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Guias e Dicas
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Estudos de João Cap.8, Notas de estudo de Teologia

estudo Biblico e hermenêutico, com fim de interpretação de tema eclesistico de interesse devocional texto para exclarescimento simples , tendo como fim a instrução leiga

Tipologia: Notas de estudo

2021

Compartilhado em 22/02/2021

samuel-niama-10
samuel-niama-10 🇧🇷

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Estudos Bíblicos João 8
1 Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras.
2 E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e,
assentando-se, os ensinava.
3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
8.1 As pessoas foram para casa (v. 53), mas Jesus, que não tinha onde
reclinar a cabeça (Lc 9.58), passou a noite no monte das Oliveiras.
8.2 A locução pela manhã cedo significa literalmente ao amanhecer.
Todo o povo vinha ter com ele. Como a Festa dos Tabernáculos havia se
encerrado no dia anterior (Jo 7.2,37), ainda havia muitos visitantes em
Jerusalém. Atraídos pelo surgimento de um Rabi famoso, formou-se logo uma
multidão. Assentando-se. Os mestres antigamente em Israel costumavam
sentar-se para ensinar. Jesus ficou na posição de um mestre que tinha
autoridade.
8.3 Trazer uma mulher apanhada em adultério e colocá-la no meio de todos
foi uma maneira rude de interromper Jesus. Mas o que os fariseus queriam
mesmo era confundi-lo (Jo 7-45).
4 E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no
próprio ato, adulterando.
5 E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que
dizes?
6 Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus,
inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7 E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que
de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
8.4,5 As tais sejam apedrejadas. O apedrejamento era a pena específica para alguns casos de adultério (Dt
22.23,24), mas não para todos. A Lei requeria que ambos os adúlteros fossem apedrejados. Mas onde estava o
homem então/ Eles tinham violado a Lei por terem trazido somente a mulher. Por que as autoridades religiosas
quiseram punir somente a mulher, e não também o homem? Tu, pois, que dizes? O pronome tu está muito claro no
texto grego. Os líderes religiosos estavam preparando uma armadilha para que Jesus dissesse algo que contrariasse a
Lei.
8.6 Tentando-o. Se Jesus dissesse que ela não deveria ser apedrejada, estaria opondo-se à Lei judaica. Se
dissesse para apedrejá-la, Jesus estaria opondo-se à lei romana, que não permitia que os judeus aplicassem
execuções (Jo 18.31). Quanto ao que Jesus escrevia com o dedo na terra só se pode conjecturar. Alguns dizem que
Ele escreveu os Dez Mandamentos registrados em Êxodo 20. Mas se o que Ele escreveu fosse importante realmente
teria isso registrado. Talvez a questão aqui não seja o que Ele escreveu, mas o fato de Ele ter escrito.
No Antigo Testamento, Deus escreveu a Lei com Seu dedo (Êx 31.8). E bem provável que, caso Jesus estivesse
mesmo escrevendo a Lei, Ele simbolicamente estava dizendo ser não apenas um mestre da Lei, mas o próprio
Legislador e Juiz. Se fosse um mero rabi, Ele teria dado Seu veredicto segundo a Lei mosaica. No entanto, como o
Promulgador da Lei, Ele pôde agir com aquela mulher do mesmo modo como Deus agiu com Israel no deserto:
perdoando!
8.7 Depois de analisar a questão, Jesus respondeu a Seus acusadores. Mas Ele não aboliu a Lei de Moisés em sua
resposta, ao contrário, Ele a aplicou à vida daqueles que acusavam a mulher.
8 E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.
9 Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a
começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou Jesus e a mulher que
estava no meio.
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Estudos Bíblicos João 8

(^1) Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. (^2) E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e,

assentando-se, os ensinava. (^3) E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;

8.1 — As pessoas foram para casa (v. 53), mas Jesus, que não tinha onde reclinar a cabeça (Lc 9.58), passou a noite no monte das Oliveiras. 8.2 — A locução pela manhã cedo significa literalmente ao amanhecer. Todo o povo vinha ter com ele. Como a Festa dos Tabernáculos havia se encerrado no dia anterior (Jo 7.2,37), ainda havia muitos visitantes em Jerusalém. Atraídos pelo surgimento de um Rabi famoso, formou-se logo uma multidão. Assentando-se. Os mestres antigamente em Israel costumavam sentar-se para ensinar. Jesus ficou na posição de um mestre que tinha autoridade. 8.3 — Trazer uma mulher apanhada em adultério e colocá-la no meio de todos foi uma maneira rude de interromper Jesus. Mas o que os fariseus queriam mesmo era confundi-lo (Jo 7-45).

(^4) E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no

próprio ato, adulterando. (^5) E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que

dizes? (^6) Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus,

inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. (^7) E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que

de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. 8.4,5 — As tais sejam apedrejadas. O apedrejamento era a pena específica para alguns casos de adultério (Dt 22.23,24), mas não para todos. A Lei requeria que ambos os adúlteros fossem apedrejados. Mas onde estava o homem então/ Eles já tinham violado a Lei por terem trazido somente a mulher. Por que as autoridades religiosas quiseram punir somente a mulher, e não também o homem? Tu, pois, que dizes? O pronome tu está muito claro no texto grego. Os líderes religiosos estavam preparando uma armadilha para que Jesus dissesse algo que contrariasse a Lei. 8.6 — Tentando-o. Se Jesus dissesse que ela não deveria ser apedrejada, estaria opondo-se à Lei judaica. Se dissesse para apedrejá-la, Jesus estaria opondo-se à lei romana, que não permitia que os judeus aplicassem execuções (Jo 18.31). Quanto ao que Jesus escrevia com o dedo na terra só se pode conjecturar. Alguns dizem que Ele escreveu os Dez Mandamentos registrados em Êxodo 20. Mas se o que Ele escreveu fosse importante realmente teria isso registrado. Talvez a questão aqui não seja o que Ele escreveu, mas o fato de Ele ter escrito. No Antigo Testamento, Deus escreveu a Lei com Seu dedo (Êx 31.8). E bem provável que, caso Jesus estivesse mesmo escrevendo a Lei, Ele simbolicamente estava dizendo ser não apenas um mestre da Lei, mas o próprio Legislador e Juiz. Se fosse um mero rabi, Ele teria dado Seu veredicto segundo a Lei mosaica. No entanto, como o Promulgador da Lei, Ele pôde agir com aquela mulher do mesmo modo como Deus agiu com Israel no deserto: perdoando! 8.7 — Depois de analisar a questão, Jesus respondeu a Seus acusadores. Mas Ele não aboliu a Lei de Moisés em sua resposta, ao contrário, Ele a aplicou à vida daqueles que acusavam a mulher. (^8) E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. (^9) Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a

começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio.

(^10) E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-

lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? (^11) E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te

condeno; vai-te, e não peques mais. 8.8 — Tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Deus escreveu os Dez Mandamentos duas vezes, e Jesus escreve duas vezes nesse mesmo episódio Qo 8.6). Além disso, tanto em Êxodo como em João, o dedo só é mencionado na primeira vez. 8.9,10 — Saíram um a um. Jesus entrou no templo ao amanhecer (Jo 8.2), e essa cena deve ter acontecido minutos depois. Então, enquanto tudo isso acontecia, o sol devia estar nascendo. E quando tudo foi revelado pela luz do sol, a culpa dos fariseus foi exposta pela luz do mundo (v. 12). 8.11 — A advertência não peques mais indica que Jesus havia perdoado a mulher. Contudo, embora não a tenha condenado, Ele não foi condescendente com seu pecado. Alguns acham que o Senhor os perdoará depois que eles fizerem o melhor que puderem. Mas Jesus perdoou aquela mulher depois de ela ter feito o pior que podia. Jesus nos ama como somos (Rm5.8), mas nos ama mais ainda para permitir que continuemos sendo os seres limitados que somos. (^12) Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me

segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (^13) Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho

não é verdadeiro. 8.12 — Eu sou a luz do mundo. Assim como o sol é a luz natural deste mundo, Jesus é a sua luz espiritual. E por ser a luz do mundo, Jesus expõe o pecado (v. 1-11) e dá vista aos cegos (9.1-7). 8.13-59 — No trecho dos versículos de 1 a 11, os líderes judeus tentam difamar Jesus, mas não obtêm êxito. Aí, então, eles o atacam abertamente. Em João 8.13-59, eles fazem uma série de acusações e perguntas: (1) Tu tens que provar o que estás dizendo? (v.12-18); (2) Onde está teu Pai? (v. 19,20); (3) Será que Ele vai se matar? (v. 21-24); (4) Quem és tu? (v. 25-32); (5) Como podes tu dizer que serás livre? (v. 33-38); (6) Eles se dizem filhos de Deus e Abraão (v. 39- 47); (7) Tens demônio (v. 48-51); (8) És tu maior do que Abraão? (v. 52-57). Tinha visto Abraão? (v. 57-59). Veja o que Jesus declarou nesse capítulo: Eu sou a luz do mundo (v. 12); Sei de onde vim e para onde vou (v. 14); Eu a ninguém julgo (v. 15); Eu sou de cima (v. 23); Eu não sou deste mundo (v. 23); Falo o que dele tenho ouvido (v. 26,29,30); Eu vim de Deus (v. 42); Eu o conheço (v. 55); Antes que Abraão existisse, eu sou (v. 58). 8.13 — A acusação teu testemunho não é verdadeiro aqui não significa que o testemunho de Jesus era falso, mas insuficiente. Os fariseus recorreram ao direito legal para desafiar Jesus, pois nenhum homem podia testemunhar a favor de si mesmo ao ser julgado pela corte judaica. A questão é que se Jesus era o único que podia testemunhar sobre quem Ele afirmava ser, isso não seria suficiente para provar Seu caso. (^14) Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o

meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou. (^15) Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo. (^16) E, se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas

eu e o Pai que me enviou. (^17) E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é

verdadeiro. (^18) Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que

me enviou. 8.14 — Meu testemunho é verdadeiro. Em João 5.31, Jesus se baseia em um argumento legal e apresenta outro testemunho. As vezes, somente a própria pessoa é que conhece a verdade sobre si mesma. Sendo assim, dar-se a conhecer é a única maneira de se chegar à verdade (Jo 7.29; 13.3). 8.15 — A expressão segundo a carne também pode significar segundo a aparência ou pelos padrões humanos. Os líderes religiosos tiravam suas conclusões baseados nos padrões humanos e análises externas, superficiais e imperfeitas. Jesus jamais fez algum julgamento pela aparência ou segundo os padrões humanos.

(^31) Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na

minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; (^32) E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 8.29 — Imagine um simples mortal dizendo: Porque eu faço sempre o que lhe agrada [a Deus]. E uma

declaração clara da divindade de Jesus.

8.30 — O verbo grego traduzido por creram aparece quase que exclusivamente no Evangelho de João

(Jo 1.12; 2.11; 3.15,16,18,36; 6.29,35,40,47; 7.38,39; 9.35,36; 10.42; 11.25,26,45; 12.44,46). A frase

descreve a fé na mensagem de Jesus (1 Co 1.21), o que resulta em vida eterna.

8.31 — Aos judeus que criam (gr. pisteuo) nele. Alguns afirmam que estes não criam nele realmente. E,

para apoiar tal opinião, argumentam que o verbo crer nesse versículo não vem seguido da preposição em

no original. Jesus, contudo, está falando aqui dos que verdadeiramente creem nele para a vida eterna.

Sendo assim, pelo menos nesse versículo, não há diferença alguma entre creram (v. 30) e criam (v. 31).

Permanecerdes, ou seja, continuar, prosseguir.

8.32 — E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Aquele que permanece na Palavra de Deus

conhece a verdade (v. 31; 17.17). Veja que Jesus não diz que devemos conhecer a Palavra, e sim a

verdade. Os acusadores de Jesus procuraram nas Escrituras, porém não encontraram aquele que é a

verdade. Os que creem em Cristo, como descrito no versículo 30, têm de permanecer nas palavras da

Bíblia para conhecer a verdade. E essa permanência os leva a uma experiência com a verdade que os

liberta. O capítulo 15, mais especificamente o versículo 10, explica como permanecer na verdade: Se

guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor. O verbo libertará alude à libertação da

escravidão do pecado. Obediência ao Senhor implica ter comunhão com Ele, ser protegido do pecado e

provar do Seu amor. (^33) Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a

ninguém; como dizes tu: Sereis livres? (^34) Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele

que comete pecado é servo do pecado. (^35) Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. (^36) Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (^37) Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me,

porque a minha palavra não entra em vós.

8.33 — Nesse capítulo todo, Jesus está envolvido em um debate com Seus acusadores, os fariseus (v. 13). Eles também são designados pelo termo judeus (v. 22,48,52,57) e pelo pronome eles (v. 19,25,27,33,39,41,59). Os versículos 30 a 32 abrem um parêntese para falar daqueles que, em meio à multidão, creram em Jesus depois de ouvir o que Ele disse aos Seus acusadores. No versículo 33, os líderes judeus voltam a falar. Portanto, a objeção nesse versículo vem dos acusadores de Jesus, e não dos que creram, conforme os versículos 30 a 32. Nunca servimos a ninguém. A objeção dos fariseus é notória. No passado, os israelitas haviam sido escravos dos egípcios, dos assírios e dos babilônios. E naquela ocasião Israel estava sob o domínio de Roma.

8.3 4 — Servo do pecado. Jesus está falando aqui da escravidão espiritual. E dessa escravidão ninguém pode libertar- se sozinho; precisamos de alguém para nos libertar (Rm 8.34).

8.35,36 — O servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. O filho sempre fará parte da família e terá todos os privilégios. Esse provérbio se encontra no versículo 36, e sua aplicação aqui prova que o Filho é Jesus Cristo (veja o Filho do Homem - v. 28). Como membro da família, o filho também pode conceder seus privilégios a outros.

8.37 — Descendência de Abraão, ou seja, herdeiros humanos de Abraão. Mas eles só seriam descendentes espirituais se tivessem fé. No entanto, em vez de confiarem em Jesus para terem seus pecados perdoados, os líderes judeus

(^38) Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de

vosso pai. (^39) Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se

fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. (^40) Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade

que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto. (^41) Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos

nascidos de fornicação; temos um Pai, que é Deus. (^42) Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis,

pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. (^43) Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha

palavra. 8.38 — Veja a diferença entre meu Pai e vosso pai. Posteriormente, Jesus acabou dizendo quem era de fato o pai deles (Jo 8.44). 8.39 — Nosso pai é Abraão. Os fariseus acreditavam que, por serem descendentes de Abraão, o lugar deles estava garantido no céu. Mas honrar aqueles que falavam em nome de Deus também fazia parte das obras de Abraão (Gn 14 e 18). 8.40 — Apesar de toda a argumentação de Jesus, aqueles homens queriam matá-lo. As obras deles não tinham nada a ver com Abraão, e, por essa razão, eles não eram filhos dele. 8.41 — Nós não somos nascidos de prostituição. Desde os tempos antigos, isso tem sido interpretado como uma zombaria, como se eles estivessem dizendo a Jesus: Não somos filhos bastardos como você. Ao que parece, o boato de que Jesus fora concebido fora do casamento foi algo que o perseguiu por muitos anos. 8.42,43 — Por não poderdes ouvir a minha palavra. O pecado cegou tanto os olhos e endureceu tanto o coração daqueles homens que eles se tornaram incapazes de aceitar as palavras de Jesus. (^44) Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai.

Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. (^45) Mas, porque vos digo a verdade, não me credes. (^46) Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que

não credes? (^47) Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais,

porque não sois de Deus. (^48) Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Não dizemos nós bem que és

samaritano, e que tens demônio? (^49) Jesus respondeu: Eu não tenho demônio, antes honro a meu Pai, e vós me

desonrais. (^50) Eu não busco a minha glória; há quem a busque, e julgue. (^51) Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra,

nunca verá a morte. 8.44-47 — Tendes por pai. Jesus sabia o que estava no coração das pessoas (Jo 2.25), e é por isso que Ele conhecia a motivação das atitudes delas. O diabo é homicida, e seus agentes queriam matar Jesus.