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Fenomenologia, Exercícios de Administração Empresarial

Descrição: <br>VARIOS EXERCICIOS RESOLVIDOS

Tipologia: Exercícios

Antes de 2010

Compartilhado em 14/10/2008

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gilceli-esquivel-7 🇧🇷

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A Fenomenologia
Teoria fundada pelo filósofo alemão Edmund Husserl (1859-1938) que objetiva “o
estudo da consciência e dos objetos da consciência” (COBRA, 2005). A palavra
fenomenologia deriva das expressões gregas phainesthai’, que significa “aquilo que se
apresenta” e logos’, que significa “estudo”. Esta teoria afirma que os fenômenos da
consciência são importantes, tanto que merecem ser estudados.
Essa idéia é baseada no seguinte princípio: “tudo que podemos saber do mundo
resume-se a fenômenos, a objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma
palavra que representa a sua essência, sua significação” (COBRA, 2005). Sendo consciência,
‘consciência de alguma coisa’ e não uma substância, ela é uma atividade constituída por atos
com os quais visa algo.
Os significados são objetos visados pelos atos intencionais da consciência.
Husserl afirma que as coisas caracterizam-se por serem inacabadas, possíveis de sempre
serem visadas por uma consciência que as modificam. Buscando que a Filosofia não
apresentasse “verdades provisórias”, propôs que esta se referisse às coisas como se
apresentam na consciência e estudadas em suas essências, seus verdadeiros significados; livre
de teorias e suposições ou incidentes empíricos.
As idéias sobre a fenomenologia de Husserl foram publicadas na obra Jahrbuch
für Philosophie una phänomenologische Forschung (1913-30) e influenciaram diversos
psicólogos, sociólogos e filósofos. Dentre estes últimos, os existencialistas Heidegger, Sartre
e Merleau-Ponty.
Sartre acompanha o pensamento fenomenológico de Husserl acerca da análise da
consciência, em alguns dos seus (Sartre) primeiros trabalhos. Neste período, de 1936 a 1940,
faz clara distinção entre ‘consciência perceptual’ e ‘consciência imaginativa’, baseado no
conceito de Husserl sobre a intencionalidade.
Em seu livro The Philosophy of Existentialism (1965), Sartre afirma ser “a
subjetividade o ponto de partida” do pensamento existencialista, o que aponta que um
existencialista é, primeiramente, um fenomenólogo.
Tanto Sartre quanto outros autores desenvolveram uma linguagem sofisticada
sobre o tema, o que rendeu interesse dos acadêmicos e, por vezes, o obstáculo da
incompreensão por parte de muitos intelectuais. Os estudos de Sartre sobre fenomenologia
tiveram, certamente, forte impacto sobre a teoria existencialista, corrente filosófica que
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A Fenomenologia

Teoria fundada pelo filósofo alemão Edmund Husserl (1859-1938) que objetiva “o estudo da consciência e dos objetos da consciência” (COBRA, 2005). A palavra fenomenologia deriva das expressões gregas ‘ phainesthai’ , que significa “aquilo que se apresenta” e ‘ logos ’, que significa “estudo”. Esta teoria afirma que os fenômenos da consciência são importantes, tanto que merecem ser estudados. Essa idéia é baseada no seguinte princípio: “tudo que podemos saber do mundo resume-se a fenômenos, a objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua significação” (COBRA, 2005). Sendo consciência, ‘consciência de alguma coisa’ e não uma substância, ela é uma atividade constituída por atos com os quais visa algo. Os significados são objetos visados pelos atos intencionais da consciência. Husserl afirma que as coisas caracterizam-se por serem inacabadas, possíveis de sempre serem visadas por uma consciência que as modificam. Buscando que a Filosofia não apresentasse “verdades provisórias”, propôs que esta se referisse às coisas como se apresentam na consciência e estudadas em suas essências, seus verdadeiros significados; livre de teorias e suposições ou incidentes empíricos. As idéias sobre a fenomenologia de Husserl foram publicadas na obra Jahrbuch für Philosophie una phänomenologische Forschung (1913-30) e influenciaram diversos psicólogos, sociólogos e filósofos. Dentre estes últimos, os existencialistas Heidegger, Sartre e Merleau-Ponty. Sartre acompanha o pensamento fenomenológico de Husserl acerca da análise da consciência, em alguns dos seus (Sartre) primeiros trabalhos. Neste período, de 1936 a 1940, faz clara distinção entre ‘consciência perceptual’ e ‘consciência imaginativa’, baseado no conceito de Husserl sobre a intencionalidade. Em seu livro The Philosophy of Existentialism (1965), Sartre afirma ser “a subjetividade o ponto de partida” do pensamento existencialista, o que aponta que um existencialista é, primeiramente, um fenomenólogo. Tanto Sartre quanto outros autores desenvolveram uma linguagem sofisticada sobre o tema, o que rendeu interesse dos acadêmicos e, por vezes, o obstáculo da incompreensão por parte de muitos intelectuais. Os estudos de Sartre sobre fenomenologia tiveram, certamente, forte impacto sobre a teoria existencialista, corrente filosófica que

destaca três elementos básicos: a liberdade individual, a responsabilidade e a subjetividade do ser humano.