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Bert Hellinger: A Fonte que Não Pergunta - Desenvolvimento das Constelações Familiares, Manuais, Projetos, Pesquisas de Psicoterapia

Neste texto, bert hellinger discute o desenvolvimento do método de constelações familiares, sua influência em diferentes áreas da vida e a importância de superar o desmembramento. Ele compartilha sua visão sobre a importância de reunir o separado e o oposto, e reflete sobre a influência de diferentes escolas psicológicas em sua obra.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Luiz_Felipe
Luiz_Felipe 🇧🇷

4.4

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Escola de Bert Hellinger
(...) Se temos então uma Escola de Hellinger, como vê o trabalho de seus discípulos,
portanto daqueles terapeutas que trabalham com seu método?
Eu os vejo com benevolência, mas não me preocupo com o que cada um faça.
Dei uma orientação, mas o que cada um faz com isso e como o continua desenvolvendo
deixo com eles.
Esse desenvolvimento explosivo não causa, às vezes, alguma preocupação? Pois os
cursos de Hellinger são “in”, sem que você intervenha, correm o perigo de se
transformar em um terapeuta da moda. Como esse desenvolvimento?
Não me preocupo com isso. O que estiver em harmonia com algo bom continuará de
desenvolvendo.
Este “método de Hellinger”, como desejo denominá-lo que, originalmente, estava
muito fortemente acoplado às constelações familiares, é transmitido agora também
para outras áreas: por exemplo, constelações organizacionais para empresas e
semelhantes. Como você acompanha esse desenvolvimento onde, por assim dizer, o seu
conceito fundamental é assumido em áreas complementarmente diferentes?
Na verdade não sou somente psicoterapeuta, eu mesmo me sinto muito mais como
professor do que como psicoterapeuta. Por isso, me interesso muito pela transmissão
das constelações familiares para outras áreas da vida. Como trabalhei muito com
doentes, a psicoterapia tem um alto valor para mim. Mas me alegro quando vejo que as
constelações familiares e os conhecimentos que delas resultam podem ser aplicados
também em muitos outros campos fora da psicoterapia. Por exemplo, não deram bons
resultados somente no trabalho com organizações, também são aplicados em escolas e
no aconselhamento educacional, igualmente no serviço social, também em prisões e
assistência durante a liberdade condicional. As constelações familiares foram utilizadas
até por autores de “scripts”, diretores e artistas para penetrarem melhor nos personagens
que descreveu ou representam.
Por isso, lamento quando se quer reservar as constelações familiares somente para a
psicoterapia e se impede a outros, que não são psicoterapeutas, de aplicá-las em suas
áreas, independentemente da psicoterapia.
É diferente quando oferece as constelações familiares como aperfeiçoamento. são
úteis conhecimentos e experiência psicoterapêuticos. Mas se, por exemplo, alguém
oferece constelações familiares para organizações, não necessita ser psicoterapeuta. Da
mesma maneira, um assistente social ou um professor não necessita ser psicoterapeuta
quando se servem dos conhecimentos das constelações familiares e, em sua área, onde
necessário, também os aplicam cônscios de sua responsabilidade.
Como veria o seu papel terapêutico nos dias de hoje? Qual é a sua especial
contribuição?
O essencial para mim é que o separado seja unido, portanto, que seja superado o
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Baixe Bert Hellinger: A Fonte que Não Pergunta - Desenvolvimento das Constelações Familiares e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Psicoterapia, somente na Docsity!

Escola de Bert Hellinger

(...) Se temos então uma Escola de Hellinger, como vê o trabalho de seus discípulos, portanto daqueles terapeutas que trabalham com seu método?

Eu os vejo com benevolência, mas não me preocupo com o que cada um faça. Dei uma orientação, mas o que cada um faz com isso e como o continua desenvolvendo deixo com eles.

Esse desenvolvimento explosivo não causa, às vezes, alguma preocupação? Pois os cursos de Hellinger são “in”, sem que você intervenha, correm o perigo de se transformar em um terapeuta da moda. Como vê esse desenvolvimento? Não me preocupo com isso. O que estiver em harmonia com algo bom continuará de desenvolvendo.

Este “método de Hellinger”, como desejo denominá-lo que, originalmente, estava muito fortemente acoplado às constelações familiares, é transmitido agora também para outras áreas: por exemplo, constelações organizacionais para empresas e semelhantes. Como você acompanha esse desenvolvimento onde, por assim dizer, o seu conceito fundamental é assumido em áreas complementarmente diferentes?

Na verdade não sou somente psicoterapeuta, eu mesmo me sinto muito mais como professor do que como psicoterapeuta. Por isso, me interesso muito pela transmissão das constelações familiares para outras áreas da vida. Como trabalhei muito com doentes, a psicoterapia tem um alto valor para mim. Mas me alegro quando vejo que as constelações familiares e os conhecimentos que delas resultam podem ser aplicados também em muitos outros campos fora da psicoterapia. Por exemplo, não deram bons resultados somente no trabalho com organizações, também são aplicados em escolas e no aconselhamento educacional, igualmente no serviço social, também em prisões e assistência durante a liberdade condicional. As constelações familiares foram utilizadas até por autores de “scripts”, diretores e artistas para penetrarem melhor nos personagens que descreveu ou representam.

Por isso, lamento quando se quer reservar as constelações familiares somente para a psicoterapia e se impede a outros, que não são psicoterapeutas, de aplicá-las em suas áreas, independentemente da psicoterapia.

É diferente quando oferece as constelações familiares como aperfeiçoamento. Aí são úteis conhecimentos e experiência psicoterapêuticos. Mas se, por exemplo, alguém oferece constelações familiares para organizações, não necessita ser psicoterapeuta. Da mesma maneira, um assistente social ou um professor não necessita ser psicoterapeuta quando se servem dos conhecimentos das constelações familiares e, em sua área, onde necessário, também os aplicam cônscios de sua responsabilidade.

Como veria o seu papel terapêutico nos dias de hoje? Qual é a sua especial contribuição?

O essencial para mim é que o separado seja unido, portanto, que seja superado o

desmembramento, que vem grassando desde Descartes na filosofia e na vida pública. Esse movimento também foi importante e pôs em marcha muitas coisas significantes. Por exemplo, tomemos o Iluminismo, no qual o indivíduo pode fazer, ele mesmo, uma imagem contra doutrinas transmitidas.

Ele incentivou o individualismo.

O individualismo chega hoje a um inegável fim. Frequentemente foi omitido e até contestado que o indivíduo só possa se desenvolver em intercâmbio com outros. Agora, há um movimento contrários no qual nos tornamos cada vez mais conscientes do vínculo do indivíduo à sua família e ao seu ambiente. Nesse movimento se isere as constelações familiares e, ao mesmo tempo, incentiva-as.

Os conhecimentos que resultam das constelações familiares têm também um significado filosófico transcendente, apesar de eu não ser um filosofo no sentido clássico. Mas conhecimentos essenciais que levam adiante a vida vieram. À luz através das constelações familiares.

Visto historicamente: a que escolas psicológicas você se sente

vinculado de certa maneira?

As diversas escolas psicólogas produziram algo grande. Por exemplo, Freud e Jung ou também Rogers e Janov, somente para citar alguns que são especialmente importantes para mim. Todos contribuíram com algo essencial, e isto deve ser dignificado. A pergunta é até que ponto o essencial – aquilo que toca o ser humano mais profundamente – é tratado através disso. Nesse sentido não me sinto tanto como terapeuta, senão mais como alguém que ganhou conhecimentos que vão muito além da terapia.

Quando leio Confúcio e vejo o que esse homem ganhou para si em conhecimento transcendentais, por séculos ou até por milênios, fico profundamente feliz. Ele olha sempre para toda a humanidade e procura por ordens que são válidas para toda humanidade. Para ele, o indivíduo ou mesmo seu povo estão ordenados nesse algo maior e sujeitos a ele. O que agora torna tão claro nos movimentos da alma é que, na verdade, só podemos existir juntos, em que o separado e o oposto se unam e se ordenem e se respeitem mutuamente, está indicado maravilhosamente por Confúcio. De certa maneira, sinto-me também como alguém que contribui nesse sentido.

Isso quer dizer que também as suas declarações são válidas

mundialmente?

Portanto, isso não pode agora ser atribuído a mim. Eu trouxe novamente à luz uma parte daquilo que havia sido perdido e, com efeito, sem que tivesse tido a intenção. Veio à luz através das constelações familiares e através de alguns conhecimentos essenciais, por exemplo, sobre a consciência. Em muitas famílias isso mostra um efeito benéfico. Isso