Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Conceitos e gestão em produção e operações, Manuais, Projetos, Pesquisas de Gestão Ambiental

Este documento aborda conceitos fundamentais sobre produção e operação em organizações, incluindo padronização, treinamento, planejamento e controle, além de discutir a relação entre volume e variedade de produção. Também é apresentado o conceito de produção em massa e os diferentes tipos de processos de transformação, como jobbing e produção em lotes. Além disso, é discutida a importância da gestão de unidades de produção e a relação com fatores como custos de energia, transporte e comunidade.

O que você vai aprender

  • Como a relação volume e variedade de produção afeta a operação de uma organização?
  • Por que a gestão de unidades de produção é importante?
  • Como é definida a produção em massa?
  • Quais são os diferentes tipos de processos de transformação?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 06/02/2021

rafaela-ester-1
rafaela-ester-1 🇧🇷

1 documento

1 / 106

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
EaD
1
GES TÃO DA P RODU ÇÃO DE BE NS E SER VIÇO S
UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ
VICE-REITORIA DE GRADUAÇÃO – VRG
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – CEaD
Coleção Educação a Distância
Série Livro-Texto
Ijuí, Rio Grande do Sul, Brasil
2009
Dieter Siedenberg
Fernanda Pasqualini
GESTÃO DA PRODUÇÃO
DE BENS E SERVIÇOS
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
pf51
pf52
pf53
pf54
pf55
pf56
pf57
pf58
pf59
pf5a
pf5b
pf5c
pf5d
pf5e
pf5f
pf60
pf61
pf62
pf63
pf64

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Conceitos e gestão em produção e operações e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Gestão Ambiental, somente na Docsity!

EaD

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ^ GESTÃO DA PRODU ÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

VICE-REITORIA DE GRADUAÇÃO – VRG

COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – CEaD

Coleção Educação a Distância Série Livro-Texto

Ijuí, Rio Grande do Sul, Brasil 2009

Dieter Siedenberg Fernanda Pasqualini

GESTÃO DA PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini  2009, Editora Unijuí Rua do Comércio, 1364 98700-000 - Ijuí - RS - Brasil Fone: (0__55) 3332- Fax: (0__55) 3332- E-mail: editora@unijui.edu.br www.editoraunijui.com.br Editor: Gilmar Antonio Bedin Editor-adjunto: Joel Corso Capa: Elias Ricardo Schüssler Revisão: Véra Fischer Designer Educacional: Tânia Mara Rubin Deutschmann Responsabilidade Editorial, Gráfica e Administrativa: Editora Unijuí da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí; Ijuí, RS, Brasil)

Biblioteca Universitária Mario Osorio Marques – Unijuí^ Catalogação na Publicação: S571g Siedenberg, Dieter. Gestã o d a p rod uçã o de b ens e serviço s / D ieter Siedenberg, Fernanda Pasqualini. – Ijuí : Ed. Unijuí,

  1. – 106 p. : il. – (Coleção educação a distância. Série livro-texto). ISBN 978-85-7429-786-
  2. Administração. 2. Gestão da produção. 3. Gestão da produção - Serviços. 4. Gestão da produção - Bens. I. Pasqualini, Fernanda. II. Título. III. Série. CDU : 658

EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini

  • CONHECENDO OS PROFESSORES ......................................................................................... SumárioSumárioSumárioSumário
  • UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À GESTÃO DA PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
  • Seção 1.1 – O Que é a Gestão da Produção de Bens e Serviços............................................
  • Seção 1.2 – Breve Evolução Histórica da Gestão da Produção
  • Seção 1.3 – Função Produção na Organização
    • 1.3.1 – Modelo de Transformação “ Input – Transformação – Output”
    • 1.3.2 – Tipos de Operações de Produção
    • 1.3.3 – Tipos de Sistemas de Produção
  • Seção 1.4 – Atividades da Gestão da Produção - com Demais Áreas da Organização Seção 1.5 – Papel Estratégico da Produção e Inter-relação
  • UNIDADE 2 – SATISFAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS E DOS CIDADÃOS
  • Seção 2.1 – A Questão da Qualidade
  • Seção 2.2 – Os “Pioneiros da Qualidade”
  • Seção 2.3 – Definições de Qualidade
  • Seção 2.4 – A Gestão da Qualidade Total – TQM
    • 2.4.1 – Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ
    • 2.4.2 – O que é Norma ISO?
    • 2.4.3 – Principais Práticas da Gestão da Qualidade Total
  • Seção 2.5 – A Gestão da Qualidade no Setor Público
    • 2.5.1 – Reconhecimento da Qualidade na Gestão Pública
      • PRODUÇÃO DE BENS E/OU DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ................ UNIDADE 3 – LOCALIZAÇÃO E RE-LOCALIZAÇÃO ORGANIZACIONAL NA
  • Seção 3.1 – Origem dos Conceitos e Instrumentos ...................................................................
  • Seção 3.2 – Perspectivas de Localização e Investimentos .......................................................
  • Seção 3.3 – Finalidades, Contextos e Complexidade da Localização ...................................
  • Seção 3.4 – Passos e Níveis de Decisão ......................................................................................
  • Seção 3.5 – Principais Técnicas de Estudo da Localização ....................................................
    • 3.5.1 – Método da Pontuação Ponderada (ou do Fator Qualitativo) ........................
    • 3.5.2 – Método do Centro de Gravidade .........................................................................
    • 3.5.3 – Método do Centro de Gravidade/Custo .............................................................
    • 3.5.4 – Análise do Ponto de Equilíbrio Localizacional .................................................
  • UNIDADE 4 – LAYOUT E ARRANJO FÍSICO ..........................................................................
  • Seção 4.1 – O Que é Layout ou Arranjo Físico? ........................................................................
    • 4.1.1 – Razões pelas quais as Decisões de Arranjo Físico são Importantes ..............
    • 4.1.2 – Objetivos Gerais de um Bom Arranjo Físico .....................................................
  • Seção 4.2 – Principais Etapas para se Determinar o Arranjo Físico ......................................
  • Seção 4.3 – Efeito Volume X Variedade ......................................................................................
  • Seção 4.4 – Vantagens e Desvantagens .....................................................................................
  • UNIDADE 5 – PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUTOS E SERVIÇOS ............
  • Seção 5.1 – O Que é Planejamento e Controle da Produção .................................................
    • 5.1.1 – Objetivos do PCP ...................................................................................................
  • Seção 5.2 – Natureza do Suprimento e da Demanda ..............................................................
  • Seção 5.3 – Atividades de Planejamento e Controle ................................................................
    • 5.3.1 – Pré-requisitos importantes ao PCP .....................................................................
  • Seção 5.4 – Principais Técnicas de PCP .....................................................................................
    • 5.4.1 – Volume, Variedade e o Nível de Controle x Técnicas de PCP ......................... - Carga de Máquinas, Equipamentos e Pessoas ................................................ UNIDADE 6 – DIMENSIONAMENTO DA CAPACIDADE PRODUTIVA:
  • Seção 6.1 – Alguns Aspectos Históricos e Fundamentos Teóricos .........................................
  • Seção 6.2 – Tipos de Controle ......................................................................................................
  • Seção 6.3 – Definições Básicas e Exemplos ............................................................................... - e da Carga de Mão-de-Obra ................................................................................... Seção 6.4 – Objetivos da Determinação da Carga de Máquina
  • Seção 6.5 – Fatores da Carga de Máquina e Carga de Mão-de-Obra ..................................
  • Seção 6.6 – Determinação da Carga de Máquina e Carga de Mão-de-Obra ......................
  • Seção 6.7 – A Inclusão da Produtividade e da Eficiência .......................................................
  • Seção 6.8 – Cálculo da Carga de Máquina e Carga de Mão-de-Obra
  • REFERÊNCIAS

EaD GESTÃO DA PRODU ÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

Conhecendo os ProfessoresConhecendo os ProfessoresConhecendo os ProfessoresConhecendo os Professores

Dieter Siedenberg

É natural de Ijuí (RS), onde cursou primário, ginásio e cien- tífico. Quase cinquentão, portanto. Concluiu os cursos de Gradu- ação em Administração de Empresas e Ciências Contábeis pela Unijuí, ainda no milênio passado. Da mesma forma, realizou e concluiu seu Mestrado em Planejamento Regional na Universida- de de Karlsruhe (Alemanha), como bolsista do DAAD (Serviço Ale- mão de Intercâmbio Acadêmico) entre 1987 e 1990.

Ingressou na carreira acadêmica em 1990, atuando como docente no Departamento de Estudos da Administração (DEAd), da Unijuí. Entre 1990 e 1995 também atuou numa equipe multidisciplinar mantida por esta mesma instituição, dedicada à elaboração de Planos Diretores de Desenvolvimento, bem como aos estudos sobre o tema e assessoria de planejamento para o desen- volvimento de municípios e regiões.

Em 1996 iniciou seu Doutorado na Universidade de Tübingen (Alemanha), no Institut für Wirtschaftsgeographie, como bolsista da Capes. Nesta etapa de sua qualificação debruçou-se sobre ques- tões relacionadas ao desenvolvimento regional, concluindo seu Doutorado em 2000.

Após seu regresso ao Brasil, retomou as atividades docentes e de pesquisa no DEAd e, pouco tempo depois, passou a atuar também como professor no Programa de Mestrado em Desenvolvi- mento, mantido pela Unijuí, a partir de 2002. Concomitantemente passou a atuar como docente do Programa de Mestrado e Douto- rado em Desenvolvimento Regional, mantido pela UNISC, em Santa Cruz do Sul (RS).

EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini

Desde então a sua vida acadêmica “entrou no tranco”. Es- poradicamente presta assessoria ao Fórum dos Conselhos Regio- nais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, uma vez que suas pesquisas estão direcionadas a questões ligadas ao planejamento e desenvolvimento regional, gestão pública, cidadania e temas afins. Em função disto, possui alguns livros, capítulos de livros e artigos, publicados, bem como trabalhos apresentados sobre estes temas, participando ainda de grupos de pesquisa e orientando graduandos, mestrandos e doutorandos sobre assuntos correlatos.

É descendente não-fanático de alemães (mas também, com esse nome!), casado com Solange Siedenberg, professora, dois fi- lhos (estoque humano reposto), todos gremistas. A sua ficha aca- dêmica está no Lattes, atualizada por força das circunstâncias pro- fissionais. E, se depois de tudo isso a curiosidade ainda não estiver estancada, o negócio é perguntar diretamente...

EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini

ro de 2009 surgiu a oportunidade de voltar à vida acadêmica, ago- ra como docente, na Unijuí. Esta nova fase tem sido muito gratifi- cante, pois é muito bom poder retornar à instituição em que me formei e agora fazer parte do processo de formação de novos profis- sionais!

EaD GESTÃO DA PRODU ÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

Unidade 1Unidade 1Unidade 1Unidade 1

INTRODUÇÃO À GESTÃO DA PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

Esta unidade tem como objetivo introduzir os conceitos de Gestão da Produção de Bens e Serviços. Dessa forma, iremos estudar o que é a Gestão de Operações além de conhe- cer um pouco da sua trajetória histórica. Aprofundando o assunto, vamos entender o que é a Função Produção, quais as suas características, seus objetivos, suas atividades principais e, finalmente, sua relação com as demais áreas da organização.

AS SEÇÕES DESTA UNIDADE

Seção 1.1 – O Que é a Gestão da Produção de Bens e Serviços

Seção 1.2 – Breve Evolução Histórica da Gestão da Produção

Seção 1.3 – Função Produção na Organização

Seção 1.4 – Atividades da Gestão da Produção

Seção 1.5 – Papel Estratégico da Produção e Inter-relação com demais Áreas da Organização

Seção 1.

O Que é a Gestão da Produção de Bens e Serviços

Na maioria das vezes a designação de Gestão da Produção ou de Administração da Produção é confundida com a atividade fabril. Ao ouvi-la, logo imagina-se um local cheio de máquinas, pessoas andando de um lado para o outro, produtos sendo fabricados, vagões ferroviários ou caminhões sendo carregados e descarregados e assim por diante. Não resta

EaD GESTÃO DA PRODU ÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

ços para suas encomendas. A produção artesanal também evoluiu. Os artesãos, diante do grande número de encomendas, começaram a contratar ajudantes, que inicialmente faziam apenas os trabalhos mais grosseiros e de menor responsabilidade, e, à medida que aprendi- am o ofício, tornavam-se novos artesãos.

Em 1776 James Watt vendeu seu primeiro motor a vapor na Inglaterra (instalado, inicialmente, em fábricas de artefatos de ferro e aço), disparando assim a chamada Primeira Revolução Industrial e substituindo, gradativamente, o produção artesanal. De acordo com Correa (2003), esta Primeira Revolução Industrial mudou completamente a face da indús- tria, com uma crescente mecanização das tarefas anteriormente executadas de forma ma- nual. Avanços tecnológicos importantes facilitaram a substituição de mão-de-obra por ca- pital e permitiram o desenvolvimento de economias de escala, tornando interessante o esta- belecimento de “unidades fabris”.

A Figura 1 retrata bem esta mudança na face da indústria; ela mostra Charles Chaplin no filme “Tempos Modernos”, no qual representa um operário que fica alienado pelo traba- lho cada vez mais mecanizado.

Figura 1: Charles Chaplin no filme Tempos Modernos Fonte: <www.images.google.com.br>.

EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini

Com isso surgem novos conceitos como:

  • padronização dos produtos;
  • padronização dos processos de fabricação;
  • treinamento e habilitação da mão-de-obra direta;
  • criação e desenvolvimento dos quadros gerenciais e de supervisão;
  • desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle da produção;
  • desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle financeiro;
  • desenvolvimento de técnicas de vendas.

Muitos destes conceitos que hoje parecem óbvios, não o eram na época. O conceito de padronização de componentes, por exemplo, introduzido por Eli Whitney, em 1790, quando conduziu a produção de mosquetes com peças intercambiáveis, forneceu uma grande van- tagem operacional aos exércitos. Teve início o registro, por meio de desenhos e croquis, dos produtos e processos fabris, surgindo a função de projeto de produto, de processos, de insta- lações, de equipamentos, etc.

No fim do século 19 surgiram, nos Estados Unidos, os trabalhos de Frederick Taylor. Taylor era um estudioso das formas de aumentar a produtividade em processos produtivos. Sua intenção era claramente ligada à eficiência: fazer mais produtos com menos recursos. Para tanto, desenvolveu a chamada Administração Científica, que consiste basicamente em quebrar as tarefas em subtarefas elementares e trabalhar excessivamente para tornar cada uma dessas tarefas mais eficiente.

A Figura 2 apresenta as principais idéias de Taylor.

EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini

  • monotonia do trabalho;
  • arranjo físico ou layout;
  • balanceamento de linha;
  • produtos em processo;
  • motivação;
  • sindicatos;
  • manutenção preventiva.

A idéia de Ford era de construir carros não somente para pessoas ricas, mas para qual- quer trabalhador. Dessa idéia surgiu o modelo Ford T, conforme mostra a figura a seguir:

Figura 3: Ford T Fabricado em 1908 Fonte: <www.webmotors.com.br>.

Tedlow (2002, apud Correa, 2003, p. 46) cita uma declaração de Ford que demonstra bem a idéia que norteava suas ações no início de sua carreira como fabricante de carros:

Construirei um carro para as grandes massas, feito com os melhores materiais, pelos melhores homens que puderem ser contratados e seguindo os projetos mais simples que a moderna enge- nharia puder conceber [...] de preço tão baixo que qualquer homem que ganhe um bom salário seja capaz de possuir – e de desfrutar com a sua família a benção das horas de prazer nos grandes espaços abertos da natureza.

EaD GESTÃO DA PRODU ÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

A produção em massa aumentou de maneira fantástica a produtividade e a quali- dade e, em razão da padronização, os produtos eram bem mais uniformes. O conceito de produção em massa e as técnicas produtivas dele decorrentes predominaram até meados da década de 60, quando surgiram novas técnicas produtivas que vieram a caracterizar a chamada produção enxuta. A produção enxuta introduziu, entre outros, os seguintes

conceitos:

  • just-in-time ;
  • kanban;
  • fluxo e nivelamento da produção;
  • eliminação de desperdícios;
  • células de produção;
  • melhoria contínua;
  • benchmarking.

Ao longo desse processo de modernização da produção, cresce em importância a figu- ra do cliente, em nome do qual tudo se tem feito. Pode-se dizer que a procura da satisfação do consumidor é que tem levado as organizações a se atualizarem com novas técnicas de produção, cada vez mais eficazes, eficientes e de alta produtividade. É tão grande a atenção

dispensada ao cliente que este, em muitos casos, já especifica em detalhes o “seu” produto, sem que isso atrapalhe os processo de produção, tamanha a flexibilidade. Assim, estamos caminhando para a produção customizada, que, sob certos aspectos, é um retorno à produ- ção artesanal, sem a figura do artesão, mas aliada às modernas técnicas e tecnologias da produção em massa e da produção enxuta.

EaD GESTÃO DA PRODU ÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

Quadro 1: Atividades das Funções de Algumas Organizações Fonte: Adaptação de Slack et al, 2008, p. 33.

1.3.1 – MODELO DE TRANSFORMAÇÃO “ INPUT

- TRANSFORMAÇÃO – OUTPUT”

Qualquer operação produz bens ou serviços, ou um misto dos dois, e faz isso por um processo de transformação. Por trans- formação entende-se o uso de recursos para mudar o estado ou condição de algo para produzir outputs.

Os recursos de input podem ser classificados como de trans- formação (instalações e funcionários), que agem em direção aos recursos transformados (materiais, informações e clientes) que são, de algum modo, modificados pela produção.

Input Significa “entradas”.

Outputs Significa “saídas”.

EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini

Já os outputs são um composto de bens e serviços, embora algumas operações sejam produtoras de bens puros ou de serviços puros.

Assim sendo, qualquer atividade de produção pode ser vista conforme o modelo input - tranformação- output , como representado na Figura a seguir.

Figura 4: Modelo de Transformação Fonte: Adaptação de Slack et al, 2008, p. 36.

O Quadro seguinte apresenta alguns exemplos de operações descritas em termos do modelo de transformação. Analise cada exemplo e preencha o campo em branco com a organização que você trabalha ou que você conhece.