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Ergonomia no Ambiente Hospitalar, Manuais, Projetos, Pesquisas de Enfermagem

O presente trabalho visa mostrar e evidenciar o estudo do âmbito de trabalho de enfermeiros e técnicos de enfermagem com base na ergonomia física e ergonomia cognitiva. Após a análise deste ambiente apontaremos os riscos ergonômicos identificados no ambiente de trabalho e seus principais danos. A colaboração com a ergonomia é essencial para um bom desenvolvimento a níveis de qualidade relacionados à saúde e segurança do profissional de enfermagem.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 16/09/2019

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ERGONOMIA NO AMBIENTE HOSPITALAR
Orientador: Enf. MSC. Fábio André Chagas de Souza
Glaucia de Cassia Aquino¹
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¹ AQUINO, Glaucia de Cassia (Acadêmica de Graduação em Enfermagem)
glauciaaquino94@gmail.com
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ERGONOMIA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Orientador: Enf. MSC. Fábio André Chagas de Souza

Glaucia de Cassia Aquino¹

__________________________

¹ AQUINO, Glaucia de Cassia (Acadêmica de Graduação em Enfermagem) – glauciaaquino94@gmail.com

RESUMO

O presente trabalho visa mostrar e evidenciar o estudo do âmbito de trabalho de enfermeiros e técnicos de enfermagem com base na ergonomia física e ergonomia cognitiva. Após a análise deste ambiente apontaremos os riscos ergonômicos identificados no ambiente de trabalho e seus principais danos. A colaboração com a ergonomia é essencial para um bom desenvolvimento a níveis de qualidade relacionados à saúde e segurança do profissional de enfermagem. Através da ergonomia física foi possível identificar atividades do dia a dia desses profissionais que em um futuro próximo poderão ocasionar lesões suscetíveis como: lesões osteomusculares, lombalgia, tendinite, estresse e cansaço excessivo devido às longas jornadas de trabalho sobre pressão, podendo trazer consequências graves a esses trabalhadores os impossibilitando de continuar exercendo suas atividades profissionais causando danos físicos, emocionais, financeiros, sociais e familiares, prejudicando ambas as partes: empregador x empregado. Os métodos utilizados para o desenvolvimento deste trabalho foram observação no ambiente hospitalar e pesquisa referencial de artigos e trabalhos científicos.

ABSTRACT

The present work aims to show and evidence the study of the scope of work of nurses and nursing technicians based on physical ergonomics and cognitive ergonomics. After analyzing this environment we will point out the ergonomic risks identified in the work environment and its main damages. Collaboration with ergonomics is essential for good development at quality levels related to the health and safety of the nursing professional. Through physical ergonomics, it was possible to identify the day-to-day activities of these professionals, who in the near future may cause susceptible injuries such as: musculoskeletal injuries, low back pain, tendonitis, stress and excessive fatigue due to long working hours on pressure. these workers making it impossible to continue exercising their professional activities causing physical, emotional, financial, social and family damages, damaging both parties: employer x employee. The methods used for the development of this work were observation in the hospital environment and reference research of articles and scientific work.

(educação, motivação, dados antropométricos) sendo imediatamente influenciado pela tarefa (análise da postura, vibração, aplicação de forças, repetição, ritmo e métodos de trabalho, movimentos de flexão e torção); instrumento (peso, tamanho, manejo e controles, localização) e posto de trabalho (alcance dos movimentos, espaço de trabalho, altura da superfície de trabalho, mobiliário). Circundando finalmente esse sistema estão os fatores físicos (ruído, iluminação, temperatura) e os aspectos Éticos, legais e administrativos, que podem estar influenciando direta ou indiretamente os outros componentes.

As condições de trabalho oferecidas pelos hospitais, as peculiaridades das tarefas de enfermagem, a crise econômica advinda da globalização, as dificuldades do setor saúde, a carência de recursos humanos e materiais e a constante preocupação com o processo de atualização objetivando acompanhar os avanços técnico-científicos são fatores que contextualizam a situação de trabalho do pessoal de enfermagem em vários países (ROYAS, 2001).

A ergonomia tem sido difundida como uma das mais importantes estratégias para reduzir os problemas originados por situações de trabalho que causam doenças no sistema musculoesquelético. Considera-se, então, de primordial importância, que seja difundido entre os trabalhadores de enfermagem aspectos ergonômicos e de segurança de trabalho com a finalidade de incentivar o desenvolvimento de uma consciência crítica em relação aos efeitos do ambiente de trabalho sobre a saúde (ALEXANDRE, 1998).

No caso específico de ambientes hospitalares, os aspectos ergonômicos a serem envolvidos em uma avaliação devem ir muito além da adaptação dos postos de trabalho, alturas de mesas, bancadas, macas e camas. A ergonomia tende a ter uma relação muito estreita com as condições de trabalho na esfera organizacional, envolvendo principalmente o conteúdo do trabalho. Esses aspectos envolvem o ritmo, a jornada, condições ambientais, configuração das atividades e postos de trabalho, o modo como o trabalho é organizado e os relacionamentos no ambiente de trabalho (RENNER et al , 2014).

Quando se discute a relação do sujeito com o seu ambiente de trabalho há que se considerar que as pessoas passam a maior parte das suas vidas envolvidas com o trabalho, convivendo nas suas empresas e/ou instituições, com seus superiores e colegas, portanto, esse relacionamento deve ser o mais saudável possível. No caso em questão - o ambiente hospitalar - , este deve ser um ambiente saudável, já que a prática da enfermagem é caracterizada por atividades que exigem alta interdependência entre os profissionais que

compõem a equipe. Neste caso, os relacionamentos e a motivação para o trabalho surgem como aspectos fundamentais na busca de mais eficiência e qualidade na assistência de enfermagem prestada ao paciente, o que não deve estar dissociado da satisfação dos trabalhadores com o seu trabalho. Nessa realidade do ambiente hospitalar, é bastante comum encontrar no profissional de enfermagem, que também é um cuidador, certo descaso e descuido em relação ao seu bem-estar e qualidade de vida (RENNER et al , 2014).

GUEDES e MAURO citam como riscos ergonômicos de enfermagem a movimentação e o transporte de pacientes, posturas prolongadas e inadequadas, flexão frequente da coluna associada ao uso de equipamentos e mobiliário inadequados para os usuários, entre outros. Relatam, ainda, que os distúrbios osteomusculares, dentre eles as lesões vertebrais, “constituem um dos riscos que mais incidem sobre os trabalhadores de enfermagem, na área hospitalar, reduzindo ou impedindo suas atividades ocupacionais”.

Durante o período de observação no âmbito hospitalar, foi possível observar as necessidades de adequação de bancadas de preparo para medicação dos pacientes, transporte manual de pacientes, material de trabalho em altura inadequada onde seria necessária a utilização de uma escada para que fosse possível alcançar o material, que em síntese não havia escadinha de 2 degraus dentro do setor. Esses são alguns fatores que necessitam de mudanças e que a ergonomia física nos aponta como causadores de doenças ocupacionais nos colaboradores. Alguns fatores cognitivos são excesso de pacientes para um técnico somente atender, pressão de chefes e gestores e do próprio paciente, excesso da jornada de trabalho, falta de insumos que gera transtornos e irritabilidade ao paciente e ao colaborador.

Com esse estudo, foi também possível verificar que cada unidade do hospital tem problemas ergonômicos comuns a todas e, outros específicos. … importante que se projete adequadamente o arranjo físico e dimensões da área de trabalho bem como os equipamentos e mobiliários do local. Para isso, È indispensável que os mesmos estejam adaptados às capacidades humanas. Dessa forma, torna-se fundamental fazer algumas considerações ergonômicas de determinados aspectos do ambiente hospitalar (ALEXANDRE, 1998).

Para IIDA, o dimensionamento correto do posto de trabalho é uma etapa de extrema importância sendo que, esse mesmo autor também afirmou que o subdimensionamento de espaços restringe os movimentos, sendo, portanto prejudicial. A influência do espaço limitado

Verifica-se então, como seria importante que a enfermagem participasse de qualquer planejamento do ambiente físico hospitalar (ALEXANDRE, 1998).

CONCLUSÃO

Com essa pesquisa concluímos e enfatizamos a importância da enfermagem se impor e ter um olhar, mas critico sobre suas condições de trabalho; faz-se necessário um levantamento mais detalhado e a necessidade de se criar medidas eficazes e de longo prazo, em vista da grande quantia de afastamentos o que irá gerar danos irreversíveis tanto ao empregado quanto ao empregador e ao paciente que por sua vez não exercem culpa por não termos um ambiente ocupacional ergonômico para exercer nossas atividades profissionais com qualidade e segurança.

Em síntese, que está pesquisa possa fomentar em cada um de nos um senso critico e analítico que nos faça buscar por nossos direitos ao exercermos nossa profissão e que saibamos nos impor quando se tratar dos efeitos nocivos que o ambiente hospitalar possa ocasionar a nos e aos nossos companheiros de trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALEXANDRE, N.M.C. Aspectos ergonômicos relacionados com o ambiente e equipamentos hospitalares. Rev.latinoam.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 6, n. 4, p. 103- 109, outubro 1998. Disponível em http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/36730/1/S0104-11691998000400013.pdf Acessado em 25 de maio de 2019.

COMÉLIO ME, ALEXANDRE NMC. Avaliação de uma cadeira de banho utilizada em ambiente hospitalar: uma abordagem ergonômica. Rev. Bras Enferm 2005 jul-ago; 58(4): 405-10. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/reben/v58n4/a05v58n4 Acessado em 25 de maio de 2019.

SILVA, D.M.P.P.da; MARZIALE, M.H.P. Absenteísmo de trabalhadores de enfermagem em um hospital universitário. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 5, p. 44- 51, outubro 2000. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rlae/v8n5/12366.pdf/ acessado em 26 de maio de 2019.

ROYAS, A.D.V.; MARZIALE, M.H.P. A situação de trabalho do pessoal de enfermagem no contexto de um hospital argentino: um estudo sob a ótica da ergonomia. Rev.latino- am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 9, n. 1, p. 102- 108, janeiro 2001. Disponível em https://www.researchgate.net/profile/Maria_Marziale/publication/237432537_A_situacao_de trabalho_do_pessoal_de_enfermagem_no_contexto_de_um_hospital_argentino_um_estudo sob_a_otica_da_ergonomia/links/00b7d527502a3145c5000000/A-situacao-de-trabalho-do- pessoal-de-enfermagem-no-contexto-de-um-hospital-argentino-um-estudo-sob-a-otica-da- ergonomia.pdf Acessado em 30 de maio de 2019.

RENNER et al. Qualidade de vida e satisfação no trabalho: a percepção dos técnicos de enfermagem que atuam em ambiente hospitalar. REME • Rev Min Enferm. 2014 abr/jun; 18(2): 440-446. Rio Grande do Sul 2014. Disponível em http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/938 Acessado em 30 de maio de 2019.