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HIGIENE-DO-TRABALHO-III-DIAGRAMADA.pdf, Manuais, Projetos, Pesquisas de Segurança do Trabalho

HIGIENE-DO-TRABALHO-III-DIAGRAMADA.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 30/11/2021

georgeatila
georgeatila 🇧🇷

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Módulo III - Higiene do
Trabalho III - Riscos
Biológicos, PPRRA, LTCAT
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Módulo III - Higiene do

Trabalho III - Riscos

Biológicos, PPRRA, LTCAT

    1. Conceitos Gerais
    • Higiene Ocupacional
    • Risco Biológico
    • Tipos de Risco Biológico
    • Bacterioses
    • Viroses
    • Micoses
    • Verminoses
    • Parasitoses por Protozoário
    • Acaríases
    • Prevenção
    • Ambiente de Trabalho Insalubre
    1. Objetivo da Higiene Ocupacional, PPRA e LTC
    • Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho
    1. Referências Bibliográficas

1. Conceitos Gerais

Fonte: Ventilation Solution^1

Higiene Ocupacional

Higiene Ocupacional, além dis- so experimentada como Higie- ne do Trabalho e Higiene Industrial, é uma matéria que possui o objetivo distinguir, averiguar e administrar os riscos ocupacionais nos locais de trabalho. São agentes ambientais que podem ocasionar doenças e pro- blemas à saúde dos profissionais. Logo, a Higiene Ocupacional visa acastelar, reconhecer, averiguar e controlar os riscos ocupacionais, sendo separadas nas seguintes eta- pas:

(^1) Retirado em http://ventilationsolution.com

Antecipação aos riscos: nessa primeira fase, é fundamental reali- zar a avaliação de riscos potenciais e tomar medidas preventivas antes que quaisquer processos industriais sejam implementados ou modifica- dos. Reconhecimento dos riscos: aqui deve-se dar início à avaliação qualitativa em relação à identifica- ção dos agentes físicos, químicos e biológicos presentes no ambiente de trabalho que possam causar danos à saúde e integridade dos trabalhado- res. Um estudo deve ser realizado sobre as matérias primas, produtos

A

e serviços, métodos e procedimentos de rotina, processos, instalações e equipamentos. Avaliação dos riscos: a avaliação quantitativa dos riscos começa nesta etapa, levando em conta os limites de tolerância previamente estabele- cidos pela NR 15 -Norma Regula- mentadora 15 do Ministério do Tra- balho. Limite de tolerância: “Con- centração ou intensidade, máxima ou mínima relacionada com a natu- reza e o tempo de exposição ao agen- te, que não causará danos à saúde do trabalhador durante sua vida labo- ral.” Controle dos riscos: por fim, a úl- tima fase está ligada à eliminação ou mitigação dos riscos ocupacionais que foram antecipados, reconheci- dos e avaliados no ambiente (LAPA, 2016). Observe que os agentes de ris- cos ocupacionais podem ser separa- dos em cinco categorias: agentes fí- sicos, químicos, biológicos, ergonô- micos e de acidentes coevos no local de trabalho. Esses agentes que po- dem motivas problemas à saúde e à integridade do trabalhador confor- me a sua natureza, quantidade, in- tensidade e período de exposição. Agentes de Riscos físicos: são os criados por máquinas ou condições físicas do ambiente ocupacional. Exemplos: ruídos, vibrações, radia-

ções ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões, umidade. Agentes de Riscos químicos: são riscos derivados de substâncias químicas em estado líquido, sólido ou gasoso e, caso absorvidos pelo or- ganismo, podem gerar reações tóxi- cas aos trabalhadores. Exemplos: poeiras, gases, neblinas, fumos. Né- voas, vapores, substâncias ou pro- dutos químicos em geral. Agentes de Riscos biológicos: os agentes de riscos biológicos po- dem causar doenças devido à conta- minação e pela natureza da ativida- de. Exemplos: vírus, bactérias, pro- tozoários, parasitas, fungos e baci- los. Agentes de Riscos ergonômi- cos: aqueles que podem gerar dis- túrbios psicológicos e fisiológicos, provocando alterações no organis- mo, distúrbios ou lesões musculoes- queléticas e alteração emocional. Exemplos: esforço físico intenso, le- vantamento de peso, postura inade- quada. Situações de estresse, longas jornadas de trabalho e em período noturno, controle rígido de produti- vidade. Monotonia e repetitividade, rotinas intensas, etc. Agentes de Riscos mecânicos ou de acidentes: por último, esses acontecem em função de condições físicas do ambiente de trabalho que podem colocar a saúde e integridade

 Risco 1: são os agentes que causam um baixo risco indivi- dual para o trabalhador e cole- tividade, com baixa probabili- dade de causar uma doença;  Risco 2: são os agentes que causam risco moderado para o trabalhador e baixo para a co- letividade. Podem causar do- enças, mas existem meios efi- cazes para o tratamento e pre- venção;  Risco 3: são os agentes que causam um risco elevado para o trabalhador, e probabilidade de disseminação para a coleti- vidade. Podem causar doenças e infecções graves, e nem sem- pre existem meios eficazes pa- ra o tratamento e prevenção;  Risco 4: são os agentes que causam um risco elevado para o trabalhador, e uma alta pro- babilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças graves, e não existem meios eficazes para tratamento e prevenção (apud, CONECT, 2018).

Nesses episódios, o PPRA pre- cisa conter, ainda, a identificação dos riscos biológicos mais plausíveis para determinada atmosfera de tra- balho, considerando diversos pontos característicos para esses agentes, como:  Vias de transmissão e de en- trada;  Transmissibilidade, patogeni- cidade e virulência;

 Persistência do agente no am- biente;  Estudos epidemiológicos e da- dos estatísticos.

Logo, tudo isso enquadra para corroborar com o empregador e o empregado sobre os riscos que exis- te no ambiente de trabalho, eviden- ciando a probabilidade de exposição a determinados agentes e o que eles podem ocasionar. A norma também articula que o PPRA necessita ser reavaliado pelo menos uma vez por ano ou ainda qualquer ocasião, quando existir de- terminada alteração das condições de trabalho que demude a exposição a riscos biológicos.

Tipos de Risco Biológico

Note que os microrganismos que colaboram para estes riscos são diversos quanto à maneira e função, entretanto, análogas quanto às es- truturas celulares. Desse jeito, são separados em ambos grupos: proca- riontes (bactérias) e eucariontes (al- gas, fungos e protozoários). Logo, os vírus são organismos acelulares, deste modo, não fazem parte neste perfil.

Bacterioses

No acontecimento das bacté- rias, têm muitas doenças que podem

ser conexas à sua presença, indican- do sempre que é imprescindível que o clima seja benigno para sua repro- dução. Desse modo, esses microrga- nismos que causam as doenças a tí- tulo de exemplo são:

Bronquite, doenças sexualmen- te transmissíveis, diarreia, cóle- ra, difteria, disenteria, laringe- te, faringite, infecções estoma- cais, meningite, pneumonia, salmonela, sinusite, tubercu- lose e tétano (EPSSO, 2017).

Viroses

Os vírus são estruturas protei- cas que têm DNA e RNA, que ope- ram como parasitas, implicando mi- crorganismos, plantas e animais. Ocasionam as famigeradas viroses, e as mais corriqueiras são:

Resfriado Comum, Caxumba, Raiva, Rubéola, Sarampo, He- patites, Dengue, Poliomielite, Febre amarela, Varicela ou Ca- tapora, Varíola, Meningite vi- ral, Mononucleose Infecciosa, Herpes, Condiloma, Hantavi- rose, DSTs e AIDS (EPSSO, 2017).

Micoses

Já as micoses são infecções motivadas por fungos, e a micologia é a ciência que estuda este tipo de microrganismo. As micoses corri-

queiras, como a candidíase e derma- fitose, são motivadas por fungos que fazem parte da microbiota natural dos animais, entretanto se aprovei- tam da baixa imunidade de seus hos- pedeiros para se proliferar com maior amplitude. Têm-se diversas espécies de fungos, e os mais triviais são qualifi- cados como cogumelos, mofo e di- morfismos. Desse modo, as princi- pais doenças motivadas por fungos são:

Onicomicos (fungos nas unhas), candidíase (vagina, bo- ca e garganta), mucormicose (pulmões, sistema gastrointes- tinal, pele e cérebro), penicili- ose, pneumocistose (doenças respiratórias), sinusite fúngica (aspergilose), rinossinusite, meningite fúngica e Histoplas- mose (EPSSO, 2017).

Verminoses

Logo, as doenças motivadas por vermes hermafroditas são deno- minadas como verminoses. Esta es- pécie de parasita possui simetria bi- lateral e figura alongado e achatado, diversificando de tamanho entre mi- límetros e centímetros. Logo, as verminoses mais cor- riqueiras:  Ascaridíase, vulgarmente co- nhecida como lombriga;  Teníase, chamada popular- mente de solitária;

agentes físicos, químicos ou biológi- cos, ele pode desenvolver determi- nada doença que o incapacitará para o exercício da função. Se isso acon- tecer, será afastado de seus traba- lhos e, dependendo do tipo e da seri- edade da doença contraída, terá de realizar um tratamento e depois da recuperação que poderá retornar o trabalho. Contudo, observe que se retor- nar para a atividade o trabalhador regressará para o mesmo ambiente onde adquiriu a doença, desta ma- neira, é imaginável que ele fique do mesmo modo doente, mais rápido e mais densamente do que na primei- ra vez, e quem podendo até mesmo permanecer incapacitado por muito mais tempo.

Mas, você deve estar se pergun- tando, por que isto acontece? Porque agindo da maneira co- mo relatamos acima, estaremos apenas tratando a doença do trabalhador (a consequência) e não a causa fundamental que é a exposição ao ambiente insalu- bre (BREVIGLIERO, POSSE- BON, SPINELLI, 2012). Então, conforme você já aprendeu em diversas outras disciplinas, de- vemos trabalhar de forma pre- ventiva, ou seja, devemos tratar o ambiente de trabalho a fim de evitar que os trabalhadores fi- quem doentes. Neste contexto é que entra o estudo da Higiene do Trabalho ou Higiene Ocupa- cional, conforme veremos a se- guir (apud, BELTRAMI E STUMM, 2013).

Avaliação: podendo ser quantita- tiva e/ou qualitativa averigua os agentes físicos, químicos, biológicos presentes nos postos de trabalhos. Demandam-se conhecimentos de analise, que consistem fundamen- talmente na calibração dos equipa- mentos, no período de coleta, na es- pécie de análise química a ser reali- zada. Essa fase abarca ambos ramos da Higiene Ocupacional:

  • Higiene de campo: é respon- sável pela realização do estudo da situação higiênica no ambi- ente de trabalho, pela análise de

postos de trabalho, pela detec- ção de contaminantes, pelo es- tudo e pela recomendação de medidas de controle para redu- zir a intensidade ou a concen- tração dos agentes a níveis acei- táveis, além da coleta de amos- tras e medições dos agentes.

  • Higiene analítica: realiza as análises químicas das amostras coletadas, bem como o cálculo e as interpretações dos dados le- vantados no campo. Assim, por exemplo, uma amostra de po- eira coletada deverá ser anali- sada no Laboratório por difra- tometria de Raios X para deter- minação de sílica livre cristali- zada (SALIBA, 2014).

Fonte: http://slideshare.net

Fonte: http://slideshare.net

Controle: Segundo as informações contraídas nas etapas anteriores, esta fase consiste em propor e seguir medidas que apontam à extinção ou à minimização do risco presente no local. O controle dos agentes ambi- entais versa na adoção de medidas concernentes ao local e ao homem: a. Medidas relativas ao ambiente ou medidas coletivas: são medidas aplicadas na fonte ou na trajetória, tais como substituição do produto tóxico, isolamento das partes polu- entes, ventilação local exaustora, ventilação geral diluidora, limpeza

dos locais de trabalho, entre outras. Essa medida é prioritária. b. Medidas administrativas: compreendem, entre outras, a limi- tação do tempo de exposição, os equipamentos de proteção indivi- dual, a educação e o treinamento, os exames médicos (pré-admissional, periódico e demissional). c. EPI: Não sendo possível o con- trole coletivo ou administrativo ou enquanto essas medidas estiverem sendo implantadas ou, ainda, como complemento de proteção adotada, deve-se utilizar o Equipamento de

com nota nas questões de insalubri- dade, desse modo a sua confecção passa invariavelmente pela observa- ção da NR-15. Logo, será pela NR-15 pode- mos descobrir os limites de tolerân- cia de cada agente nocivo, e bem co- mo os que são apresentado na nor- ma, veja:

 Anexo I - Limites de Tolerân- cia para Ruído Contínuo ou In- termitente;  Anexo II - Limites de Tolerân- cia para Ruídos de Impacto;  Anexo III - Limites de Tole- rância para Exposição ao Ca- lor;  Anexo IV - (Revogado);  Anexo V - Radiações Ionizan- tes;  Anexo VI - Trabalho sob Con- dições Hiperbáricas;  Anexo VII - Radiações Não-Io- nizantes;  Anexo VIII - Vibrações;  Anexo IX - Frio;  Anexo X - Umidade;  Anexo XI - Agentes Químicos Cuja Insalubridade é Caracte- rizada por Limite de Tolerân- cia Inspeção no Local de Tra- balho;  Anexo XII - Limites de Tole- rância para Poeiras Minerais;  Anexo XIII - Agentes Quími- cos;  Anexo XIII A - Benzeno;  Anexo XIV - Agentes Biológi- cos.

Fonte: Saber SST

3. Referências Bibliográficas

IMAGEM DE CAPA:https://www.loss- control.com.br/higiene-ocupacional-e- medicina-do-trabalho

BELTRAMI, Mônica e STUMM, Silvana. Higiene no Trabalho. IFAP, 2013.

CONECT. Riscos biológicos: o que são e qual sua relação com acidentes no traba- lho? CULTURA DE SEGURANÇA, NOR- MAS REGULAMENTADORAS NRS,

EPSSO. Riscos biológicos no ambiente ocupacional. 2017. Retirado em: https://epsso.com.br/2017/11/24/riscos- biologicos-no-ambiente-ocupacional/

HIGIENE OCUPACIONAL. Noções de ventilação industrial. s/a. Retirado em: http://www.higieneocupacio- nal.com.br/download/vent-ind- nocoes.doc.

LAPA, Reginaldo Pedreira. Higiene Ocu- pacional: o que é e para que serve? RIS- KEX, 2016.

PROLIFE. LTCAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho. 2017. Retirado em: https://prolifeengenharia.com.br/servi- cos/ltcat/

PRONACI. Higiene e Segurança no Traba- lho. Ficha Técnica PRONACI Edição 2002. SALIBA, Tuffi Messias. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: avaliação. Beatriz de Freitas Lanza. - 6. ed. - São Paulo: LTr, 2014.

SALIBA, Tuffi Messias; DE FREITAS LANZA, Maria Beatriz. Curso básico de se- gurança e higiene ocupacional. LTr Edito- ra Ltda., 2018.