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Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
1) O que é a Epilepsia? Epilepsia (palavra de origem grega que quer dizer atacar de surpresa), é uma afecção crônica do Sistema Nervoso Central, na qual o paciente é predisposto a presentar episódios agudos de descarga excessiva, anormal e transitória de células nervosas (crises epilépticas). Este quadro pode ou não ser acompanhado de Distúrbios do Comportamento ou Déficit das Funções Cognitivas. Para que se caracterize a epilepsia, o caráter repetitivo das crises é fundamental, ou seja, uma crise isolada não constitui elemento para defini-la. 2) A Crise Epiléptica É a manifestação clínica causada por uma descarga transitória, excessiva e anormal de células nervosas. Pode ser comparada a uma tempestade elétrica, ocorrendo num grupo de neurônios.As descargas podem variar de local, extensão e severidade, o que leva a uma ampla diversidade de formas clínicas. Os sinais e sintomas de uma crise epiléptica (distúrbios da consciência, dos movimentos ou da sensibilidade) refletem, portanto, a ativação da parte do cérebro afetada por esta atividade excessiva. Pode ser afetada apenas uma parte do cérebro (crise parcial ou focal) ou toda extensão dos dois hemisférios cerebrais (crise generalizada). 3) Diagnóstico O diagnóstico de epilepsia requer investigação clínica criteriosa: História clínica com descrição da crise; Antecedentes pessoais (neurológicos e psiquiátricos); Antecedentes familiares; Exame clínico; Exame neurológico; Eletroencefalograma (EEG); Tomografia computadorizada (TC); Ressonância magnética (RM); Exame de líquor. 4) Quem sofre com a Epilepsia A grande variação nos dados obtidos sobre a epidemiologia da epilepsia deve- se à dificuldade de diagnóstico e ao preconceito que faz com que pacientes e familiares omitam o problema. A prevalência de epilepsia é estimada em 1 a 2% da população geral. Considerando-se uma população de 150 milhões de habitantes para o Brasil, teríamos então, aproximadamente 1,5 milhão a 3 milhões de pacientes epilépticos. Pode-se, portanto, concluir, que a epilepsia se constitui em um importante problema de saúde pública. A incidência varia consideravelmente de acordo com a idade, sendo que mais de 75% dos pacientes terão sua primeira crise antes dos 18 anos. A faixa mais acometida é a infantil, grande parte com menos de 2 anos de idade.Estima-se, também, que seja discretamente mais frequente no sexo masculino e em classes sociais mais baixas.
5) O que causa a Epilepsia A epilepsia pode ser resultado de malformações congênitas, infecções, tumores, doenças vasculares degenerativas ou traumas. A investigação da causa da epilepsia se inicia na análise dos dados obtidos na história clínica. São eles que irão orientar os próximos passos na direção da causa mais provável. A razão de mais de ¾ dos pacientes apresentarem início das crises dos 18 anos, a maioria crianças, ainda não é clara. Provavelmente seja devido a maior vulnerabilidade do sistema nervoso central jovem. 6) Como Evolui a Doença Na maioria dos casos, a duração da epilepsia ativa é curta (inferior a 5 anos) e, uma vez adquirida a remissão, esta é, usualmente, permanente. De fato, cerca de 70% dos pacientes entrarão em remissão permanente após a instituição do tratamento antiepiléptico. A remissão ocorre precocemente, na maioria dos pacientes. Quanto mais difícil o controle das crises, pior sua evolução.Considerando todos estes dados, conclui-se que a instituição de um tratamento adequado, eficaz e oportuno, melhora o prognóstico do paciente epiléptico. 7) Distúrbio do Comportamento e Epilepsia Chamamos de distúrbio de comportamento aquele que se constitui em desvio de um comportamento aceito como normal para o paciente. Pode ser a exacerbação de um comportamento por si indesejável (explosões de temperamento), um comportamento normal ocorrendo em local impróprio (tirar a roupa em público, por exemplo) ou a ausência de um comportamento normal, como um relacionamento social pobre. O distúrbio de comportamento só deve ser assim chamado, se a alteração chegar a afetar negativamente o paciente ou sua integração social. A prevalência de distúrbios de comportamento entre crianças com diagnóstico de epilepsia é muito variável, dependendo do grupo de pacientes avaliados. Pode chegar a níveis superiores a 50% em pacientes acompanhados ambulatorialmente. Como as funções cognitivas, o comportamento pode ser afetado pelos mesmos fatores relacionados à epilepsia. Os que se destacam são: aparecimento precoce de crises, elevada frequência de crises e ambiente familiar negativo. 8) Como Tratar O diagnóstico de epilepsia deve ser estabelecido de forma definitiva antes do início do tratamento. A decisão de se iniciar o tratamento deve considerar o paciente como um todo: a severidade do quadro clínico e seu prognóstico. Muito importante é ter em conta que a medicação, após instituída, deverá ser mantida durante muitos anos, por vezes até o final da vida. O tratamento deve, portanto, não apenas visar o controle de suas crises, mas a melhora da qualidade de vida do paciente, garantindo uma melhor integração social. A escolha da medicação antiepiléptica a ser utilizada é feita com base no tipo de crise apresentada pelo paciente.
Qual é a causa da Epilepsia?
**1. Na grande maioria das pessoas não é possível determinar a causa = Epilepsia primária;