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Tipologia: Notas de estudo
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Prof.ManoeiAfonsadeCa~]linkr Coordenadar do LDSP DEE 1 CTG 1 UFPE
Luiz Cera Zanetta Jr.
Editora Livraria da Fisica
Um sistema elktrico de potsncia 6 constituido por usinas geradoras, linhas de alta tensiio de transmissso de energia e sistemas de distribuiqiio. As usinas geradoras estiio localizadas proximo dos recursos naturais energkti- cos, como as usinas hidroelktricas estabelecidas nos pontos favoraveis para o apro- veitamento dos desniveis e quedas de Bgua dos rios, assim como locais propicios para a formaqiio de lagos e o armazenamento da iigua. Da mesma forma, as usinas tirmicas localizam-se proximo das reservas de coinbustiveis fosseis como o carvgo ou gas. Cabe mencionar que pode ser mais econamico fazer o aproveitamento des- ses combustiveis por meio de sua queima, geraqiio de calor e sua transformaqiio em energia elktrica, transportando-a via linhas de alta tensiio at6 os centros de consumo, do que efetuar o transporte do combustive1 por veiculos, ferrovias OLI embarcaqdes. At6 mesmo as usinas nucleares, que eventualmente poderiam se localizar proximo aos centros de consumo, por razdes de seguranqa siio instaladas em regides afasta- das das grandes cidades. As grandes empresas estatais ou privadas siio normalmente as responsaveis pela geraqiio de energia eletrica, devido ao expressivo aporte de capital necessario nesses empreendimentos. Nas usinas geradoras a energia eletrica e produzida em urn nivel de tensiio da ordem de uma ou duas dezenas de quilovolts, sendo inuito comum a tens50 de 13,8 kV, mas essa 6 uma tens20 baixa demais para que o seu transporte seja economicamente viavel a longas distiincias. Desse modo, utilizam-se transformadores encarregados de elevar esse nivel de tens20 a um patainar superior, que vai de algumas dezenas de quilovolts ate algumas centenas. Essa energia, ao chegar aos grandes centros de consumo, como as cidades e parques industriais, percorre regiaes densamente habitadas, com circulaqiio perma-
inferiores, novamente sendo muito comum a tens20 de 13,8 kV. Dessa tarefa se encarregam as empresas distribuidoras, que fornecem energia elitrica aos consumi- dores, geralmente classificados em grupos, como residenciais, comerciais e industriais.
mais econBmico e confiivel dos recursos energkticos e dos equipamentos eletricos. Fari parte de nossa investigaqiio a compreensiio do fluxo desta energia pelos dife- rentes caminhos possiveis de uma rede interligada, com o seu equacionamento por meio de uma formulaqiio eficiente no calculo das grandezas eletricas envolvidas. Desfrutamos de not6rios beneficios que as interligaqdes de sistemas propor- cionam as redes elktricas, como reduqiio de custos e aumento da confiabilidade. No entanto, a partir destis interligaqdes tambem surgiram dificuldades tkcnicas para uma operaqiio estivel dos sistemas diante de perturbaqdes inevitiveis, algumas normais, provenientes de alteraqdes operativas e variaqdes da carga. Outras pertur- baqdes siio causadas por curto-circuitos, cuja origem muitas vezes se encontra em tempestades e quedas de raios nas linhas de transmissiio, alem de outros fatores. Desse modo, complementamos o texto com ulna introduqgo a estabilidade de geradores conectados a barramentos suficientemente robustos, conhecidos como barramentos infinitos, introduzindo os conceitos elementares de estabilidade de redes, corn base no modelo clissico de geradores. Mencionamos que o objetivo deste livro foi reunir os elementos de transmis- sgo de energia elktrica em urn sistema de potencia, particularmente aqueles empre-
pela Escola Politkcnica da USP. Sua despretensiosa elaboraqiio niio pretende substi- tuir uma vasta e rica literatura de textos clissicos existente sobre o tema, mas ape- nas condensar aspectos hndamentais empregados em urn curso de graduaqgo. Para sua leitura, o aluno de graduaqiio necessita apenas conhecimentos de componentes simktricas e modelos de equipamentos em valores por unidade, desenvolvidos em cursos mais bisicos.
presso, ainda em elaboraqiio, abordando aspectos complementares mais avanqados.
4 Fundamentos de Sistemas Elitricos de Potgncia
6 Fzrndan?entosde Sistemas Elktricos de Potgncia
Nosso interesse no calculo dos parimetros elktricos justifica-se pela impor- tiincia dessa tarefa, da qua1 siio dependentes e alicerqadas as demais avaliaqdes que se faqam de um sistema elktrico de potzncia.
1.2 Condutores Utilizados em Sistemas de Potencia
Uma preocupaqiio basica na seleqiio d i um condutor, definido o material a ser utilizado, cobre ou aluminio, 6 com a area de segiio transversal, que esta associada ao volume de material a ser utilizado e portanto ao custo da transmissiio. 0 s aspec- tos de custo siio tratados dentro de um t6pico chamado de seleqiio do condutor eco- namico, que niio sera objeto de nossa anilise. Ao alterarmos o diimetro do condutor, modificamos a densidade de corrente
siio reduzir as perdas e tatnbkm o gradiente elktrico na superficie do condutor, ate- nuando o efeito corona. Em contrapartida, isso aumenta o custo da transmissso.
S = irea da se@o condutora
Figura 1.1 : Condutores corn raios diferentes.
Quando comparamos condutores de cobre com os de aluminio, fixados um mesmo comprimento e uma mesma resistzncia elktrica do circuito, o volume de aluminio sera maior, pois sera necessaria uma seqiio condutora maior para compen- sar sua condutividade, inferior em relaqiio a do cobre. Apesar disso, devido a maior densidade do cobre, o peso em cobre sera aproxi~nadamenteo dobro em relaqiio ao do aluminio. Isso confere uma vantagem adicional ao aluminio, que pode ser utili- zado com estruturas de sustentaqiio mais leves, alkm do seu custo mais baixo. A dificuldade pratica em se fabricar condutores com diimetros elevados im- plica o uso de cabos formados por diversos fios, denominados cabos encordoados. Quando um so cab0 encordoado niio k suficiente para transmitir a corrente total, ..,, adicionamos mais cabos em paralelo, separados por espagadores, formando cabos multiplos. Existem diferentes tipos de condutores, e os mais usados em linhas de transmiss50 siio norrnalmente, por raz6es econ6micas, condutores de aluminio:
Capitzilo 1. Introdtrpio aos Pardmetros de Linhas (^) 7
CA: condutor de aluminio puro. AAAC: condutor de liga de aluminio, de all aluminium alloy conductor. CAA: condutor de aluminio com alma de aqo, cuja denominaqiio muito conhe- cida em ingles 6 ACSR, de altrminium cable steel reinforced. ACAR: condutor de aluminio com alma de liga de aluminio, de alziminium conductor alloy reinforced.
SeqZo A ' condutora em forrna de coroa
-A Suporte meciinico de aqo
Figura 1.2: Formaqiio 2417 de um cabo CAA que apresenta 24 fios de aluminio e 7 de aqo.
No process0 de encordoamento os fios descrevem uma trajet6ria helicoidal em torno do centro do condutor. Levando-se em conta ainda que os cabos sofrem uma deforrnaqiio provocada pel0 seu peso, o comprimento real 6 um pouco maior que a extensiio da linha !..
flecha
Figura 1.3: Efeitos de encordoamento e flecha.
!. : comprimento da linha, .ere,, 7 402.e.
P"---- Capitulo I. I n t r o d z ~ ~ a " ~aos Pardmetros de Linhas (^9) ou aproximadamente em MCM: Slnln 2 = 0,5SMCM. A resistividade, ou condutividade @padr60ou %dr60), padronizada para urn
podemos estabelecer uma correspondCncia entre suas resistividades corn a padroni- zada, conforme os exemplos a seguir para o cobre e o aluminio.
resistividade p = 1,77 x 1 o - ~a m (20 'C). 0 aluminio A tEmpera dura tem 61% da condutividade do opac/rii,, corn resis- tividade p = 2,83 x 1 o - ~a m (20 'C).
Sem entrarmos em maiores detalhes, a figura abaixo ilustra o efeito conheci- do da variaqiio linear da resistCncia em funqiio da temperatura, quando o condutor 6 percorrido por corrente continua. Temperatura A Figura 1.5: Grafico temperaturax resistcncia.
-^ R2^ - - I T I + 12
com:
10 Fzrndamentos de Sistemas Elktricos de Potgncia
Para a corre@o da resistencia, em h n @ o de temperatura, utilizamos a seine-
Vejamos alguns valores tabelados de resistencia de condutores, utilizando o cab0 Grosbeak 636 MCM (636 mil circular mil ou 636.000 CM), com: R, = 0,0268 R / 1000 p6s (CC).
Em corrente continua, passando a unidade de comprimento para milhas, ob- teinos:
Muitos dados encontram-se tabelados em unidades inglesas e desse inodo 6 conveniente nos habituarmos a trabalhar com as conversdes de unidades para o sistema internacional. A conversZo de 1000 pes para milhas 6 feita da seguinte forrna:
1000 pis -+ 0,3048^ m i , 1, 1000 pks- 0,1894 m i.
Corrigindo essa resistencia para 50 "C, obtemos:
No entanto, cabe mencionar que, em corrente alternada, as resisthcias apre- sentam um comportainento dependente do efeito pelicular, sendo mais conveniente sua obtenqgo em tabelas fornecidas pelos fabricantes. Para o mesino cab0 Grosbeak, extrairiamos os seguintes valores:
R,, 2ooc = 0,1454 R/mi , RacSOoC = 0,1596 Rlmi.
bilidade do vacuo. No caso linear, sabemos que:
Analisare~nosa relag50 entre a tens50 e a corrente, em grandezas alternadas no canlpo complexo, aplicando a transfon~~adade Laplace:
Em reginie per~nanentesenoidal, calculando no ponto s = j w , sendo w a fi-equkncia de excitag50, obte~nosa relag50 fasorial entre tens50 e corrente:
coln a corrente atrasada de 90" em relaggo a tensgo, simplificarnos a notaq50:
Definimos a reatiincia indutiva do bipolo por:
Quando te~ n o scircuitos relativan~enteprbximos, encontramos uma indutiin- cia mGtua entre eles, definida pela relaggo entre fluxo concatenado coln um circuit devido a corrente no outro.
Figusa 1.8: Indutiincia mi~tua.
Cauitzrlo 1. Introduca"~aos Para^melros de Linhas 13
de fluxo 2 , 3 e 4 da figura 1.8. 42 =M12I2-
X, = mM1 a reatiincia mutua entre os circuitos 1 e 2. No cilculo de circuitos magnkticos, o fluxo @ ( t ) concatenado corn uma espi- ra esti confinado no material ferromagnktico, conforme a figura 1.9. fluxo condatenado Figura 1.9: Fluxo magnetic0 concatenado com uma espira.
volvern completamente o condutor. Quando temos N espiras, o fluxo concatenado
corn a bobina, colocando em skrie todas as espiras, k dado por A = N@, sendo @ ,
espira k obtida corn a aplicag2o da Lei de Lenz, adotando a conveng20 do receptor. e ( t ) =-,^ d @ sendo el =e7 =... =e,? = e ( t ) dt em todas as espiras. A tens20 nos terminais da bobina e obtida por: ou: que pode ser reescrita como: