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Conceitos Básicos e Definições. Estudos de fenômenos ou experimentos aleatórios.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
vi) CONJUNTOS DISJUNTOS: dois conjuntos A e B são disjuntos, ou mutuamente exclu- sivos, se a intersecção entre eles é vazia, ou seja, A ∩ B = ∅;
vi) PARTIÇÃO: os conjuntos A 1 , A 2 ,... , Ak ⊂ Ω formam um partição de Ω se são disjuntos
dois-a-dois e se a união entre eles é igual a Ω, ou seja
⋃^ k
i=
Ai = Ω.
vi) LEIS DE MORGAN: considere uma sequência qualquer de eventos A 1 , A 2 ,.. ., então,
segundo as leis de Morgan, valem as relações ( (^) ∞ ⋃
i=
Ai
i=
Aci ;
( (^) ∞ ⋂
i=
Ai
i=
Aci.
DEMONSTRAÇÃO VISUAL DAS LEIS DE MORGAN:
Ω A B
C
AUBUC
Figura 1.1: Diagrama de Venn para a união ( A ∪ B ∪ C )c
Ω
Ac
A
Ω B
Bc
Ω
C
C c
Figura 1.2: Eventos complementares Ac, Bc^ e Cc, respectivamente
Ω A B
C
Figura 1.3: Diagrama de Venn para a intersecção Ac^ ∩ Bc^ ∩ Cc
DEMONSTRAÇÃO FORMAL DAS LEIS DE MORGAN: 1 a^ parte (Magalhães ou Hoel)
IDEIA: mostrar que
i)
i=
Ai
)c ⊂
i=
Aci ;
ii)
i=
Ai
)c ⊃
i=
Aci.
RESULTADO: Sejam A e B conjuntos quaisquer, então, se A ⊂ B e A ⊃ B =⇒ A = B.
Prova da parte (i):
Seja w ∈ (
i=
Ai)c^ =⇒ w /∈
i=
Ai =⇒ w /∈ Ai, ∀ i = 1, 2 ,...
Desta forma, w ∈ Aci , ∀i = 1, 2 ,... =⇒ w ∈
i=
Aci ,
o que prova a parte (i).
Prova da parte (ii):
Seja w ∈
i=
Aci =⇒ w ∈ Aci =⇒ w /∈ Ai, ∀ i = 1, 2 ,...
Desta forma, w /∈
i=
Ai, ∀ i = 1, 2 ,... =⇒ w ∈ (
i=
Ai)c,
i) Evento Complementar: Seja um evento qualquer A ⊂ Ω, então, seu evento com- plementar Ac^ será definido pelos elementos de Ω que não estão em A. Um evento A e seu complementar Ac^ são tais que A ∪ Ac^ = Ω.
ii) Eventos Disjuntos: Dois eventos quaisquer A e B são disjuntos, ou mutuamente exclusivos se A ∩ B = ∅.
iii) Eventos Elementares: Seja um espaço amostral finito Ω = {ω 1 , ω 2 ,... , ωN }, em que ωi, i = 1, 2 ,... , N são resultados elementares. Um evento formado por um resultado elementar é chamado evento elementar. Neste caso, Ai = {ωi}, i = 1, 2 ,... , N ,
são eventos elementares.
Notas:
Como o espaço amostral é finito, será associada uma probabilidade pi = 1/N para cada ωi, i = 1, 2 ,... , N. É intuitivo que 0 ≤ pi ≤ 1 e que p 1 + p 2 +... + pN = 1. Se, além disso, o espaço amostral for equiprovável (ou homogêneo), então,
pi =
∀ ωi ∈ Ω, i = 1, 2 ,... , N.
d) σ-ÁLGEBRA:
Seja uma coleção não vazia A de subconjuntos de Ω aos quais desejamos associar probabilidades. Então A deve ser tal que, se A e B ∈ A , faz sentido calcular probabi- lidades de que
i) A ou B ocorra, ou seja, (A ∪ B); ii) A e B ocorram, ou seja, (A ∩ B); iii) não ocorra A, ou seja, Ac.
Portanto, para A e B ∈ A , se A atender às propriedades:
i) Ω ∈ A ; ii) se A ∈ A =⇒ Ac^ ∈ A ; iii) se A ∈ A e B ∈ A =⇒ (A ∪ B) ∈ A.
então A é dita ser uma álgebra de subconjuntos (eventos) de Ω.
Além disso, deseja-se que A seja fechada também para um número infinito e enumerável de operações (uniões e intersecções).
Definição: A é uma σ-álgebra de subconjuntos (eventos) de Ω se, e só se
i) Ω ∈ A ;
ii) se A ∈ A =⇒ Ac^ ∈ A ;
iii) se A 1 , A 2 ,... ∈ A =⇒
i=
Ai ∈ A.
Notas:
toda σ-álgebra é uma álgebra, porém, nem toda álgebra é uma σ-álgebra;
Seja A uma σ-álgebra de Ω, então, se A 1 , A 2 ,... ∈ A =⇒
i=
Ai ∈ A.
Exemplo: 1) Considere o lançamento de uma moeda, então Ω = { cara, coroa }
Exemplo: 2) Considere o espaço amostral Ω = { 1 , 2 , 3 }
iii) se A 1 , A 2 ,... formam uma seqüência disjunta, então P
i=
Ai
i=
P (Ai).
A trinca formada por (Ω, A , P ) é chamada de ESPAÇO DE PROBABILIDADE.
Um espaço de probabilidade é formado por um espaço amostral Ω, uma σ-álgebra de
eventos de Ω e uma medida de probabilidade P (A) ∀ A ∈ A.
Exemplo: 1) Número de ocorrências de um fenômeno.
Espaço amostral: Ω = { 1 , 2 , 3 ,... };
σ-álbegra: A = classe dos subconjuntos de Ω;
Medida de probabilidade: P (k) =
2 k^
, k = 1, 2 ,...
Checar os axiomas:
i) P (A) é dada pela soma de probabilidades de eventos elementares ωi ∈ A, i = 1, 2 ,... =⇒ P (A) ≥ 0 , ∀ A;
ii)
i=
P (k) =
iii) A união de eventos disjuntos, forma um conjunto ao se aplica o resultado (i), que equi- vale à soma das suas probabilidades individuais.
Exemplo: 2) Tempo de vida de pacientes.
Espaço amostral: Ω = { T ∈ R | 0 ≤ T < ∞ };
σ-álbegra: A = σ-álbegra de Borel;
Medida de probabilidade: P (A) =
A
e−xdx, em que A ⊆ Ω são intervalos no conjunto
dos reais.
Considere que os conjuntos abaixo seja, eventos no espaço de probabilidade (Ω, A , P ). Então, tem-se que
a) P (A) = 1 − P (Ac); Nota: caso especial P (∅) = 1 − P (Ω) = 0.
b) Sejam A e B eventos quaisquer, então P (B) = P (B ∩ A) + P (B ∩ Ac).
PROVA: i) para todo conjunto A tem-se que A ∪ Ac^ = Ω. ii) Como B = B ∩ Ω = B ∩ (A ∪ Ac) = (B ∩ A) ∪ (B ∩ Ac) iii) e como (B ∩ A) e (B ∩ Ac) são disjuntos, segue-se que P (B) = P (B ∩ A) + P (B ∩ Ac).
Nota: Se A ⊂ B, então A ∩ B = A e P (B) = P (A) + P (B ∩ Ac).
c) Se A ⊂ B, então P (A) ≤ P (B). PROVA: Sai direto da relação anterior e dos axiomas.
d) Se A e B são eventos quaisquer, então P (A ∪ B) = P (A) + P (B) − P (A ∩ B).
Ω
A
B
Figura 1.4: (A ∪ B) como união de conjuntos disjuntos
→ para n ≥ 2 , seja Bn o conjunto de pontos que estão em An mas não estão em An− 1 , ou seja Bn = An ∩ Acn− 1 ; → os conjuntos Bn, n = 1, 2 ,... são todos mutuamente exclusivos e, ainda An =
⋃^ n
i=
Bi e A =
i=
Bi;
→ conseqüentemente: a) P (An) =
∑^ n
i=
P (Bi) ,
b) P (A) =
i=
P (Bi).
Desta forma, aplicando-se o limite para n → ∞ em (a), tem-se
lim n→∞ P (An) = lim n→∞
∑^ n
i=
P (Bi)
i=
P (Bi) de (b) = P (A) ,
o que completa a prova.
PROVA: (PARTE 2) Exercício. → observar que A 1 ⊃ A 2 ⊃... ⇒ Ac 1 ⊂ Ac 2 ⊂.. ..
Exemplo: 1) Um dado equilibrado é lançado k = 2 vezes e os resultados anotados. O espaço amostral para o experimento é:
ω = (i, j) ∈ R^2 | i = 1,... 6 e j = 1,... , 6
Sejam:
A = classe de todos os subconjuntos de Ω e
P = probabilidade uniforme para todos os pontos de Ω, ou seja, P ({ω}) =
card(Ω) .
O número de eventos elementares w’s é dado por card(Ω) = nk, em que → n total de resultados possíveis em uma realização do experimento, no caso n = 6, → k é o número de realizações do experimento, no caso k = 2.
Nesse caso, tem-se: card(Ω) = 36 ⇒ P ({ω}) =
, ∀ ω ∈ Ω.
Considere os eventos: A = a soma dos resultados é um número ímpar;
B = o resaultado do primeiro lançamento é um número ímpar; C = o produto é um número ímpar. Encontrar P (A ∪ B) e P (A ∪ B ∪ C).
Pontos favoráveis a cada um dos eventos: A = { (1,2), (1,4), (1,6), (3,2), (3,4), (3,6), (5,2), (5,4), (5,6), (2,1), (4,1), (6,1), (2,3), (4,3), (6,3), (2,5), (4,5), (6,5) }; B = { (1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6) }; C = { (1,1), (1,3), (1,5), (3,1), (3,3), (3,5), (5,1), (5,3), (5,5) }.
Resultados:
I card(A) = 18 =⇒ P (A) =
;
I card(B) = 18 =⇒ P (B) =
;
I card(C) = 9 =⇒ P (C) =
.
Intersecções:
i) A ∩ B = { (1,2), (1,4), (1,6), (3,2), (3,4), (3,6), (5,2), (5,4), (5,6) } ⇒ P (A ∩ B) =
;
ii) A ∩ C = { ∅ } ⇒ P (A ∩ C) = 0;
iii) como C ⊂ B, segue-se que B ∩ C = C, ⇒ P (B ∩ C) = P (C) =
;
iv) de (ii), tem-se que A ∩ B ∩ C = { ∅ } ⇒ P (A ∩ B ∩ C) = 0;
Da propriedade (d), tem-se que:
Para encontrar P (A ∪ B ∪ C) utiliza-se, ainda, a propriedade (d) fazendo:
P (A ∪ B ∪ C) = P [(A ∪ B) ∪ C] = P (A ∪ B) + P (C) − P [(A ∪ B) ∩ C] = P (A) + P (B) − P (A ∩ B) + P (C) − P [(A ∩ B) ∪ (B ∩ C)] = P (A) + P (B) + P (C) − P (A ∩ B) − P (A ∩ C) − P (B ∩ C) + P (A ∩ B ∩ C) = 12 +^12 +^14 − 14 − 14 =^34
Esquematicamente:
Ω
Figura 1.5: Evento condicional.
1.5.1 Probabilidade condicional
Sejam os eventos A e B tais que P (B) > 0 , então, define-se a probabilidade condicional
de B dado que ocorreu A por
Notas: 1) Se P (B) = 0 =⇒ P (A|B) = P (A) (Magalhães, 2004);
Exemplo 1) Uma caixa comtém r bolas vermelhas numeradas de 1 a r e b bolas brancas, numeradas de 1 a b. Uma bola é extraída, sua cor observada. Sabendo que a bola é vermelha, qual a probabilidade de que seja a de número 1?
A caixa contém (r + b) bolas logo, a probabilidade de uma bola qualquer é
(r + b) .
Censidere os eventos:
A = { a bola extraída é vermelha }, logo, P (A) = r (r + b)
B = { a bola extraída é a de número 1 }, logo, P (B) =
(r + b)
Como P (B ∩ A) =
(r + b)
, então,
1 /(r + b) r/(r + b)
r
Exemplo 2) Duas moedas idênticas são lançadas. Determine:
a) A probabilidade de se obter 2 caras sabendo que se obteve cara na primeira moeda.
Espaço amostral =⇒ Ω = {(c, c); (c, ¯c); (¯c, c); (¯c, ¯c)}, em que c = cara e ¯c = coroa. Sejam os eventos: C 1 = { cara na 1 a^ moeda } =⇒ P (C 1 ) = P [(c, c); (c, ¯c)] =
;
C 2 = { cara na 2 a^ moeda } =⇒ P (C 2 ) = P [(c, c); (¯c, c)] =
.
Como P (C 2 ∩ C 1 ) = P [(c, c)] =
, logo, P (C 2 |C 1 ) =
P [(c, c)] P [(c, c); (c, ¯c)]
b) A probabilidade de se obter 2 caras sabendo que se obteve pelo menos uma cara.
Neste caso os eventos são definidos por: =⇒ {sair duas caras} = C 1 ∩ C 2 ; =⇒ {sair ao menos um cara} = C 1 ∪ C 2 ;
Desta forma:
P [(c, c)] P [(c, c); (c, ¯c); (¯c, c)]
Exemplo 3) (Urna de Polya) Uma caixa comtém r bolas vermelhas e b bolas brancas. Uma bola é extraída, sua cor observada e, a seguir, a bola é recolocada na caixa com mais c > 0 bolas da mesma cor. Esse procedimento é repetido m vezes.
O interesse aqui consiste em saber qual a probabilidade de se extrair uma bola vermelha (ou branca) em cada uma das m retiradas.
i) P (R 2 ) = P (R 1 ) = r b + r ,
ii) P (B 2 ) = P (B 1 ) = b b + r
.
Para j = 3: Qual a probabilidade de vermelha na 3 a^ extração?
Possibilidades:
i) R 1 R 2 R 3 ⇒ P (R 1 R 2 R 3 ) = P (R 3 |R 1 R 2 )P (R 2 |R 1 )P (R 1 );
ii) R 1 B 2 R 3 ⇒ P (R 1 B 2 R 3 ) = P (R 3 |R 1 B 2 )P (B 2 |R 1 )P (R 1 );
iii) B 1 R 2 R 3 ⇒ P (B 1 R 2 R 3 ) = P (R 3 |B 1 R 2 )P (R 2 |B 1 )P (B 1 );
iv) B 1 B 2 R 3 ⇒ P (B 1 B 2 R 3 ) = P (R 3 |B 1 B 2 )P (B 2 |B 1 )P (B 1 ).
Com um pouco de esforço algébrico obtêm-se:
i) P (R 3 ) = P (R 1 ) = r b + r ,
ii) P (B 3 ) = P (B 1 ) =
b b + r .
Enfim, pode-se provar por indução que, P (Rj ) = P (R 1 ) e P (Bj ) = P (B 1 ), ∀ 1 ≤ j ≤ m.
1.5.2 Teorema de Bayes
Sejam os eventos E 1 , E 2 ,... , Em em (Ω, A , P ) formando uma partição em Ω tal que todos
têm probabilidades positivas, ou seja, P (Ei) > 0 , ∀ i = 1, 2 ,... , m. Considere, ainda, um evento A qualquer, P (A) > 0 , ocorrendo sobre a partição de Ω. O objetivo, nesta situação, consiste em determinar a probabilidade de ocorrência de uma
das partes de Ω dado que ocorreu o evento A, ou seja, P (Ek|A), k = 1, 2 ,... , m. Cmo pode-se observar pela Figura (1.6), o evento A pode ser escrito como união de partes disjuntas, formadas pela intersecção de A com as partes de Ω, ou seja
i=
(A ∩ Ei)
Figura 1.6: Ocorrência de um evento A sobre uma partição de Ω com m = 6.
Para um m qualquer,
A = (A ∩ E 1 ) ∪ (A ∩ E 2 ) ∪... ∪ (A ∩ Em) =
⋃^ m
i=
(A ∩ Ei),
logo, a probabilidade do evento A é dada por
[ (^) m ⋃
i=
(A ∩ Ei)
∑^ m
i=
P (A ∩ Ei).
Pela regra do produto, tem-se que
[ (^) m ⋃
i=
(A ∩ Ei)
∑^ m
i=
P (A|Ei)P (Ei).
O resultado acima é conhecido como lei da probabilidade total.
Para um Ek qualquer, k = 1, 2 ,... , m, pode-se escrever P (A ∩ Ek) = P (A|Ek)P (Ek),
logo, a probabilidade de ocorrência de Ek dado que ocorreu A, é dada por:
P (Ek|A) = P (Ek ∩ A) P (A)
P (Ek|A) = P (A|Ek)P (Ek) ∑^ m
i=
P (A|Ei)P (Ei)
, k = 1, 2 ,... , m, (1.1)
o resultado em (1.1) é conhecido como teorema de Bayes. Foi obtido pelo Reverendo Thomas Bayes e publicado em 1763, sendo um dos teoremas mais importantes da teoria estatística.
Exemplo 1) Numa população adulta 40% são homens e 60% mulheres. Sabe-se, ainda, que 50% dos homens e 30% das mulheres são fumantes. Determine: