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Análise Textual: Identificando Tipos de Linguagem - Prof. Lima, Esquemas de Física

Exercícios de letras para estudar em casa

Tipologia: Esquemas

2023

Compartilhado em 21/11/2023

matias-mallmann-rohde
matias-mallmann-rohde 🇧🇷

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Exercícios:
1. Indique se os segmentos sublinhados pertencem ao modo DESCRITIVO (DE), NARRATIVO (NA) ou
DISSERTATIVO (DI):
a) Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam dez minutos para a meia-noite. Perto
da Praça general Osório, olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma
trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era um menino. (NA )
Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, Braços dobrados como dois gravetos, as
mãos protegendo a cabeça. Tinha os gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia
esburacada, para se proteger contra o frio da noite. ( DE )
Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões no Brasil, que se pode fazer? ( DI
)
(Fernando Sabino)
b) O garoto Felipe, de 3 anos de idade, debruçou-se na janela do apartamento onde mora com seus pais, no
andar de um edifício em Porto Alegre. A mãe, Liege Pelegrini Flores, gritou desesperada para que o filho saísse
dali. “Eu falei várias vezes para o Felipe não se debruçar na janela, mas ele sempre desobedecia”, conta Liege.
“então peguei o Felipe com cuidado, para ele não cair, e dei-lhe uma surra. Ele nunca mais se aproximou da
janela.” ( NA )
A história de Liege e Felipe é apenas uma entre as milhares de histórias de pais que batem nos filhos, impondo
graus variáveis de sofrimento às crianças. ( DI )
(Revista Veja)
c) Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu. ( NA )
(Fernando Pessoa)
d) A tarde caíra sobre a cidade e veio a noite. O califa dormiu logo, mas despertou subitamente. Foi à sacada e
ficou assombrado: ( NA ) Bagdá inteira estava iluminada, fosforescente. De toda as casas vinha a luz azul. ( DE
)
(Carlos Heitor Cony)
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Exercícios:

  1. Indique se os segmentos sublinhados pertencem ao modo DESCRITIVO (DE), NARRATIVO (NA) ou DISSERTATIVO (DI): a) Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça general Osório, olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era um menino. (NA ) Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, Braços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esburacada, para se proteger contra o frio da noite. ( DE ) Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões no Brasil, que se pode fazer? ( DI ) (Fernando Sabino) b) O garoto Felipe, de 3 anos de idade, debruçou-se na janela do apartamento onde mora com seus pais, no 2º andar de um edifício em Porto Alegre. A mãe, Liege Pelegrini Flores, gritou desesperada para que o filho saísse dali. “Eu falei várias vezes para o Felipe não se debruçar na janela, mas ele sempre desobedecia”, conta Liege. “então peguei o Felipe com cuidado, para ele não cair, e dei-lhe uma surra. Ele nunca mais se aproximou da janela.” ( NA ) A história de Liege e Felipe é apenas uma entre as milhares de histórias de pais que batem nos filhos, impondo graus variáveis de sofrimento às crianças. ( DI ) (Revista Veja ) c) Mar Português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. ( NA ) (Fernando Pessoa) d) A tarde caíra sobre a cidade e veio a noite. O califa dormiu logo, mas despertou subitamente. Foi à sacada e ficou assombrado: ( NA ) Bagdá inteira estava iluminada, fosforescente. De toda as casas vinha a luz azul. ( DE ) (Carlos Heitor Cony)

e) Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número ( DE ) Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. ( NA ) (Manuel Bandeira)

  1. Leia o texto a seguir e julgue os itens que se seguem: RUBORES (Veríssimo) Minha mãe é católica e meu pai agnóstico mas eu acabei estudando numa escola protestante, por conveniência geográfica. E também porque era uma escola notoriamente tolerante com a vagabundagem, minha religião na ocasião. Um dos professores era um jovem pastor americano que tinha a função de nos catequizar indiretamente, não com instrução religiosa, mas com orientações sobre a vida. A maioria dos alunos sabia mais da vida do que ele. Na primeira aula, o moço, tentando disfarçar seu terror com a informalidade, perguntou que assunto gostaríamos de discutir, que aspecto da vida nos provocava maiores dúvidas. Nos entreolhamos, mal podendo acreditar que uma oportunidade como aquela para a sacanagem nos tivesse sido oferecida com tanta candura. E a resposta não demorou: sexo. As faces do americano ficaram cor-de-rosa. Certo. O que gostaríamos de saber sobre o sexo? À primeira pergunta suas faces adquiriram um rosa mais profundo. E pelo resto do semestre desenrolou-se uma espécie de torneio para ver quem conseguia aprofundar o rubor do professor. Perguntas sobre anatomia e mecânica genitais, bestialismo, sexo com hortifrutigranjeiros e primas... Acho que ultrapassamos o grená e chegamos ao roxo. O americano talvez tenha sido a última pessoa que eu vi passar assim por graduações de vergonha. Hoje é raro alguém ruborizar no Brasil, a não ser pela ação do sol. Ou então chegamos a um vermelho-padrão e não saímos disso. A indignação também não segue uma progressão natural, talvez porque a nossa experiência do Brasil seja uma educação na impotência, na futilidade da revolta. Indignamo-nos corriqueiramente com tragédias corriqueiras. As estratégias de desenvolvimento escolhidas desde 64 pressupõem essa indignação estabilizada, essa vergonha uniforme que nunca explode. A continuação do engodo gradualista, do sacrifica agora que depois melhora – ou, em linguagem atual, austeridade, austeridade, austeridade para tudo, menos para o capital financeiro – conta com esse fatalismo. Nossa vergonha não tem efeito cumulativo. Quanto ao pobre professor rubicundo, se me lembro bem, não voltou para o segundo semestre. A – No primeiro parágrafo, observam-se as tipologias descritiva e narrativa. (X) certo ( ) errado B – No segundo parágrafo, há a predominância da tipologia dissertativa, com a presença de argumentação. (X) certo ( ) errado C – No último parágrafo, há a retomada da sequência narrativa apresentada no primeiro parágrafo. ( ) certo (X) errado