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Morfologia, taxonomia e importância
Tipologia: Trabalhos
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Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal Catarinense Campus de Rio do Sul
ALANA MACHADO COSTA, CAROLINE PEDROSO, GABRIELA GASPAR, GEOVANE CELANTE, KAUÊ LOTIN FERREIRA, VICTOR LACERDA
Rio do Sul 2016
Trabalho com intuito de estudar as taxons vegetais dentro do conteúdo de botânica envolvendo a família Rubiaceae das Angiospermas. Prof ª: Milena S. B. da Rocha
Rio do Sul 2016
A família Rubiaceae é a quarta maior entre as angiospermas, possui distribuição cosmopolita, concentrando-se em regiões tropicais, onde são encontrados mais de 95% das espécies desta famílias, e diminuindo em direção ao sul. Compreende cerca de 550 gêneros e 9000 espécies, no Brasil ocorrem cerca de 120 gêneros e 2000 espécies (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521). Na obra Flora Brasiliensis , idealizada e editada por Karl Friederich Philipp von Martius, entre os anos de 1840 e 1906, a família Rubiaceae foi estudada e descrita por K. Schumann e Mueller Argoviensis. Ainda hoje, esta obra é utilizada por aqueles que estudam as características das espécies desta família. O nome, Rubiaceae, provem do latim rubio , tinta vermelha produzida pelas raízes das plantas desta família, utilizada para tingir tecidos. Por possuir distribuição cosmopolita e apresentar o quarto maior número de espécies, praticamente todos os biomas possuem um representante desta família. Possui importância alimentícia, comercial, ornamental e medicinal, destacando-se o café ( Coffea arabica ), que foi o principal produto de exportação brasileiro na segunda metade do século XIX e hoje é uma das bebidas mais consumidas do mundo; o jenipapo ( Genipa americana L. ) muito encontrado no Nordeste, sendo vastamente utilizado na culinária local; espécies do gênero Ixora e Gardenia muito utilizadas no paisagismo; erva-de-rato ( Palicourea marcgravii ), erva daninha conhecida por causar intoxicação em rebanhos bovinos; e quineira ( Chinchona calisaya ), utilizada no tratamento de malária e doenças cardíacas.
2. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
Classificação científica
A família Rubiaceae é representada por ervas, subarbustos, arbustos, árvores e poucas lianas (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521).
2.1. FOLHAS
Folhas opostas, menos frequentemente verticiladas, simples, quase sempre com estípulas interpeciolares, ocasionalmente transformadas em espinhos (em Randia e Chomelia , por exemplo), ou semelhantes ás folhas ( Galium ), margem inteira (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521).
2.2. INFLORESCÊNCIAS
Inflorescência geralmente cimosa, ás vezes formando glomérulo ou reduzida a uma única flor (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521).
2.3. FLORES
Flores vistosas, bissexuadas ou menos frequentemente unissexuadas ( Alibertia ), actinomorfas, geralmente diclamídeas; cálice 4-5-mero, geralmente dialissépalo, ás vezes com uma das sépalas muito desenvolvidas (em Mussaenda e Capirona , por exemplo), prefloração valvar ou aberta; corola (3-)4-5(-8)-mera, gamopétala, prefloração valvar ou imbricada; estames em número igual ao das pétalas, epipétalos, anteras rimosas; disco nectarífero presente ou não; ovário ínfero (súpero em Pagamea ), 2(-5)-carpelar, (1-)2(-5)-locular, placentação axial, ereta ou pêndula, raramente pariental, geralmente uni a pauciovulado (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521).
2.4. FRUTOS
Fruto cápsula, esquizocarpo, drupa ou baga (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521).
3. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
adstringente. Os frutos são utilizados contra anemia, asma, diarreia, icterícia e possue propriedades diuréticas. A emulsão das sementes são usadas para provocar vômitos em caso de envenenamentos. O pau-mulato ( Calycophyllum spruceanumo ), nativo da Amazônia, além de ser usado em paisagismo, pela beleza de seu tronco, e na recuperação de áreas degradadas. A madeira é de qualidade e resistente, utilizada na construção naval, civil e marcenaria de pequenas peças como cabos de ferramenta e caibros, e na produção de lenha. Diversas partes da planta são utilizadas para tratar cortes, feridas, queimaduras, infecções oculares, diabetes, tem propriedades cicatrizante, antibacteriana, antioxidante, repelente e inseticida. Como exemplares de ornamentais, os gêneros Gardenia , Ixora , Mussaenda , Pentas e Serissa , são as mais conhecidas, embelezando jardins em diversas regiões do Brasil. As ervas daninhas desta família são comuns em locais úmidos, solos ácidos ou arenosos, ocorrem comumente em pastagens e plantações, dificultando a vida dos criadores e produtores. As mais comuns são o mata-pasto ( Diodia teres ), como o próprio nome diz, domina as áreas de pastagens e impede o crescimento de pasto, e a erva-de-rato ( Palicourea marcgravii ), conhecido por causar intoxicação de rebanhos bovinos, aparecendo também em pastagens. Por algum motivo, os animais gostam da erva-de-rato e os frutos são mais tóxicos que as folhas. Entre as plantas medicinais destacam-se várias, a maioria de conhecimento indígena, algumas com sua eficácia comprovada pela ciência, outras sem comprovação científica do seu potencial, mas amplamente utilizado na medicina caseira para os mais diversos males. A ipeca ( Carapichea ipecacuanha ), já conhecida pelos índios brasileiros e difundido pelos portugueses, é utilizada para provocar vômitos em casos de intoxicação, além de possuir propriedade expectorante e atividade amebicida, porém seu uso deve ser controle, pois doses altas provocam lesões agudas no coração, fígado, rim, intestino e músculos esqueléticos. A quineira ( Cinchona Calisaya ), muito difundida na medicina brasileira, possui propriedades tônica, estomática e febrífuga, é utilizada para tratar, debilidade física, anemia, dispepsia, falta de apetite, distúrbios gastrointestinais, febre, malária, fadiga geral e algumas doenças cardíacas.
A quina ( Coutera hexandra ) é empregada para febres intermitentes, paludismo, feridas e inflamações, e pode substituir a quineira no tratamento da malária. A unha-de-gato ( Uncaria guianensis ) utilizado contra a asma, artrite, reumatismo, anti-inflamatório para o trato urinário e purificador dos rins, cura de ferimentos profundos e controle da inflamação de ulceras gástricas, dores nos ossos e câncer. Foi reconhecido oficialmente como planta medicinal pela Organização Mundial da Saúde em 1994.
5. EXEMPLARES DA FAMÍLIA RUBIACEA
Café Nome científico: Coffea arabica Origem: originário da Etiópia, distribuído pelos árabes para o resto do mundo. Características: arbusto podendo atingir até 5m de altura, copa em forma de cone, podem viver até 100 anos. Demoram de 3 a 4 anos para frutificar. A fruta amadurece em 7 meses. Planta delicada, gosta de grandes altitudes e clima ameno, entre 15° a 22°C, de regiões tropicais e subtropicais. Floração de janeiro a abril.
Pau-mulato Nome científico: Calycophyllum spruceanumo Origem: nativo da Amazônia. Características: árvores pode chegar de 15 a 40 metros de altura e 30 a 40cm de diâmetro, tronco reto, sem ramificações, copa pode chegar de 4 a 8 metros de diâmetro. O tronco descama 2 vezes por ano, mantendo-se livre de pragas, doenças, epífitas, trepadeiras ou líquens. Folhas são simples, semicaducas. As flores são arranjadas em inflorescência, perfumadas e produzem bastante néctar, possuindo potencial apícola, surgem no outono e inverno. Os frutos são do tipo cápsula amadurecendo na primavera e verão e liberando sementes aladas. Germinação bastante difícil.
Jasmim-do-cabo Nome científico: Gardenia jasminoides Origem: China Características: arbusto semi-lenhoso, ereto, ramificado, alcançando de 1,5 a 2 metros de altura. Folhas verde escuras e coriáceas. Flores brancas, cerosas, perfumadas, com a idade adquirem a cor amarela. As flores podem ser simples e produzir frutos ou dobradas e estéreis.
Ixora chinesa Nome científico: Ixora chinensis Origem: China e Malásia Características: arbusto lenhoso, ereto, ramificado, alcançando de 1 a 2 metros de altura. Folhas simples e coriáceas. Inflorescencias umbeladas terminais, com numerosas flores de cores vermelha, vermelha-alaranjada, rosáceas ou amarelas, formando-se durante o ano todo, principalmente verão. Muito visitadas por beija-flores.
Ixora-coral Nome científico: Ixora coccinea Origem: Índias Orientais Características: arbusto lenhoso, ereto, pouco ramificado, alcançando de 1,5 a 2, metros de altura. Folhas coriáceas. Inflorescencias longas terminais, com numerosas flores de cores vermelha-alaranjada, cor de rosa ou amarelas, formando-se durante a primavera e verão. Muito visitadas por beija-flores.
Nome popular: mata-pasto Nome científico: Diodia teres Importância: prefere solos arenosos, ocorre no período mais quente do ano, mais frequente no Centro-Oeste e Sudeste. Agressivo em pastagens, chega a dominar completamente a área.
Nome popular: erva-de-rato Nome cientifico: Palicourea marcgravii Importância: bastante frequente no Centro-Oeste e Sudeste, é indesejável em pastagens por causar intoxicação em rebanhos bovinos. Por algum motivo, os animais gostam desta planta. Os frutos são mais tóxicos que as folhas.
Ervas medicinais
Ipeca ( Carapichea ipecacuanha )
Chincona sp.
LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2008.
Parque Nacional do Itatiaia, Boletim Número 14. Disponível em: < http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/images/Boletins_de_Pesquisa/bpni_v14.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2016.
PATRO, Raquel. Pau-mulato - Calycophyllum spruceanumo. Disponível em: http://www.jardineiro.net/plantas/pau-mulato-calycophyllum-spruceanum.html Acesso em: 3 jun. 2016.
Pau-mulato - Calycophyllum spruceanumo. Disponível em: http://www.arvores.brasil.nom.br/paumulato/index.htm Acesso em: 3 jun. 2016.
Pau-mulato. Disponível em: < http://www.umpedeque.com.br/arvore.php?id=631> Acesso em: 22 jun. 2016.
Pau-mulato. Disponível em: http://predadordeimagens.blogspot.com.br/2013/11/pau-mulato.html. Acesso em: 22 jun. 2016.
PÔRTO, Dário. Coffea arabica L. 2011. 8 f. Trabalho acadêmico. (Graduação em Ciências Biológicas com ênfase em Licenciatura). Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, Minas Gerais.
PORTO, Anderson da Costa. Calycophyllum spruceanumo. Disponível em: < http://www.tudosobreplantas.com.br/asp/plantas/ficha.asp?id_planta=40482> Acesso em: 3 jun. 2016.
SOUZA, Vinicius Castro; LORENZI, Harri. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II. 2. ed. Nova Odessa (SP): Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2008.