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Farmacologia em neurologia início, Resumos de Farmacologia

Conteúdo sobre introdução da farmacologia envolvendo o sistema nervoso central

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 27/02/2023

natalia-zaiter
natalia-zaiter 🇧🇷

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SISTEMA NERVOSO CENTRAL – FARMACOLOGIA
Fármacos que agem no SNC - alívio da dor, suprimir náuseas, reduzir a febre e outros.
SNC – responsável pelo controle consciente e inconsciente das atividades motora e sensorial, funções mentais e
intelectuais.
Neurônios – células eletricamente excitáveis que processam e transmitem a informação por meio de um processo
eletroquímico.
SN = SNC + SNP.
O SNC é composto pelo cérebro, cerebelo, bulbo e a medula espinal, ou seja, uma porção intracraniana que é o
encéfalo e uma porção situada no canal vertebral que é a medula espinal.
Nervos aferentes (sensoriais): transmissão da informação para o SNC
Nervos eferentes:
> nervos eferentes somáticos (motores): transportam informação do SNC para os músculos esqueléticos (ação
voluntária)
> nervos eferentes autônomos: simpático e parassimpático.
O cérebro é uma montagem de sistemas neurais interrelacionados que regula suas próprias atividades e dos outros
de forma complexa e dinâmica.
Primeiros NT considerados para os papéis centrais: ACH e NORA
Depois: SER, EPI, DOPA, GABA, GLIe GLU
Neurotransmissores (NT): substâncias químicas que transmitem informações entre neurônios
a. Síntese no neurônio pré sináptico;
b. Armazenamento em vesículas
c. Liberação na fenda sináptica
d. Interação com receptores (pré sinápticos e pós sinápticos)
e. Recaptação e metabolização da substância.
Neurotransmissor é uma molécula sintetizada em um neurônio e é liberado em resposta a um potencial de ação.
Algumas drogas agem na alteração da função dos receptores pré ou pós ganglionares
A combinação de NT com receptores pós sinápticos resulta em excitação ou inibição neuronais, através da abertura
rápida e transitória de canais iônicos. A abertura desses canais permite que íons específicos, para inibição ou
excitação, fluam conforme o gradiente de concentração.
A alteração da composição iônica através da membrana altera o potencial sináptico, produzindo despolarização ou
hiperpolarização pós sináptica.
Os NT podem ser classificados em excitatórios ou inibitórios.
A estimulação de um neurônio excitatório causa movimentação de íons que levam a uma despolarização da
membrana pós sináptica, ou seja, deflagração de um potencial de ação.
A estimulação de um neurônio inibitório causa movimento de íons que levam a uma hiperpolarização da membrana
pós sináptica.
GABA ou GLI, ao se ligarem aos receptores, levam ao influxo de CL- ou efluxo de K+, causando uma hiperpolarização
que diminui ou inibe o potencial de ação, a fim de não deflagrar um potencial de ação.
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL – FARMACOLOGIA

Fármacos que agem no SNC - alívio da dor, suprimir náuseas, reduzir a febre e outros. SNC – responsável pelo controle consciente e inconsciente das atividades motora e sensorial, funções mentais e intelectuais. Neurônios – células eletricamente excitáveis que processam e transmitem a informação por meio de um processo eletroquímico. SN = SNC + SNP. O SNC é composto pelo cérebro, cerebelo, bulbo e a medula espinal, ou seja, uma porção intracraniana que é o encéfalo e uma porção situada no canal vertebral que é a medula espinal. Nervos aferentes (sensoriais): transmissão da informação para o SNC Nervos eferentes:

nervos eferentes somáticos (motores): transportam informação do SNC para os músculos esqueléticos (ação voluntária) nervos eferentes autônomos: simpático e parassimpático. O cérebro é uma montagem de sistemas neurais interrelacionados que regula suas próprias atividades e dos outros de forma complexa e dinâmica. Primeiros NT considerados para os papéis centrais: ACH e NORA Depois: SER, EPI, DOPA, GABA, GLIe GLU Neurotransmissores (NT): substâncias químicas que transmitem informações entre neurônios a. Síntese no neurônio pré sináptico; b. Armazenamento em vesículas c. Liberação na fenda sináptica d. Interação com receptores (pré sinápticos e pós sinápticos) e. Recaptação e metabolização da substância. Neurotransmissor é uma molécula sintetizada em um neurônio e é liberado em resposta a um potencial de ação. Algumas drogas agem na alteração da função dos receptores pré ou pós ganglionares A combinação de NT com receptores pós sinápticos resulta em excitação ou inibição neuronais, através da abertura rápida e transitória de canais iônicos. A abertura desses canais permite que íons específicos, para inibição ou excitação, fluam conforme o gradiente de concentração. A alteração da composição iônica através da membrana altera o potencial sináptico, produzindo despolarização ou hiperpolarização pós sináptica. Os NT podem ser classificados em excitatórios ou inibitórios. A estimulação de um neurônio excitatório causa movimentação de íons que levam a uma despolarização da membrana pós sináptica, ou seja, deflagração de um potencial de ação. A estimulação de um neurônio inibitório causa movimento de íons que levam a uma hiperpolarização da membrana pós sináptica. GABA ou GLI, ao se ligarem aos receptores, levam ao influxo de CL- ou efluxo de K+, causando uma hiperpolarização que diminui ou inibe o potencial de ação, a fim de não deflagrar um potencial de ação.

Os NT exercem seus efeitos por sua ligação com duas classes de receptores:

  • Receptores ionotrópicos ou canais regulados por ligantes
  • Receptores metabotrópicos > a ligação do NT a esse receptor não resulta em regulação direta de um canal, mas envolvem uma proteína G, resultando na produção de segundos mensageiros que medeiam cascatas de sinalização intracelulares. Canal regulado por voltagem: sensor de voltagem da proteína controla o portão (abertura dos canais) Canal regulado por ligante: a ligação do NT ao receptor controla o portão Receptor acoplado a proteína G: quando ligado ativa uma proteína G heterotrimerica  Proteína G ativada interage diretamente para modular um canal iônico  Proteína G ativa uma enzima que gera um segundo mensageiro difusível (ex.: monofosfato de adenosina cíclico – AMPc), que interagem com o canal iônico ou ativa uma quinase que fosforila e modula um canal. NEUROTRANSMISSORES DO SNC Monoaminas: catecolaminas (dopa e noraepi) e a 5-hidroxitriptamina a. Catecolaminas:  Dopamina: mais abundante NT e age em receptor dopaminérgico (D). Doenças associadas – esquizofrenia, dependência, Parkinson.  Norepinefrina ou noradrenalina: age em receptores alfa e beta e são sintetizadas a partir da tirosina.  Epinefrina ou adrenalina: síntese a partir da tirosina. b. Serotonina – 5-hidroxitriptamina (5-HT)  Síntese a partir do triptofano: L-triptofano>L5-hidroxitriptofano>5-HT  Enzima de metabolização: MAO (monoamina oxidase)  Os neurônios seratosinérgicos estão envolvidos em: humor, sono, apetite, regulação da temperatura, percepção da dor, regulação da PA e vômitos. c. Acetilcolina – ACH  Distribuição irregular  Síntese a partir da colina e acetilCoA  Receptores centrais: nicotínicos e muscarínicos d. Glutamato  Ampla distribuição  Receptores dos aminoácidos excitatórios: acoplados às proteínas G e acoplados a canais iônicos  Depurado por transportadores de glutamato presentes na glia circundante  É o principal aminoácido excitatório do SNC e. GABA e Glicina  AA inibitórios  Receptor GABAa e GABAb  Resposta rápida: GABAa  Resposta lenta: GABAb  A diferença cinética vem da diferença no acoplamento dos receptores aos canais iônicos.  GABAa são ionotrópicos, semelhantes aos receptores de glicina, permeáveis ao Cl-  A ligação de GABA ao canal iônico causa influxo de Cl-, hiperpolarizando a célula neuronal, inibindo a transmissão do potencial de ação.  A ligação de GABA + benzodiazepínico ao canal iônico, aumenta ainda mais o influxo de Cl-, fazendo que não iniba mesmo o potencial de ação.  Síntese a partir de glutamato, ou seja, glutamina>glutamato>GABA ACh, glutamato, epinefrina, norepinefrina, dopamina, serotonina, histamina, ATP: excitatório GABA, glicina: inibitório Precursores: acetilcolina (colina + acetilCoA), glutamato (glutamina), GABA (glutamato), Glicina (serina), Catecolaminas (tirosina), serotonina (triptofano), histamina (histidina), ATP (ADP)

NT do sistema nervoso autônomo: acetilcolina, norepinefrina ACETILCOLINA sintese: acetilCoA + colina unidas pela colina acetiltransferase ChAT acetilCoA é sintetizada em mitocôndrias e a colina é levada até o neurônio pelo transportador de colina CHT acetilcolinesterase (AchE) é responsável pela hidrólise de acetilcolina Receptores nicotínicos são canais iônicos controlados por ligantes e sua ativação sempre causa um aumento da permeabilidade ao sódio e ao cálcio, causando despolarização (excitação). Receptores muscarínicos são receptores acoplados a proteína G que produzem respostas mais lentas de excitação ou inibição e não são obrigatoriamente associadas a permeabilidade da membrana a íons. Subtipos dos receptores muscarínicos: M1 (gânglios e algumas glândulas secretoras), M2 (miocárdio e músculo liso), M3 (músculo liso e glândulas secretoras), M4 (músculo liso e glândulas secretoras), M5 (SNC). Catecolaminas: Transportador monoamina vesicular (VMAT): inibido pelos alcaloides da reserpina Transportador de norepinefrina (NET): carrega norepinefrina de volta ao neurônio a partir da fenda sináptica e pode ser inibido pela cocaína e alguns fármacos antidepressivos, aumentando a atividade de neurotransmissores na fenda sináptica. Receptores: PAM benzodiazepínicos – hipnóticos e sedativos Amitril, sertra, escitalopram, fluoxetina, venla – antidepressivos Pinas e haloperidol – Psicose e mania

CORRELAÇÃO ANATOMO-RADILÓGICA NO NEUROEIXO

Neuroeixo = encéfalo + medula, ou seja, SNC. Encéfalo = cérebro (telencéfalo + diencéfalo), tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e cerebelo. Conceitos básicos:  Supratentorial e infratentorial: divididos pela tenda do cerebelo  Intraxial e extraxial: divididos pela pia mater Intraxial: alterações que ocorrem no parênquima encefálico e à medula espinhal, interno à pia mater Extraxial: alterações que ocorrem externamente ao parênquima encefálico e à medula espinhal, externo à pia mater. Função do contraste endovenoso: evidenciar estruturas vasculares e verificar se um achado é ou não vascularizado e, sendo, como se comporta a frente ao contraste (reforço central X periférico). As substâncias mais usadas na CT são soluções com sais de iodo e na RM soluções com sais de gadolínio. Tomografia do neuroeixo Vantagens: rápido, menor custo em relação à RM e informações das estruturas ósseas e de partes moles Desvantagens: uso de radiação ionizante, menor acurácia em diferenciar substância branca e cinzenta e menor acurácia na avaliação intratentorial e da medula espinhal. Ressonância magnética do neuroeixo: Vantagens: não utiliza radiação ionizante, melhor acurácia no estudo das partes moles (possível diferenciar substância branca e cinzenta) e capacidade de imagens funcionais, estudo metabólico (espectroscopia) e da difusão de moléculas de água. Desvantagens: maior custo em relação a TC, maior tempo, pouco detalhamento ósseo.

Cérebro: Os corpos celulares dos neurônios, seus dendritos e porções não mielinizadas dos axônios se originam preferencialmente na periferia e junto com as células da glia forma a substância cinzenta do córtex. A ausência de mielina é responsável pela coloração cinzenta a olho nu. Já os prolongamentos neurais e a glia associada constituem a substância branca. O cérebro apresenta vasos sanguíneos mais abundante na substância cinzenta. A superfície cerebral é aumentada pela presença de giros. Impulsos de todas as vias de sensibilidade atingem o córtex cerebral. Os impulsos responsáveis pelo início e pelo comando dos movimentos voluntários partem do córtex. E o córtex é responsável por fenômenos psíquicos, aprendizado, memória e análise de informações. Células da glia:  Astrócitos protoplasmáticos: na substância cinzenta, muito ramificado  Atrócitos fibrosos: na substância branca, poucos prolongamentos longos  Micróglia: defesa (macrófago do SNC)******  Oligodendrócitos: produtores de bainha de mielina (este é um isolante elétrico responsável pela condução saltatória do impulso, ou seja, propagação mais rápida).  Células de Schwann: mesma função do oligodendrócito, porem encontrado no SNP  Células ependimárias: cuboides, podem ter clilios, facilitam a movimentação do liquor e reveste ventrículos e medula Cerebelo: É a segunda maior estrutura do encéfalo e possui função relacionada com a motricidade somática, equilíbrio, controle do tônus muscular, coordenação motora, processos cognitivos como atenção e linguagem. Todas funções involuntárias e inconsciente. É formado por dois hemisférios cerebelares separados pelo vérmis. As folhas do cerebelo são análogas aos giros. O córtex cerebelar apresenta três estrados celulares: camada molecular inferior a pia mater, camada de células de purkinje e a granular,