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Guias e Dicas
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Guia Calgary-Cambridge, Manuais, Projetos, Pesquisas de Medicina

Como conversar com um paciente.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 15/10/2019

gutembegr
gutembegr 🇧🇷

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Tabela - Guia Calgary – Cambridge para o processo de
comunicação e entrevista médica modificado.
INICIANDO A SESSÃO
Estabelecendo o contato inicial
1. Cumprimente o paciente e pergunte o seu nome
2. Apresente-se e anuncie o objetivo e a natureza da consulta; obtenha consentimento,
caso necessário
3. Demonstre respeito e interesse; deixe o paciente confortável
Identificando as razões para a consulta
4. Identifique os problemas, os motivos ou questões que o paciente apresenta. Use
questões abertas (“Qual o problema que o traz à consulta ?” ou “Quais os motivos que
o trazem à consulta médica ?” ou “O que esta acontecendo com o senhor ?
5. Ouça atentamente à declaração inicial do paciente, sem interrompê-lo ou dirigi-lo
6. Confirme os problemas principais e estimule a revelação de outros problemas (“Então o
senhor está sentindo dor de cabeça e cansaço. Sente mais algum incômodo ?”)
7. Negocie a agenda levando em conta as necessidades do paciente e as suas
necessidades
REUNINDO AS INFORMAÇÕES
Explorando os problemas do paciente
8. Encoraje o paciente a contar o(s) problema(s), nas suas próprias palavras, desde o
início até o presente
9. Use questões iniciais abertas e posteriormente mude para um questionamento com
questões mais fechadas, sem dirigir as respostas do paciente
10. Ouça atenciosamente, permitindo que o paciente complete suas declarações sem
interrupção. Deixe tempo para que o paciente reflita sobre as suas perguntas antes de
responder e possa prosseguir após breve pausa
11. Use facilitadores verbais e não verbais (encorajamento, silêncio atencioso, repetição,
parafraseando, interpretando)
12. Preste atenção na comunicação verbal e não verbal (linguagem corporal, fala,
expressão facial), nas escapatórias e nas concordâncias
13. Esclareça as declarações do paciente que não estejam claras ou necessitam de
detalhamento
14. Periodicamente, resuma para verificar o seu entendimento sobre o que foi dito; peça
ao paciente que corrija a sua interpretação dos fatos e corrija se necessário
15. Use linguagem clara, concisa, facilmente inteligível para formular as questões e os
comentários; evite ou explique de forma adequada qualquer jargão
16. Estabeleça datas e a sequência de eventos
Habilidades adicionais para o entendimento do ponto de vista do paciente
17. Explore apropriadamente e determine ativamente:
• Ideias do paciente (crenças, causas)
• Preocupações relacionadas aos problemas identificados
Expectativas (objetivos; quais ajudas o paciente espera para cada um dos
problemas)
• Efeitos: como cada problema afetou a vida do paciente
18. Encoraje o paciente a expressar seus sentimentos
PROVIDENCIANDO ESTRUTURA PARA A CONSULTA
Organize de forma clara
19. Resuma ao final de cada linha de questionamento para confirmar o entendimento
antes de passar para a próxima seção
20. Passe de uma seção para outra avisando e explicando o objetivo ao paciente
Preste atenção ao fluxo
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Tabela - Guia Calgary – Cambridge para o processo de

comunicação e entrevista médica modificado.

INICIANDO A SESSÃO

Estabelecendo o contato inicial

  1. Cumprimente o paciente e pergunte o seu nome
  2. Apresente-se e anuncie o objetivo e a natureza da consulta; obtenha consentimento, caso necessário
  3. Demonstre respeito e interesse; deixe o paciente confortável Identificando as razões para a consulta
  4. Identifique os problemas, os motivos ou questões que o paciente apresenta. Use questões abertas (“ Qual o problema que o traz à consulta ?” ou “ Quais os motivos que o trazem à consulta médica? ” ou “ O que esta acontecendo com o senhor?
  5. Ouça atentamente à declaração inicial do paciente, sem interrompê-lo ou dirigi-lo
  6. Confirme os problemas principais e estimule a revelação de outros problemas (“ Então o senhor está sentindo dor de cabeça e cansaço. Sente mais algum incômodo? ”)
  7. Negocie a agenda levando em conta as necessidades do paciente e as suas necessidades REUNINDO AS INFORMAÇÕES Explorando os problemas do paciente
  8. Encoraje o paciente a contar o(s) problema(s), nas suas próprias palavras, desde o início até o presente
  9. Use questões iniciais abertas e posteriormente mude para um questionamento com questões mais fechadas, sem dirigir as respostas do paciente
  10. Ouça atenciosamente, permitindo que o paciente complete suas declarações sem interrupção. Deixe tempo para que o paciente reflita sobre as suas perguntas antes de responder e possa prosseguir após breve pausa
  11. Use facilitadores verbais e não verbais (encorajamento, silêncio atencioso, repetição, parafraseando, interpretando)
  12. Preste atenção na comunicação verbal e não verbal (linguagem corporal, fala, expressão facial), nas escapatórias e nas concordâncias
  13. Esclareça as declarações do paciente que não estejam claras ou necessitam de detalhamento
  14. Periodicamente, resuma para verificar o seu entendimento sobre o que foi dito; peça ao paciente que corrija a sua interpretação dos fatos e corrija se necessário
  15. Use linguagem clara, concisa, facilmente inteligível para formular as questões e os comentários; evite ou explique de forma adequada qualquer jargão
  16. Estabeleça datas e a sequência de eventos Habilidades adicionais para o entendimento do ponto de vista do paciente
  17. Explore apropriadamente e determine ativamente:
  • Ideias do paciente (crenças, causas)
  • Preocupações relacionadas aos problemas identificados
  • Expectativas (objetivos; quais ajudas o paciente espera para cada um dos problemas)
  • Efeitos: como cada problema afetou a vida do paciente
  1. Encoraje o paciente a expressar seus sentimentos PROVIDENCIANDO ESTRUTURA PARA A CONSULTA Organize de forma clara
  2. Resuma ao final de cada linha de questionamento para confirmar o entendimento antes de passar para a próxima seção
  3. Passe de uma seção para outra avisando e explicando o objetivo ao paciente Preste atenção ao fluxo
  1. Estruture a entrevista na sequência lógica

  2. Preste atenção no tempo e mantenha a consulta no foco CONSTRUINDO O RELACIONAMENTO Usando comportamentos não verbais apropriados

  3. Demonstre atitudes não verbais apropriadas:

  • Contato visual, expressão facial
  • Postura, movimentos, posição
  • Elementos vocais, tais como volume, entonação, velocidade
  1. Caso seja necessário tomar notas escritas, faça de maneira a não interferir com o diálogo, com o fluxo de informações ou com a relação. Posteriormente, transcreva a observação na folha do prontuário ou no computador.
  2. Demonstre sinceridade apropriada Desenvolvendo a relação
  3. Aceite a legitimidade da visão e dos sentimentos do paciente; não julgue
  4. Use empatia para comunicar entendimento e reconhecimento dos sentimentos e dificuldades do paciente; reconheça abertamente as visões e sentimentos do paciente
  5. Propicie suporte: expresse preocupação, entendimento, disposição para ajudar; reconheça e apoie os esforços para o autocuidado; ofereça parceria
  6. Use sensibilidade para tratar de assuntos delicados e perturbadores; seja sensível à dor do paciente principalmente quando da realização do exame físico Envolvendo o paciente
  7. Compartilhe pensamentos com o paciente para encorajar o envolvimento mutuo
  8. Explique a razão para determinadas questões ou partes do exame físico que não estão diretamente relacionadas com as queixas
  9. Durante o exame físico, explique o processo e peça permissão EXPLICAÇÕES E PLANEJAMENTO Providenciando a quantidade e o tipo corretos de informação Objetivos: oferecer informações compreensíveis e apropriadas Avaliar as necessidades individuais de informação do paciente Não restringir e não sobrecarregar
  10. Carga e conferência: forneça informações em quantidades assimiláveis; confira o entendimento; use as respostas do paciente como guia para o seu procedimento
  11. Avalie o ponto de partida do paciente: pergunte sobre o conhecimento prévio do paciente antes de fornecer a informação; avalie a extensão do desejo do paciente pelas informações
  12. Pergunte ao paciente quais outras informações seriam úteis (etiologia, prognóstico)
  13. Forneça explicações nos tempos apropriados: evite fornecer conselhos, informações e confirmações prematuramente Ajudando a lembrança acurada e o entendimento Objetivo: facilitar o entendimento e a lembrança da informação pelo paciente
  14. Organize as explicações: divide-as em porções definidas; desenvolva uma sequência lógica
  15. Empregue uma categorização ou sinalização explicita (“ Temos três pontos que gostaria de discutir. Primeiro...”; “Agora, vamos falar sobre... ”)
  16. Use repetição e resumos para reforçar a informação
  17. Empregue linguagem simples, clara e de fácil entendimento: evite jargão
  18. Use métodos visuais para apresentar as informações: diagramas, modelos, panfletos
  19. Verifique se o paciente entendeu a informação fornecida. Peça a ele que repita nas palavras dele Atingindo um entendimento compartilhado Objetivos: providenciar explicações e planos relacionados com a perspectiva do paciente Conhecer os sentimentos e pensamentos do paciente a respeito das informações fornecidas Favorecer a interação no lugar da transmissão de mão-única
  20. Relacione as explicações com a perspectiva do paciente: em relação às idéias, preocupações e expectativas prévias