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Guias e Dicas
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equipamentos de preparo do solo, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

Patricia de Oliveira Alvim Veiga, uso , regulagem caracteristicas

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 27/06/2010

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iran bueno ferreira
EQUIPAMENTOS DE PREPARO DO SOLO
CENTRO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE
MACHADO
AGRONOMIA
MACHADO – MG
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iran bueno ferreira

EQUIPAMENTOS DE PREPARO DO SOLO

CENTRO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE

MACHADO

AGRONOMIA

MACHADO – MG

iran bueno ferreira

EQUIPAMENTOS DE PREPARO DO SOLO

Trabalho exigido ao curso de Agronomia do Centro Superior de Ensino e Pesquisa de Machado como parte dos requisitos para a conclusão da disciplina de mecanização agrícola.

Prof. josé henrique

CENTRO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE

MACHADO

AGRONOMIA

MACHADO – MG

II DESENVOLVIMENTO

1. Preparo Inicial do Solo

Ele compreende as operações necessárias para criar condições de implantação de Culturas, em áreas não utilizadas anteriormente com essa finalidade. A principal operação que se caracteriza em tal processo é a de desmatamento. Essa inicia-se com a eliminação da vegetação, seguida de uma limpeza do solo visando a erradicação de pequenas raízes ou ramos.

1.1 Fatores Levados em Consideração

  • Vegetação. Um dos principais fatores a ser considerados, já que em função de seu reconhecimento, é escolhido o método a ser utilizado no processo de desmatamento, tempo necessário para desempenhar tal trabalho e custos envolvidos. Constitui-se da verificação do número e tamanho das árvores, densidade da vegetação, sistema radicular (formato das raízes), cipós, etc.
  • Finalidade do uso do terreno. Refere-se à função que o terreno possuirá, como rodovias, barragens, culturas, etc.
  • Topografia. Os acidentes de topografia afetam e/ou limitam a utilização normal de determinados equipamentos.
  • Condições climáticas. Afetam as operações desde o corte até a queima.
  • Especificação do trabalho. Determinam o grau de desbravamento, prazos de execução e seleção adequada do equipamento.

1.2 Tipos de Equipamentos Responsáveis pelo Desbravamento

a) Lâminas Anglodozer e Buldozer Lâminas Anglodozer são especialmente utilizadas na remoção e derrubada de vegetação de diâmetro até 20 cm.

Lâminas Buldozer são lâminas especiais utilizadas na derrubada de vegetais com diâmetro que varia de 20 a 70 cm.

Estas duas lâminas, em especial, apresentam defletores e esporões responsáveis pelo corte e aceleração do momento de queda do vegetal.

b) Correntões

Acoplam-se a tratores de alta potência e de esteira. São recomendados para cerrado e cerradão (diâmetros de vegetação até 10 cm).

OBS .: Após a passagem pela vegetação, é feita a volta dos correntões (chamada de “arrepio”) para retirar as raízes restantes.

c) Braço Fleco

São lâminas de formato em “V”. Possuem duas seções formando um “V”, sendo a barra de corte serrilhada e tendo no centro o ferrão (utilizado para árvores muito grandes para serem cortadas, em lascamento de tocos e em corte rente ao chão).

d) Tração por cabo

É um processo comum usado por agricultores que não possuem máquinas apropriadas ou pesadas para desmatamento. O cabo de aço, corrente ou corda é preso à barra de tração do trator, que, deslocando-se seguidamente para a frente, provoca a queda da árvore. De acordo com a Figura 4.4, quanto maior o ângulo F 0E 1, menos eficiente será a operação, pois a resistência oferecida pela árvore acarreta o levantamento da parte traseira do trator ao se deslocar, o que favorece o deslizamento das rodas ou esteiras. Para evitar esse problema, os cabos deverão possuir um comprimento adequado, para que o ângulo se torne menor.

São as operações realizadas após o preparo inicial do solo, em que a mobilização da camada superficial é realizada com implementos de órgãos ativos: discos (lisos ou recortados), hastes, lâminas ou enxadas e ferramentas, cuja conformação se destina à erradicação de plantas daninhas. Destacam-se como equipamentos principais os arados, as grades e os subsoladores.

2.1 ARADOS

Os arados podem ser de aivecas ou de discos.

2.1.1 Arados de Aivecas

É um dos implementos mais antigos utilizados no preparo do solo para instalação de culturas periódicas. Foram utilizados, além de outros povos, pelos chineses, os quais inicialmente possuíam formatos triangulares ou quadrados e, posteriormente, curvados, sendo estes utilizados até os dias de hoje sem grandes modificações.

Podem ser classificados como segue:

  • Quanto a forma de acionamento Tração animal Tração mecânica
  • Quanto a forma de acoplamento à fonte de potência De arrasto Montado Semi – montado
  • Quanto a movimentação do órgão ativo Fixo Reversível
  • Quanto ao número de órgãos ativos Monocorpo Corpos múltiplos

A constituição das aivecas é ilustrada na figura a seguir.

Constituição de uma aiveca: 1 – Aiveca, 2 – Relha, 3 – Rasto, 4 – Suporte, 5 – Coluna.

Características Típicas dos Arados de Aiveca

  • Largura de corte 30, 35, 40 e 45 cm
  • Profundidade de trabalho

20 - 35 cm

  • Quanto mais em pé a aiveca – melhor tombamento
  • Cilíndricas – aração profunda e/ou velocidade menores
  • Helicoidais – aração mais rasas e/ou velocidades maiores

2.1.2 Arados de Discos

O arado de discos apareceu em substituição aos arados de aivecas e sua origem teve como ponto de partida a grade de discos. Este tipo de arado é uma das máquinas mais estudadas e aperfeiçoadas pelos engenheiros, técnicos e fabricantes de maquinaria agrícola.

  • 5 – rolamento de roletes
  • 6 – base da coluna
  • 7 – porca de fixação
  • 8 – tampa do mancal

Os discos que compõem o arado podem ser:

a) Discos lisos

Sua constituição básica é de aço 1045. Não possui dentes, o que define a sua penetração ao solo é a curvatura, espaçamento e número de discos, peso, velocidade de trabalho e inclinação tanto vertical como horizontal. Suas bordas são temperadas e revenidas e possuem furos na região central para alívio de tensões.

Disco Liso

b) Discos recortados

Sua constituição básica também é de aço 1045. O recorte é feito para melhorar a capacidade de corte; possui ângulo de afiamento na parte externa e interna. Quando comparados com os discos lisos, apresentam a vantagem de melhor performance (maior penetração no solo) e a desvantagem de maior probabilidade de quebras. Ambos são conformados a quente.

Disco Recortado 2.1.3 Quanto a movimentação do órgão ativo : F 0B 7 fixo; F 0B 7 reversível.

2.1.4 Fatores que Influem na Penetração dos Discos no Solo

Podem ser citados:

  • Ângulo vertical;
  • Velocidade operacional;
  • Peso dos discos;
  • Afiação dos discos;
  • Relação f/d (concavidade/diâmetro);
  • Mola da roda guia.

ângulo de trabalho dos discos : vertical e horizontal.

Ângulo de trabalho dos discos.

concavidade dos discos – relação f/d.

solos duros e compactados f/d = 0, solos médios f/d = 0, solos leves f/d = 0,

Concavidade dos discos.

mola da roda guia

Quanto maior a pressão na mola, menor a profundidade de penetração. A variação de ângulos na roda guia permite as correções de dirigibilidade do conjunto (ajuste fino).

2.2 Regulagens dos tratores agrícolas para operação de aração:

Bitola:

O nivelamento longitudinal e transversal do corpo do arado faz com que todos os discos cortem à mesma profundidade.

F 0B 7 Longitudinal (A) , regulagem no 3 o (^) ponto;

F 0B 7 Transversal (B) , regulagem no braço direito, manivela niveladora (feito no

sulco ou coloca-se um calço na roda traseira que vai no sulco).

Nivelamento longitudinal – responsável pelo plano horizontal, é o nivelamento feito no sentido do comprimento do arado. Através deste nivelamento se consegue o trabalho dos discos a uma mesma profundidade, ou uma tolerância de atuação onde o primeiro disco aprofunde cinco cm a menos que o último. É realizado através do braço superior (terceiro ponto) do engate. À medida que se modifica o comprimento da luva telescópica do terceiro ponto implicará na variação da profundidade de trabalho do primeiro e do último disco.

Centralização do arado

com o arado acoplado procede-se o alinhamento de seu centro de resistência, que deverá coincidir com a linha de tração. A linha de tração passa pelo eixo de simetria do trator, no plano vertical. Essa regulagem é feita ajustandose as correntes ou barras estabilizadoras existentes em ambos os braços inferiores de engate do sistema hidráulico. Deve-se ajustar o comprimento desses estabilizadores, de modo a obter a mesma distância entre os braços e o trator, nos dois lados, para pontos eqüidistantes. Tal ajuste impede que surjam forças laterais, as quais tenderão a desviar o trator da linha de aração.

2.2.2 Regulagens dos ângulos (para os arados de discos)

F 0B 7 Ângulo horizontal (abertura) F 0B 7 Maior largura de corte (principalmente para primeiro disco) F 0B 7 420 – 600 (^) (argilosos, médios e arenosos).

A linha do deslocamento ou linha de tração. Está relacionado com a largura de corte do conjunto de discos do arado. Permite uma variação de 46 até 60º, também afetando a profundidade de aração. A modificação da posição dos discos em relação à linha de tração é realizada, nos arados de discos fixos montados, através da rotação do eixo transversal localizado no lado direito do eixo transversal, enquanto que nos arados de discos reversíveis montados é realizado através do batente do apo, que são parafusos de comprimento ajustável, localizados no chassi, e permitem que o ângulo formado entre o corpo do apo e a linha de deslocamento seja aumentada ou diminuída, isto é, maior ou menor largura de corte espectivamente.

F 0B 7 Ângulo vertical (inclinação) F 0B 7 Maior angulo menor profundidade de corte F 0B 7 150 – 250 (^) (argilosos, médios e arenosos)

O ângulo formado entre a borda do disco e uma perpendicular imaginária, que passa no ponto em que este toca o solo, tem grande influência na profundidade de corte do conjunto de discos dos arados, através da modificação de sua inclinação no plano vertical, fazendo-os ficarem mais em pé ou mais deitados, implicando na penetração dos discos no solo. A regulagem vertical pode variar o ângulo de 15 a 25º. Como regra geral deveremos trabalhar com os discos mais inclinados (em pé) em situações em que o solo apresenta estrutura mais dura, implicando em uma menor largura de corte e, menos inclinados (mais deitados) em ocasiões da aração ser praticada em solos mais macios, o que acarreta uma maior largura de corte. Nos arados de discos fixos montados, este ângulo pode ser modificado através da mudança de posições da cunha existente entre o disco e o pedestal, enquanto que nos arados de discos reversíveis montados se processa através da modificação do fuste e do capitel na coluna suporte de discos.

Observação: F 0B 7 A largura de corte também pode ser regulada pela posição da barra transversal

(tanto para discos quanto para aivecas).

Franco arenoso Areia

Constantes a e b – Discos

a b Argila Franco

Arado disco fixo Especificações tecnicas

Catálogo – Arado aiveca fixo Especificações tecnicas

2.3 GRADES

Sua função é completar o serviço executado pelos arados, embora elas possam ser utilizadas antes ou até mesmo em substituição a estes em algumas situações. Também têm a função de complementar o preparo do solo, no sentido de desagregar os torrões, nivelar a superfície do solo para facilitar a semeadura, diminuir vazios que resultam entre os torrões e destruir os sistemas de vasos capilares que se formam na camada superior do solo, para evitar a evaporação de água das camadas mais profundas. As grades de discos podem ser basicamente de três tipos:

a) Simples ação

Sua característica básica é a inversão do solo com uma passada. Estes sistemas são empregados somente no controle de plantas daninhas (capina superficial).

Grade de discos de simples ação.

b) Dupla ação

São sistemas providos de discos, os quais permitem a mobilização do solo, ou seja, o solo é removido e depois sofre uma desestruturação. Utilização marcante em operações de nivelamento superficial do solo após a mobilização pela aiveca ou arado de discos.

Grade de discos de dupla ação.

c) Tandem ou off-set São aquelas utilizadas para mobilização profunda do solo em substituição aos arados de discos ou aivecas. Também conhecido como grade aradora.

Grade de discos tandem ou off-set.

A constituição das grades é ilustrada na figura a seguir.

Constituição de uma grade: 1 – Eixo, 2 – Calota, 3 – Mancal, 4 – Suporte do mancal, 5 – Discos, 6 – Carretel espaçador.

2.3.1Tipo de acoplamento

  • Dentes
  • Molas

2.3.3 Tipos de grades – quanto a função

  • Niveladora (até 50kg/disco)
  • Niveladora-destorroadora
  • (^) Aradora (acima de 50kg/disco)

2.3.4 Força exigida pelas grades

F = a.M

  • F = Força de tração (N)
  • a = constante que depende do solo
  • M = massa da grade (kg)

A Argila 14, Franco siltoso 11, Franco arenoso 7,

Catálogo – Grade aradora Tandem

Catálogo – Grade Niveladora

Catálogo – Grade niveladora-destorroadora

2.4 SUBSOLADORES

Subsolagem é uma prática que consiste na mobilização sub-superficial do solo com o objetivo de quebrar as camadas compactadas ou adensadas do solo. Subsolador é um implemento agrícola provido de órgãos ativos (hastes) que são responsáveis pela quebra da camada compactada. Seu acoplamento é através dos três pontos do trator ou da barra de tração. Os subsoladores, variam em função do acoplamento e da configuração das hastes, cujos formatos estão ilustrados pela Figura abaixo.

Constituição de um subsolador: 1 – Barra de ferramentas, 2 – Haste, 3 – Ponta, 4 – Rodas de controle de profundidade.

Formato das hastes de um subsolador: a) reta, b) curva, c) parabólica.

Subsolador com torpedo