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O terceiro setor assume hoje um papel importante dentro da sociedade, executando tarefas onde os demais setores não apresentam resultados sociais efetivos. Independentemente do tipo da empresa (seja ela pública ou privada), seus recursos financeiros, humanos e materiais são limitados.
Tipologia: Teses (TCC)
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Resumo: O terceiro setor assume hoje um papel importante dentro da sociedade, executando tarefas onde os demais setores não apresentam resultados sociais efetivos. Independentemente do tipo da empresa (seja ela pública ou privada), seus recursos financeiros, humanos e materiais são limitados. Por isso, é essencial identificar e priorizar a gestão de projetos no terceiro setor, que proporcionarão maiores ganhos e que realmente estejam alinhados aos objetivos estratégicos da organização. Só assim é possível garantir o uso equilibrado de tais recursos. Observou-se que estas organizações usualmente captam recursos por meio de projetos como principal forma de atingir seus objetivos institucionais Mas após essa ponderação começa outra fase fundamental: a gestão dos projetos selecionados, ou seja, gestão de projetos no terceiro setor. Os esforços passam a se concentrar, então, no atendimento às estimativas de custo, tempo, escopo e qualidade, além da necessária atenção às expectativas e necessidades dos stakeholders. E é aí que entram as técnicas e melhores práticas em gerenciamento de projetos, parte imprescindível para o sucesso também das organizações do Terceiro Setor. Este artigo tem por objetivo analisar e discutir, por meio de pesquisa bibliográfica e documental e estudo de caso, a utilização do gerenciamento de projetos como ferramenta estratégica no contexto de atuação de organizações do terceiros setor. Atualmente, a utilização empírica das técnicas de projeto por partes das entidades do terceiro setor restringe-se somente ao momento inicial, no qual profissionais especializados são contratados para elaborar os projetos. Os resultados do estudo mostraram que estas entidades têm um longo caminho a percorrer em termos de sistematização e gerenciamento de seus projetos, o que poderia se reverter em melhores condições para a realização da missão a que se propõem. Palavras chave: Terceiro Setor, Estratégia, Gerenciamento de Projetos Introdução Um dos maiores obstáculos para as organizações do setor terciário está na estruturação de processos e na determinação de uma metodologia para o gerenciamento dos projetos. Surge, nesse âmbito, um ponto em comum entre as organizações do Terceiro Setor e as demais empresas: não existe uma receita pronta. A verdade é que cada organização tem seus valores, sua cultura, sua história e suas peculiaridades (organizacionais, hierárquicas e processuais). Com o passar do tempo, elas tendem a consolidar alguns modelos que carecem apenas de poucas adaptações. Mas é possível dizer que, infelizmente, esse processo ainda está em seu estágio inicial no Terceiro Setor. Exatamente por isso, uma corrente de estudiosos, pesquisadores, autores e instituições voltaram sua atenção para a
gestão de projetos no Terceiro Setor nos últimos anos; Michael Porter (1996) define a estratégia competitiva como ser diferente. Ainda que não sejam instituições que visam lucro, as organizações do terceiro setor têm objetivos e metas a alcançar, através de seus serviços prestados, e, por isso, devem buscar meios para financiar suas próprias atividades, ou seja, mesmo sendo “sem fins lucrativos”, estas organizações precisam de sustentabilidade, fator que as obriga a pensar em estratégias utilizadas rotineiramente nas instituições que visam o lucro.
pessoas físicas e jurídicas façam doações em dinheiro, sorteios, e financiamento de projetos culturais por meio de leis de incentivo, como a Lei Rouanet.
do terceiro setor, o processo decisório não possui a mesma racionalidade, visto que a sobrevivência destas é garantida por fatores que não a autonomia gerencial sobre a ambiência externa; e, por fim, a capacidade de adaptação, onde a eficácia das organizações depende de sua capacidade de adaptação e resposta rápida às novas demandas. Ainda segundo o autor, outra característica do terceiro setor é a existência de múltiplos stakeholders com seus diversos interesses: mantenedores (financiadores), beneficiários das ações e o governo (como regulador das ações). Isso pode resultar em uma autonomia administrativa menor em comparação com a dos administradores de organizações com fins lucrativos.
Para que o gerenciamento de projetos do terceiro setor seja eficiente, a criação e a implementação desses projetos necessitam de sistematização. Desta maneira, as fases do projeto devem apresentar um encadeamento de ações que leve aos resultados esperados pelas organizações e também pelo seus financiadores. O gerenciamento de projetos é uma atividade que trata do planejamento, da execução e do controle de projetos, e sua aplicação ao longo de todo o trabalho permite a avaliação do desempenho, as lições aprendidas e a antecipação do desempenho futuro com alguma confiabilidade. Estes processos são guiados por algumas ferramentas de gerenciamento de projetos. Um destes modelos é o Scrum, conhecido como modelo ágil de gerenciamento de projetos, onde as equipes têm mais autonomia e se auto organizam para decidir a melhor maneira de conduzir o projeto, no menor tempo possível, e sem sair do orçamento (SCRUM, 2010). Sendo assim, as organizações de terceiro setor necessitam de ferramentas para planejar, executar e controlar seus projetos, garantindo o atendimento de seus acordos e resultados positivo s em seu balanço social, e é aqui que entra a parceria estratégica entre o Gerenciamento de Projetos e o Terceiro Setor.
estratégias em resultados pelas boas práticas de gestão de processos e ferramentas. Devido a sua importância estas questões não podem continuar sendo administradas apenas pela boa vontade. É necessário adquirir habilidades e metodologias atualizadas na fronteira do conhecimento, para que o desempenho superior seja alcançado. As entidades devem estar atentas à necessidade de utilizar todas as ferramentas inovadoras de gestão para não se perder em processos administrativos burocráticos e muitas vezes ineficientes. O caminho das boas práticas de gestão aponta para novos modelos de gestão que possibilitem às entidades adquirir a flexibilidade e desempenho profissional no cumprimento de sua missão.
ÁVILA, C.(org.) Gestão de Projetos Sociais.Coleção Gestores Sociais. São Paulo: AAPCS,
FALCONER, A. A promessa do terceiro setor: um estudo sobre a construção do papel das organizações sem fins lucrativos e de seu campo de gestão. Disponível: < http://www.lasociedadcivil.org/docs/ciberteca/andres_falconer.pdf> Texto original criado em