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Extração de óleo de cravo
Tipologia: Notas de estudo
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Compartilhado em 07/11/2014
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Introdução ao Laboratório de Química - Química - UDESC
Introdução ao Laboratório de Química - Química - UDESC
Karoline S. Tarnowski, Paola A. Muehlbauer
Palavras Chave: Cravo-da-índia, extração, Soxhlet, óleo essencial.
O óleo essencial do cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) é constituído principalmente por eugenol, β-cariofileno, α-humuleno e acetato de eugenila. Substâncias que conferem ao óleo propriedades anti-iflamatórias, antioxidantes, antialérgicas, antimicrobianas, anestésicas e inseticidas. A fim de ser obtido o óleo do cravo-da-índia, empregou-se a técnica de extração por Soxhlet descrita por Constantino ( et al ., 2004). Tal técnica consistiu no aquecimento de 500 mL de água em um balão contendo cacos de vidro, até que a mesma entrasse em ebulição. Em seguida, seu vapor passava pelo braço lateral do extrator, entrando em contato com 10 g de cravo-da-índia e condensava ao passar pelo condensador de refluxo fixado no topo do aparelho. Ao condensar, a água líquida pingava entrando em contato com o cravo- da-índia contido em um papel de filtro. À medida que a água do balão entrava em ebulição, mais água condensava e, consequentemente, maiores quantidades das substâncias eram extraídas. Quando o volume máximo permitido por ciclo de extração era atingido, a água contendo o produto extraído passava pelo papel filtro, voltava ao balão e o processo era reiniciado. Extraiu-se o óleo da água realizando lavagens da mesma com éter etílico, pois esse solvente é imiscível com água e tem a capacidade de extrair o óleo através da sua polaridade e solvatação das moléculas. Para a extração do óleo da água, adicionou-se a água contento as substâncias a um funil de separação de 250 mL. Em seguida, adicionou-se 50 mL de éter etílico ao funil, agitando bem e esperando decantar os líquidos imiscíveis. Posteriormente, a fase etérea foi separada da aquosa através da abertura da torneira. Essa lavagem foi realizada três vezes, totalizando 150 mL de éter utilizado, ao invés de uma lavagem de 150 mL; pois de acordo com as demonstrações de Constantino ( et al. , 2004) para essa técnica, a extração é mais satisfatória quando o solvente é utilizado em frações. A fase etérea obtida continha uma quantia considerável de água. Por isso, realizou-se a secagem da amostra com sulfato de magnésio anidro, agente secante insolúvel, e posterior filtração e obtenção do éter contendo o óleo. Quanto à obtenção do óleo do cravo-da- índia, esta foi feita através da evaporação do éter
pelo aparelho Rotavapor, que diminuiu a pressão interna do recipiente, fazendo com que a temperatura de ebulição do éter fosse menor do que nas CNATP, facilitando a retirada do solvente e obtenção do óleo de cravo-da-índia.
Apesar de a extração por Soxhlet ter completado apenas um ciclo e terem sido utilizados apenas 150 mL de éter etílico para a extração de 250 mL de água contendo as substâncias do cravo, verificou-se, pelo aspecto do produto, que foi obtida uma quantia satisfatória do óleo essencial: cerca de 5 mL. Entretanto, seria necessária uma análise qualitativa do material obtido, a fim de verificar a real composição química do produto e o rendimento da extração.
A extração é um importante processo químico, visto que através dela é possível obter princípios ativos de materiais naturais difícies de serem obtidos por outros métodos. O óleo do cravo- da-índia, produto com diversas aplicações farmacológicas, foi satisfatoriamente obtido na extração por Soxhlet realizada. Contudo, por ter sido empregado um método visual para a eficácia da extração, se faz necessária uma análise cromatográfica para uma verificação mais precisa de sua composição química.
Agradecemos a Universidade do Estado de Santa Catarina pela possibilidade da utilização dos labotatórios e equipamentos necessários a esta atividade.
(^1) Affonso, R. S.; Rennó, M. N.; Slana, G. B. C. A. e França, T. C. C. Aspectos Químicos e Biológicos do Óleo Essencial do Cravo da Índia. Revista Virtual de Química. 2012. (^2) Constantino, M. G.; Silva, G. V. J. e Donate, P. M. Fundamentos de Química Experimental. Editora da USP. 2004.