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Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas, Notas de estudo de Engenharia Civil

Recomendação técnica de procedimentos

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 12/08/2010

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alessandra-colli-1 🇧🇷

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RECOMENDAÇÃO TÉCNICA
DE PROCEDIMENTOS
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RECOMENDAÇÃO TÉCNICA

DE PROCEDIMENTOS

PRESIDENTE DA REPÚBLICA Fernando Henrique Cardoso MINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO Paulo Jobim Filho

FUNDACENTRO PRESIDENTE DA FUNDACENTRO Humberto Carlos Parro DIRETOR EXECUTIVO José Gaspar Ferraz de Campos DIRETOR TÉCNICO João Bosco Nunes Romeiro DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS Antonio Sérgio Torquato ASSESSORIA ESPECIAL DE PROJETOS Sonia Maria José Bombardi DIVISÃO DE PUBLICAÇÕES Elisabeth Rossi

APRESENTAÇÃO

A reformulação da Norma Regulamentadora nº- 18 – “NR-18 – Condi- ções e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção”, deu-se por meio da Portaria nº- 4 de 4/7/95, publicada no D.O.U. de 7 de julho de 1995, resultante de acordos, negociações e consenso de um Grupo Tripartite e Pa- ritário, por meio da participação efetiva dos técnicos da FUNDACENTRO, DRTE e SSST/TEM, representação patronal e de trabalhadores na elabo- ração da proposta de um texto-base, que também contou com a contribui- ção e sugestões de entidades, empresas e profissionais que atuam no setor. Em cumprimento ao item 18.35 da NR-18, a FUNDACENTRO – Fun- dação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, apre- senta a toda a comunidade do trabalho a Recomendação Técnica de Proce- dimentos – RTP sobre Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas, vi- sando subsidiar empresas, profissionais, governo e trabalhadores no efeti- vo cumprimento da Norma. A referida Recomendação Técnica tem por objetivo fornecer embasa- mento técnico e procedimentos em atividades que envolvam escavações, fun- dações e desmonte de rochas na indústria da contrução. O texto-base e os de- senhos foram elaborados pelo Grupo Técnico de Trabalho e consolidados pe- los demais técnicos do Programa Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho na Indústria da Construção – PROESIC da FUNDACENTRO. Convém ressaltar que esta recomendação recebeu várias contribui- ções dos Comitês Permanentes Regionais – CPRs implantados no país e foi aprovada pelo Comitê Permanente Nacional – CPN, de acordo com o que prevê o item 18.34.2.6 da Norma Regulamentadora nº- 18.

HUMBERTO CARLOS PARRO

Presidente da FUNDACENTRO

SUMÁRIO

  • APRESENTAÇÃO
    1. Objetivo
    1. Princípio Básico de Segurança Adotado
    1. Prioridade na Implementação das Medidas
    • 3.1 Sistemas de Proteção em Escavações
      • Riscos Comuns
      • Medidas Preventivas
      • Sinalização em Escavações
    • 3.2 Sistemas de Proteção em Fundações Escavadas
      • Riscos Comuns
      • Medidas Preventivas
    • 3.3 Sistemas de Proteção em Fundações Cravadas e Injetadas
      • Riscos Comuns
      • Medidas Preventivas
      • Com o Uso de Explosivos 3.4 Sistemas de Proteção em Desmonte de Rochas
      • Sinalização nas Atividades de Desmonte de Rochas
    1. Normas Complementares que devem ser consultadas
    1. Glossário
  • BIBLIOGRAFIA

3.1. Sistemas de Proteção em Escavações

Riscos Comuns

Ruptura ou desprendimento de solo e rochas devido a:

  • Operação de máquinas;
  • Sobrecargas nas bordas dos taludes;
  • Execução de talude inadequado;
  • Aumento da umidade do solo;
  • Falta de estabelecimento de fluxo;
  • Vibrações na obra e adjacências;
  • Realização de escavações abaixo do lençol freático;
  • Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológi- cas adversas;
  • Interferência de cabos elétricos, cabos de telefone e de redes de água potável e de sistema de esgoto;
  • Obstrução de vias públicas;
  • Recalque e bombeamento de lençóis freáticos;
  • Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de má- quinas.

Medidas Preventivas

O projeto executivo de escavações deve levar em conta as condições geo- lógicas e os parâmetros geotécnicos específicos do local da obra, tais como coesão e ângulo de atrito. Variações paramétricas em função de alterações do nível da água e as condições geoclimáticas devem ser consideradas.

O responsável técnico deverá encaminhar ao CREA e aos proprietários das edificações vizinhas cópias dos projetos executivos, incluindo as técni- cas e o horário de escavações a serem adotados.

Recomenda-se o monitoramento de todo o processo de escavação, obje- tivando observar zonas de instabilização global ou localizada, a formação de trincas, o surgimento de deformações em edificações e instalações vizinhas e vias públicas.

Nos casos de risco de queda de árvores, linhas de transmissão, desliza- mento de rochas e objetos de qualquer natureza, é necessário o escoramen- to, a amarração ou a retirada dos mesmos, devendo ser feita de maneira a não acarretar obstruções no fluxo de ações emergenciais.

Figura 1 – Escavação com riscos de queda de árvores, deslizamento de rochas, etc.

As escavações com mais de 1,25 m (um metro e vinte e cinco centí- metros) de profundidade devem dispor de escadas de acesso em locais es- tratégicos, que permitam a saída rápida e segura dos trabalhadores em ca- so de emergência.

As cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações, de- vem ser levadas em consideração para a determinação das paredes do talu- de, a construção do escoramento e o cálculo dos seus elementos estruturais.

O material retirado das escavações deve ser depositado a uma distância mínima que assegure a segurança dos taludes.

Figura 3 – Medidas de afastamento mínimo comumente adotadas

Observação: As medidas acima não se aplicam em determinadas situações, as quais depen- dem da avaliação do responsável técnico.

Mínimo 2H Metade de H

1,00 m

0,20 m

H Profundidade de Escavação

Figura 4 – Medidas de afastamento mínimo comumente adotadas

Figura 5 – Passarela em escavação para circulação de pessoas

Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros), protegidas por guarda-corpos com altura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), quando houver necessidade de circulação de pessoas sobre as escavações.

Mínimo 2H Metade de H

H Profundidade de Escavação

Figura 7 – Escavação taludada (escavação com paredes em taludes)

Figura 8 – Escavação protegida – com estruturas denominadas “cortinas”

Figura 9 – Escavação mista – com paredes em taludes e com paredes protegidas por cortinas

Devem ser evitados trabalhos nos pés de taludes sem uma avaliação pré- via pelo responsável técnico, pelos riscos de instabilidade que possam apre- sentar. A existência de riscos constitui impedimento à execução dos traba- lhos, até que estes sejam eliminados.

Deve ser evitada a execução de trabalho manual ou a permanência de observadores dentro do raio de ação das máquinas em atividade de movimen- tação de terra.

Quando for necessário rebaixar o lençol de água (freático), os serviços devem ser executados por pessoas ou empresas qualificadas.

Figura 10 – Tipos de sinalização

CAVALETE

SINALIZAÇÃO LUMINOSA

CONE

SILVEIRÃO

Para as escavações subterrâneas devem ser observadas as disposições do item 18.20 da NR-18 – Locais Confinados, e as da NR-22 – Trabalhos Sub- terrâneos.

As escavações devem ser sinalizadas e isoladas de maneira a evitar que- das de pessoas e/ou equipamentos.

3.2. Sistemas de Proteção em Fundações Escavadas

Riscos Comuns

São riscos comuns nas escavações de poços e nas fundações a céu aberto:

  • Queda de materiais;
  • Queda de pessoas;
  • Fechamento das paredes do poço;
  • Interferência com redes hidráulicas, elétricas, telefônicas e de abastecimento de gás;
  • Inundação;
  • Eletrocussão;
  • Asfixia.

Medidas Preventivas

A execução do serviço de escavação deverá ser feita por trabalhadores qualificados.

Na execução de poços e tubulões a céu aberto, a exigência de escora- mento/encamisamento fica a critério do responsável técnico pela execução do serviço, considerando os requisitos de segurança que garantam a inexis- tência de risco ao trabalhador.

Tubulões, túneis, galerias ou escavações profundas de pequenas dimen- sões, cuja frente de trabalho não possibilite perfeito contato visual da ativi- dade e em que exista trabalho individual, o trabalhador deve estar preso a um cabo-guia que permita, em caso de emergência, a solicitação ao profissional de superfície para o seu rápido socorro.

Caso se adote iluminação interior, devem ser adotados sistemas estan- ques à penetração de água e umidade, alimentados por energia elétrica não superior a 24 volts.

Deve ser evitada a utilização de equipamentos acionados por combustão ou explosão no interior dos poços e tubulões.

Deve ser garantida ao trabalhador no fundo do poço ou tubulão a comu- nicação com a equipe de superfície através de sistema sonoro.

Deve ser garantida ao trabalhador a boa qualidade do ar no interior do poço ou tubulão.

Nas fundações escavadas a ar comprimido, tanto a compressão como a descompressão deverão ser feitas de acordo com a NR-15 – Anexo 6, a fim de evitar danos à saúde do trabalhador.

Em poços e fundações escavadas a ar comprimido, a integridade dos equipamentos deve ser vistoriada diariamente e deve haver a manutenção do serviço médico de plantão para casos de socorro de urgência.

A jornada de trabalho deve ser menor ou igual a 8 (oito) horas, em pres- sões de trabalho de 0 a 1,0 Kgf/cm 2 ; a 6 horas, em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 Kgf/cm 2 ; e a 4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 Kgf/cm 2 , devendo ser respeitadas as demais disposições da NR-l5, citadas em seu Anexo 6.

A equipe de escavações deve ser constituída de trabalhadores qualifica- dos e de um profissioanal treinado em atendimento de emergência, que deve permanecer em regime de prontidão no local de trabalho.

Deve ser evitada a presença de pessoas estranhas junto aos equipamentos.

3.3. Sistemas de Proteção em Fundações Cravadas e Injetadas

Riscos Comuns

  • Tombamento do bate-estacas;
  • Ruptura de cabos de aço;
  • Ruptura de mangueiras e conecções sob pressão;
  • Ruptura de tubulações de cabos elétricos e de telefonia;
  • Vibrações afetando obras vizinhas ou serviços de utilidade pública;
  • Queda do pilão;
  • Queda do trabalhador da torre do bate-estacas;
  • Ruído;
  • Circulação de trabalhadores junto ao bate-estacas.

Medidas Preventivas

Preparação da área de trabalho levando-se em conta o acesso, o nivela- mento necessário e a capacidade do solo de suportar o apoio da torre.

O responsável técnico deve avaliar a interferência da escavação na estabilidade de construções vizinhas e na qualidade dos serviços de uti- lidade pública.

Os cabos e mangueiras devem passar por inspeção periódica.

Na operação de bate-estacas a vapor, devemos dar atenção especial às mangueiras e conexões, sendo que o controle de manobra das válvulas de- verá estar sempre ao alcance do operador.

As operações de instalação, de funcionamento e de deslocamento do bate-estacas devem ser executadas segundo procedimentos de segurança es- tabelecidos pelos responsáveis das referidas atividades.