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Este documento aborda conceitos fundamentais sobre produção e operação em organizações, incluindo padronização, treinamento, planejamento e controle, além de discutir a relação entre volume e variedade de produção. Também é apresentado o conceito de produção em massa e os diferentes tipos de processos de transformação, como jobbing e produção em lotes. Além disso, é discutida a importância da gestão de unidades de produção e a relação com fatores como custos de energia, transporte e comunidade.
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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EaD
Coleção Educação a Distância Série Livro-Texto
Ijuí, Rio Grande do Sul, Brasil 2009
Dieter Siedenberg Fernanda Pasqualini
GESTÃO DA PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini 2009, Editora Unijuí Rua do Comércio, 1364 98700-000 - Ijuí - RS - Brasil Fone: (0__55) 3332- Fax: (0__55) 3332- E-mail: editora@unijui.edu.br www.editoraunijui.com.br Editor: Gilmar Antonio Bedin Editor-adjunto: Joel Corso Capa: Elias Ricardo Schüssler Revisão: Véra Fischer Designer Educacional: Tânia Mara Rubin Deutschmann Responsabilidade Editorial, Gráfica e Administrativa: Editora Unijuí da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí; Ijuí, RS, Brasil)
Biblioteca Universitária Mario Osorio Marques – Unijuí^ Catalogação na Publicação: S571g Siedenberg, Dieter. Gestã o d a p rod uçã o de b ens e serviço s / D ieter Siedenberg, Fernanda Pasqualini. – Ijuí : Ed. Unijuí,
EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini
EaD GESTÃO DA PRODU ÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
É natural de Ijuí (RS), onde cursou primário, ginásio e cien- tífico. Quase cinquentão, portanto. Concluiu os cursos de Gradu- ação em Administração de Empresas e Ciências Contábeis pela Unijuí, ainda no milênio passado. Da mesma forma, realizou e concluiu seu Mestrado em Planejamento Regional na Universida- de de Karlsruhe (Alemanha), como bolsista do DAAD (Serviço Ale- mão de Intercâmbio Acadêmico) entre 1987 e 1990.
Ingressou na carreira acadêmica em 1990, atuando como docente no Departamento de Estudos da Administração (DEAd), da Unijuí. Entre 1990 e 1995 também atuou numa equipe multidisciplinar mantida por esta mesma instituição, dedicada à elaboração de Planos Diretores de Desenvolvimento, bem como aos estudos sobre o tema e assessoria de planejamento para o desen- volvimento de municípios e regiões.
Em 1996 iniciou seu Doutorado na Universidade de Tübingen (Alemanha), no Institut für Wirtschaftsgeographie, como bolsista da Capes. Nesta etapa de sua qualificação debruçou-se sobre ques- tões relacionadas ao desenvolvimento regional, concluindo seu Doutorado em 2000.
Após seu regresso ao Brasil, retomou as atividades docentes e de pesquisa no DEAd e, pouco tempo depois, passou a atuar também como professor no Programa de Mestrado em Desenvolvi- mento, mantido pela Unijuí, a partir de 2002. Concomitantemente passou a atuar como docente do Programa de Mestrado e Douto- rado em Desenvolvimento Regional, mantido pela UNISC, em Santa Cruz do Sul (RS).
EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini
Desde então a sua vida acadêmica “entrou no tranco”. Es- poradicamente presta assessoria ao Fórum dos Conselhos Regio- nais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, uma vez que suas pesquisas estão direcionadas a questões ligadas ao planejamento e desenvolvimento regional, gestão pública, cidadania e temas afins. Em função disto, possui alguns livros, capítulos de livros e artigos, publicados, bem como trabalhos apresentados sobre estes temas, participando ainda de grupos de pesquisa e orientando graduandos, mestrandos e doutorandos sobre assuntos correlatos.
É descendente não-fanático de alemães (mas também, com esse nome!), casado com Solange Siedenberg, professora, dois fi- lhos (estoque humano reposto), todos gremistas. A sua ficha aca- dêmica está no Lattes, atualizada por força das circunstâncias pro- fissionais. E, se depois de tudo isso a curiosidade ainda não estiver estancada, o negócio é perguntar diretamente...
EaD Dieter Siedenberg – F ernand a Pa squ alini
ro de 2009 surgiu a oportunidade de voltar à vida acadêmica, ago- ra como docente, na Unijuí. Esta nova fase tem sido muito gratifi- cante, pois é muito bom poder retornar à instituição em que me formei e agora fazer parte do processo de formação de novos profis- sionais!
EaD GESTÃO DA PRODU ÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
Esta unidade tem como objetivo introduzir os conceitos de Gestão da Produção de Bens e Serviços. Dessa forma, iremos estudar o que é a Gestão de Operações além de conhe- cer um pouco da sua trajetória histórica. Aprofundando o assunto, vamos entender o que é a Função Produção, quais as suas características, seus objetivos, suas atividades principais e, finalmente, sua relação com as demais áreas da organização.
Seção 1.1 – O Que é a Gestão da Produção de Bens e Serviços
Seção 1.2 – Breve Evolução Histórica da Gestão da Produção
Seção 1.3 – Função Produção na Organização
Seção 1.4 – Atividades da Gestão da Produção
Seção 1.5 – Papel Estratégico da Produção e Inter-relação com demais Áreas da Organização
Na maioria das vezes a designação de Gestão da Produção ou de Administração da Produção é confundida com a atividade fabril. Ao ouvi-la, logo imagina-se um local cheio de máquinas, pessoas andando de um lado para o outro, produtos sendo fabricados, vagões ferroviários ou caminhões sendo carregados e descarregados e assim por diante. Não resta
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ços para suas encomendas. A produção artesanal também evoluiu. Os artesãos, diante do grande número de encomendas, começaram a contratar ajudantes, que inicialmente faziam apenas os trabalhos mais grosseiros e de menor responsabilidade, e, à medida que aprendi- am o ofício, tornavam-se novos artesãos.
Em 1776 James Watt vendeu seu primeiro motor a vapor na Inglaterra (instalado, inicialmente, em fábricas de artefatos de ferro e aço), disparando assim a chamada Primeira Revolução Industrial e substituindo, gradativamente, o produção artesanal. De acordo com Correa (2003), esta Primeira Revolução Industrial mudou completamente a face da indús- tria, com uma crescente mecanização das tarefas anteriormente executadas de forma ma- nual. Avanços tecnológicos importantes facilitaram a substituição de mão-de-obra por ca- pital e permitiram o desenvolvimento de economias de escala, tornando interessante o esta- belecimento de “unidades fabris”.
A Figura 1 retrata bem esta mudança na face da indústria; ela mostra Charles Chaplin no filme “Tempos Modernos”, no qual representa um operário que fica alienado pelo traba- lho cada vez mais mecanizado.
Figura 1: Charles Chaplin no filme Tempos Modernos Fonte: <www.images.google.com.br>.
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Com isso surgem novos conceitos como:
Muitos destes conceitos que hoje parecem óbvios, não o eram na época. O conceito de padronização de componentes, por exemplo, introduzido por Eli Whitney, em 1790, quando conduziu a produção de mosquetes com peças intercambiáveis, forneceu uma grande van- tagem operacional aos exércitos. Teve início o registro, por meio de desenhos e croquis, dos produtos e processos fabris, surgindo a função de projeto de produto, de processos, de insta- lações, de equipamentos, etc.
No fim do século 19 surgiram, nos Estados Unidos, os trabalhos de Frederick Taylor. Taylor era um estudioso das formas de aumentar a produtividade em processos produtivos. Sua intenção era claramente ligada à eficiência: fazer mais produtos com menos recursos. Para tanto, desenvolveu a chamada Administração Científica, que consiste basicamente em quebrar as tarefas em subtarefas elementares e trabalhar excessivamente para tornar cada uma dessas tarefas mais eficiente.
A Figura 2 apresenta as principais idéias de Taylor.
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A idéia de Ford era de construir carros não somente para pessoas ricas, mas para qual- quer trabalhador. Dessa idéia surgiu o modelo Ford T, conforme mostra a figura a seguir:
Figura 3: Ford T Fabricado em 1908 Fonte: <www.webmotors.com.br>.
Tedlow (2002, apud Correa, 2003, p. 46) cita uma declaração de Ford que demonstra bem a idéia que norteava suas ações no início de sua carreira como fabricante de carros:
Construirei um carro para as grandes massas, feito com os melhores materiais, pelos melhores homens que puderem ser contratados e seguindo os projetos mais simples que a moderna enge- nharia puder conceber [...] de preço tão baixo que qualquer homem que ganhe um bom salário seja capaz de possuir – e de desfrutar com a sua família a benção das horas de prazer nos grandes espaços abertos da natureza.
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A produção em massa aumentou de maneira fantástica a produtividade e a quali- dade e, em razão da padronização, os produtos eram bem mais uniformes. O conceito de produção em massa e as técnicas produtivas dele decorrentes predominaram até meados da década de 60, quando surgiram novas técnicas produtivas que vieram a caracterizar a chamada produção enxuta. A produção enxuta introduziu, entre outros, os seguintes
conceitos:
Ao longo desse processo de modernização da produção, cresce em importância a figu- ra do cliente, em nome do qual tudo se tem feito. Pode-se dizer que a procura da satisfação do consumidor é que tem levado as organizações a se atualizarem com novas técnicas de produção, cada vez mais eficazes, eficientes e de alta produtividade. É tão grande a atenção
dispensada ao cliente que este, em muitos casos, já especifica em detalhes o “seu” produto, sem que isso atrapalhe os processo de produção, tamanha a flexibilidade. Assim, estamos caminhando para a produção customizada, que, sob certos aspectos, é um retorno à produ- ção artesanal, sem a figura do artesão, mas aliada às modernas técnicas e tecnologias da produção em massa e da produção enxuta.
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Quadro 1: Atividades das Funções de Algumas Organizações Fonte: Adaptação de Slack et al, 2008, p. 33.
1.3.1 – MODELO DE TRANSFORMAÇÃO “ INPUT
- TRANSFORMAÇÃO – OUTPUT”
Qualquer operação produz bens ou serviços, ou um misto dos dois, e faz isso por um processo de transformação. Por trans- formação entende-se o uso de recursos para mudar o estado ou condição de algo para produzir outputs.
Os recursos de input podem ser classificados como de trans- formação (instalações e funcionários), que agem em direção aos recursos transformados (materiais, informações e clientes) que são, de algum modo, modificados pela produção.
Input Significa “entradas”.
Outputs Significa “saídas”.
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Já os outputs são um composto de bens e serviços, embora algumas operações sejam produtoras de bens puros ou de serviços puros.
Assim sendo, qualquer atividade de produção pode ser vista conforme o modelo input - tranformação- output , como representado na Figura a seguir.
Figura 4: Modelo de Transformação Fonte: Adaptação de Slack et al, 2008, p. 36.
O Quadro seguinte apresenta alguns exemplos de operações descritas em termos do modelo de transformação. Analise cada exemplo e preencha o campo em branco com a organização que você trabalha ou que você conhece.