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Guias e Dicas
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Família Rubiaceae: Morfologia, taxonomia e importância, Trabalhos de Botânica

Morfologia, taxonomia e importância

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 26/10/2020

alana-machado-costa
alana-machado-costa 🇧🇷

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Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Instituto Federal Catarinense
Campus de Rio do Sul
ALANA MACHADO COSTA, CAROLINE PEDROSO, GABRIELA GASPAR,
GEOVANE CELANTE, KAUÊ LOTIN FERREIRA, VICTOR LACERDA
FAMÍLIA: RUBIACEAE
MORFOLOGIA, TAXONOMIA E IMPORTÂNCIA
Rio do Sul
2016
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Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal Catarinense Campus de Rio do Sul

ALANA MACHADO COSTA, CAROLINE PEDROSO, GABRIELA GASPAR, GEOVANE CELANTE, KAUÊ LOTIN FERREIRA, VICTOR LACERDA

FAMÍLIA: RUBIACEAE

MORFOLOGIA, TAXONOMIA E IMPORTÂNCIA

Rio do Sul 2016

ALANA MACHADO COSTA, CAROLINE PEDROSO, GABRIELA GASPAR,

GEOVANE CELANTE, KAUÊ LOTIN FERREIRA, VICTOR LACERDA

FAMÍLIA: RUBIACEAE

MORFOLOGIA, TAXONOMIA E IMPORTÂNCIA

Trabalho com intuito de estudar as taxons vegetais dentro do conteúdo de botânica envolvendo a família Rubiaceae das Angiospermas. Prof ª: Milena S. B. da Rocha

Rio do Sul 2016

1. INTRODUÇÃO

A família Rubiaceae é a quarta maior entre as angiospermas, possui distribuição cosmopolita, concentrando-se em regiões tropicais, onde são encontrados mais de 95% das espécies desta famílias, e diminuindo em direção ao sul. Compreende cerca de 550 gêneros e 9000 espécies, no Brasil ocorrem cerca de 120 gêneros e 2000 espécies (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521). Na obra Flora Brasiliensis , idealizada e editada por Karl Friederich Philipp von Martius, entre os anos de 1840 e 1906, a família Rubiaceae foi estudada e descrita por K. Schumann e Mueller Argoviensis. Ainda hoje, esta obra é utilizada por aqueles que estudam as características das espécies desta família. O nome, Rubiaceae, provem do latim rubio , tinta vermelha produzida pelas raízes das plantas desta família, utilizada para tingir tecidos. Por possuir distribuição cosmopolita e apresentar o quarto maior número de espécies, praticamente todos os biomas possuem um representante desta família. Possui importância alimentícia, comercial, ornamental e medicinal, destacando-se o café ( Coffea arabica ), que foi o principal produto de exportação brasileiro na segunda metade do século XIX e hoje é uma das bebidas mais consumidas do mundo; o jenipapo ( Genipa americana L. ) muito encontrado no Nordeste, sendo vastamente utilizado na culinária local; espécies do gênero Ixora e Gardenia muito utilizadas no paisagismo; erva-de-rato ( Palicourea marcgravii ), erva daninha conhecida por causar intoxicação em rebanhos bovinos; e quineira ( Chinchona calisaya ), utilizada no tratamento de malária e doenças cardíacas.

2. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

Classificação científica

  • Reino: Plantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Ordem: Gentianales
  • Família: Rubiaceae

A família Rubiaceae é representada por ervas, subarbustos, arbustos, árvores e poucas lianas (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521).

2.1. FOLHAS

Folhas opostas, menos frequentemente verticiladas, simples, quase sempre com estípulas interpeciolares, ocasionalmente transformadas em espinhos (em Randia e Chomelia , por exemplo), ou semelhantes ás folhas ( Galium ), margem inteira (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521).

2.2. INFLORESCÊNCIAS

Inflorescência geralmente cimosa, ás vezes formando glomérulo ou reduzida a uma única flor (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521).

2.3. FLORES

Flores vistosas, bissexuadas ou menos frequentemente unissexuadas ( Alibertia ), actinomorfas, geralmente diclamídeas; cálice 4-5-mero, geralmente dialissépalo, ás vezes com uma das sépalas muito desenvolvidas (em Mussaenda e Capirona , por exemplo), prefloração valvar ou aberta; corola (3-)4-5(-8)-mera, gamopétala, prefloração valvar ou imbricada; estames em número igual ao das pétalas, epipétalos, anteras rimosas; disco nectarífero presente ou não; ovário ínfero (súpero em Pagamea ), 2(-5)-carpelar, (1-)2(-5)-locular, placentação axial, ereta ou pêndula, raramente pariental, geralmente uni a pauciovulado (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521).

2.4. FRUTOS

Fruto cápsula, esquizocarpo, drupa ou baga (SOUZA; LORENZI, 2008, p. 521).

3. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

adstringente. Os frutos são utilizados contra anemia, asma, diarreia, icterícia e possue propriedades diuréticas. A emulsão das sementes são usadas para provocar vômitos em caso de envenenamentos. O pau-mulato ( Calycophyllum spruceanumo ), nativo da Amazônia, além de ser usado em paisagismo, pela beleza de seu tronco, e na recuperação de áreas degradadas. A madeira é de qualidade e resistente, utilizada na construção naval, civil e marcenaria de pequenas peças como cabos de ferramenta e caibros, e na produção de lenha. Diversas partes da planta são utilizadas para tratar cortes, feridas, queimaduras, infecções oculares, diabetes, tem propriedades cicatrizante, antibacteriana, antioxidante, repelente e inseticida. Como exemplares de ornamentais, os gêneros Gardenia , Ixora , Mussaenda , Pentas e Serissa , são as mais conhecidas, embelezando jardins em diversas regiões do Brasil. As ervas daninhas desta família são comuns em locais úmidos, solos ácidos ou arenosos, ocorrem comumente em pastagens e plantações, dificultando a vida dos criadores e produtores. As mais comuns são o mata-pasto ( Diodia teres ), como o próprio nome diz, domina as áreas de pastagens e impede o crescimento de pasto, e a erva-de-rato ( Palicourea marcgravii ), conhecido por causar intoxicação de rebanhos bovinos, aparecendo também em pastagens. Por algum motivo, os animais gostam da erva-de-rato e os frutos são mais tóxicos que as folhas. Entre as plantas medicinais destacam-se várias, a maioria de conhecimento indígena, algumas com sua eficácia comprovada pela ciência, outras sem comprovação científica do seu potencial, mas amplamente utilizado na medicina caseira para os mais diversos males. A ipeca ( Carapichea ipecacuanha ), já conhecida pelos índios brasileiros e difundido pelos portugueses, é utilizada para provocar vômitos em casos de intoxicação, além de possuir propriedade expectorante e atividade amebicida, porém seu uso deve ser controle, pois doses altas provocam lesões agudas no coração, fígado, rim, intestino e músculos esqueléticos. A quineira ( Cinchona Calisaya ), muito difundida na medicina brasileira, possui propriedades tônica, estomática e febrífuga, é utilizada para tratar, debilidade física, anemia, dispepsia, falta de apetite, distúrbios gastrointestinais, febre, malária, fadiga geral e algumas doenças cardíacas.

A quina ( Coutera hexandra ) é empregada para febres intermitentes, paludismo, feridas e inflamações, e pode substituir a quineira no tratamento da malária. A unha-de-gato ( Uncaria guianensis ) utilizado contra a asma, artrite, reumatismo, anti-inflamatório para o trato urinário e purificador dos rins, cura de ferimentos profundos e controle da inflamação de ulceras gástricas, dores nos ossos e câncer. Foi reconhecido oficialmente como planta medicinal pela Organização Mundial da Saúde em 1994.

5. EXEMPLARES DA FAMÍLIA RUBIACEA

Café Nome científico: Coffea arabica Origem: originário da Etiópia, distribuído pelos árabes para o resto do mundo. Características: arbusto podendo atingir até 5m de altura, copa em forma de cone, podem viver até 100 anos. Demoram de 3 a 4 anos para frutificar. A fruta amadurece em 7 meses. Planta delicada, gosta de grandes altitudes e clima ameno, entre 15° a 22°C, de regiões tropicais e subtropicais. Floração de janeiro a abril.

Pau-mulato Nome científico: Calycophyllum spruceanumo Origem: nativo da Amazônia. Características: árvores pode chegar de 15 a 40 metros de altura e 30 a 40cm de diâmetro, tronco reto, sem ramificações, copa pode chegar de 4 a 8 metros de diâmetro. O tronco descama 2 vezes por ano, mantendo-se livre de pragas, doenças, epífitas, trepadeiras ou líquens. Folhas são simples, semicaducas. As flores são arranjadas em inflorescência, perfumadas e produzem bastante néctar, possuindo potencial apícola, surgem no outono e inverno. Os frutos são do tipo cápsula amadurecendo na primavera e verão e liberando sementes aladas. Germinação bastante difícil.

Jasmim-do-cabo Nome científico: Gardenia jasminoides Origem: China Características: arbusto semi-lenhoso, ereto, ramificado, alcançando de 1,5 a 2 metros de altura. Folhas verde escuras e coriáceas. Flores brancas, cerosas, perfumadas, com a idade adquirem a cor amarela. As flores podem ser simples e produzir frutos ou dobradas e estéreis.

Ixora chinesa Nome científico: Ixora chinensis Origem: China e Malásia Características: arbusto lenhoso, ereto, ramificado, alcançando de 1 a 2 metros de altura. Folhas simples e coriáceas. Inflorescencias umbeladas terminais, com numerosas flores de cores vermelha, vermelha-alaranjada, rosáceas ou amarelas, formando-se durante o ano todo, principalmente verão. Muito visitadas por beija-flores.

Ixora-coral Nome científico: Ixora coccinea Origem: Índias Orientais Características: arbusto lenhoso, ereto, pouco ramificado, alcançando de 1,5 a 2, metros de altura. Folhas coriáceas. Inflorescencias longas terminais, com numerosas flores de cores vermelha-alaranjada, cor de rosa ou amarelas, formando-se durante a primavera e verão. Muito visitadas por beija-flores.

Nome popular: mata-pasto Nome científico: Diodia teres Importância: prefere solos arenosos, ocorre no período mais quente do ano, mais frequente no Centro-Oeste e Sudeste. Agressivo em pastagens, chega a dominar completamente a área.

Nome popular: erva-de-rato Nome cientifico: Palicourea marcgravii Importância: bastante frequente no Centro-Oeste e Sudeste, é indesejável em pastagens por causar intoxicação em rebanhos bovinos. Por algum motivo, os animais gostam desta planta. Os frutos são mais tóxicos que as folhas.

Ervas medicinais

Ipeca ( Carapichea ipecacuanha )

Chincona sp.

LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2008.

Parque Nacional do Itatiaia, Boletim Número 14. Disponível em: < http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/images/Boletins_de_Pesquisa/bpni_v14.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2016.

PATRO, Raquel. Pau-mulato - Calycophyllum spruceanumo. Disponível em: http://www.jardineiro.net/plantas/pau-mulato-calycophyllum-spruceanum.html Acesso em: 3 jun. 2016.

Pau-mulato - Calycophyllum spruceanumo. Disponível em: http://www.arvores.brasil.nom.br/paumulato/index.htm Acesso em: 3 jun. 2016.

Pau-mulato. Disponível em: < http://www.umpedeque.com.br/arvore.php?id=631> Acesso em: 22 jun. 2016.

Pau-mulato. Disponível em: http://predadordeimagens.blogspot.com.br/2013/11/pau-mulato.html. Acesso em: 22 jun. 2016.

PÔRTO, Dário. Coffea arabica L. 2011. 8 f. Trabalho acadêmico. (Graduação em Ciências Biológicas com ênfase em Licenciatura). Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, Minas Gerais.

PORTO, Anderson da Costa. Calycophyllum spruceanumo. Disponível em: < http://www.tudosobreplantas.com.br/asp/plantas/ficha.asp?id_planta=40482> Acesso em: 3 jun. 2016.

SOUZA, Vinicius Castro; LORENZI, Harri. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II. 2. ed. Nova Odessa (SP): Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2008.