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Floristica OK, Trabalhos de Biologia

trabalho feito em borda da mata ,sul de minas

Tipologia: Trabalhos

2011

Compartilhado em 14/06/2011

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ronaldo-batista-1 🇧🇷

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FLORÍSTICA DA MATA CILIAR DO RIO MANDU
Resumo
Foi realizado o levantamento floristico arbóreo de 3 fragmentos de mata ciliar no rio mandú , nas
localidades do bairro Bogari , Sertãozinho e aterrado em Pouso alegre , próximo a desembocadura do rio
Sapucaí Mirim , Foram identificadas as espécies numa faixa de 20mts de largura por 500mts extenção , A
maior diversidade ocorreu no fragmento do bairro bogari ,pois existe pouca interferência do homem naquela
região, e em segundo no distrito do sertãozinho em Borda Da Mata,situada em uma parte rural localizada
paralelamente a rodovia MG 290 , e por fim no Bairro aterrado situado em Pouso Alegre .
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FLORÍSTICA DA MATA CILIAR DO RIO MANDU

Resumo

Foi realizado o levantamento floristico arbóreo de 3 fragmentos de mata ciliar no rio mandú , nas

localidades do bairro Bogari , Sertãozinho e aterrado em Pouso alegre , próximo a desembocadura do rio

Sapucaí Mirim , Foram identificadas as espécies numa faixa de 20mts de largura por 500mts extenção , A

maior diversidade ocorreu no fragmento do bairro bogari ,pois existe pouca interferência do homem naquela

região, e em segundo no distrito do sertãozinho em Borda Da Mata,situada em uma parte rural localizada

paralelamente a rodovia MG 290 , e por fim no Bairro aterrado situado em Pouso Alegre.

1. INTRODUÇÃO

1.1 Considerações Iniciais

As matas ciliares são definidas, segundo Rodrigues (2001), como formações que ocorrem ao longo

de cursos d’água, com drenagem bem definida ou mesmo difusa. Segundo Berg & Oliveira-Filho (2000), a

presença de mosaicos vegetacionais em matas ciliares é determinada pelas condições locais de topografia,

clima, solo e regime hídrico dos rios e cursos d’água. A inter-relação com as matas adjacentes e a influência

do fluxo gênico vegetal e animal resultam em uma heterogeneidade característica dessas formações.

Salvador & Reichardt apud Dias et al ., 1998), ressaltam a importância da mata ciliar numa bacia

hidrográfica do ponto de vista hidrológico e ecológico. Segundo os autores, são: “a manutenção da

qualidade da água, a estabilidade do solo das áreas marginais, a regularização do regime hídrico através da

sua influência no lençol freático, funciona como filtro do escoamento superficial, protegendo os cursos

d’água de adubos e defensivos agrícolas, e fornece alimento para a fauna aquática e silvestre ribeirinha”.

Apesar de sua inquestionável importância ecológica, as matas ciliares Da região de sertãzinho e

aterrado vêm sendo destruídas ou encontram-se em sua maior parte degradadas, o que acarreta sérios

problemas para a manutenção da biodiversidade. Essas agressões normalmente são causadas pela

implantação de lavouras, pois estas atuam fortemente na economia da região Os estudos referentes à

florística e à estrutura fitossociológica dos remanescentes florestais da região sudeste do Estado de Minas

Gerais são muito escassos; destacam-se apenas os trabalhos de Stranghetti & Taroda Ranga (1998), sobre o

levantamento florístico das espécies vasculares de uma mata localizada na Estação Ecológica de Paulo de

Faria, Stranghetti et al. (2000; 2003

A situação crítica em que se encontram essas florestas deixa evidente a necessidade de estudos

sobre sua composição florística e a ecologia dos seus remanescentes, onde o conhecimento da vegetação

ciliar é imprescindível para a caracterização da vegetação adjacente, permitindo assim estabelecer, de forma

mais segura, as medidas mais adequadas de manejo e recuperação de áreas alteradas.

O desmatamento das matas ciliares resulta no assoreamento do rio. Como a mata ciliar tem por

principal função proteger o solo contra erosões, a ausência desta deixa o solo desprotegido, ficando sujeito a

erosões. Com a chuva, a terra é desgastada, indo para o rio, o qual fica assoreado, tendendo a ficar cada vez

mais raso. Isso também diminui a qualidade da água, afetando os ecossistemas que habitam o rio,

acarretando no desequilíbrio das relações ecológicas da região.

Neste panorama, as matas ciliares não escaparam da destruição; pelo contrário, foram alvo de todo

o tipo de degradação. Basta considerar que muitas cidades foram formadas às margens de rios, eliminando-

se todo tipo de vegetação ciliar; e muitas acabam pagando um preço alto por isto, através de inundações

constantes.

O novo Código Florestal (Lei n.° 4.777/65) desde 1965 inclui as matas ciliares na categoria de áreas

de preservação permanente. Assim toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens

dos rios e ao redor de nascentes e de reservatórios deve ser preservada.

De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está

relacionada com a largura do curso d'água. A tabela apresenta as dimensões das faixas de mata ciliar em

relação à largura dos rios, lagos, etc.

As matas ciliares desempenham um papel importante no ambiente, pois funcionam como um filtro.

Além disso, servem de abrigo e fonte de alimento para a fauna silvestre e aquática.

Levantamentos florísticos são de extrema importância para o conhecimento preliminar das

formações vegetais, já que fornecem informações básicas e essenciais para a execução de estudos mais

detalhados sobre a vegetação, sendo um ponto crucial no processo de preservação. Nesse contexto, os

objetivos deste trabalho foram avaliar as variações florísticas e estruturais de fragmentos da mata ciliar do

Rio Mandú, no estado de Minas Gerais.

1.2 Objetivo

Comparar a flora de três fragmentos diferentes.uma na cabeceira do bairro do Bogari em Borda da

Mata ,outra no médio,no distrito do sertãozinho em Borda Da mata , e baixo mandú, localizado no bairro do

aterrado em Pouso Alegre

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Área de estudo

O trabalho foi desenvolvido nas matas ciliares do Rio Mandu no período de Agosto a Setembro de

2010. O termo Mandu deriva da corruptela de “Mandi-Yu, que quer dizer: peixe amarelo”. O rio Mandu é

um importante componente na história e no ecossistema da região, além de abastecer as cidades de Borda da

Mata e Pouso Alegre.

O Rio Mandu nasce no Bairro Francisco Sá, no município de Ouro Fino, passado por Borda da

Mata e Pouso Alegre. Sua altura é de 1.060 metros, em relação ao nível do Mar. Sua extensão é de

aproximadamente 50 km e sua profundidade varia de 0,30 m a 4 metros. Deságua no rio Sapucaí - Mirim..

tomando o rumo NE, atravessa parte da bacia do Sapucaí, lançando-se no Sapucaí-Mirim, o rio Mandu se

divide em três tipos matas: Bogari, Sertãozinho e Aterrado,

O relevo da região varia de plano suave a ondulado. A região e caracterizada por apresentar solos

rasos, pedregosos e quase sempre descobertos. Na região, muito da vegetação nativa já foi devastada e em

alguns pontos os processos erosivos são evidentes. A ocupação da área deu-se de forma desordenada e hoje

existem apenas fragmentos residuais de vegetação apresentando sua cobertura vegetacional como um

mosaico em diferentes estágios sucessionais..

2.2. metodologia

A amostragem florística das espécies foi realizada através de caminhadas ao longo da mata ciliar,

num total de 1,5 km percorridos. Esta lista foi enriquecida pelas espécies amostradas no levantamento

estrutural. foram as espécies cujo representante, apresentava no mínimo uma CAP (circunferência a altura

do peito )de 15,7cm .Foram coletadas amostras para dados específicos para posterior comparação com dados

da literatura.

Foi feito analise e pesquisa nos três níveis de matas existentes do Rio Mandu.

Bogari: Mata secundaria preservada ,madeira em rio pedregoso com cava funda marginal

Sertãozinho : Mata secundaria pertubada em várzea , com o dreno do rio bom , pelo tamanho da

cava e pela profundidade sendo raras as inundações marginais.

São Geraldo: Mata pertubada ,secundaria , com trechos conservados sendo toda área sujeita inundações de verão.

FAMILIA ESPECIES NOME

POPULAR

BOGARI SERTAÕZINHO SÃO

GERALDO

Myrtaceae

Eugenioa sp eugênia / x x

Eugenia hyemalis. eugênia / x x

Eugenia widgrenii eugênia / x x

Eugenia dodoneifolia cambuí / / /

Eugenia florida Eugenia x x /

Myrcia multiflora. cambuí / x x

Myrcia splendens. carvaozino / x

Myrcia laruotteana cambui / x /

Myrciaria tenella guamirim / x /

Myrcia laruotteana cambui / x x

Solanaceae

Solanum bullatum / x x

Solanum pseudoquina jurubeb-de-árvore / x x

Salanum granulosum capoeira-branca x / x

Salanum pseudoquina jurubeba-de-árvore x / x

Fabaceae

Erythrina falcata moxoco /

Machaerium nyctitans bico-de-pato / x x

Fabaceae Mimosoideae / x x

Acacia polyphylla monjoleiro / x x

Inga vulpina ingá-rosa / x x

Fabaceae Caesalpinoideae / x x

Hymenaea corbaryl jatobá / x x

Bauhinia forficata pata-de-vaca / x x

Copaifera langsdorffii copaíba / x x

Erythrina crista-gallis corticeira-rosa x / x

Lanchocarpus acutratus embira-de-sapo x / x

Lonchocarpus guilleminianum embira-de-sapo x / x

Machaerium acutifolium jacarandazinho /

Machaerium vestitum marmelinho x / x

Salicaceae

Casearia lasiophylla fruta-de-galo / x x

Casearia sylvestris guassatonga / x /

Xilosma ciliatifolia espinho-de-judeu x x /

Meliaceae

Cedrela fissilis cedro / x x

Guarea macrophylla peloteira / x x

Cabrales canjerana canjarana x / x

Guarea guidoni peloteira x / X

Guarea Kunthiana peloteira x x /

Araucariaceae

Araucaria angustifolia araucária / x^ x

Boraginaceae

Cordia magnoliifolia Cham. café-de-bugre / x /

Cordia superba baba-de-moça x x /

Melastomataceae

Miconia jaracatião / x x

Miconia cinerascens jaracatião /

Annonaceae

Rollinia emarginata araticuzinho / x x

Rolinea sylvatica araticum x /

Lythraceae

Lafoensia pacari dedaleira /^ x^ x

Burseraceae

Protium spruceanum almaçagueiro / / x

Nyctaginaceae

Guapira opposita maria-mole /^ x^ x

Moraceae

Ficus enormis mata-pau / x x

Ficus insipida Willd. figueira-branca / / x

Morus nigra amoreira x x /

Maclura tinctoria taiuveira x x /

Rubiaceae

Psychotria vellosiana Benth. cafezinho / x x

Guettarda uruguensis veludo / x x

Amayoua sp x / x

Rudgea jasminoides cafezinho x x /

Randia sp veludo x x /

Arecaceae

Syagrus romanzoffiana jerivá /^ x^ x

Aquifoliaceae

Ilex paraguariensis A.St.-Hil. Erva-mate / x x

Annacardiaceae

Schinus terebinthifolius pimenteira / x /

Lythraea molleoides aroeira x / x

Celastraceae

Maytenus robusta espinheira-santa x x /

Maytenus evonymoides espinheira-santa x x /

Pycramaceae

Pycramia selowi Sem nome x x /

Asteraceae

Vernonia phosphoria assa-peixe x / x

Vernonia discolor assa-peixão x / x

Piptocarpha macropóda vassourão-preto x / x

Sapindaceae

Matayba guianensis cambutá x / /

Erythroxilacea

Erythroxilum deciduum pimentinha x^ /^ x

Urticaceae

Boheria caldata falsa-urtiga x / x

Cecropia glaziovi embaúba x / x

Lamiaceae

Aegyphila selowiana tamanqueira x /

Vitex megapotamica tarumã x / /

No Bairro bogari encontramos 57 especies de arvores dividida em 24 familias, sendo 4 espécies dominantes

nessa área :

Bauhinia forficata ::Pata de vaca

Matayba guianensis: Mataiba

Schinus terebinthifolius : Aroeira mansa

Calyptranthes grandifolia: Cambuí

No Bairro Sertaozinho encontramos 52 especies divididas em 24 familias, sendo 5 espécies dominantes

nessa área :

Eugênia dodoneifolia:Cambuí

Croton urucurana: Sangra d´gua

Sebastiania commersoniana: Capixaba

Casearia sylvestris: Guaçatonga

Nectandra nitidula: canelinha

No Bairro SÃO GERALDO encontramos 18 espécies divididas em 18 familias , sendo 6 espécies

dominantes nessa área :

Inga vera :Iingá dório

Pycramia selowiana: s/n

Sebastyiania commersoniana: Capixaba

Guarea Kunthiana: peloteira

Casearia sylvestris: Guaçatonga

Matayba guianensis: Guambutá

Acredita-se que essa variação de espécie em matas diferente, deve-se ao baixo índice de

diversidade fato de que muitas espécies podem apresentar populações naturalmente dispersas e raras, ou

seja, os indivíduos sempre se encontram distantes uns dos outros, de forma que a área amostral

incluiu mais de um indivíduo da mesma espécie

4. CONCLUSÃO

As matas mais conservadas apresentam diversidades de espécies florestais .As matas aluviais (de

inundações ) apresentam menor numero de espécies e as matas sem inundações apresentam maior

similaridade que as conservadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERG, E. D.; OLIVEIRA-FILHO, A. T. Composição florística e estrutura fitossociológica de uma floresta

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http://www.ifs.ifsuldeminas.edu.br/pesquisas/TCC/TCC_2009/TCC_Fabiana.pdf; Acesso em 04 de

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DAVIDE, A. C.; SILVA,E. A. A. DA. Produção de sementes e mudas de espécies florestais. 1. ed. Lavras-

MG: Ed. UFLA, 2008. 175 p. Disponível em:

http://www.ifs.ifsuldeminas.edu.br/pesquisas/TCC/TCC_2009/TCC_Fabiana.pdf; Acesso em 04 de

Setembro

FERREIRA, Daniel Assumpção Costa; DIAS, Herly Carlos Teixeira. Situação atual da mata ciliar do

Ribeirão São Bartolomeu em Viçosa/MG. Revista Árvore, Viçosa (MG), v.28, n.4, p. 617-623, 2004.

Disponível em: http://www.cptl.ufms.br/revista-geo/Artigo5_M.Rizzo.pdf: Acesso em 04 de Setembro de

GRELA FILHO, Antônio Rodrigues; RIZZO, Marçal Rogério; SANTOS, Bruno José; Corredores

Biológicos – A busca da preservação da fauna. Jornal A Tribuna. Jales, 31 out. 2004, caderno principal, p.

A-6. Disponível em: http://www.cptl.ufms.br/revista-geo/Artigo5_M.Rizzo.pdf: Acesso em 04 de Setembro

de 2010.

RODRIGUES, R. R. Uma discussão nomenclatura das formações ciliares. In: RODRIGUES, R. R.;

LEITÃO FILHO, H. F. Matas ciliares: 1