Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Gramatica da Lingua Portuguesa, Exercícios de Língua Portuguesa

boa gramatica com exercicios

Tipologia: Exercícios

2013

Compartilhado em 09/06/2013

sebastiao-tondholwane-simbine-tondi
sebastiao-tondholwane-simbine-tondi 🇲🇿

5

(3)

4 documentos

1 / 543

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
- nota da ledora - informações úteis: nos exercícios do livro, as lacunas foram
substituídas por abertura e fechamento de parênteses, ex: (). Nos mesmos exercícios,
quando surgem as palavras grifado ou destacado, a expressão ou palavra, recebeu
parênteses visando destacá-la. As notas de ledora visam transformar informações
visual, através da interpretação da
ledora, em complementação de informação para o leitor; as mesmas serão sempre
precedidas de - nota da ledora, e fim da nota; a ledora pede, especial, atenção para a
existência de palavras grafadas erradas, na parte de exercícios, embora a fonética seja
parecida com a grafia correta, as vezes a diferença entre o certo e o errado, é de apenas
uma letra.
- fim da nota.
Gramática da Língua Portuguesa
Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante
editora scipione
DIRETORIA
Luiz Esteves Sallum
Vicente Paz Femandez
José Gallafassi Filho
Antonio Carlos Fiore
GERÊNCIA EDITORIAL
Aurelio Gonçalves Filho
RESPONSABILIDADE EDITORiAL
Angelo Alexandref Stefanovits
ASSISTÊNCIA EDITORIAL
Sandra Cristina Fernandez
REVISÃO
chefia - Sãmia Rios
assistência - Miriam de Carvalho Abões
revisão - Sílvia Cunha, Ana Curci e Dráusio de Paula
GERÊNCIA DE PRODUÇÃO
Gil Naddaf
ARTE
coordenação geral - Sérgio Yutaka Suwaki
edição de arte - Didier D. C. Dias de Moraes
coordenação de arte - Ascensión Rojas
assistência - Joseval Souza Fernandes e Hernani R. Alves
capa e miolo - Ulhôa Cintra Comunicação Visual
ilustrações - Vera Basile
pesquisa iconográfica - Angelo Alexandref Stefanovits,
http://o-coronel.blogspot.com
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
pf51
pf52
pf53
pf54
pf55
pf56
pf57
pf58
pf59
pf5a
pf5b
pf5c
pf5d
pf5e
pf5f
pf60
pf61
pf62
pf63
pf64

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Gramatica da Lingua Portuguesa e outras Exercícios em PDF para Língua Portuguesa, somente na Docsity!

  • nota da ledora - informações úteis: nos exercícios do livro, as lacunas foram substituídas por abertura e fechamento de parênteses, ex: (). Nos mesmos exercícios, quando surgem as palavras grifado ou destacado, a expressão ou palavra, recebeu parênteses visando destacá-la. As notas de ledora visam transformar informações visual, através da interpretação da ledora, em complementação de informação para o leitor; as mesmas serão sempre precedidas de - nota da ledora, e fim da nota; a ledora pede, especial, atenção para a existência de palavras grafadas erradas, na parte de exercícios, embora a fonética seja parecida com a grafia correta, as vezes a diferença entre o certo e o errado, é de apenas uma letra.
  • fim da nota.

Gramática da Língua Portuguesa

Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante

editora scipione DIRETORIA Luiz Esteves Sallum Vicente Paz Femandez José Gallafassi Filho Antonio Carlos Fiore

GERÊNCIA EDITORIAL Aurelio Gonçalves Filho

RESPONSABILIDADE EDITORiAL Angelo Alexandref Stefanovits

ASSISTÊNCIA EDITORIAL Sandra Cristina Fernandez

REVISÃO chefia - Sãmia Rios assistência - Miriam de Carvalho Abões revisão - Sílvia Cunha, Ana Curci e Dráusio de Paula

GERÊNCIA DE PRODUÇÃO Gil Naddaf

ARTE coordenação geral - Sérgio Yutaka Suwaki edição de arte - Didier D. C. Dias de Moraes coordenação de arte - Ascensión Rojas assistência - Joseval Souza Fernandes e Hernani R. Alves capa e miolo - Ulhôa Cintra Comunicação Visual ilustrações - Vera Basile pesquisa iconográfica - Angelo Alexandref Stefanovits,

Lourdes Guimarães, Luciano Carvalho e Edson Rosa

COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO José Antonio Ferraz

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E FOTOLITO Reflexo Fotolito Ltda.

IMPRESSÃO E ACABAMENTO Prol - Editora Gráfica Ltda

Editora Scipione Ltda. MATRIZ Praça Carlos Gomes, 46 01501-040 São Paulo SP e-mail: scipione@br.homeshopping.com.br DIVULGAÇÃO Rua Fagundes, 121 01508-030 São Paulo SP Tel. (011) Caixa Postal 65131 Dados Internacionnais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do LIyro, SP, Brasil ) Cipro Neto, Pasquale: Gram;atica de língua portuguesa, / Pasquale e Ulisses - São Paulo / Scipione, 1998.

  1. Português (2o. grau) - Gramática.
  2. Português, 2o. grau - gramática - problemas, exercícios, etc..
  3. Português - Gramática - (Vestibular). I. Infante, Ulisses. II. Título.
  4. Índice de catálogo sistemático, Gramática: Português: Ensino de 2o. grau 469. 1a. edição 2a. impressão

APRESENTAÇÃO: A Gramática é instrumento fundamental para o domínio do padrão culto da língua. A Gramática, e não as gramatiquices. A Gramática que mostra o lado lógico, inteligente, racional dos processos lingüísticos.

A Gramática que esmiúça a estrutura da frase, do texto.A Gramática que mostra o porquê.

Para o estudo dos variados tópicos gramaticais, este livro toma como referência a chamada língua viva -textos de jornais e revistas, mensagens publicitárias, letras de músicas e obras literárias contemporâneas, sem deixar de lado os clássicos. Boa parte dos textos foi selecionada durante anos de convivência direta com a língua dos meios de comunicação.

O aluno pode sempre praticar o que aprendeu, com exercícios estruturais, com análise e interpretação de textos e com questões dos mais variados e importantes vestibulares de muitas regiões do pais. Queremos que este livro ajude o aluno a desenvolver o senso

Ainda a letra x. As letras e e i. As letras o e u. A letra h. Atividades. Texto para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 4 Acentuação

  1. Conceitos básicos.
  2. Acentuação tônica. Atividades.
  3. Acentuação gráfica. Os acentos. Aspectos genéricos das regras de acentuação. As regras básicas. Atividades. As regras especiais. Hiatos. Ditongos. Formas verbais seguidas de pronomes oblíquos. Acentos diferenciais. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

PARTE 2 - MORFOLOGIA Capítulo 5 Estrutura e formação das palavras

  1. Conceitos básicos. Atividade.
  2. Classificação dos morfemas. Atividade.
  3. Estudo dos morfemas ligados às flexões das palavras. Vogais temáticas. Desinências. Atividade.
  4. Processos de formação das palavras. Derivação. Derivação prefixal ou prefixação. Derivação sufixal ou sufixação. Derivação parassintética ou parassíntese. Derivação regressiva. Derivação imprópria. Prefixos. Atividades. Sufixos. Atividades. Textos para análise. Composição.

Tipos de composição. Atividade. Radicais e compostos eruditos. Atividades. Outros processos de formação de palavras. Abreviação vocabular. Siglonimização. Palavra-valise. Onomatopéia. Outros processos de enriquecimento do léxico. Neologismo semântico. Empréstimos lingüísticos. Atividade. Textos para análise Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 6 Estudo dos verbos (I)

  1. Introdução.
  2. Conceito.
  3. Estrutura das formas verbais.
  4. Flexões verbais. Flexão de número e pessoa. Flexão de tempo e modo. Flexão de voz. Atividades.
  5. Conjugações. Paradigmas dos verbos regulares. Atividades
  6. Formação dos tempos simples. Tempos derivados do presente do indicativo. Atividades. Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo. Atividades. Tempos e formas nominais derivados do infinitivo impessoal. Atividades.
  7. Alguns verbos regulares que merecem destaque. Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 7 Estudo dos verbos (II)

  1. Introdução.
  2. Verbos irregulares. Verbos irregulares apenas na conjugação do presente do indicativo e tempos derivados. Atividades. Verbos irregulares no presente e no pretérito perfeito do indicativo e respectivos tempos derivados. Atividades.

Flexão de gênero. Formação do feminino. Substantivos biformes. Substantivos comuns-de-dois ou comuns de dois gêneros. Substantivos sobrecomuns e epicenos. Substantivos de gênero vacilante. Gênero e mudança de significado. Atividades. Flexão de número. Formação do plural. Substantivos simples. Substantivos compostos. Atividades. Flexão de grau. Formação do grau. Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 10 Estudo dos artigos

  1. Conceito.
  2. Classificação.
  3. Combinações dos artigos. Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 11 Estudo dos adjetivos 244

  1. Conceito.
  2. Classificação. Adjetivos pátrios. Atividades.
  3. Correspondência entre adjetivos e locuções adjetivas. Atividades. 4.Flexões. Flexão de gênero. Adjetivos biformes. Adjetivos uniformes. Flexão de número. Flexão de grau. Comparativo. Superlativo. Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 12 Estudo dos advérbios

  1. Introdução.
  2. Conceito.
  3. Classificação.
  4. Flexão. Grau comparativo. Grau superlativo. Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 13 Estudo dos pronomes

  1. Conceito.
  2. Pronomes pessoais. Pronomes pessoais do caso reto. Pronomes pessoais do caso oblíquo. A segunda pessoa indireta. Atividades.
  3. Pronomes possessivos.
  4. Pronomes demonstrativos. Atividades.
  5. Pronomes relativos. Atividades.
  6. Pronomes indefinidos.
  7. Pronomes interrogativos. Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares, 301.

Capítulo 14 Estudo dos numerais

  1. Conceito.
  2. Quadros de numerais.
  3. Flexões.
  4. Emprego. Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 15 Estudo das preposições

  1. Conceito.
  2. Classificação.
  3. Combinações e contrações. Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 16 Estudo das conjunções

Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 21 Termos acessórios da oração e vocativo

  1. Adjunto adverbial. Atividades.
  2. Adjunto adnominal. Atividades.
  3. Aposto.
  4. O vocativo. Atividade.
  5. Os termos acessórios, o vocativo e a pontuação. Atividade. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 22 Orações subordinadas substantivas

  1. Conceitos básicos. Atividades.
  2. Tipos de orações subordinadas. Atividade.
  3. Estudo das orações subordinadas substantivas. Subjetivas. Objetivas diretas. Objetivas indiretas. Completivas nominais. Predicativas. Apositivas. Atividades.
  4. Pontuação das subordinadas substantivas. Atividade. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 23 Orações subordinadas adjetivas

  1. Estrutura das orações subordinadas adjetivas. Atividade.
  2. Aspectos semânticos: orações restritivas e explicativas. Atividade.
  3. Pronomes relativos: usos e funções. Que. Quem. O qual, os quais, a qual, as quais. Cujo, cuja, cujos, cujas. Onde. Quanto, como, quando.

Atividades.

  1. As orações subordinadas adjetivas e a pontuação. Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 24 Orações subordinadas adverbiais

  1. Introdução. Atividade.
  2. Aspectos semânticos: as circunstâncias. Causa. Conseqüência. Condição. Concessão. Atividades. Comparação. Conformidade. Finalidade. Proporção. Tempo. Atividades.
  3. As orações subordinadas adverbiais e a pontuação. Atividade. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 25 Orações coordenadas

  1. Introdução.
  2. Orações sindéticas e assindéticas.
  3. Classificação das orações coordenadas sindéticas. Aditivas. Adversativas. Alternativas. Conclusivas. Explicativas. Atividades.
  4. As orações coordenadas e a pontuação. Atividade. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capítulo 26 Concordância verbal e nominal

  1. Concordância verbal. Regras básicas: sujeito composto. Atividades. Casos de sujeito simples que merecem destaque. Atividades.

Ao encontro de/de encontro a. A / há na expressão de tempo. Acerca de / há cerca de. Afim / a fim. Demais / de mais. Senão / se não. Na medida em que / à medida que. Atividades.

  1. O uso do hífen. Palavras compostas. Prefixos e elementos de composição. Atividades.
  2. Colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capitulo 29 Significação das palavras Relações de significado entre as palavras. Atividades. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

Capitulo 30 Noções elementares de Estilística

  1. Recursos fonológicos.
  2. Recursos morfológicos.
  3. Recursos sintáticos.
  4. Recursos semânticos. Textos para análise. Questões e testes de vestibulares.

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO GERAL

  • nota da ledora: dois terços da página é ocupado pela fotografia de um quadro, com uma maçã, pintada, e a legenda em francês: Ceci n’est pas une pomme.
  • fim da nota da ledora.

O título deste quadro de René Magritte - Isto não é uma maçã (1964) - destaca o fato de que a sua obra constitui uma mera representação pictórica da realidade, não devendo ser confundida com a própria fruta. Nesta introdução, estudaremos, entre outros tópicos, o signo lingüístico, a representação verbal dos elementos do mundo. Tais signos devem ser combinados segundo regras convencionais para cumprir sua missão comunicativa.

  1. Língua: CONCEITOS BÁSICOS Na origem de toda a atividade comunicativa do ser humano esta a linguagem, que é a capacidade de se comunicar por meio de uma língua. Língua é um sistema de signos

convencionais usados pelos membros de uma mesma comunidade. Em outras palavras: um grupo social convenciona e utiliza um conjunto organizado de elementos representativos.

Um signo lingüístico é um elemento representativo que apresenta dois aspectos: um significante e um significado, unidos num todo indissolúvel. Ao ouvir a palavra árvore, você reconhece os sons que a formam. Esses sons se identificam com a lembrança deles que esta presente em sua memória. Essa lembrança constitui uma verdadeira imagem sonora, armazenada em seu cérebro - é o significante do signo árvore. Ao ouvir essa palavra, você logo pensa num "vegetal lenhoso cujo caule, chamado tronco, só se ramifica bem acima do nível do solo, ao contrário do arbusto, que exibe ramos desde junto ao solo". Esse conceito, que não se refere a um vegetal particular, mas engloba uma ampla gama de vegetais, é o significado do signo árvore - e também se encontra armazenado em seu cérebro.

Ao empregar os signos que formam a nossa língua, você deve obedecer a certas regras de organização que a própria língua lhe oferece. Assim, por exemplo, é perfeitamente possível antepor-se ao signo árvore o signo uma, formando a seqüência uma árvore. Já a seqüência um árvore contraria uma regra de organização da língua portuguesa, o que faz com que a rejeitemos. Perceba, pois, que os signos que constituem a língua obedecem a padrões determinados de organização. O conhecimento de uma língua engloba não apenas a identificação de seus signos, mas também o uso adequado de suas regras combinatórias.

Como a língua é um patrimônio social, tanto os signos como as formas de combiná-los são conhecidos e acatados pelos membros da comunidade que a emprega. Individualmente, cada pessoa pode utilizar a língua de seu grupo social de uma maneira particular, personalizada, desenvolvendo assim a fala (não confunda com o ato de falar; ao escrever de forma pessoal e única você também manifesta a sua fala, no sentido científico do termo). Por mais original e criativa que seja, no entanto, sua fala deve estar contida no conjunto mais amplo que é a língua portuguesa; caso contrário, você estará deixando de empregar a nossa língua e não será mais compreendido pelos membros da nossa comunidade.

Estudar a língua portuguesa é tornar-se apto a utilizá-la com eficiência na produção e interpretação dos textos com que se organiza nossa vida social. Por meio desses estudos, amplia-se o exercício de nossa sociabilidade - e, conseqüentemente, de nossa cidadania, que passa a ser mais lúcida. Ampliam-se também as possibilidades de fruição dos textos, seja pelo simples prazer de saber produzi-los de forma bem-feita, seja pela leitura mais sensível e inteligente dos textos literários. Conhecer bem a língua em que se vive e pensa é investir no ser humano que você é.

  • nota da ledora: quadro em destaque na página: Linguagem - capacidade humana de comunicar por meio de uma língua. Língua - conjunto de signos e formas de combinar esses signos partilhado pelos membros de uma comunidade. Signo - elemento representativo; no caso do signo lingüístico, é a união indissolúvel de um significante e um significado. Fala - uso individual da língua, aberto à criatividade e ao desenvolvimento da liberdade de compreensão e expressão.

uma importância elevada, deslocando o centro de interesse para aquilo que a língua é em detrimento daquilo para que ela serve. Isso ocorre, por exemplo, nos seguintes versos de Fernando Pessoa: "O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo."

3. HISTÓRIA E GEOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA:

A formação, o desenvolvimento e a expansão da língua portuguesa estão obviamente vinculados à história dos povos que a criaram e ainda hoje a empregam e transformam. O português é uma língua neolatina, novilatina ou românica, pois foi formado a partir das transformações verificadas no latim levado pelos dominadores romanos à região da Península Ibérica. Em seu desenvolvimento histórico, podem ser apontados os seguintes períodos:

a) protoportuguês - do século IX ao século XII. A documentação desse período é muito rara: são textos redigidos em latim bárbaro, nos quais se encontram algumas palavras portuguesas;

b) português histórico - do século XII aos dias atuais. Esse período subdivide-se em duas fases:

  • fase arcaica: do século XII até ao século XV. Nessa fase, houve inicialmente uma língua comum ao noroeste da Península Ibérica (regiões da Galiza e norte de Portugal), o galego-português ou galaico-português, fartamente documentado em textos que incluem uma literatura de elevado grau de elaboração (a lírica galego-portuguesa). Com a separação política de Portugal e sua posterior expansão para o sul, o português e o galego se foram individualizando, transformando-se o primeiro numa língua nacional e o segundo num dialeto regional.- fase moderna: do século XVI aos dias atuais. Devemos distinguir o português clássico (séculos XVI e XVII) do português pós- clássico (do século XVIII aos nossos dias). Na época do português clássico, tiveram início os estudos gramaticais e desenvolveu-se uma extensa literatura, em grande parte influenciada por modelos latinos. No período pós-clássico, a língua começou a assumir as características que hoje apresenta. A partir do século XV, as navegações portuguesas iniciaram um longo processo de expansão lingüística. Durante alguns séculos, a língua portuguesa foi sendo levada a várias regiões do planeta por conquistadores, colonos e emigrantes. Atualmente, a situação do português no mundo é aproximadamente a seguinte: a) em alguns países, é a língua oficial, o que lhe confere unidade, apesar da existência de variações regionais e da convivência com idiomas nativos. Incluem-se nesse caso o Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. b) em regiões da Ásia (Macau, Goa, Damão, Diu) e da Oceania (Timor), é falado por uma pequena parcela da população ou deu origem a dialetos.
  • nota da ledora: nesta página, representação cartográfica, dos países que falam português,
  • fim da nota da ledora.
  1. GRAMÁTICA é uma palavra de origem grega formada a partir de grámma, que quer dizer letra. Originalmente, Gramática era o nome das técnicas de escrita e leitura. Posteriormente, passou a designar o conjunto das regras que garantem o uso modelar da língua a chamada Gramática normativa, que estabelece padrões de certo e errado para as formas do idioma. Gramática também é, atualmente, a descrição científica do funcionamento de uma língua. Nesse caso, é chamada de Gramática descritiva.

A Gramática normativa estabelece a norma culta, ou seja, o padrão lingüístico que socialmente é considerado modelar e é adotado para ensino nas escolas e para a redação dos documentos oficiais.Há línguas que não têm forma escrita, como algumas línguas indígenas brasileiras. Nesses casos, o conhecimento lingüístico é transmitido oralmente. As línguas que têm forma escrita, como é o caso do português, necessitam da Gramática normativa para que se garanta a existência de um padrão lingüístico uniforme no qual se registre a produção cultural. Conhecer a norma culta é, portanto, uma forma de ter acesso a essa produção cultural e à linguagem oficial.

DIVISÃO DA GRAMÁTICA

Divide-se a Gramática em: a) Fonologia - estuda os fonemas ou sons da língua e a forma como esses fonemas dão origem às sílabas. Fazem parte da Fonologia a ortoepia ou ortoépia (estudo da articulação e pronúncia dos vocábulos), a prosódia (estudo da acentuação tônica dos vocábulos) e a ortografia (estudo da forma escrita das palavras).

b) Morfologia estuda as palavras e os elementos que as constituem. A Morfologia analisa a estrutura, a formação e os mecanismos de flexão das palavras, além de dividi- las em classes gramaticais.

c) Sintaxe - estuda as formas de relacionamento entre palavras ou entre orações. Divide- se em sintaxe das funções, que estuda a estrutura da oração e do período, e sintaxe das relações, a qual inclui a regência, a colocação e a concordância.

MORFOSSINTAXE

A classificação morfológica de uma palavra só pode ser feita eficientemente se observar sua função nas orações. Esse fato demonstra a profunda interligação existente entre a morfologia e a sintaxe. É por isso que se tem preferido falar atualmente em morfossintaxe, ou seja, a apreciação conjunta da classificação morfológica e da função sintática das palavras. O enfoque morfossintático da língua portuguesa será prioritário neste livro, uma vez que facilita a compreensão de muitos mecanismos da língua.

PARTE 1 - FONOLOGIA CAPÍTULO 2 - FONOLOGIA

  • nota da ledora: um terço da página está ocupado por um anúncio ecológico, português, sobre a visitação de verão aos parques, com os seguintes termos: Troque as bichas pelos bichos. (no cartaz, o desenho de um esquilo)
  • fim da nota da ledora.

i) banho j) obsessão l) obcecado m) queijinho

  1. OS FONEMAS DA LÍNGUA PORTUGUESA Como não há necessariamente correspondência entre as letras e os fonemas, foi criado um sistema de símbolos em que a cada fonema corresponde apenas um símbolo. Esse sistema é o alfabeto fonético, muito usado no ensino de línguas para indicar a forma de pronunciar as palavras.
  • nota da ledora: fotografia do Coliseum, em Roma, com legenda em italiano (com tipos minúsculos., e pequena legenda do postal em português)
  • fim da nota da ledora. Como vemos neste dicionário de italiano, os símbolos fonéticos são usados para indicar a pronúncia das palavras. Em homenagem a este verbete, mostramos ao lado o Coliseu, uma das principais atrações turísticas de Roma, capital da Itália.

A língua portuguesa do Brasil apresenta um conjunto de 33 fonemas, que podem ser identificados no quadro abaixo. A cada um deles corresponde um único símbolo escrito do alfabeto fonético. Por convenção, esses símbolos são colocados entre barras oblíquas.

FONEMAS DA LÍNGUA PORTUGUESA DO BRASIL E SUA TRANSCRIÇÃO FONOLÓGICA, consoantes: Símbolo Exemplo Transcrição fonológica /p/ paca /paka/ /b/ bula /bula/ /t/ tara /tara/ /d/ data /data/ /k/ cara, quero /kara/, /kero/ /g/ gola, guerra /gola/, /gera/ /f/ faca /faka/ /v/ vala /vala/ /s/ sola, assa, moça /sola/, /asa/, /mosa/ /z/ asa, zero /aza/, /zero/ /s/ mecha, xá, /mesa/, /sa/

  • nota da ledora: símbolo representado por uma letra esse alongada, /z/ jaca, gela /jaka/, /gela/
  • nota da ledora: símbolo representado por uma letra zê, de zebra, alongada, lembrando um caractere grego. /m/ mola /mola/ /n/ nata /nata/ /n/ ninho /nino/
  • nota da ledora: letra ene, com a perninha da esquerda mais alongada para baixo, caractere estranho ) /l/ lata /lata/ /Ã/ calha /kaÃa/
  • nota da ledora: este símbolo apresenta-se bastante assemelhado a letra A maiúscula, com til, ou com um símbolo de Pi, grego, porém não é conhecido pela ledora. /r/ Mara /mara/ /R/ rota, carroça /Rota/ , /kaRoja

semi- vogais: cai, põe /kaj/, /pôj/ vogais pau, pão /paw/, /pãw/

Símbolo Exemplo Transcrição fonológica /a/ cá /ka/ /e/ mel /mel/ /e/ seda /seda/ /i/ rica /Rika/ /s/ sola /ssla/ /o/ soma /soma/ /u/ gula /gula/ /ã/ manta, maçã /manta/, /maçã/ /e - til / tenda /t -til - da/ /I - til / cinta /sínta/ /õ/ conta, põe /kõta", /pôj/ /u - til / fundo /fu~do/

  • nota da ledora: a ledora acredita que os fonemas não serão bem traduzidos pelo sistema de sintetizador de voz, devido à grafia que é utilizada para descreve-los, melhor sistema seria o próprio leitor pronunciar as palavras e observar os sons produzidos pelas mesmas.
  • fim da nota da ledora.

Observação: O uso dos símbolos para transcrição fonológica permite-nos perceber com clareza alguns problemas da relação entre fonemas e letras. Note, por exemplo, como o símbolo /k/ transcreve como um mesmo fonema o som representado pela letra c em cara e pelas letras qu em quero.

Os fonemas da língua portuguesa são classificados em vogais, semivogais e consoantes. Esses três tipos de fonemas são produzidos por uma corrente de ar que pode fazer vibrar ou não as cordas vocais. Quando ocorre vibração, o fonema é chamado sonoro; quando não, o fonema é surdo. Além disso, a corrente de ar pode ser liberada apenas pela boca ou parcialmente também pelo nariz. No primeiro caso, o fonema é oral; no segundo, é nasal.

VOGAIS As vogais são fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Em termos práticos, isso significa que em toda sílaba há necessariamente uma única vogal. As diferentes vogais resultam do diferente posicionamento dos músculos bucais (língua, lábios e véu palatino). Sua classificação é feita em função de diversos critérios: a) quanto à zona de articulação, ou seja, de acordo com a região da boca em que se dá a maior elevação da língua; assim, podem ser anteriores, centrais e posteriores; b) pela elevação da região mais alta da língua; podem ser altas, médias e baixas; c) quanto ao timbre; podem ser abertas ou fechadas.