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| “EDuRe DO MOREIC; SÉRIE TECNOLOGIAS MANUTENÇÃO | FORMAÇÃO PARA AGERÊNCIA DA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL i i i i François MONCHY ! Engenheiro ENST. Professor do “Lycde Technique de Bordeaux” ! Prefácio da edição francesa por Y, MIROCHNTKOFE Presidente de Honra da E ASA AD, Presidrne de ilonra do FE ANIS. Praféicio du edição brusileira por 4. 3. ZUCCA Direior e ex-Presidente dis ARRAMAN | | Tradução por Jacqueline C, RARSAKLIAN Engenheira de Processo « Peirobrds EBRAS/DURBAN Do original: 1a Fanction Maintenance Copyright& 1987 by Masson S.A, Copyright 1989 by Editora DURBAN Ltda, / EBKAS Editora Brasileira Ltria. Todos os direitos de tradução reservados por Editora DURRAN Lida. / EBRAS Editora Brasileira Lida, Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer modo ou meio, seja este eletrônico, fotográfico, mecânico, ou outros, sem autorização prévia é escrita de Editora DURBAN Ltda, / EBRAS — Editora Brasileira Ltda. Editores: Marlene Burgard Ricardo Reinprecht Editora Assistente: Gisella Narcisi Área Comercial: Wilson Roberto Pautino f Capa: Criação: R. Reinprecht Arte: Diagramação/Composição/Prudução: RioTexto 1989 Editora DURBAN Lida, 7 EBRAS - Editora Brasileira Ltda. Rua Borges Lagoa, 1.044 — Cep 04038 — Vila Mariana — Fones: (011) 549-8633 é (011) 5498408 — Telex DRBN (011) 25966 — São Paulo — SP, Nota do Editor Os Editores agradecem às empresas colaboradoras desta obra, ASEA BROWN ROVERI, CEMAN, CONFAB, ENESA, SERTEP, RHODIA, pelo apoio indispensável; à ABRAMAN - Associação Brasileira de Manutenção na pessoa do Dr. Aldo Zucea, pela visão privilegiada que nos orientou c estimulou desde o infcio. vm Capítulo IV — O Comportamento do Material 1. Patologia: estudo das falhas 2, As leis de degradaç 3. Introdução à confiabilidade 4. A confiabilidade: o modelo exponencial 5, A confiabilidade: o modelo de Weibull 6. Manutenibilidade e disponibilidade 7. A confiabilidade antecipada 8. Escotha dos critérios de correlação (teste de Spearman) Capítulo V— A Análise do Trabalho e 1. Papel do serviço “métoda- manutenção” 2. A análise dos tempos 3, A análise dos custos 3%, A análise do valor &, A simplificação do trabalho 5. Técnicas de implantação Capítulo VI-A Preparação do Trabalho 1, Rentabilidade da preparação 2, As tarelas do preparador 3. A preparação da manutenção corretiva 4 Preparação das ações preventivas 5. Complemento: implantação da manutenção de condição Capítulo VII — A Função Planejamento 1. Terminologia é métodos de planejamento 2. Q planejamento dos trabalhos de manutenção 3. O planejamento das trabulhos complexos: o PERT Capítulo VIII = A Função Excenção 1. Organização da oficina, das seções e do almoxarifado 2, Os diversos tipos de intervenções 3, A limpeza das oficinas e dos equipamentos Capítuto IX — A Gerência do Serviço “Manutenção” 1.0 quadro de vcurrências e os indicadores de manutenção 2. A manutenção é seus mercados extemos 3. (Ns controles periódicos regulamentares Capítuto X — A Política de Munutenção 1. Esculha dos objetivos (enice-econômicos o [A 99 105 124 133 IsE 187 201 209 209 2 235 249 251 261 269 29 275 279 289 299 9 316 326 33 ay 340 aas 344 349 a62 368 375 2. Escolha do método de manutenção a adotar — Otimização 3, Durabilidade e duração de vida útil: quando substituir om equipamento? 4 A implantação de uma política de manutenção eficaz Complemento: Informação sobre programas de formação inicial em manutenção i em manutenção Apêndice A - Empresas Colaboradoras Bibliografia Índice Alfabética Estudos de Caso 1- Exploração de um histórico T- Exploração dos resultados de ensaio de duração de vida Gtil HH - Gestão técnica de tma linha de produção a partir de sua disponibilidade 1X 379 391 400 413 az az gg 153 174 Prefácio da Edição Francesa O número de obras dedicadas à Manutenção é reduzido na França. Isso é normal, pois o número de centros de formação € inexpressivo, faz upenas alguns anos que o B.T.S. de Manutenção foi criado, graças aos esforços do Inspetor Geral R. PAJOT, & a própria noção de manutenção ainda não é bem compreendida na ámbito das empresas francesas. O número de programas de formação sm I.U.T, ou nas linhas de engenharia é ainda mais débil. Por tudo isso, é com prazer que devemos saudar este livro do Prof. F. MONCHY dedicado à pe- Fência de manutenção industrial. As áreas apresentadas, os capítulos desenvolvidos, constituem uma progressão racional que permite aos que desejam conhecer u manutenção iniciarem uu aperfeiçoarem seus estudos nessa atividade. São raros os livros escritos de formu agradável, fáceis de ler € sem utilizar abusivamente fórmulas matemáticas que lendem u ocultar O texto. O Sr. F. MONCHY está numa posição favorável para redigir este curso destinado aos jovens in- teressarios na Manutenção. Sua posição de educador e sua formação permitem-lhe ser um interlocutor privilegiado graças à sua longa experiência. Nos cursos de formação ou nos diversos estágios organizados no pais, a necessidade de suprir inúmeras lacunas tornou-se patente. É também no sentido de solucionar algumas dessas carências que este livro foi escrito. Faço votos que os diversos capítulos que compõem esta obra sejam tão bem arientados que per- mitam aos seus leitores encontrar rapidamente a solução às questões que se colocam diante deles no decorrer do exercício de seus encarpos. Y. MIROCHNIKOFF Presidente de Honra da FEANL XIV Acreditamos que a obra ora colocada à disposição da sociedade brasileira, contribuirá para a for- mação e a reciclagem de nossos gerentes de munutenção, sejam eles próprios das empresas operadoras ou de organizações de serviço. Várias vezes observamos estes últimos muito presos à fase executiva de seus encargos, sem se darem conta dos condicionamentos e complexidades do binômio produção-ma- nutenção. Como nos mostra P. Monchy, essa fase é apenas o topo de um “iceberg”. Seria possível prestar bons serviços de manutenção sem conhecer a parte subjacente? Certamente que não, e isso leva o alcance da obra para além das indústrias, para as empresas de engenharia engajadas cm serviços de manutenção. A ABRAMAN sente-se gratificada pela concretização de seus esforços no sentido de viabilizar esta edição em português. Esperamos que empresas, universidades, escolas 1senicas e profissionais de manutenção venham a beneficiar-se com as idéias e questionamentos que 9 livro poderá veicular aos que dele souberem se servir. Terminando, não poderiamos deixar de agradecer à Engenheira Jacqueline Cristina Karsaktian, da PETROBRÁS, a proficiência, O entusiasmo c à dedicação com que se empenhou nos trabalhos de tra- dução, ensejando a oferta aos senhores leitores de um texto de alta qualidade e fidelidade ao original. Eng. Aldo Jacomo Zucca Diretor e ex-Presidente da ABRAMAN (MARÇO 1988) Introdução Por Que Esta Obra? A vida de nossas empresas é caracterizada por mutações tecnológicas profundas é uceleradas. Suprimindo certos tipos de emprego, essas mutações causam problemas sociais evidentes: abra- mos nosso jornal habitual... Mas els criam também novas necessidades, pouvo ou muda satisfeitas. Por exempla, a necessidade «in formação de técnicos competentes para novas atividades termina- das em “tica” (tais como a logística, a informática, a rabática,..) e em Manutenção industrial, O objetivo atribuldo a este livro é dup!o: informar e formar técnicos na área da Manutenção in- dustrial, É A INFORMAÇÃO Ela é destinada u gerentes técnicos pára os quais a formação inicial foi, na maivria dos casos, prientada para as funções “concepção” e/ou “produção” negligenciando totalmente a função “manu- tenção”. Festa ubra pode permitir: —a um dirigente de P.M.E. (“Petite et moyenne entreprise” - Pequena é média empresa), — 4 um chçie de conservação de unia orgamzação, = à um chefe de conservação do setor terciário (hospital, hanco,..), — à um responsável por serviços pós-venda, ter uma visão glahal da função Manutenção, e portanto, dos benefícios que se pode esperar de sua ra cionalização, dos objetivos que lhe são cabíveis atribinr, dos meios necessários para colocá-la em práti- ca Xv 2. A FORMAÇÃO * Formação inicial, do nível do vestibular + 2 anos, destinado sos estudantes do LULT. (“Institut Uni- versitaire de Technologie"” — Instituto Universitário de Tecnologia) e aos setores de técnicos supe- riotes em Manutenção industrial. Nota: O programa de exame do B.T.S. (“Brevet technitian supérieur” — Certificado técnico superior) esta incluído neste livro. 6 Formação complementar para estudantes de produção, engenheiros de fabricação, ete. Nota: Qualquer sisterna de produção gera produtos... e paradas causadas por defeitos. » Formação permanente de técnicos em exercício ou em reconversão, especialmente agentes de méio- dos ou de S.A.V. (“Service aprês vente” — Serviço pós-venda). Nota: A mutação necessária da “conservação tradicional” pera a “manutenção efetiva” do dispositivo. de produção é assunto de interesse direto desses técnicos. O Formação “para exportação”, destinada sos técnicos que operam em países em vias de desenvolvi- mento, Nota: As transferências de tecnologia tornam prioritária a manutenção dos sistemas importados, daí a necessidade de formação de pessoal capaz. de realizar essa manutenção. Nível de farmação e linhas gerais de atuação. Este livro apoia-se num curso ministrada a técnicos superiores, o que lhe garante o aspecto inten- cionalmente “prático” da gerência, em detrimento do aspecto leórico, abordado somente para fins de justificação. Esta obra poderá portanto parecer “simplista” aos olhos daquele que está babituado a fazer mala- barismos com as predições de comportamento dos servomotores do Ariane”. Parecerá “utópica” an chefe da conservação habituado a “consertar” sua usina na medida exata de suas fraquezas... Tendo come base os elementos de terminologia defimdos pela A.F.N.O,R. (“ Association Pran- gaise de Normalisation” — Associação Francesa de Normalização), o autor teve o cuidado de empregar métodos e ferramentas suficientemente gerais para serem passíveis de uso em todas as dimensões de serviço, em materiais de toda natureza tecnológica c cm todos os tipos de estrutura industrial, seja de serviço ou de produção. Um dos principais obstáculos a enfrentar é o “carporativismo” que há muito tempo tem tornado difícil a comunicação de informações: = entre petroleiros e papeleiros. - entre marítimos e aeronautas, —entre n pessoal da E.D.F. (“Electricilé de France” - Eletricidade da França) e o pessoal da S.N.C.F. “N; fnguete portador desenvolvido na Europa. avr €"Société National des Chemins de Fer” - Sociedade Nacional das Estradas de Ferro), e, dentro de uma mesma empresa, entre eletrônicos e mecânicos. Cada família industrial desenvolveu, assim, seu próprio vocabulário, sua lógica, seus métudos: € necessário, para fins de aprendizado, generalizar e unificar uma ação racional paralelamente 40 impor- tante trabalho de normalização em curso. Em resumo, além das técnicas (sempre discutíveis, sempre aperfeiçoáveis) desenvolvidas neste É. vro, é sobretudo por uma impregnação progressiva do estado de espírito Manutenção que o Jeitor será levado a abordar de maneira positiva os problemas concretos de sua vida profissional. O estado de espírito Manutenção pode ser definido cm duas palavras-chave: DOMINAR para não se SUBMETER XX NOTAÇÕES ECONÔMICAS : Despesas diretas do serviço de manutenção, relativas a um material, acumuladas. : Despesas de funcionamento, relativas 4 um material, acumuladas. Valor de aquisição de um material. : Valor de revenda de um material, : Custo média por unidade de uso (de manutenção de um material). : Custo médio anual, : Custo média horário. Custo direto de uma intervenção (ou custo de manutenção). : Custo direto de uma intervenção preventiva. : Custo direto de uma intervenção corretiva. : Custo indireto de uma intervenção (ou custo de uma parada na produção). : Custo da falha (= Cy + Cp. NOTAÇÕES TÉCNICAS 1 2 Variável “tempo”. Ret «Função “confiabilidade” = Prob (bom Funcionamento em t). no : Densidade de probabilidade da variável aleatória t. 0) : Função de repurtição da variável aleatória t = Prob (de falho). Fã : Função de repartição empírica estabelecida a partir de dados numéricos: tinha da iésima falha, n = número de falhas e ns = número das “sobrevividas”, N = tamanho de uma amostra de falhas, Mb : Taxa de falha instantânea algumas vezes A : Taxa de falha constante apresentadas como Z(t) ou h(0) nos livros MTB. ; Média de tempo de bom funcionamento. : Média de tempo lécnico de reparação (E : média aritmética das durações das interven- sões) : Média dos tempos de parada T.A. : Função “manutenibilidade”. vio Taxa de reparação. (0 : Densidade de probabilidade da variável aleatória “duração da intervenção”. xo : Função “disponibilidade instantânea” — algumas vezes representada por A(t) nus livros. D : Disponibilidade intrínseca, ou média, ou operacional. Ln : Duração da vida associada a uma confiabilidade R = (100-n)%. LIO : Duração da vida “nominal” associada à confiabilidade R = 0,9, T : Perfado de intervenção sistemática. 8 : Período de intervenção sistemática otimizada. x : Risco de um teste estatístico. Capítulo 1 Abordagem da Manutenção Industrial 1. INTRODUÇÃO À FUNÇÃO “MANUTENÇÃO” 1.1. O QUE É A MANUTENÇÃO? A manutenção dos' equipamentos de produção € um elemento chave tanto para a produtividade das usinas quanto para a qualidade dos produtos. É um desafio industrial que implica rediscutir as estruluras atuais inertes é promover métodos adeptudos à nova natureza dos materiais, a) Exeminemos algumas definições de manutenção. - Segundo Larousse: “conjunto de medidas necessárias que permitam manter ou restubelecer 4 um sistemu o estado de funcionamento” — Segundo à A.FUN.O.R. (NF X 60 - 010): “conjunto de ações que permitam manter ou restabelecer um bem dentro de um estado específico ou na medida para assegurar um serviço determinado”. — Comentários: “manter” contém a noção de “prevenção” sobre um sistema em funcionamento: “testabelever” contém a noção de “correção” consecutiva a uma perda de função. “estado específico” ou “serviço determinado” implica a predeterminação do objetivo esperado, com quantificação dos níveis carseterísticos. Esta definição da A F.N.OR. “esquece” o aspecto econômica, lacuna esta preenchida no docu- mento de introdução X 60-000: “boa manutenção é assegurar essas operações a um custo global “otimizado”. 2 A Função Manenção “b) A manutenção é à “medicina das máquinas” A fim de penetrar mais adiante na área da manetenção, vamos servir-nos de uma comparação prática entre a “'suúde humana” e a “saúde da máquina”. Existe uma analogia como veremos na Tabela 1.1. SAÚDE SAÚDE DA HUMANA MÁQUINA Nascimento Entrada em Conhecimento operação Conhecimento do homem tecnológico Conhecimento Conhecimento dos das doenças Longevidade | Derabilidade | modos de falha Camê de saúde Histórico Dossiê médico | Dossié da máquina Diugnástica, exame, j | Diagnóstico, perícia, visita médica Boa saúdo | Contiabilidade | inspeção Conhecimento Conhecimento das dos tratamentos ações curativas Tratamento curativo Retirada do estado de pane, reparo Operação Renovação, modernização, Morte Sucata troca MANUTENÇÃO MEDICINA INDUSTRIAL Tabela 1.1: Analogia saúde humana x máquina. Muitas outras semelhanças existem, tanto a nível da patologia como do diagnóstico e mesmo das ferramentas (endoscópios, radioscópios, monitores). Descobriremos essas semelhanças no decorrer deste livro. Uma observação enganadora: os dossiês e os históricos das máquinas são muitas vezes mais cui- dadosos do que os carês de saúde... Esta analogia permite-nos ousar à seguinte definição: é a medicina das máquinas” “A manutençi Esta expressão concisa e prática nos permite desmistificar a função da Manutenção, porém em Benhum momento pretende conter algum jtízo de valor sobre a importância relativa 1 lomem/Máquina. “) À manutenção e a vida de uma máquina A manutenção começa muito antes do dia da primeira pane (parada de emergência) de uma má- quina, De fato, ela começa desde a sua concepção. PR Concepção que a sua manntenibilidade (aptidão de ser conservada), a sua confiabilidade e Abordagem da Manutenção Industrial 3 2 sua disponibilidade (aptidão de ser “operacional” e a sua durabilidade (duração de vida prevista) se- são predeterminadas. Cc ATE O papel da manutenção, no que diz respeito ao usuário, começa com O assessoramento na hora da compra (levando em conta os critérios abaixe). Em seguida, é desejável que a manutenção participe da instalação c da partida do equipamento: assim, logo no primeiro dia de produção, e portauto de uma pane em potencial, o serviço já conhece a máquina, possuí o dossiê e o programa de manutenção, A seguir sua missão é tripla: — Supervisão permanente ou periódica com coleta dos dados, estocapem em memória € trata- — Retiradas de estados de panes e reparos | mento das informações operacionais recolhidas. — Ações preventivas : O conhecimento da equipamento, de suas fraquezas, degradações e desvios, acumulado dia após dia, permite correções, melhoramentos €, nó plano econômico, otimizações, tendo como objetivo mi- uimizar a relação: custos de manutenção + custos de paradas serviço realizado 1.2. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO a) O termo “manutenção” tem sua origem no vocabulário militar, cujo sentido era “manter, nas uni- dades de combate, o efetivo e o material num nível constante”. É evidente que as unidades que nos interessam aqui são as unidades de produção, é o combate É antes de tudo econômico! O aparecimento do termo “manutenção” na indústria ocorreu por volta do ano de 1950 nos Esta- dos Unidos da América. Na França, essc termo se sobrepõe progressivamente à palavra “conserva- ção b) Conservação ou manutenção? Muito além do vocabulário «a moda, estes dois termos implicum uma reai e profunda transforma- ção. Esquemutizando, poderíamos dizer: — Conservar é consertar é reparar um parque material, a fim de assegurar a continuidade da produção: Conservar é submeter o niaterial, - Manter é escolher os meios de prevenir, de corrigir ou de renovar segundo a utilização do material é do que é economicamente crítica, à fim de otimizar o custo globut de propriedade Manter é dominar. De fato, a maior parte dos serviços de “conservação tradicional” está em mutação, transfonman- do-se em manutenção. É importante verificar o que existe atrás das “etiquetas” coladas sobre os servi- ços atuais, e ó A Função Manutenção A Figura 1.2 mostra que à manutenção é unia função integrada À vida da empresa e que 0 técnico “e manutenção é um homem “de contato”. Da mesma forma, ele mostra à importância da definição dos procedimentos de comunicação inter- funções, 1.4. OS DIFERENTES SETORES QUE PRATICAM A MANUTENÇÃO a) Existe uma boa distância entre as indústrias eletro-mecânicas (objetivo tradicional do ensino iéc- nivo) é às empresas suscetíveis a colocar em operação uma política de manutenção. b) Alguns exemplos Os transportes (rodoviário, ferroviário, mesttimo, aeronáutico), à peiroguimnica (refinarias), as centrais nucleares, são três setores que muito contribuiram para o desenvolvimento das técnicas de manvtenção. Hospitais Rádio, T.V. Empresas de serviço Supermercados Laboratórios Municipalidades importantes Jmprensa Pedreiras, múnas Bombeiros, ete. Em cada ur desses setores sente-se a necessidudo de “manter” os equipamentos. Organização Organização fabricante usuária do malerial cometerias SAN. Seniça E Sav. mprésa ce de fabricante Say próprio cuoatatação (concessionária) do distribuidor daempresa Figura 1.3: Quem faz a manitenção? Nesta obra, tomaremos como modelo de organização o serviço próprio de manutenção. Os méto- dos e procedimentos estudados poderão ser adaprados às particularidades das outras estruturas que também fazem manutenção, se necessário. 1.5. A EXPRESSÃO DAS NECESSIDADES INDUSTRIAIS Um dos melhores meios de se constatar as necessidades industriais em matésia de técnicos em ma- nutenção é dando a palavra às empresas, através de uma amostra de ofertas de emprego (Usine Nou- velle, 1984) apresentada nos principais periódicos, Algumas observações, após examinar essas ofertas de emprego — Existe uma necessidade expressa de técnicos especializados em manutenção. - As ofertas provêm de ramos industriais muito diversos. Abordagem du Manutenção Industrial 7 — As ofertas “para exportação” são também bastante numerosas (países Árabes e África). — A demanda de polivalência técnica é flagrante, sobre uma base de formação eletro-mecânica (refri- geração, automatismo, robótica, calderaria...). — Um leque de funções € aberto: projetos novos, S.A.V., gerência de energia, meio ambiente... = gosta pela aspecto econômica é apreciado: investimentos, orçamentos, controle dos custos... — Ofertas aparecem, relativas a uma só função “métodos-manutenção” — Enfim, a Sinonímia entre os termos “conservação” c “manutenção” é evidente no uso industrial atual, isto az com que se torne ainda mais útil a difusão das diferenças estabelecidas entre esses dois ter- mos nesta obra, 1.6. O TÉCNICO DE MANUTENÇ. a) Necessidade de unta formação polivalente A tecnologia dos materiais atuais implica uma competência fenica polivalente tanto para a equipe de intervenção como para u técnico responsável. As “fronteiras” entre os domínios mecânico, hidráuti- cu, eletrônico, e de informática... não são evidentes em máquinas “compactas” (observemas certas di- ficuldades de diagnóstici). Polivalência também é indispensável a nível de gerência. O técnico em manutenção terá que gerenciar (como utu todo au cm partes): — O conjunto do serviço, o pessoal, o orçamento, es investimentos, = Os equipamentos principais, ms também os de movimentação, de elevação de cargas c os equipa- mentos “periféricos” (exemplo; estações de tratamento, centrais de energia, climatização..), — A energia, O meio ambiente..., — O estoques necessários, — Os trabalhos externos. “ domínio dos dados técnicos, econômicos e +ociais é indispensável para uma tomada de decisão. Deve-se ter em mente que nãa existe boa manutenção no plano absoluto, o que existe é uma manuten- gão econômica e eficaz, em um dado momento, favorecendo um dada equipamento... %) Algumas observações sobre a profissão “técnico em manutenção” * Em relação à conservação tradicional, « profissão foi nitidamente valorizada: “ferramentas” teóricas (confiabilidade, capacidade de sofrer manutenção...) e científicas (E.N.D., análise de vibrações...) enriqueceram as tarefas relativas a um equipamento também mais sofisticado que antes. * No entanto, a manutenção é uma tarefa ingrata. Se os seus Exitos são pouco visíveis e naturais, suas dificuldades são, por outro lado, gritantes: a interrupção da produção. . * A curto prazo, as ações de manutenção cnstun caro à direção da empresa é atrapalham à produção, daí a importância de se poder justificar a médio € longo praze o quanto essas ações foram bem fun- damentadas. * Quito problema corporativo: a época de verão é muitas vezes um período de infensk atividade para 8 A Femção Mumtenção os serviços de manulenção (parada anual da produção > imaterial disponível para a manutenção * disponibilidade de agentes de manutenção). + Além da sua vocação de manter (conservar) o dispositivo de produção, o técnico de manutenção terá eventualmente a possibilidade de estender suas responsabilidades a outras áreas tais como: — A organização de um serviço pós-venda, = participação nos estudos, no que trata da confiabilidade, da disponibilidade de previsão c da capacidade de 05 equipamentos sofrerem manutenção, na elabnração de “planos de manuten- ção” para certos contratos, nos novos projetos... — À participação no início de operação de uma “G.M.A.O.” através da definição de uma ficha de dados de entrada: que dados escolher, para que tratamento, para queexploração” * Concluindo, podemos definir o “perfil” de um técnico de manutenção, como aquele de um homem de campo, de cnntato é de equipe, que se apoia subre sua formação técnica inicial, é mais tarde sobre sua experiência pessoal para sempre fazer evoluir a aperação da material do qual ele é responsável. 2. O SERVIÇO “MANUTENÇÃO” DENTRO DA EMPRESA 2.1. AS INDÚSTRIAS E A MANUTENÇÃO a) Evolução tecnológica O gráfico apresentado na Figura 1,4 ilustra de modo esquemático a evolução das cmpresas de produção substituindo N máquinas em paratelo (indústrias manufatureiras) por n unidades de produção em série (on line). número 4 de empresas automatização 1975 oficinas Nexfveis rbotização níuot de automatização indústrias o manviaiuroiras de processo Nivel de automatização — Necessidade de manaenção Figura 1.4: Esquema da evolução das erupresas de produção. Abordagem da Menutenção Industrial 9 b) Modelos di cia com manutenção integrada Podemos distinguir três tipos de indústria com serviços de manutenção integrados à sua estrutura torganograma): Empresas manufatureir: grande parque de máquinas, numerosos produtos, exemplo: caldeiraria. Empresas de processo: equipamentos em série, pouces produtas, exemplo: refinaria, fábrica de papel. Empresas de serviço: equipamentos muito diversos, exemplo: hospitais, transporte. A importância da função manutenção é Hagrante nes dois últimos tipos citados acima, devido aos seguintes critérios dominantes: “processo”: custo da falha, disponibilidade “serviços”: segurança, disponibilidade. Pode-se, então, deduzir que: quanto mais custosa for a não disponibilidade, mais a manutenção é econômica; quanto mais a segurança está em jogo, mals à manutenção torna-se indispensável. 2,2. MISSÃO DO SERVIÇO “MANUTENÇÃO” De modo rápido, pode-se definir a missão do serviço “manutenção” por: A gerência otimizada da parque de equiparmentos (da dispositivo de produção). Esta otimização só pode ser feita em função de abjetivos que devem ser clacamente definidos a partir do conhecimento de três fatores; —ftor econômico: menores custos de falha, menores custos diretos de prestação, economia de ener- Bida, —Jator humano: condições de trabalho, segurança, fatores prejudiciais... =fator técnico: disponibilidade e durabilidade das raáquinas. Sendo os objetivos a atender precisos, a missão do serviço de manutenção cansjste agora em do- minar 0 comportamento dos equipamentos e gerenciar meios necessários ao seu trabalho. É o objetivo deste livra... Algumas reflexões preliminares SO serviço de manutenção tem a responsabilidade du “saúde” do parque imaterial de smodo preventivo fantes da falha) e de maneira corretiva (após a falha). * A conscrvação nãa é um fim em si, mas uma necessidade à qual o produtor se submete e que o agente financeiro acha custosa [][][D——. 0 12 A Função Manutenção Abordagem da Menujenção Industrial 13 — O ahastecimento e a gerência das ferramentas, das reposições... — Prestações diversas, para a produção (realização de montagens, por exemplo) ou para qualquer outro Direção gerar serviço. da usina — A conservação geral dos prédios administrativos ou industriais, espaços verdes, veículos... 1 Nota: É importante codificar a natureza das atividades (tempos passados) de modo a distinguir os cus- Soruça . tos específicos das atividades de manutenção do dispositivo de produção, dos custos retutivos às outras técnico atividades. Isto na área de interesse da gerência do “orçamento de conservação”. — f—— 1 On L » unção, Função ] Função — 2.5. ANÁLISE DE UM ORGANOGRAMA DE SERVIÇO DE MANUTENÇÃO DuçÃo ESTUDOS MANLITENÇÃO 9) O que é um organograma? incompleto, E— — Trata-se de uma representação esquemática da estrutura de uma empresa (de um serviço) colo- LANEIAMENTO cando em evidência os domínios de responsabilidade de cada elemento que à compõe. MÉTODOS suprimento) REALIZAÇÃO Ele responde à pergunta: “Quem faz o quê?” O organograma pode ser de orientação “hierárquica” (modelo militar construído sobre as paten- a tes) ou “funcional” (ver exemplo que virá a seguir). A separação das funções posta em evidência pelo organograma não implica 0 “isolamento”: os fluxos de comunicação úteis devem ser definidos entre os diferentes patamares. b) Interesse de um organograma * Unidade 1 í (do produção, Seu interesse principal € definir 05 domínios de ação de cada responsável, exitando as coincidén- cias e as lutas pelo poder: certas pessoas são insaciáveis... Unidade 2 sessãos Dentro do quadro de mutação de um serviço de conservação, é indispensável "sedistribuir as car- tas” de modo compatível com os novos objetivos definidos: o primeiro trabalho de uma empresa de consultoria encarregada de fazer evoluir um serviço de conservação é de repensar seu orgunograma. Diremos que um "bom" organograma é wme cundição necessária paro a realização da Junção u Equipe polivalente j nidade 4 > Sessão4 | coimtervenção Unidade 3 sessãos “manutenção” dentro da empresa; não é uma condição suficiente... setorizada €) Exemplo de organograma Figura 1.5: Organograma proposta para análisc. O organogramu proposto na Figura 1,5 € um exemplo “média” compatível com um serviço de manutenção de 60 pessoas, em uma empresa de 60 pessaus tendo quatro unidades (ou quatro setores) Um tem uma visão de curto praza da conservação do parque de produção. O outro deve ter uma ligação a média e longo prazo: uma relação “hierarquizada” não permi- diria a realização de uma política de manutenção racional. À cada um seus objetivos. . Nota: um organograma funcional não dá nenhuma indi ão relativa às comunicações inter-serviços. Assim, por exemplo, o serviço “métodos-manutenção” irá ligar-se com o serviço “compras” do servi- go comercial (máquina nova), com o escritório de estudos É projetos (investimentos de grande porte) c Com a unidade 2 (análise de uma queda de disponibilidade). 2. As sessões setorizadas são ligadas a utm equipamento do qual elas têm um perfeito conhecimento, É importante que clas estejam sob a responsabilidade do agente responsável pela conservação: — enerência da política, - coordenação dos trabalhos, - acompanhamento centralizado do material, = procedimentos padrão (stendiara) permitindo a ci — trocas fáceis entre equipes, etc. d) Análise crítica do organograma da Figura 1.5 purfante que os serviços “Produção” e “Manutenção” estejam dispostos de modo “horizon- lação da informação, 14 A Função Manutenção 3 As sessões são equipes com vários tipos de técnicos cuja composição é adaptada no material. Exemplo: um chefe de equipe + um cktrônico + dois técnicos de hidríntica + 2 técnicos de tubu- lação 1 um mecânico. A estrutura empírica sesviça “elétrico” e serviço “mecânico” é mal adaptada às intervenções em equipamentos com tecnologia múltipla. Ela causa problems de coordenação, de responsabitida- deu. 4 A função “planejamento” é muitas vezes negligenciada: ela permite ijberar una intervenção na hora H racional com todos os meios à disposição do chefe da sessão: — pessoal, — ferramentas, — preparações e dossiês técnicos, — recomendações de segurança, — meios especiais (levantamento de cargas, andaimes...) — materiais é sobressalentes. A continuação do livro nos permitirá uma análise mais fina dos domínios de atividade de cada um dos setores que constimem um serviço de manutenção. 2.6. DEVE-SE CENTRALIZAR OU DESCENTRALIZAR A MANUTENÇÃO? Esta pergunta é feita através da estruturação de um organograma. A experiência das empresas de consultoria mostra € O interesse por uma centralização hierárquica que permite: -- uma otimização do emprego dos meios, — um melhor domínio dos custos (orçamento, acompanhamento e responsatilidade), — uma padronização dos processos é meios de comunicação, — um acompanhamento homogênco dos materiais e de suas falhas, — o reagrugamento dos investimentos pesados de materiais de conservação, na oficina central, à dispo- sição das sessões setoriais, — umu melhor gerência de tado o pessoal que diz respeito à conservação. a O interesse de uma descentralização geográfica (pelas sessões de intervenção setorizada) que permi- te: a delegação da responsabilidade aos chefes de equipe, — melhorar «ts relações com o “produtor” (contato permanente), — à vantagem do trabalho em equipes reduzidas « polivalentes, - a eficácia e rapidez das intervenções sobre um material bem conhecido, A proporção da centralização descentralização deve ser adaptada à dimensão 2 à natureza presa, - us Abordagem do Manutenção fudesirial 15 3. TERMINOLOGIA DA MANUTENÇÃO 4.1. ALGUMAS DEFINIÇÕES DE BASE A A-FNO.R. difonde desde 1981 um conjunto de norinas relativas “A manutenção e à gerência dos bens duráveis”, normas destinadas a unificar o vocabulário c os métmtos de manutenção. Ela não levou em consideração a seguinte palavra: . aj A terotecnologia . y ma combinação de “management” (gerência), de economia e de “enginecring” (tecnologia), visando à confiabilidade e à capacidade de as equipamentos sofrerem manutenção, e suas performances & preços de revenda, à sua instalação, conser vação, modificação é durabilidade. b) Os tipos de manutenção (segundo as nyrmas 4.F. ! i o les de mnaenção rmas «FLNO.R. x 60 010 « 60 011) podem ser vistos Comuna de ações que per- fnvtam manter ou resiabelo- “er a um bem um estado es- Pecíico ou na medida para assegurar um serviço deler- minado. Manulenção efetuada com & intenção de reduzir a proba- bilidade de falha de um bem ou e um serviço executado, Manutenção efetuada após a falha. Manutenção CORRETRA Manutenção PREVENTIVA -———— Manutenção subirainada à um tipo de acontecimento predeleminado (medida, diagnóstico). Manutenção proventiva DE CONDIÇÃO Manutenção afstuada se- gundo um esquema de co branças estabelecido tendo como base o tempo ou 6 número de unidades de uso, Manutenção preventiva SISTEMÁTICA Figura 1.6: Esquenta de tepos de manutenção. “JA manutenção corretiva Elu se decompõe eum duis tipos, de definições não normalizadas 18 A Fimção Manutenção O usuária esteja qm etad unia função requer ave e do uxovdar “O bom axneuta sum função [O Dbeméapio a executar sus 1 y Temas etelivo da dispombilidady Tam tempo próprio do não disponibllicade Sd Tempy do Fimcienamento. tempo de não Disponibilidade | “o sam está a Bem ingpl por Porém não poda causa de lh funcionar pur Obemostá apro, O ham nác está apro mas aínda au do ação da | à ovacutar a lunção, não salictnco preventivo, manulanção | Figura 1.8; Algumas definições de bas quanto aos tempos relativos à manutenção. b) À noção de “duração de uso” A nução de tempo, fundamental em manutenção, aparece seguido nas definições da A.FN.OR, sob à forma “unidades de uso”. o Precisemos essa expressão (norma NE x 60010). : ilizaçã viço dele”, — Uso: “utilização de um produto em vias de se obter um serviço dele o - Unidade de uso: “grandeza finita escolhida para avaliar quantitativamente um uso dentro das condi ções convencionais eventualmente normatizadas”. lis i i Et ú las vezes à Concretamente, as unidades de uso que utilizaremos na indústria serão na maior parte das ve: hora, e menos seguido a semana, omêsouoano. . Mas podem ser igualmente umdades de tempo “indiretas”, tais como: = ciclos de funcionamento (para uma comporta elétrica, por exeriplo), — peças produzidas (para uma máquina de produção), — Quantidades produzidas (toneladas para um processo), istâncias percorridas (km para um vefculo). +) Escalas de tempos de referência Ltilizaremos escalas de tempo absolutas ou relativas. Tomemos um exemplo simples Abordagem du Memineação. Industria) 19 Estamos usando um vefoutu há trés anos em escala “absoluta”, Percorremos 45.000 ou 60.000 km: é uma referência relativa à u Esta última escala é tecnicamente mais interessante: mas ela cor gerência por vezes pouco prática, (de janeiro de 1983 a janeiro de 1986), É uma referência tilização própria do veículo, Tdi a uma individualização da 34. CONFIABILIDADE, CAPACIDADI TENIBILIDADE), DISPONIBILIDADE, VIDA de um MATERIAL E E DE SOFRER MANUTENÇÃO (MANU- À (taxa des ialha Ri) CONFIABILIDADE probabilidade Hb Taxa doreparo CAPACIADE DE SOFRER Ma. MITENÇÃO MM probatilidage do duração da manulanção MTTR média dos tempos témicos do reparo mádia dos tempos. de hom funcionamento. DISPONIBILIDADE D4y erobobilicaço de assegurar um Serviço requerido D Tar MTBF + MTTR Figura 1.9: Conceitos da vida útil de um imaterigl Ekses três conceitos (ver esquema da Figura 1.9) são encarados « 4s0) ou de mado operacional (durante e após o uso) As trés funções precedentes, notadas respectivamente R(b), Mem, Bo pudispensável precisar à uução de tempo em manutenção, ten 60-15. seja de modo antecipada (antes do DXy são funções do tenpo. Pa lo caiu referência « norma X 2) A “yida de uma máquina: Elu compreende uma alternância de paradas « de “bom funcionamento”, durante a tempo que ela tiver potencial de utilização (= tempo requerido — trt TO) O [A 1 TBF2| TA 2] TBF3 Ad Tera o ss RR id RR Essas durações podem ser observadas ou estimadas. Uma parte (variável) das T.A. é constituída de ETR. (| apos 1é:mcos de reparo). 20 A Função Manutenção b) Indicador de dispanibilidade TO-ETA b TO IMTBFeMT: A M.T.B.F., ou média dos teanpos de bom funcionamento, é o valor médio entre falhas consecuti- vas. por um dudo períoro da vida de um dispositivo: 5 TBFi s n MTBF = Do mesmo modo, a M:T-T R. (ou média dos tempos técnicos de reparo) será. XtTRi MTTR = “4 Esses valores serão calculados (após observação), estimados, preditos ou extrapolados. 3.5. LOGÍSTICA DE MANUTENÇÃO — Este termo de origem militar, refere-se à manutenção das tropas via transporte é abastecimento. Por extensão, a indústria apropriou-se do termo, que engloba todos os meios (dentro dos quais a ma- nutenção) que ajudam à produção. — Em munutenção, a “loglstica” será o conjunto de meios colocados em prática para assegurar uma missão de manutenção, a saber 0 ferramental, os sobressalentes, os meios de levantamento de carga, de movimentação de material, de manutenção, o pessoal necessário... 4. METODOLOGIA DA MANUTENÇÃO 4.1, INTRODUÇÃO Além da função GERÊNCIA, que consiste em fazer opções, em apontar prioridades de ação, O estudo do organograma do serviço Manutenção colocou em evidência três funções, que iremos logo caracterizar, segundo a Figura 1.10. Iremos, entáv, refletir sobre quatro áreas que a pessoa de manutenção deve duminar: à observa- cão (2), a análise (3), a comunicação (4), a determinação de ações prioritárias (5). Abordugem du Manutenção industrial 24 Função ng Função de PLANEJAMENTO EXECUÇÃO Papelie preparação Papei de coordenação Papel de intervenção Qualidade de observação , Qualidade de Quelldade profissional e de análise comunicação “| trormação, experiêncial -—— — L— Figura 5.1D: As três funções cm evidência. 4.2.4 OBSERVAÇÃO a) Definição “Estudo cuidadoso sobre um evento”. A observação participa da conhecimento (comportamento do equipamento, lei de desgaste), pre- side o diagnóstico, a perícia, € comanda as operações de saída de pane e reparo. b) Método — Observar uma só coisa de cada vez (separar os parâmetros para estudar separadamente seus efeitos). — Observar sem julgamento (ser objetivo e imparcial, sem a priori). — Tudo observar: nada eliminar à priori, mesmo o que pareça independente do fenômeno observado. — Tomar nota de tudo: notas, croguis, esquemas, fotos..., medir as cotas, distâncias, parâmetros ffsi- c0s..., anotar as Cores, o aspecto, O cheiro,... 4.3. À ANÁLISE a) Definição Decomposição de um conjunto mais ou menos complexo em elementos tão simples quanto possí- vel. A análiss permite distinguir os elementos e compreender a natureza das ligações: — entre os elementos isolados, de uma parte, — entre um elemento e o conjunto, de ontra parte. O estudo ulterior du “função Métodos-Manutenção” nos conduzirá a desenvolver sucessivamen- A análise dos custos. Trata-se de uma ferrunenta de gerência que permite ao responsável da manu- tenção decidir a partir de dados técnicos e econômicos. =A análise dos tempos: A análise dos tempos permite à avaliação dos tempos por vir, portanto numerar as tarefas prontas e dar rdens de serviço. = análise morfológica (ou agrupamento em famílias); Ela permite reagrupar as peças de diferentes origens, mas de formas e funções semelhantes.