órgão e, consequentemente a ereção.
  • Infarto Miocárdio - A pressão alta agride as paredes das artérias, deixando-as rígidas e causando danos que facilitam o acúmulo de gordura e a formação de coágulos que podem entupir as artérias do coração. A doença é a principal causa de pelo menos 40%dos casos de infartos.
  • Doença Renal Crônica - O aumento da pressão também pode lesionar as artérias dos rins. A hipertensão é responsável por mais de 30% dos casos de

doenças renal crônica, que pode levar à insuficiência renal (quando os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue adequadamente). Em casos graves, há necessidade de transplante.

  • Alterações na Visão - A ocorrência de crise hipertensiva (quando a pressão sobre subitamente) pode causar alteração visual aguada por conta do inchaço do nervo óptico. Além disso, a pressão alta pode favorecer o rompimento ou entupimento dos vasos as retinas, o que pode levar à perda da visão.
  • Tratamento:
  • Exercício físico
  • Fazer uma atividade aeróbica por 20-30 minutos, cinco dias por semana, melhora a condição cardiovascular. Em caso de lesão, praticar uma atividade que evite usar o grupo muscular ou articulação lesionados pode ajudar a manter a disposição física durante a recuperação.
  • Gerenciamento de stress
  • Buscar uma atividade agradável ou verbalizar uma frustração para reduzir o estresse e melhorar a saúde mental.
  • Cessação tabácica
  • Parar de fumar tabaco.
  • Monitor domiciliar de pressão arterial
  • O monitoramento regular da pressão arterial pode ajudar a diagnosticar a pressão alta.
  • Dieta podre em sal
  • Uma dieta que restringe o consumo de sal (cloreto de sódio) e outras formas de sódio a não mais que 2.000 mg por dia
  • Medicamentos
  • Inibidores de ECA
  • Relaxa os vasos sanguíneos, reduz a pressão arterial e previne danos nos rins relacionados ao diabetes.
  • Diurético
  • Aumenta a produção de urina para liberar o excesso de sal e água.
  • Betabloqueador
  • Retarda a frequência cardíaca e diminui a pressão arterial. Quando usado como colírio, reduz a pressão ocular.
  • Anti-hipertensivo
  • Reduz a pressão arterial.
  • (^) Bloqueador de canal de Cálcio
  • Causas da Doença:

A hipertensão arterial: Ela pode ser Primária e Secundaria.

  • Hipertensão primária: A hipertensão arterial sem causa conhecida (anteriormente chamada essencial) é chamada hipertensão primária. Entre 85% e 95% das pessoas com hipertensão arterial têm hipertensão primária. Várias alterações no coração e nos vasos sanguíneos provavelmente se associam para aumentar a pressão arterial. Por exemplo, a quantidade de sangue bombeado por minuto (débito cardíaco) pode estar aumentada e a resistência ao fluxo de sangue também pode estar aumentada, pois os vasos sanguíneos sofrem constrição. O volume de sangue pode estar aumentado

hipertensão tem maior chance de apresentar a doença. Dando relevante importância aos fatores de risco tais como:

  • Obesidade: o excesso de peso tem relação com o aumento da pressão arterial.
  • Bebidas alcoólicas: é fato concreto de que os componentes existentes nas bebidas alcoólicas elevam consideravelmente a pressão arterial.
  • Alimentação: restringir o sal da dieta. Uma alimentação com redução no uso do sal evita a elevação da pressão arterial. A Sociedade Brasileira de Cardiologia orienta uma ingestão diária de sódio entre 2,4 g de sódio ou 6 g de cloreto de sódio, incluindo a alimentação natural e produtos manufaturados.
  • Sedentarismo: o fato de não praticar exercícios físicos adequados leva a sérios problemas na pressão arterial.
  • Estresse: existe uma relação entre a elevação da pressão arterial em condições de estresse, entretanto os mecanismos que elevam a mesma ainda não estão claros.
  • Tabagismo: o tabagismo é grande risco para os pacientes com hipertensão, pois a nicotina aumenta consideravelmente a pressão arterial.
  • Fator Genético: também é visto como um fator de risco importante, pois a hereditariedade aumenta a chance do desenvolvimento da hipertensão arterial.
  • Dislipidemias: A hipercolesterolemia é um dos maiores fatores de risco cardiovascular. A hipertrigliceridemia deve ser tratada com as medidas dietéticas, acrescidas da redução da ingestão de carboidratos simples e de bebidas alcoólicas.
  • Porcentagem:

Em 2018, 24,7% da população que vive nas capitais brasileiras afirmaram ter diagnóstico de hipertensão. Os novos dados Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018) mostram também que a parcela da sociedade mais afetada é formada por idosos: 60,9% dos entrevistados com idade acima de 65 anos disseram ser hipertensos, assim como 49,5% na faixa etária de 55 a 64 anos. Essa última edição da pesquisa foi realizada por telefone com 52.395 pessoas maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro do ano passado. A pesquisa Vigitel 2018 destaca ainda que as pessoas com menor escolaridade são as mais afetadas. Do público com menos de oito anos de estudo, 42,5% disse sofrer com a doença; dos com 9 a 11 de estudo, 19,4%; e 12 ou mais, 14,2%.

As capitais com maior prevalência são Rio de Janeiro (31,2%), Maceió (27,1%); João Pessoa (26,6%); Belo Horizonte (26,5%), Recife (26,5%), Campo Grande (26,0%) e Vitória (25,2%). E as com menores índices: São Luís (15,9%); Porto Velho (18,0%); Palmas e Boa Vista (18,6%).

  • Modo de vida dos pacientes: Adequar à alimentação

Reduzir o consumo de sal Praticar uma atividade física

Manter o peso adequado Administrar o estresse diário

Eliminar o tabagismo O objetivo do cuidado da pessoa com hipertensão arterial é evitar a morte e as complicações, por meio do controle da pressão arterial, permitindo a melhoria da qualidade de vida. Portanto, é imprescindível que o sujeito compreenda o processo da doença e participe da mudança do estilo de vida por meio das atividades de educação em saúde.

  • Prevenção e Restrições: O tratamento da hipertensão é à base de medicamentos controladores, além da adoção de hábitos saudáveis. Esse controle evita o infarto do coração, o derrame cerebral e a paralisação dos rins. Apesar de ser uma disfunção genética, a hipertensão pode ser gerada por hábitos de vida inadequados, como a ingestão excessiva de sal ou de bebida alcoólica, além da obesidade e do sedentarismo. Na maioria das vezes, não apresenta sintomas e apenas com o controle da pressão arterial (PA) é possível atestar sua a incidência.

A primeira forma de prevenção é fazer o acompanhamento dos índices da PA, principalmente se pais, avós ou outros parentes próximos também tenham hipertensão, é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

O consumo dos alimentos pode levar à ingestão de alguns nutrientes que por vezes induzem respostas indesejáveis na pressão arterial e também no sistema cardiovascular. Alimentos considerados de risco, ricos em sódio e gorduras saturadas devem ser evitados. A ingestão de sal é um determinante principal de pressão sanguínea elevada e está associada com o aumento da pressão arterial. Ao mesmo tempo, os alimentos que oferecem proteção devem ser diariamente consumidos, ou seja, alimentos ricos em fibras e potássio.

Estudos apontam que o sal tem papel fundamental na etiologia da hipertensão arterial. A correlação entre o aumento da prevalência de HAS e a ingestão de sal é bastante citada na literatura (COSTA; MACHADO, 2012). Atualmente existem políticas que exigem a redução do sal, principalmente nos produtos industrializados, e as mesmas indicam que este caminho pode ser viável. Porém dados sobre a eficácia e o impacto de tais intervenções continuam a ser limitados nos países em desenvolvimento.

O padrão dietético DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), rico em frutas, hortaliças, fibras, minerais e laticínios com baixos teores de gordura, têm importante impacto na redução da PA. Os benefícios sobre a PA têm sido associados ao alto consumo de potássio, magnésio e cálcio nesse padrão nutricional.

Outros hábitos e mudanças ajudam na diminuição da pressão arterial, como perdas de peso e da circunferência abdominal, pois estas se correlacionam com reduções da PA e melhora de alterações metabólicas associadas. Assim, as metas antropométricas a serem alcançadas são o índice de massa corporal (IMC) menor