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Elasticidade Preço: Procura, Oferta e Controlo de Preços, Notas de estudo de Economia

Este documento aborda conceitos básicos da elasticidade preço da procura e oferta, além do controlo de preços de energia. Explica as diferentes variantes de rendimentos à escala, a relação entre preço e quantidade comprada, a elasticidade preço da procura e oferta, e os fatores influenciadores da procura. O texto também discute o controle de preços de energia e seus efeitos.

Tipologia: Notas de estudo

2020

Compartilhado em 05/11/2020

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joao-gouveia-5 🇵🇹

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Alexandre Coelho
Índice
1. FPP Fronteira das Possibilidades de Produção................................................................. 3
2. Escassez ............................................................................................................................ 4
3. Eficiência ........................................................................................................................... 4
4. Os 3 Problemas da Economia ............................................................................................ 4
5. Falácias de raciocínio ......................................................................................................... 5
Falácia de post hoc ................................................................................................................ 5
Falha de manter o resto constante ........................................................................................ 5
Falácia de Agregação ............................................................................................................. 6
6. Custos Oportunidade ........................................................................................................ 6
7. Função Produção .............................................................................................................. 6
8. Lei Rendimentos Decrescentes .......................................................................................... 6
9. Fatores Produtivos ............................................................................................................ 7
10. Rendimentos à escala .................................................................................................... 7
11. Produtividade ................................................................................................................ 8
12. Análise de Custos de Produção ...................................................................................... 9
Custo Total: Fixo e Variável ................................................................................................... 9
Custo Fixo ............................................................................................................................. 9
Custo Variável ....................................................................................................................... 9
Custo Marginal .................................................................................................................... 10
Custo Médio ....................................................................................................................... 11
Custos Fixo Médio e Variável Médio .................................................................................... 11
A relação entre Custo Médio e Custo Marginal .................................................................... 11
13. Rendimentos Decrescentes e Curvas de Custo em U .................................................... 12
14. Regra de Substituição .................................................................................................. 12
15. Teoria da procura/oferta (Não completo (adicionar curvas))........................................ 12
Função de procura .............................................................................................................. 12
Curva da procura ................................................................................................................. 13
Função da oferta ................................................................................................................. 14
16. Equilíbrio do mercado ................................................................................................. 14
Ponto de Equilíbrio.............................................................................................................. 15
Preço de Equilíbrio .............................................................................................................. 15
Quantidade de Equilíbrio..................................................................................................... 15
Excesso de oferta ou défice de procura ............................................................................... 15
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Índice

    1. FPP – Fronteira das Possibilidades de Produção.................................................................
    1. Escassez
    1. Eficiência
    1. Os 3 Problemas da Economia
    1. Falácias de raciocínio.........................................................................................................
    • Falácia de post hoc
    • Falha de manter o resto constante
    • Falácia de Agregação.............................................................................................................
    1. Custos Oportunidade
    1. Função Produção
    1. Lei Rendimentos Decrescentes
    1. Fatores Produtivos
    1. Rendimentos à escala
  • 11 Produtividade................................................................................................................
    1. Análise de Custos de Produção
    • Custo Total: Fixo e Variável
    • Custo Fixo
    • Custo Variável
    • Custo Marginal
    • Custo Médio
    • Custos Fixo Médio e Variável Médio
    • A relação entre Custo Médio e Custo Marginal
    1. Rendimentos Decrescentes e Curvas de Custo em U
    1. Regra de Substituição
    1. Teoria da procura/oferta (Não completo (adicionar curvas))........................................
    • Função de procura
    • Curva da procura.................................................................................................................
    • Função da oferta
    1. Equilíbrio do mercado
    • Ponto de Equilíbrio..............................................................................................................
    • Preço de Equilíbrio
    • Quantidade de Equilíbrio.....................................................................................................
    • Excesso de oferta ou défice de procura
    • Excesso de procura ou défice de oferta
    • Lei da oferta e da procura
    1. Fatores subjacentes à função procura/oferta
    • Fatores influenciadores de Oferta
    • Fatores influenciadores de Procura
    1. Efeito de uma deslocação na Oferta ou na Procura
    1. Elasticidade preço da procura/oferta
    • Elasticidade preço da procura
    • Fatores influenciadores da elasticidade do preço da procura
    • Elasticidade preço da oferta
    • Fatores influenciadores da Elasticidade do preço da oferta
    • Elasticidade e Receita..........................................................................................................
    • O paradoxo da colheita extraordinária
    1. Receita da empresa
    1. Aplicações da procura/oferta
    • Economia da Agricultura
      • Declínio Relativo a Longo Prazo da Agricultura
      • Restrições à Produção agrícola
      • Incidência de um imposto
      • A controvérsia do Salário Mínimo
      • Impacto de um imposto sobre o preço e a quantidade
      • Controlo de preços de energia

A fronteira de possibilidade de produção mostra também que o custo de oportunidade de um bem é medido em termos do outro bem – princípio 2. Assim, quando se passa do ponto de produção C para A, o custo de oportunidade de 200 computadores é 100 carros.

2. Escassez

A escassez consiste na impossibilidade de os bens disponíveis satisfazerem as necessidades presentes. São as necessidades humanas que determinam a escassez, pois estão sempre a surgir novas necessidades. É a escassez que causa a necessidade de escolhas e decisões, que gera alternativas, e por isso, a necessidade de gerir os recursos. Se não existisse escassez era possível ter todas as alternativas disponíveis e não teria de haver uma escolha. A razão de haver escolha, reside na escassez. O problema económico trata-se então de uma escolha, de uma decisão, num ambiente de escassez. De facto, as sociedades têm de tomar muitas e importantes decisões:

  • O que produzir? (que produtos? Em que quantidade? Quando?)
  • Como produzir? (por quem? De que forma? Com que recursos?)
  • Para quem produzir? (quem beneficia com a produção, como se divide a produção nacional pelas famílias?) Assim, os economistas estudam a forma como as pessoas tomam decisões, como elas interagem umas com as outras, e analisam as forças e tendências que afetam a economia como um todo.

3. Eficiência

Eficiência consiste em produzir o máximo possível (maximizar a produção) com a utilização de bens escassos. Ou de outra forma, consiste no aumento de produção (output) sem aumentar os inputs. É eficiente também, se mantiver o output, diminuindo os inputs.

4. Os 3 Problemas da Economia

Os 3 problemas na economia, foram referidos anteriormente (no tópico de escassez). Ou seja, os 3 problemas da economia são:

  • O que produzir?
  • Como produzir?
  • Para quem produzir?

5. Falácias de raciocínio

Uma falácia trata-se de uma ideia errada que é transmitida como verdadeira, o que provoca enganos ou erros (no/de raciocínio). As falácias retratadas nesta UC são:

  • Falácia de post hoc;
  • Falha de manter o resto constante;
  • Falácia de Agregação.

Falácia de post hoc

Esta falácia provém reduzida de uma frase em latim que se designa por “post hoc ergo proper hoc” , que significa “ Após isto, portanto necessariamente, devido a isto ”. Um exemplo de post hoc, ocorreu durante a Grande Depressão dos anos 30 nos Estados Unidos. Alguns economistas tinham observado que períodos de expansão económica eram precedidos ou acompanhados de um aumento de preços. Portanto, pensaram que a solução para a Grande Depressão era o aumento dos preços. Esta medida não promoveu a recuperação económica, pelo contrário, provavelmente abrandou a recuperação.

Falha de manter o resto constante

Considera-se uma falácia o esquecimento/falha de manter o resto constante quando se pensa numa questão. Por exemplo, podemos querer saber se o aumento das taxas dos impostos fará aumentar ou diminuir as receitas finais. Podemos retirar um exemplo real deste conteúdo falacioso. O corte nos impostos de Kennedy – Johnson (transição de presidência, após homicídio de JFK) em 1964, que diminuiu drasticamente as taxas de impostos e que foi seguido de um acréscimo das receitas fiscais em 1965. Portanto, argumentam que, reduzir as taxas de impostos leva ao aumento das receitas fiscais. Porque é falacioso este raciocínio? Porque ignoraram o facto de ser necessário manter o resto constante quando se efetuou os cálculos. Ao mesmo tempo que era argumentado a falacia anteriormente referida, os rendimentos das pessoas aumentaram neste período, o que levaria a um aumento superior das receitas fiscais em 1965 se as taxas de impostos tivessem sido mantidas ao nível de 1965.

é, a produtividade marginal de um fator produtivo, a partir de determinada altura, vai diminuindo à medida que a quantidade desse fator produtivo aumenta. (exemplo dos trabalhadores numa fábrica, onde o equipamento se mantém. A certa altura começa a atrapalhar-se uns aos outros).

9. Fatores Produtivos

Os Fatores Produtivos ou Fatores de Produção (inputs), são bens ou serviços utilizados para produzir bens e serviços. Estes fatores podem ser classificados em 3 categorias:

  • Terra – Consiste no terreno utilizado na agricultura ou para implantação de habitações, fábricas e estradas, recursos energéticos, como minérios de cobre, de ferro ou areia. Atualmente, num mundo congestionado, podemos alargar o âmbito dos recursos naturais para incluir os nossos recursos ambientais tais como o ar limpo e a água potável;
  • Trabalho – Consiste no tempo despendido pelos recursos humanos na produção. É o fator produtivo mais comum e o mais crucial para uma economia industrial avançada ;
  • Capital – Formado pelos bens duráveis de uma economia, produzidos com vista a produzirem depois outros bens. Os bens de capital incluem por exemplo: Máquinas, estradas, computadores, programas de computador, camiões, automóveis, edifícios, etc.

10. Rendimentos à escala

Por vezes estamos interessados no efeito do acréscimo de todos os fatores. Por exemplo, o que aconteceria à produção de trigo se a terra, o trabalho, a água e os outros fatores fossem aumentados na mesma proporção? Ou o que aconteceria à produção de tratores, se as quantidades de trabalho, computadores, robôs, aço e as instalações fabris duplicassem? Estas

questões referem-se a rendimentos à escala, ou aos efeitos na quantidade produzida do aumento da escala aos fatores produtivos. Devem ser distinguidos três casos importantes:

  • Rendimentos constantes à escala – Refere-se ao caso em que uma variação de todos os fatores leva a uma variação proporcional da produção. Por exemplo, se o trabalho, a terra, o capital e outros fatores duplicam, então, sob rendimentos constantes à escala, a produção deverá também duplicar. Muitas indústrias baseadas em mão-de- obra, apresentam rendimentos constantes à escala.
  • Rendimentos crescentes à escala (economias de escala) – Ocorrem quando um aumento de todos os fatores produtivos leva a um aumento mais do que proporcional do nível de produção. Por exemplo, o planeamento técnico de uma fábrica química de pequena dimensão geralmente conclui que o aumento dos fatores trabalho, capital e matérias-primas em 10% faz aumentar o produto total em mais de 10%. Estudos de engenharia tem determinado que muitas atividades transformadores beneficiam de ligeiros rendimentos crescentes à escala para fabricas ate às das de maior dimensão a funcionar atualmente.
  • Rendimentos decrescentes à escala – Ocorrem quando um aumento proporcional de todos os fatores de produção de produção leva a um aumento menos do que proporcional do produto total. Em muitos processos, com o aumento da escala acaba por se chegar a um ponto a partir do qual passam a existir deficiências. Isto pode acontecer porque os custos de gestão ou de controlo se tornam demasiado grandes. Ocorreu essa situação na produção de eletricidade em que as empresas descobriram que quando as centrais elétricas se tornam demasiado grandes, o risco de falha da central aumenta demasiadamente. Muitas atividades produtivas que envolvem recursos naturais, tais como a produção vitícola ou o abastecimento de água potável a uma cidade, revelam rendimentos decrescentes à escala. A produção apresenta rendimentos crescentes , decrescentes ou constantes à escala quando um aumento proporcional de todos os fatores produtivos leva a um aumento mais do que proporcional , menos do que proporcional ou igualmente proporcional do produto , respetivamente.

11. Produtividade

Uma das medidas mais importantes do desempenho económico é a produtividade. O conceito de produtividade consiste no rácio entre o produto total e a média ponderada dos fatores. Há duas variantes importantes :

  • Produtividade do Trabalho – Consiste na quantidade de produção por unidade de trabalho;
  • Produtividade total dos fatores – Consiste na produção por unidade da totalidade dos fatores (tipicamente o capital e o trabalho).

Os custos variáveis variam quando o nível de produção se altera. Neles se incluem as matérias- primas exigidas para a produção (como o aço para fabricar automóveis), os trabalhadores das linhas de montagem, a energia para fazer funcionar as fabricas, etc. Num supermercado, os caixas são um custo variável porque os gestores podem ajustar as horas de trabalho destes trabalhadores de modo a ajustá-las ao número de clientes na loja. Por definição, o custo variável começa em zero quando a quantidade é zero. O custo variável é parte do custo total que aumenta com a produção, de facto, a variação do custo total entre quaisquer dois níveis de produção, é igual à variação do custo variável. Resumidamente, custo total representa a menor despesa monetária total necessária para produzir cada nível de produção. O custo total aumenta quando a quantidade aumenta. O custo fixo representa a despesa monetária total que é paga mesmo que não haja qualquer produção. O custo fixo não é afetado por qualquer variação da quantidade produzida. O custo variável representa a despesa que varia com o nível de produção – como matérias-primas, salários e combustíveis – e inclui todos os custos que não são fixos.

Custo Marginal

O custo marginal é um dos conceitos mais importantes de toda a economia. O custo marginal (CMa) representa o custo adicional ou suplementar com a produção de uma unidade adicional de produto. Considere que uma empresa está a fabricar 1000 discos compactos com um custo total de €10.000. Se o custo total de produzir 1001 discos for de €10.006, então o custo marginal de produção do 1001º disco é de €6. Por vezes, o custo marginal de produção de uma unidade adicional pode ser muito pequeno. Para uma companhia de aviação que tenha lugares disponíveis, o custo adicional de mais um passageiro é uma ninharia, não é necessário capital (um avião) nem trabalho (pilotos e assistentes) adicionais. Noutros casos, o custo marginal de uma outro unidade de produto pode ser bastante elevado. Considere uma companhia de eletricidade. Em circunstâncias normais, pode gerar energia suficiente com o funcionamento apenas das suas centrais mais eficientes e com menores custos. Mas num dia de Verão, todos os aparelhos de ar condicionado estão ligados e a procura de eletricidade é elevada, a companhia pode ver-se forçada a colocar em funcionamento os seus velhos geradores ineficientes e de custos elevados. Esta energia elétrica adicional tem um custo marginal elevado para a companhia. Produto (q) Custo Total – CT (€) Custo marginal – CMa (€)

0 55 CT(q+1) – CT(q) = CMa

Custo Médio

O custo médio ( CMe ) é um conceito amplamente utilizado nas empresas. Ao compararem o custo médio com o preço ou receita média, as empresas podem determinar se estão, ou não, a gerar lucro. O custo médio é o custo total dividido pelo número total de unidades produzidas, representado pelo seguinte cálculo: Custo Médio (CMe) = Custo Total/Produção = CT/q

Custos Fixo Médio e Variável Médio

Tal como subdividimos o custo total em custo fixo e variável, também podemos subdividir o custo médio na componente fixa e na variável. O custo fixo médio ( CFM ) é definido como Custo Fixo/Produção , ou CF/q. Dado que o custo fixo total é uma constante, se a dividirmos por uma produção crescente obtemos uma curva continuamente decrescente do custo fixo médio. Por outras palavras, à medida que uma empresa vende uma quantidade maior de produto, pode distribuir o seu custo fixo por cada vez mais unidades. Por exemplo, uma empresa de programas de computador pode ter um quadro alargado de programadores para desenvolver um novo jogo. O número de cópias vendidas não afeta diretamente o número de programadores necessários, o que faz deles um custo fixo. Assim, se o programa for um sucesso de vendas, o CFM (Custo Fixo Médio) dos programadores é baixo, mas se o programa for um falhanço, o CFM será elevado. O custo variável médio (CVM) é igual ao custo variável dividido pela produção, ou seja, CVM = CV/q

A relação entre Custo Médio e Custo Marginal

É importante compreender a relação entre custo médio e custo marginal. Começamos com três regras estreitamente relacionadas:

  • Quando o custo marginal (CMa) é inferior ao custo médio (CMe) , o custo médio está a diminuir;
  • Quando o CMa é superior ao CMe, o CMe está a aumentar;
  • Quando o CMa é igual ao CMe, o CMe está constante. No ponto inferior da curva do CMe em forma de U, Cma = CMe = mínimo CMe.

Curva da procura

A representação gráfica da função da procura, é a curva da procura. Apresentamos a curva da procura na figura seguinte, cujo êxito horizontal representa o preço dos flocos de cereais, e o eixo vertical representa o preço dos flocos de cereais. A quantidade e o preço estão relacionados de forma inversa, ou seja, Q (quantidade) aumenta quando P (Procura) diminui. A curva tem uma inclinação negativa, indo de noroeste para sudeste. Esta propriedade, designa-se por lei da inclinação negativa da procura. Resumidamente, a lei da inclinação negativa da procura ocorre quando o preço de um bem aumenta (mantendo o resto constante), os compradores tendem a consumir menos desse bem. De forma similar, quando o preço baixa, mantendo-se o resto constante, aumenta a quantidade procurada.

A quantidade procurada tende a diminuir com o aumento dos preços por duas razões:

  • A primeira, é o efeito de substituição , que ocorre porque um bem se torna relativamente mais caro quando aumenta o seu preço. Por exemplo, quando o preço do bem A sobe, iremos, geralmente, substituí-lo pelos bens B,C,etc. Ou num caso real, quando o preço do café aumenta, nós decidimos comprar chá;
  • Um preço mais elevado geralmente reduz a quantidade procurada através do efeito rendimento. Este entra em ação porque, quando o preço sobe, ficamos de certa forma mais pobres do que anteriormente. Se o preço da gasolina duplica, ficamos de facto com menos rendimento real, pelo que iremos abrandar o consumo de gasolina e ocasionalmente de outros bens.

Função da oferta

A função da oferta (ou curva da oferta) de um bem mostra a relação entre o seu preço de mercado e a quantidade desse bem que os produtores estão dispostos a produzir e a vender, mantendo-se o resto constante.

16. Equilíbrio do mercado

O equilíbrio de oferta e procura, ou equilíbrio de mercado, existe quando há uma equivalência entre a oferta e a procura do bem em questão, ou seja, quando as quantidade oferecidas são iguais às quantidades procuradas desse bem. Onde essa equivalência ocorre, ou quando se intersectam (no gráfico), designa-se a esse ponto, ponto de equilíbrio.

Quando um fenómeno qualquer faz deslocar uma das curvas, o equilíbrio de mercado muda. Oferta mantém-se Aumento da oferta Diminuição da oferta Procura mantém-se Procura e quantidade mantém-se. Procura diminui, quantidade aumenta. Procura aumenta, quantidade diminui. Aumento da procura Procura aumenta, quantidade aumenta. Procura ambígua, quantidade aumenta. Procura aumenta, quantidade ambígua. Diminuição da procura Procura diminui, quantidade diminui. Procura diminui, quantidade ambígua. Procura ambígua, quantidade diminui.

17. Fatores subjacentes à função procura/oferta

Fatores influenciadores de Oferta

Um dos principais fatores influenciadores, é o custo de produção. Quando os custos de produção são elevados em relação ao preço, as empresas produzem pouco, voltam-se para a produção de outros produtos ou poderão simplesmente abandonar a atividade. Os custos de produção são determinados pelos preços dos fatores produtivos e pelo progresso tecnológico. O preço dos fatores como o trabalho, a energia, ou as máquinas tem obviamente um papel muito importante no custo de produção de um dado nível de produção. O progresso tecnológico, também importante, consiste nas alterações que diminuem a quantidade de fatores necessárias para produzir a mesma quantidade de produto. Mas os custos de produção não são os únicos fatores influenciadores, a ED, também é influenciada pelos preços dos bens relacionados , em especial dos bens que são produtos alternativos do processo de produção. Se o preço de um bem substituto sobe, a oferta do outro substituto diminui. A política governamental tem também um papel importante, por exemplo, as considerações ambientais e de saúde determinam as tecnologias que podem ser usadas, enquanto os impostos e as leis do salário mínimo podem influenciar muito os preços dos fatores de produção. Por fim, também temos as influências especiais , que também consistem em fatores influenciadores de ED. Por exemplo, o estado do tempo, exerce uma influência importante sobre a agricultura ou sobre a indústria de esquis.

Fatores influenciadores de Procura

Existe um variado conjunto de fatores que influenciam a quantidade procurada a um dado preço: os níveis médios de rendimento, a dimensão da população, os preços e a disponibilidade de outros bens relacionados, os gostos individuais e da sociedades e as influências especiais.

  • O rendimento medio dos consumidores é um determinante-chave da procura. Com o aumento do seu rendimento, os indivíduos tendem a comprar mais de quase tudo, mesmo que os preços não se alterem. As compras de automóveis tendem a aumentar fortemente com níveis mais elevados de rendimento;
  • A dimensão do mercado – medida, digamos, pela população – afeta nitidamente a curva da procura de mercado. Os 40 milhões de habitantes da Califórnia tendem a comprar 40 vezes mais maçãs e automóveis do que o milhão de habitantes de Rhode Island;
  • Os preços e a disponibilidade de bens relacionados influenciam a procura de um bem. Existe uma relação especialmente importante entre bens substituíveis – os que

Nos dois exemplos de deslocação – uma deslocação na oferta e uma deslocação na procura – alterou-se uma variável subjacente à curva da oferta, ou da procura. No caso da oferta, pode ter havido uma mudança tecnológica ou nos preços dos fatores. Na deslocação da procura deu-se a consumidores – rendimento, população, preços dos bens relacionados ou gostos – fazendo, portanto, deslocar a curva da procura. Quando se alteram os elementos subjacentes à procura ou à oferta, isso leva a deslocações na procura ou na oferta, e a variações no preço e na quantidade de equilíbrio do mercado.

19. Elasticidade preço da procura/oferta

Elasticidade preço da procura

A elasticidade preço da procura (por vezes designada simplesmente elasticidade preço) mede a variação da quantidade procurada de um bem quando o seu preço varia. A definição precisa de elasticidade é a variação percentual da quantidade produzida dividida pela variação percentual do preço. As elasticidades preço da procura para cada um dos bens são determinadas pelas características económicas da procura. As elasticidades preço tendem a ser maiores quando os bens são de luxo, quando há substitutos e quando os consumidores têm mais tempo para ajustar o seu comportamento. Pelo contrário, as elasticidades são menores para os bens de primeira necessidade, para bens com poucos substitutos e no curto prazo. Elasticidade preço da procura = Variação percentual na quantidade procurada/variação percentual no preço

  • Se Elasticidade Preço da Procura (ε) = 0 , diz-se que a curva, é uma curva rígida (o preço pode aumentar ou diminuir, mas a quantidade procurada, mantem-se constante );
  • Se 0 < ε < 1, a curva é inelástica (o preço vai variar mais do que proporcionalmente que a quantidade procurada – se o preço é baixo e este aumenta um bocado, a quantidade procurada não vai sofrer uma grande variação;
  • Se ε = 1 , a curva é unitária (preço e quantidade variam na mesma proporção);
  • Se 1 < ε < +∞, a curva é elástica (a quantidade procurada varia mais que proporcionalmente que o preço – se o preço é elevado e ainda sobe mais um bocado, a minha reação vai ser mais drástica, deixando de consumir mais unidades);
  • Se ε = +∞ , a curva é perfeitamente elástica (seja qual for a quantidade consumida, só consomem àquele preço). Uma vez que a elasticidade preço da procura mede quanto a quantidade procurada responde a variações no preço, esta está relacionada com a inclinação da curva da procura. Quanto menos inclinada for a curva da procura que passa por um dado ponto, maior é a elasticidade preço da procura. Quanto mais inclinada for a curva da procura que passa por um dado ponto, menor é a elasticidade preço da procura.

Fatores influenciadores da elasticidade do preço da procura

  • Tempo