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Resenha sobre o livro ética e Moral de Lonardo Boff.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Resenha apresentada à ESDHC como requisito para obtenção da nota da primeira avaliação parcial da disciplina de Metodologia de Pesquisa. Prof..: Sebastien Kiwonghi
BOFF, Leonardo. Ética e Moral : a busca dos fundamentos. 2ª Ed. Editora Vozes. Petrópolis: 2003.
A obra Ética e Moral: a busca dos fundamentos, do Teólogo e Filósofo Leonardo Boff, aborda as questões éticas e morais como fundamentos para as relações humanas em busca do desenvolvimento na sociedade e no meio em que se vive, o que inclui pensar as relações do ser humano com o meio ambiente.
O autor põe em pauta o caminho da humanidade. Por tantos acontecimentos antiéticos e imorais, questiona qual será o destino dessa, abismo ou apogeu em que os efeitos surtirão a todos.
Partindo da crise ética e moral gerada pelo pluralismo histórico-cultural dos povos e o lugar alto e múltiplo das ciências, o autor em sua obra aborda temas como: a evolução do homem na Terra, que de certa forma está sendo uma evolução depredadora de todo ecossistema e de si. As revoluções causadas pelo ser humano para busca do empreendimento, favoreceram como dogmas o prolongamento da vida, mas em contrapartida causaram e causam também a destruição e a desumanização. De certa forma, causam um desenvolvimento material sem um desenvolvimento ético e espiritual.
O ser humano por natureza é um ser que necessita buscar meios para o seu desenvolvimento. Destarte, usa todos os artifícios a fim de conseguir seus objetivos. Para tais conquistas, ele despreza e nega seus próprios limites.
O autor em estudo destaca que para a busca do desenvolvimento, o ser humano deve observar alguns cuidados, com o objetivo de manter suas conquistas em um nível de tolerância que não cause malefícios às relações humanas e destas com o universo e o ser “supremo”. Boff relata que sem cuidado, nada que é vivo sobrevive, pois tudo que cuidamos dura muito mais. Com isso, ele pressupõe que o ser humano necessita resgatar as essências espirituais e ter o mínimo de atitude ética, se quiser preservar a si e as gerações futuras.
Leonardo Boff aborda a crise mundial de valores, pois, segundo o autor, para grande maioria da humanidade é difícil distinguir o que é certo ou errado. Isto porque ela almeja um desenvolvimento pela competição, causando uma frenética corrida pela superioridade, de forma que extrapola todos os valores, sejam eles, éticos ou morais.
Segundo Boff, houve mais mudanças na sociedade nos últimos 50 anos do que desde a Idade da Pedra.
Para o autor, o ser humano inspira e expira o desenvolvimento. Poderá fazê-lo, mas deve observar que tem valores e que esses devem ser guias para a busca de qualquer objetivo. Salienta ainda, que essa busca frenética do bem-estar material pregada pelo capitalismo globalizado, que tem como ideologia política o neoliberalismo, causa uma distorção na realidade do ser humano. Pela saga do individualismo, pelo egoísmo, pelo que é meu / propriedade (minha casa, meu carro, minha empresa...) , o ser humano subestima o bem comum que é a mola-mestra para uma convivência pacífica e harmoniosa de todos os seres. Está incutida na mentalidade do ser humano essa ideologia, lavagem cerebral feita pelo capitalismo, da qual o propósito é: o mercado tem que ganhar e a sociedade deve perder. Por que então construir algo em comum? Isso acaba legitimando o interesse particular em detrimento ao geral. Por isso, a sociedade precisa e deve rever seus valores, pois são estes que darão capacidade de orientação ao ser humano para a gerência do bem comum. Boff destaca que o consumismo pregado pelo capitalismo pode levar o Planeta à falência. Por isso, esse ser racional, denominado HOMEM, tem que se auto-limitar; tem que ter virtudes ecológicas, pois senão, irá desestruturar todo o ciclo de vida na Terra, causando um impacto tão grande que esta, talvez não tenha a capacidade de se auto-regenerar.
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro... Ou formar uma aliança global para cuidar da terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e da diversidade da vida. (BOFF, 2003, p.67)
Leonardo Boff vincula toda essa destruição de valores ao imperialismo: “doença” impregnada pelo Ocidente, que é encabeçada pelos EUA, por acharem que são os melhores e que sempre serão “referência” para a humanidade. Destarte, eles usam dos meios mais absurdos para imporem os seus objetivos diante do mundo. Usam a guerra para aniquilar aqueles que são contra os objetivos impostos pelo “dono do poder”. Cada Estado opta pelo projeto político que mais atende à sua necessidade em resolver as questões políticas e econômicas e usa meios para a defesa de seus objetivos. Sendo assim, para resolver o antagonismo, usa o meio que mais aterroriza a humanidade: a GUERRA. Boff, por circunstâncias óbvias e depois de muita análise a respeito dos
Fala-se muito em desenvolvimento sustentável, que é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações. Esse conceito intimamente tem uma relação do trabalho, que é a ação humana que transforma a natureza para o homem. Mas para que o trabalho cumpra essa finalidade de sustentar e humanizar o homem deve realizar-se de modo auto-sustentável para a natureza e para o próprio homem. Preservar e cuidar do meio ambiente é uma responsabilidade ética diante da própria sobrevivência humana. Mas, ultimamente, percebe-se um individualismo avassalador. Ninguém é levado a construir algo em comum, o ser humano capitalista é levado a destruir o seu semelhante para a sua própria sobrevivência.
Por essas e outras razões e explanações, a obra posta em análise coloca-se a esse homem imediatista como um convite a tornar-se um agente transformador de si e do mundo (de seu ethos^5 ).