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FARMACOLOGIA - Introdução, formas farmacêuticas e farmacocinética - Resumo de aula (2025), Notas de aula de Farmacologia

RESUMO SOBRE: - Introdução à farmacologia: conceitos sobre mediação, tipos de medicamentos, nomenclatura e composição - Formas farmacêuticas: vias de administração, formas da via oral, tabelas comparativas - Farmacocinética: liberação, absorção, distribuição, metabolização, eliminação e excreção OBS: Trata-se de um resumo, abordando tópicos, imagens, tabelas e uma visualização mais resumida do que livros didáticos. Para informações mais completas, busque um livro.

Tipologia: Notas de aula

2025

À venda por 04/07/2025

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FARMACOCINÉTICA
FARMACOLOGIA
Júlia Agra
Acadêmica de Medicina
Atualizado em 2025
RESUMÃO
MEDICINA
+ Introdução; Formas terapêuticas
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FARMACOCINÉTICA

FARMACOLOGIA

Júlia Agra

Acadêmica de Medicina

Atualizado em 2025

RESUMÃO

MEDICINA

+ Introdução; Formas terapêuticas

Farmacocinética 1

Farmacocinética

Liberação

Medicamento → desintegração → Princípio ativo em grânulos → dissolução → Princípio ativo em solução → farmacocinética e farmacodinâmica Líquido (principalmente solução) > Cápsula > Comprimido > Drágea → VELOCIDADE DE LIBERAÇÃO Alguns fatores alteram a desintegração: volume do diluente, pH do meio, temperatura, grau de compactação

Absorção

São as diversas passagens dos fármacos por membranas biológicas, desde o local de administração até os líquidos de distribuição (sangue)

Fatores que interferem na absorção
Fatores fisiológicos
  1. pH e fluxo sanguíneo do local de absorção → manter pH do meio e quanto maior fluxo, melhor absorção
  2. área de superfície de contato → INTESTINO DELGADO (microvilosidades) > Estômago > Intestino grosso > Esôfago
  3. Tempo de contato com a superfície de absorção → fígado determina a ordem de cinética: 0, 1, 2, 3 0 : passa pelo fígado e não tem perda de concentração 3 : passa pelo fígado e inativa por completo, logo, a via de administração não pode ser oral, optando pela endovenosa, por ex. → Insulina quem define a posologia é o prescritor, por isso esses fatores devem ser considerados

Farmacocinética 3

Tempo de digestão

Tempo de digestão (esvaziamento gástrico): influencia no tempo de início de ação do medicamento ACELERAM esvaziamento gástrico → comida fria, líquidos, alimentos básicos, baixo teor de sal, açúcar, gorduras ou proteínas

Biodisponibilidade

Concentração do fármaco que alcança a circulação, independente da via Biodisponibilidade de fármacos adm. por via parenteral = 1 (100%) e pela via oral é < 1 Serve para determinar a quantidade absorvida, a velocidade de absorção, a concentração dos fármacos nos sistemas do corpo e relacionar com a resposta terapêutica pretendida

Interferências
  1. Metabolismo de 1° passagem → interferência do fígado, via ORAL
  2. Absorção incompleta
  3. Solubilidade
  4. Instabilidade química → benzilpenicilinas: instáveis no pH gástrico; insulinas: destruídas no trato gastro por enzimas (insulinases do fígado) e acidez estomacal
  5. Natureza da formulação do fármaco
Bioequivalência

MESMA BIODISPONIBILIDADE de dois medicamentos diferentes ou do mesmo medicamento administrado por vias diferentes

💡 OBS: Medicamento genérico obrigatoriamente tem que ser bioequivalente

ao de referência

Distribuição

Fornecimento do fármaco para os órgãos e tecidos pela circulação

Farmacocinética 4

Nessa fase é quando pode gerar efeitos adversos

Fatores que influenciam na velocidade e extensão
  1. Ligação com proteínas plasmáticas → a maioria, por ser lipossolúvel , depende delas
💡 EX:^ Medicamento para SNC^ depende muito das proteínas, por isso

precisa ser mais lipossolúvel EX: Dramin - é um anti-histamínico, mas, pela maior lipossolubilidade conseguia atingir o SNC, dando efeito adverso de sono. Para diminuir esse efeito precisa diminuir a lipossolubilidade, que é o que fizeram no Allegra

  1. Dose
  2. Biodisponibilidade
  3. Barreiras orgânicas
  4. Fluxo sanguíneo dos órgãos
  5. Características fisico-químicas do fármaco
  6. Idade do paciente e estado nutricional
Ligação com proteínas plasmáticas

Para o fármaco conseguir fazer efeito ele precisa se soltar da proteína para se ligar à um receptor, mesma coisa para ser metabolizado por enzimas Livre : consegue se ligar ao receptor, induzir efeito e ser metabolizado por enzimas Ligado à proteína: fica “protegido” da metabolização por enzimas, fica mais tempo na corrente sanguínea (maior tempo de MEIA-VIDA), atua como “reserva” do fármaco PRINCIPAL: ALBUMINA; Outras: Glicoproteína alfa l - ácida e Lipoproteínas

Farmacocinética 6

Fármaco inativo → Metabólito ativo Minoria dos fármacos Fármaco ativo → Metabólito ativo →efeito terapêutico ou tóxico Exemplo de ação terapêutica: manter sono Exemplo de ação tóxica: toxicidade hepática

💡 PARACETAMOL: seu metabólito é tóxico. A acetilcisteína aumenta a

concentração de glutationa, sendo usada para casos de intoxicação por paracetamol por acelerar a metabolização dele.

Profármaco inativo → Metabólito ativo serve para fármacos com menor prazo de validade

💡 EX: Predinisona (é o fármaco ativo, geraria mais efeito e mais reação

adversa) → Predinisolona (é o metabólito ativo, tem menor ação mas também menor efeito adverso), sendo o melhor protocolo pelo tempo que se pode usar corticoide

Fases
FASE I - Enzimática

Reações: redução, oxidação ou hidrólise Fármaco lipofílico → hidrofílico pela adição de grupos polares (como hidroxila e amina) Fígado = enzimas citocromo P450 (CYP450) Plasma = esterases plasmáticas → metabolização mais rápida

Farmacocinética 7

FASE II - Conjugação

Quando a fase I não é suficiente Adição de ácido orgânico (Ex: Glutationa) Hidrolisa o fármaco ou conjuga-o com uma molécula grande e polar → inativa, aumenta solubilidade e excreção na urina

💡 MINOXIDIL: continua ativo após fases 1 e 2 e seu metabólito após a fase

2 é ativo, agindo para uso tópico em casos de calvície

💡 CLORANFENICOL (antibiótico): depende exclusivamente do ácido

glicurônico. Como bebês não têm esse ácido, ele não é metabolizado corretamente e fica acumulado no sangue, causando deficiência respiratória → Síndrome do bebe cinzento

Fatores que alteram o metabolismo de fármacos
Fisiológico
  1. Idade → fígado incapaz: recém-nascidos, idosos, grávidas
  2. Polimorfismo → variação genética
  3. Fatores nutricionais e ambientais
  4. Espécie
  5. Sexo
  6. Débito sanguíneo hepático
Farmacológicos
  1. Inibição enzimática : reduz metabolização e aumenta concentração → pode aumentar toxicidade
  2. Indução enzimática : metaboliza mais rápido e diminui concentração → pode diminuir o efeito, pode aumentar níveis tóxicos dos metabólitos reativos dos fármacos

Farmacocinética 9

Renal: filtração glomerular, secreção tubular e reabsorção tubular Deve estar HIDROSSOLÚVEL Não pode estar junto a proteína para passar no glomérulo Deve estar ionizado→ bicarbonato basifica, evitando a reabsorção renal pois fica ionizado e ácido ascórbico acidifica

💡 Outros meios: saliva, suor, lágrima, pele

Doses pediátricas

Pela idade
  1. Regra de Fried
  2. Regra de Cowling
  3. Regra de Young
Pelo peso
  1. Regra de Clark → mais usada

Formas farmacêuticas 1

Formas farmacêuticas

💡 Diferença entre forma e fórmula

Forma: como o medicamento vai se apresentar, a forma como compramos Fórmula: como vou sintetizar um medicamento, muito comum em dermatológicos que possuem mais especificidades - princípio ativo e componentes

Classificação

Consistência

Sólido, Líquido ou Semi-sólido

Via de administração

Oral, Parenteral, Tópica

💡 sublingual : não é oral nem enteral pois não sofre influência do estômago

ou intestino, mas é classificada geralmente como oral por conta do local em que é inserido- tempo de início de ação mais rápido, metabolizado mais rápido

1. Oral

sólidas - mais usadas, mais baratas e fácil conservação

drágea: revestidas por açúcar, não pode partir cápsula: recoberta com gelatina dura ou mole comprimidos com sulco (tracinho no meio) servem para partir e é obrigado que tenha a mesma quantidade em cada lado

Formas farmacêuticas 3

pomada: mais gordura e menos água - demora mais a sair da pele, oclusão creme: menos gordura e mais água - mais hidratante, sai mais rápido gel: quase igual e para incorporar partículas grandes - dermocosméticos

💡 problemas: quantidade de aplicação, acontece superdosagem que

mesmo sendo via tópica, pode ter absorção sistêmica

Mucosas - oral, vaginal, retal, conjuntival, otológica, nasal

Vias de administração

  • Formas farmacêuticas

Introdução à Farmacologia 2

Remédio : pode ser qualquer coisa com finalidade curativa, não só medicamento. Pode ser um chá, exercício físico, descanso e até quimioterápicos, mesmo quando possuem efeitos adversos Medicamento : tem uma substância ativa com finalidade terapêutica, um propósito curativo, e caso ajude com a cura, é considerado remédio (alguns chás possuem princípio ativo e também são considerados medicamentos) Placebo : não tem substância química com finalidade curativa mas ajuda com a cura psicológica - também serve para o desmame de medicamentos e outros vícios

Droga

Substância (que não seja componente alimentício ou da dieta) que modifica a função fisiológica de um organismo vivo, produzindo alterações (benéficas ou maléficas).

Agente tóxico ou Veneno

estrutura química conhecida que visa efeito maléfico

💡 Paracetamol: 15g-20g já é suficiente para um efeito letal (causa hepatite),

e existem doses de até 750mg por comprimido

Fármaco

estrutura química conhecida, visa efeito benéfico e refere-se ao princípio ativo

Conceitos

Posologia : quantidade a ser administrada, horário, número de vezes e duração do uso Dose: quantidade administrada de uma vez a fim de produzir um efeito terapêutico Dose máxima: maior quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos terapêuticos Dose mínima: menor quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos terapêuticos.

Introdução à Farmacologia 3

Dose de manutenção: dose necessária p/ manter os níveis desejáveis de medicamento na corrente sanguínea e tecidos. Dose tóxica: menor dose que começa a trazer efeitos adversos Dose letal (DL): efeito observado da morte dos animais de experimentação DL 30 - quando 30% da amostra dos animais morre com determinada dose Concentração : é a quantidade, da dose, que vai fazer efeito no organismo. Pode ser a mesma quantidade da dose, mas as vezes não, principalmente se for medicamento oral. Índice terapêutico : expressa a margem de segurança que um determinado fármaco apresenta em relação aos efeitos tóxicos e terapêuticos, estabelece o regime de doses apropriado quanto maior o índice, mais seguro é o medicamento

Incompatibilidade medicamentosa : ocorre externamente ao organismo, substâncias que reagem entre si e ficam incompatíveis. Pode ser a reação entre o medicamento e o material de uma seringa, por exemplo Interação medicamentosa : ocorre no organismo , pode ser positiva também (EX: Ferro com Vit C) ocorre muito quando o medicamento é ingerido com algum medicamento → ex: antibiótico Reação adversa : qualquer e feito prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece após a administração de um medicamento em doses normalmente utilizadas Tolerância : redução da sensibilidade a uma droga. O organismo deixa de responder a

Introdução à Farmacologia 5

💡 O que não pode ser comercializado como genérico:

Medicamento isento de registro

  • Soluções parenterais isenta de fármacos
  • Produtos biológicos
  • Imunoterápicos
  • Derivados de plasma e sangue
  • Fitoterápicos
  • Antisséptico de uso hospitalar
  • Vitaminas e/ou sais minerais Ex: vitamina c
  • Produtos com fins de diagnósticos
  • Contrastes radiológicos
Nomenclatura do medicamento
  1. Nome químico - para fins de manipulação EX: [METIL-5-(PROPIL-TIO) -1H- BENZIMIDAZOL-2-IL] CARBAMATO
  2. Nome genérico - nome do princípio ativo EX: Albendazol
  3. Nome comercial EX: Albel
💡 tarja^ vermelha : venda sob prescrição médica
Descoberta de novos medicamentos

Dura 15 anos

Ensaios pré-clínicos Ensaios Clínicos: Fase 1 a 4

Introdução à Farmacologia 6

Estudos de toxicidade de dose única (Aguda) Toxicidade de doses repetidas Genotoxicidade Tolerância local Carcinogenicidade Avaliação da segurança farmacológica Toxicocinética: Administração, Distribuição, Metabolismo e Excreção

Fase I : Testa pela 1ª vez. Objetivo: avaliar a segurança do produto. 10- 30 pessoas, voluntários sadios. Exceções: medicamentos para câncer ou HIV-aids. Fase II : comparar com o que já existe, 30 a 100 pessoas Fase III: avaliar eficácia e efeitos adversos, compara com 2 medicamentos, 100 a 1000 pessoas em ensaios randomizados Fase IV : ver efeitos a longo prazo após ser comercializado (farmacovigilância)

💡 Anvisa: acompanha os

ensaios sub-clínicos caso necessário site da Anvisa para as pessoas declararem efeitos adversos não esperados de medicamentos

Composição de um medicamento

Princípio ativo : efeito terapêutico Excipiente: se for sólido Ex: amido na composição do AC Veículo: se for líquido Ex: açúcar no xarope Adjuvantes : técnico ou terapêutico técnico: pH, solubilidade, validade - valida as características organolépticas por mais tempo, por exemplo terapêutico: ajuda o princípio ativo Ex: cafeína no torsilax traz sensação de prazer e ajuda na recepção do SN, mas sem ela o medicamento funciona igual