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pesquisa sobre a escola sociológica francesa
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Compartilhado em 29/09/2010
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Este artigo apresenta de forma sucinta o percurso no qual a sociologia se tornou uma disciplina universitária no decorrer dos séculos XIX e XX. Apresenta-se, de início a evolução institucional e a profissionalização das ciências humanas nas décadas finais do século XIX, juntamente com a importância do contexto político-intelectual. Mediante isso, aborda-se a vida interna desse novo campo de conhecimento, criando uma rivalidade entre três homens: Émile Durkheim, Gabriel Tarde e René Worms que se colocam também como oponentes três redes sociais e três estratégias intelectuais.
O evolução das faculdades de Letras desempenhou um papel essencial, permitindo o surgimento de cursos para as novas ciências humanas, duas inovações tiveram destaque na época que foram: os cursos de: Psicologia e o de Ciência Social que foi criado por Émile Durkheim em 1887 em Bordeaux. Quando se afirma que a sociologia nasceu na França é complicado não perceber que se trata categoricamente dos anos de fundação da Terceira República e, em seguida, da instalação do que hoje é chamado o Estado de bem-estar. Alguns elementos parecem determinantes: O primeiro surgiu com a chegada da República acompanhando-se da idéia de programa da transformação da sociedade. O uso das estatísticas, para colocar em evidência as leis de funcionamento da sociedade eram habituais. Pensemos em Durkheim em O suicídio (1897) e pensemos nos trabalhos de Simiand e de Halbwachs em sociologia econômica. O segundo veio com a crise que a Terceira República conheceu a partir de 1885, que levou os governos depois de Jules Ferry a procurar uma nova política geral. Muitos republicanos a encontravam no “solidarismo”, ou seja, a ciência que trata da formação das idéias da solidariedade. Durkheim foi considerado na época, como a principal referência científica do solidarismo. O terceiro é o fortalecimento do socialismo no mundo operário e na juventude intelectual francesa. O bibliotecário Lucien Herr introduziu a leitura de Marx e dos socialistas alemães entre outros jovens filósofos, no meio dos quais Jean Jaurès. Muitos, filósofos e historiadores, tornaram-se socialistas seguidores de Jean Jaurès. Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele, "a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida. Segundo ele o papel da ação educativa é formar um cidadão que tomará parte do espaço público, não somente o desenvolvimento individual do aluno. O conceito Durkheimiano revolucionou e produziu um novo universo intelectual, onde não mais imperaria a Biologia e a Psicologia. No rol de suas obras mais famosas, podemos destacar; As regras do Método sociológico, publicada em 1895, como o estopim de uma nova concepção sobre a matéria.
Os Fatos Sociais.
A sociologia é definida como a ciência da sociedade ou dos fatos sociais, que estuda os fatos sociais, investigando sua origem e natureza, tal qual, suas relações de identidade e de interdependência. O fato sociológico; é todo o feito que envolve o convívio humano, como o nascimento, a morte, o casamento, a separação, etc. A repercussão destes fatos na esfera social, asseguram seu caráter jurídico, pois refletem direitos e obrigações na sociedade, eventualidade em que o fato social se transforma em fato jurídico. Durkheim afirmava que “também são fatos sociais a língua, o sistema monetário, a religião, as leis e uma infinidade de outros fenômenos do mesmo tipo.” Portanto, é possível deduzir por meio de raciocínio que os fatos sociais, econômicos, históricos e éticos, servem de pilar de sustentação, essência da teoria de valores, para a formação do fato jurídico. Os fatos sociais possuem algumas características que servem de base. A princípio analisaremos a primeira delas que é a coerção social que pode ser entendida, como a pressão que os fatos exercem diariamente sobre os homens na sociedade. É a força da coletividade. Essa força se manifesta claramente quando a pessoa aceita determinado idioma, se sujeita a um padrão de comportamento familiar, permite certos costumes, se submete a uma determinada legislação, os sujeitos se vêem obrigado a seguir o paradigma estabelecido. A segunda característica do Fato social é a exterioridade, ela se manifesta independente da vontade do indivíduo, sua adesão é inconsciente. Portanto, as normas, os costumes, as leis, são anteriores ao próprio nascimento da pessoa, que se demonstra de diversas formas, como, por exemplo, a educação. A última qualidade dos fatos sociais assinalada por Durkheim, é a generalidade, pois é comum a todos os membros da comunidade, ela se apresenta para praticamente todos. Essa característica separa o eventual do essencial e define a natureza sociológica dos fenômenos. O próprio suicídio, estudado de maneira sistemática por Durkheim, é considerado um exemplo de fato social, isto porque independente de resultar de razões particulares, está presente em todas as sociedades, que oscilam de acordo com as condições históricas, expressando assim sua natureza social. .
www.riototal.com.br/coojornal/academicos035.htm www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html