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Hanseníase: Etiologia, Epidemiologia, Fisiopatologia e Tratamento, Resumos de Infectologia

Este documento fornece informações detalhadas sobre a doença de hanseníase, incluindo sua etiologia, epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. A doença é causada pelo mycobacterium leprae e é transmitida por meio de vias aéreas superiores. Os sinais e sintomas clínicos mais comuns incluem manchas pigmentadas na pele, formigamento, pápulas, tubérculos ou nódulos, diminuição de pelos, pele avermelhada e edema de extremidades. O diagnóstico é clínico e é uma doença de notificação compulsória. O tratamento é feito por meio do sistema único de saúde e inclui a administração de medicamentos como rifampicina, dapsona e clofazimina.

O que você vai aprender

  • Como é transmitida a doença de Hanseníase?
  • O que é a doença de Hanseníase?
  • Quais são os sinais e sintomas clínicos mais comuns da doença de Hanseníase?

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 05/06/2020

thiago-peixoto-31
thiago-peixoto-31 🇧🇷

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Não perca as partes importantes!

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Doença: Hanseníase
Grupo: Micobacteriose
Etiologia
Agente Etiológico: Mycobacterium Leprae
Características: Bacilo, multiplicação lenta (+- 14 dias), longo período de incubação.
Epidemiologia
Incidência:
Sexo:
Faixa Etária: 30 a 59 anos é a faixa etária mais acometida.
Casos:
Letalidade:
Aspectos Ambientais: No Brasil, as áreas mais pobres são mais endêmicas, como Nordeste,
Norte e Centro-oeste, havendo uma relação direta da incidência da doença com comunidades de
baixa renda.
Transmissão
Via Principal: vias aéreas superiores.
Outras vias: soluções de continuidade na pele podem ser via de entrada do bacilo.
Período:
Período de Incubação
Fisiopatologia
Mecanismo de ação: Após a entrada no organismo, o bacilo ocupa dois sítios principais, a pele e
as células de Schwann no SNP. A célula de schwann, diferente dos macrófagos, não tem
capacidade fagocítica natural, dessa forma, o M. leprae consegue multiplicar-se de forma
contínua e permanece protegido dos mecanismos de defesa do indivíduo. A permanência do
bacilo nas células de Schwann pode comprometer os nervos periféricos.
Ciclo:
Fases:
Resposta Imunológica: A defesa contra o bacilo é efetuada pela imunidade celular, entretanto,
sua exacerbação pode se tornar lesiva ao organismo do hospedeiro. Como consequência da ação
das citocinas e mediadores da oxidação, a hanseníase pode apresentar manifestação,
principalmente, em forma de lesões dermatológicas ou neurológicas. As lesões dermatológicas
têm uma característica importante que é a diminuição ou ausência da sensibilidade.
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Doença: Hanseníase Grupo: Micobacteriose Etiologia Agente Etiológico: Mycobacterium Leprae Características: Bacilo, multiplicação lenta (+- 14 dias), longo período de incubação. Epidemiologia Incidência: Sexo: Faixa Etária: 30 a 59 anos é a faixa etária mais acometida. Casos: Letalidade: Aspectos Ambientais: No Brasil, as áreas mais pobres são mais endêmicas, como Nordeste, Norte e Centro-oeste, havendo uma relação direta da incidência da doença com comunidades de baixa renda. Transmissão Via Principal: vias aéreas superiores. Outras vias: soluções de continuidade na pele podem ser via de entrada do bacilo. Período: Período de Incubação Fisiopatologia Mecanismo de ação: Após a entrada no organismo, o bacilo ocupa dois sítios principais, a pele e as células de Schwann no SNP. A célula de schwann, diferente dos macrófagos, não tem capacidade fagocítica natural, dessa forma, o M. leprae consegue multiplicar-se de forma contínua e permanece protegido dos mecanismos de defesa do indivíduo. A permanência do bacilo nas células de Schwann pode comprometer os nervos periféricos. Ciclo: Fases: Resposta Imunológica: A defesa contra o bacilo é efetuada pela imunidade celular, entretanto, sua exacerbação pode se tornar lesiva ao organismo do hospedeiro. Como consequência da ação das citocinas e mediadores da oxidação, a hanseníase pode apresentar manifestação, principalmente, em forma de lesões dermatológicas ou neurológicas. As lesões dermatológicas têm uma característica importante que é a diminuição ou ausência da sensibilidade.

Variações: Seguindo a classificação e Madrid (1953), a hanseníase pode ser categorizada em: Hanseníase indeterminada (paucibacilar) Fase comum para todos os pacientes no inicio da doença, podendo ser perceptível ou não. A lesão de pele geralmente é única, branca lisa, mal delimitada, a qual não coça, não dói, não arde e há uma diminuição da sensibilidade. Não há comprometimento de troncos nervosos nem grau de incapacidade. Evolui espontaneamente para a cura em 75% dos casos (sendo, portanto, importante o diagnóstico clínico). Hanseníase tuberculóide (paucibacilar) Forma na qual o sistema imune é capaz de atuar combatendo a doença. Caracteriza-se, em geral, por lesões únicas, ou em pequeno número, com bordas elevadas e bem delimitadas, sendo o comprometimento neural intenso e localizado. Pode ocorrer a lesão em “ raquete de tênis ”, característica da hanseníase tuberculóide, que consiste em um ramo nervoso espessado, emergindo de uma placa tuberculóide, resultando em perda total da sensibilidade de sua área de inervação. Exames subsidiários raramente são necessários para diagnóstico, pois sempre há perda total de sensibilidade, associada ou não à alteração de função motora , porém, de forma localizada. Hanseníase dimorfa (multibacilar) Caracteriza-se, sobretudo, por evidenciar muitas manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, com bordas elevadas e mal delimitadas na periferia, ou múltiplas lesões bem delimitadas, mas com a borda externa pouco definida. O paciente pode apresentar perda total ou parcial da sensibilidade comprometendo as funções autonômicas. Ocorre após um longo período de incubação (aproximadamente 10 anos) por conta da lenta multiplicação do bacilo (14 dias). É a forma mais comum de apresentação da doença. Hanseníase virchowiana (multibacilar) Trata-se da forma mais contagiosa da doença. Não possui manchas visíveis, a pele se apresenta avermelhada, seca, infiltrada, com poros dilatados (casca de laranja), poupando as áreas quentes. Conforme a doença evolui, é comum surgirem pápulas e nódulos endurecidos, escuros e assintomáticos (hanseomas) , bem como a perda dos pelos faciais, exceto do couro cabeludo. O rosto costuma ser liso, a pele e os olhos ficam ressecados, pés e mãos edemaciados e arroxeados. O suor está diminuído ou ausente de forma generalizada, exceto nas áreas não atingidas pela doença, como couro cabeludo e axilas. Dor nas articulações também são frequentes e os exames reumatológicos costumam dar positivo. Em idosos do sexo masculino são comuns casos

corroboram fortemente para fechar o diagnóstico, podendo ser utilizados o teste da pilocarpina (anidrose) para auxiliar. Laboratório: Exames complementares, como a bacterioscopia e a histopatologia da lesão cutânea são importantes, pois ajudam a classificar o paciente como paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB), orientando o tratamento adequado para cada tipo. Diagnósticos Diferenciais Como diferenciar: Tratamento O tratamento é feito por meio do Sistema Único de Saúde, que tem o dever de disponibilizar gratuitamente todas as medicações a serem utilizadas pelos portadores dessa enfermidade. O tratamento se dá em parte de forma supervisionada (o indivíduo faz o uso da medicação na própria UBS) e em parte de forma autoadministrada (o indivíduo toma a medicação em casa). Estilo de Vida: Medicamentos: Forma Paucibacilar: Duração de 6 a 9 meses. Adultos: Rifampicina : 1 dose de 600 mg mensal Dapsona : 1 dose 100 mg mensal (dose assistida) + 1 dose diária 100 mg (em casa) Criança: Rifampicina: 1 dose de 450 mg mensal Dapsona: 1 dose 50 mg mensal (dose assistida) + 1 dose diária 50 mg (em casa) Forma Multibacilar: Duração de 12 a 18 meses. Adulto Rifampicina : 1 dose mensal de 600 mg Dapsona : 1 dose 100 mg mensal + 1 dose diária 100 mg Clofazimina : 1 dose mensal de 300 mg + 1 dose diária de 50 mg

Criança Rifampicina: 1 dose de 450 mg Dapsona: 1 dose 50 mg mensal + 1 dose diária 50 mg Clofazimina: 1 dose mensal de 150 mg + 1 dose de 50 mg em dias alternados Outros:

Estados reacionais

Reação tipo 1 – Reação Reversa

Comum em paucibacilares, por HTT.

Reagudização de lesões preexistentes – eritematoinfiltrativo + aparecimento de neurites

Entumescimento neural com dor e hiperestesia

Edema de mãos/pés: mão em garra, pé caído.

Tratamento: prednisona 1 a 2 mg/kg/dia até melhora clínica

Reação tipo 2 -

Profilaxia Estilo de Vida:

Imunização: É importante incentivar a vacina BCG para pessoas que tiveram contato

com portadores da Hanseníase, dependendo do quadro vacinal individual.

Outros: Extra