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EVOLUÇÃO DO PACIENTE: ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM NO KARDEX E PASSAGEM DE PLANTÃO COM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL, Trabalhos de Enfermagem

EVOLUÇÃO DO PACIENTE: ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM NO KARDEX E PASSAGEM DE PLANTÃO COM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

Tipologia: Trabalhos

2019

Compartilhado em 11/09/2019

jose-luiz-gama
jose-luiz-gama 🇧🇷

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RBEn, 30 : 237-243, 1977
EVOLUÇÃO DO PACIENTE: ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
NO KARDEX E PASSAGEM DE PLANTÃO
COM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
* Vera Lucia Regina Maria
* Kazume Horigoshi Iwakura
* Theresinha A vila Lim
** Sonia Lima Medeiros
RBEn/02
MARIA, V.r..R. e colaboradores -Evolução do paciente: anotações de enfermagem no
kardex e passagem de plantão com equipe multiprof1ss1onal. Rev. Bras. Enf.; DF.
30 : 237-2 43, 1977.
1 -CONSIDERAÇõES GERAIS:
O Instituto de Cardiologia do Estado
teve seu inicio na Av. Paulista, %0
anos passados. Graças aos esforços mé
dicos daquele tempo ele cresceu e em
1958 foi transferido para o Ibirapuera
funcionando somente o Ambulatório com
Raio X, Laboratório e Eletrocardiogra
ma. 'A internação dos pacientes era feita
em convênio COm a Beneficiência Por
tuguêsa. O número· de matriculados au
mentou e consequentemente apareceu a
necessidade de construir um prédio para
internação. Em 29 de dezembro de 1971,
foi inaugurado o prédio destinado ao
hospital, iniciando nesta ocasião as ad
missões de pacientes para tratamento·
* Eà1fermeiras.
•• Assistente Social.
cirúrgico-clínico, exames de cateterismo
cardíaco e hemodiálise.
O Instituto de Cardiologia hoje cha
mado Instituto "Dante Pazzanese" de
Cardiologia, homenagem póstuma ao Di
retor Dr. Dante Pazzanese, conta com
157.000 matriculados, o prédio é uma
construção em monobloco com capaci
dade para 100 leitos, estes pela demanda
atual tornaram-se insuficientes havendo
projetos para construção de novos pré
dios.
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meiras Berenice M. Martinez e Maria
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paio Garcia, Diretora de Enfermagem
em exercício, que vem mantendo os prin-
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Baixe EVOLUÇÃO DO PACIENTE: ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM NO KARDEX E PASSAGEM DE PLANTÃO COM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL e outras Trabalhos em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

RBEn, 30 : 2 37-243, 1977

EVOLUÇÃO DO PACI ENTE: ANOTAÇÕES^ DE^ ENFERMAGEM

NO KARDEX E PASSAGEM DE PLANTÃO

COM EQU IPE M U LTIPROFISSIONAL

* Vera Lucia Regina Maria

* Kazume Horigoshi Iwakura

* Theresinha Avila Lim

** Sonia Lima Medeiros

RBEn/

MARIA, V.r..R. e colaboradores (^) - Evolução do paciente : anotações de enfermagem no kardex e passagem de plantão com equipe multiprof1ss1onal. Rev. Bras. Enf.; DF. 30 : 2 37-2 43, 1977.

1 - CONSIDERAÇõES GERAIS:

O Instituto de Cardiologia do Estado

teve seu inicio na Av. Paulista, há %

anos passados. Graças aos esforços mé

dicos daquele tempo ele cresceu e em

1958 foi transferido para o Ibirapuera

funcionando somente o Ambulatório com

Raio X, Laboratório e Eletrocardiogra

ma. 'A internação dos pacientes era feita

em convênio COm a Beneficiência Por

tuguêsa. O número· de matriculados au

mentou e consequentemente apareceu a

necessidade de construir um prédio para

internação. Em 29 de dezembro de 1971,

foi inaugurado o prédio destinado^ ao

hospital, iniciando^ nesta ocasião as^ ad

missões de pacientes para tratamento·

  • Eà1fermeiras. •• Assistente Social.

cirúrgico-clínico, exames de cateterismo

cardíaco e hemodiálise.

O Instituto de Cardiologia hoje cha

mado Instituto "Dante Pazzanese" de

Cardiologia, homenagem póstuma ao Di

retor Dr. Dante Pazzanese, conta com

157.000 matriculados, o prédio é uma

construção em monobloco com capaci

dade para 100 leitos, estes pela demanda

atual tornaram-se insuficientes havendo

projetos para construção de novos pré

dios.

O Serviço de Enfermagem inicialmen-.

te planejado e organizado pelas enfer

meiras Berenice M. Martinez e Maria

Perales tem continuado com Gilka Sam

paio Garcia, Diretora de Enfermagem

em exercício, que vem mantendo os prin-

MARIA, VL.R. e colaboradores - Evolução do paciente : anotações de enfermagem no kardex e passagem de plantão com equipe multiprof1ss1onal Rev. Bras. Enf.; DF. 30 : 237-243, 1977.

cípios básicos planejando e adotando pa drões novos peculiares a equipe de tra balho e as modificações da organização hospitalar.

Como um dos principios básicos plane 'ado temos mantido a filosofia de tra balho, em equipe, e o sistema de regis tro nas fichas Kardex. Várias modifica ções foram feitas no serviço de enfer magem, mas o encontro da equipe de profissionais, nas passagens de plantão não foi interrompida 1 (um) só dia nos

5 anos de existência do Hospital. O uso

e as anotações da fieha Kardex 10ram feitas nos três periodos das 24 horaS durante os 5 anos. As primeiras anotações na ficha Kar dex eram feitas à lápis e depois apaga das. Por sugestão da Dra. Aracy L. VIa zolll dos Santos, Prof.a Assistente do De partamento de Cl1n1ca Médiea da U. S. P. , passamos a registrá-las à tinta com o ob j etivo de ' guardar comó doeumentação e pesquisa. Segundo a mesma "as anota ções são valiosas e não devem^ ser^ apa gadas". Usando nossos arquivos^ conse guimos fazer este trabalho,

Cooperaram conosco assistentes soeiais, nutricionistas, terapeuta ocupacional e médicos residentes.

2 - FINALIDADE:

A finalidade deste trabalho é trans mitir nossa experiência com o uso das anotações em Kardex, com a equipe multiprofisisonal nas passagens de plan tão. problemas vividos para manter fun cionando e principalmente pr.omover dis cussões sobre o assunto.

3 - OBJETIVOS:

Queremos demonstrar que :

  • O Kardex é meio prático de ano tação;
  • Funciona como meio de comunica ção nas reuniões da equipe multiprofis sional;
  • Pode ser usado como doeumentaçãl> do trabalho realizado - auditoria;
  • Pode ser usado eom meio de pes quisa.

4 - KARDEX:

4. 1 - O que é o Kardex?

  • Definição - São impressos de pa pel cartão (fichas) - com 5 x 8 polega das ; usadas em 2 (dois) modelos. A l.&. para entrevista identificando o paciente e a 2.a de problemas e reeomendações. As fichas são arquivadas em uma pran cha de projeção (papelão grosso). Temos uma prancha para eada pôsto nas uni dades, faellitando o manuseio e a con sulta.

4. 2 - Composição do Kardex:

4. 2. 1 - Ficha (fê entrevista, com os.

dados. de identificação, condições gerais. condições especificas, condições psicoló gicas, queixas do paciente, orientaçãl> geral sobre o Hospital e observações dI> enfermeiro.

4. 2. 2 - Ficha de recomendações: onde

são anotadas todas ocorrências com o paCiente desde admissão até alta.

4. 2. 3 - Ficha de internação : preen

chido pelo SAME e enviada à Unidade de Internação, Juntamente com Fieha Clínica e RX anteriores, contendo in formações soeiais e médieas.

4. 3 - Ob;etivos Gerais :

4. 3. 1 - Comunicação da equipe de

profissionais.

O Serviço de Enfermagem do Institu

to "Dante pazzanese" de Cardiologia. mantém encontro de equipes para pas sagem dos plantões nas várias unidades do Serviço. Na Unidade de Internação a "passagem de pl antão" é feita com equi pe multiprofiss10nal, (Assistente-social.

MARIA, VL.R. e colaboradores - Evolução do paciente : anotações de enfermagem no kardex e passagem de plantão com equipe multiprofisslonal Rev. Bras. Enf.; DF. 30 : 237-243, 1977.

temos tido interferência ora de ordem

pessoal a enfermeira que lê o Kardex

tem voz monótona. Por outro lado a pas

sagem de plantão sendo feita no corre

dor facilmente é interrompida por es

tranhos que querem informações, servi

çais que passam para trabalhar, etc.

4. 3. 2 - Orientação dos funcionários :

através dos registros no Kardex o en

fermeiro estabelece um plano imediato

de ação, levando o funcionário a cons

cientizar-se do mesmo e adotar uma

conduta terapêutica, correspondente.

4. 3. 3 - Fonte de infoTnlação sobre o

paciente na ficha Kardex, vamos en

contrar informações sobre:

....,.. estado tisico, psíquico e social do

paciente nas 24 horas.

  • exames solicitados e realizados.
  • encaminhamentos para outros se-

tores e hospitais.

  • mudanças de ordens e prescrições

médicas.

....,.. medicações espeCiais (heparina, re

vivan, cloreto de potássio, etc.).

  • modificações e proibições dietéticas.
  • cuidados ' especiais, preparo para

exames e para Cirurgia, banhos no leito,

mudança de decúbito, etc.

....,.. solicitação e informação de fami

liares.

  • ocorrências de relacionamento (con-

flitos).

  • paciente-enfermagem
  • paciente-paciente
  • paciente-familla
  • paciente-equipe
  • isolamento de paciente infectado.
  • data provável de al� (^) e execuçâo

do plano de alta de enfermagem que

consta de:

  • orientação sobre dieta

....,.. alimentos proibidos

-- atividades (fisica-sexual)

--- medicação a ser tomada:

  • em casa (dose e horário)
    • em casos de emergência
    • cIrurgia realizada e evolução no

trans e post operatório

  • respostas do paciente: sintomas,

manifestação e queixas.

4. 3. 4 - Catalizador das atividades

realizadas com Os pacientes.

l!: através do Kardex que temos uma

visão geral de todos os pacientes inter

nados e consequentemente do seu esta

do de dependência de enfermagem (diag

nóstico) pode-se então fazer o planeja

mento das atividades dos funcionários,

revertendo numa melhor assistência com

menor esforço.

As recomendações são feitas pelo en

fermeiro que orienta diretamente os

funcionários sob suas ordens, facilitando

a distribuição de serviços para sua equi

pe, que fica familiarizada com suas fun

ções e sua relação com os outros mem

bros.

Esta discriminação de tarefas é clara

mente definida e por escrito, evitando

confusões observadas em várias situa

ções, em que havia apenas interpretação

oral das responsabilldades.

Baseada no Kardex, a discrIminação

de tarefas é feita para cada membro da

equipe pretendendo-se mostrar apenas &

relação entre as tarEl.fas e a diferencia

ção de funções.

No Instituto "Dante Pazzanese" de

CardiOlogia, utilizamos a escala diária de

trabalho, com as espeCificações.

Exemplo:

  • Atendentes - preparos para ci

rurgia;

  • banho no leito;
  • encaminhamentos pars. banho

de chuveiro;

  • preparo de unidades;
    • controle de peso;
    • tricotom1as;
    • distribuição de alimentação.

MARIA, VL.R. e colaboradores - Evolução do paciente: anotações de enfermagem no kardex e passagem de plantão com equipe multiprof1ssional. Rev. Bras. Enf.; DF. 30 : 237-243, 1977.

  • Auxiliares - administração de me dicação ;
  • aj udar nos banhos;
  • controle de sinais vitais;
  • controle de dlurese ;
  • curativos de cateterismo car- diaco.
  • Enfermeiros - nas terapias presta cuidados integrais ao p aciente e desempenha atividades administra tivas.
  • na unidade de internação de sempenha atividades administra tivas e ocasionalmente presta cuidados de enfermagem direta mente ao paciente.

4.. 3. 5 - Indicador de controle de Ava

Uação do Grupo:

A avaliação é u m processo, continuo. As anotações dos problemas do paciente, medidas tomadas para sua solução e ocorrências durante as 24 horas, propor cionam meios tangiveis de avaliação. O paciente é sempre o indicador do su cesso da atuação da enfermagem com relação aos cuidados prestados.

A Anotação é um elemento essencial para a estImativa. É um meio de comu nicação entre os membros do Serviço de Enfermagem e o grupo de profissionais afins, constituindo o .Kardex, uma. fase riquíssima do plano total de cuidados,

Estes registros em si, j á são um ins trumento de controle autolilátleo das �tividades desenvolvidas na unidade. Se houver falha de um plantão a anotação referente a determinado problema ou atividade não será feita, consequente mente, captada pelo plantão seguinte, que procurara sanar a falta e alertar a equipe, para evitar nova falha.

.(. 3 ; 6 - Meio de pesquisa : para nós, é

de alto valor. ressaltarmos, que as fichas Kardex, grampeadas e arqUivadas, du rante 5 anos, sem interrupção, nos ser-

viram de base para pesquisá de traba lhos, incluso este, o que nos permitiu promover variações e adaptações, trans formando-o num elemento de grande valor dentro da. equipe de saúde do Ins tituto "Dante Pazza.nese" de Cardiologia.

4. 3. 7 - Objetivo Específico do Kardex

Reunir todas as informações sobre. paciente, encarando individualmente, orientando a equipe de saúde, para uma assistência integral ao paciente.

5 - NORMAS DE UTILIZAÇAO :

5. 1 - As anotações no Kardex, são de

competência exclusiva do enfermeiro.

  1. 2 - São utilizadas fichas indivldua.1s para cada paciente.
      • A linguagem para as anotações deve ser objetiva, sem fugir da termi:' nologia cientifica ; que funciona como estimulador do conhecimento e promove o interesse do enfermeiro em acompa nhar a evolução do paciente.
  2. 4 - Por ocasião da admissão do paciente, é preenChida a ficha. de entre vista e arquivada a ficha de internação, juntamente com o cartão de matrícula.
  3. 5 - Por ocasião da alta, é entregue o cartão de matricula ao paciente e as fichas Kardex são grampeadas e arqui vadas num armário, por não poder fazer parte do prontuário do paciente.

6 - PROBLEMAS VIVIDOS PARA MANTÉ-LO

  1. 1 - Não conscientização de algumaS cl1fermeiras, que relutam em apresentar argumentos contra a utillzação do Kar dex, efetuando de maneira insatisfatória as anotações de evolução d o p aciente.
  2. 2 - Nas terapias o Kardex foi intro" duzido, com o plano de enfermagem, mas

passou a ser considerado uma "sobrecar

ga de serviço" j á que a ficha não la para

MARIA, V.L.R. e colaboradores - Evolução do (^) paciente : anotações (^) de enfermagem no kardex e passagem de plantão (^) com equipe multiprof1ssional. Rev. Bras. (^) Enf. ; DF. 30 : 237-243, 1977.

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S - KUREGANT, P. Plano de cuidados de enfermagem - necessidade admi nistrativa. Escola de Enfermagem da U. S. P. , São Paulo.

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