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ENRAIZAMENTO DE Duranta repens (AUREA) EM FUNÇÃO DA POSIÇÃO DA ESTACA NO RAMO., Notas de estudo de Agronomia

ENRAIZAMENTO DE Duranta repens (AUREA) EM FUNÇÃO DA POSIÇÃO DA ESTACA NO RAMO.

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 11/11/2012

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regiane-kazmierczak-4 🇧🇷

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ENRAIZAMENTO DE Duranta repens (AUREA) EM FUNÇÃO DA POSIÇÃO DA ESTACA
NO RAMO.
Mateus Cassol TAGLIANI; Regiane KAZMIERCZAK; Deise CENCI.
RESUMO: A expansão da floricultura é de grande importância a fim de melhorar as condições
ornamentais de cada ambiente, trazendo assim um crescente interesse na propagação de espécies e no
melhor desenvolvimento de suas atividades. O pingo de ouro é uma planta exótica amplamente
difundida no Brasil, sendo muito utilizado em áreas de jardinagem, em canteiros de vias urbanas e
também como cerca viva. É propagado principalmente por meio de sementes, sendo este um dos
entraves à produção de mudas da espécie, já que sua germinação é irregular. Como alternativa surge a
propagação vegetativa por intermédio da estaquia. A propagação vegetativa baseia-se na multiplicação
assexuada de partes de plantas. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho, foi verificar o
enraizamento de estacas de pingo de ouro em função da posição da estaca no ramo. O trabalho foi
realizado em estufa, localizada na área experimental do curso de Agronomia da Unidade de Ensino
Superior Vale do Iguaçu, União da Vitória Paraná. A partir da coleta do material junto à planta
matriz, os ramos das foram divididos em três tratamentos: estaca apical (herbácea), mediana
(semilenhosa) e basal (lenhosa). As estacas foram confeccionadas com um comprimento de 4 a 6cm,
mantendo-se um par de folhas com área reduzida à metade. As maiores porcentagens de enraizamento
foram obtidas no tratamento em que foram utilizadas estacas herbáceas (37,5%), diferindo
estatisticamente dos demais tratamentos. Assim, conclui-se que a consistência do material destinado à
propagação do pingo de ouro influencia o enraizamento de estacas da espécie.
PALAVRASCHAVE: Pingo de ouro; propagação; estacas.
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ENRAIZAMENTO DE Duranta repens (AUREA) EM FUNÇÃO DA POSIÇÃO DA ESTACA NO RAMO.

Mateus Cassol TAGLIANI; Regiane KAZMIERCZAK; Deise CENCI.

RESUMO: A expansão da floricultura é de grande importância a fim de melhorar as condições ornamentais de cada ambiente, trazendo assim um crescente interesse na propagação de espécies e no melhor desenvolvimento de suas atividades. O pingo de ouro é uma planta exótica amplamente difundida no Brasil, sendo muito utilizado em áreas de jardinagem, em canteiros de vias urbanas e também como cerca viva. É propagado principalmente por meio de sementes, sendo este um dos entraves à produção de mudas da espécie, já que sua germinação é irregular. Como alternativa surge a propagação vegetativa por intermédio da estaquia. A propagação vegetativa baseia-se na multiplicação assexuada de partes de plantas. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho, foi verificar o enraizamento de estacas de pingo de ouro em função da posição da estaca no ramo. O trabalho foi realizado em estufa, localizada na área experimental do curso de Agronomia da Unidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu, União da Vitória – Paraná. A partir da coleta do material junto à planta matriz, os ramos das foram divididos em três tratamentos: estaca apical (herbácea), mediana (semilenhosa) e basal (lenhosa). As estacas foram confeccionadas com um comprimento de 4 a 6cm, mantendo-se um par de folhas com área reduzida à metade. As maiores porcentagens de enraizamento foram obtidas no tratamento em que foram utilizadas estacas herbáceas (37,5%), diferindo estatisticamente dos demais tratamentos. Assim, conclui-se que a consistência do material destinado à propagação do pingo de ouro influencia o enraizamento de estacas da espécie.

PALAVRAS–CHAVE: Pingo de ouro; propagação; estacas.

1 INTRODUÇÃO

A expansão da floricultura é de grande importância para melhorar as condições ornamentais de cada ambiente, trazendo assim um crescente interesse na propagação de espécies e no melhor desenvolvimento de suas atividades (Aki; Perosa, 2002). Floricultura é a parte da horticultura que estuda o cultivo comercial de flores e de plantas ornamentais, caracterizando-se por ser uma atividade agrícola de exploração intensiva e de cunho empresarial. Cada planta tem um valor estético a ser destacado. O caráter ornamental pode estar nas flores, nas folhas, no caule ou no perfume (Kämpf, 2005). O pingo-de-ouro ( Duranta repens L; “Aurea”), Verbenaceae, é uma planta exótica originada do México e amplamente difundida no Brasil. Consiste num arbusto lenhoso que pode atingir até 1, metros de altura. Apresenta folhas inteira amarelo-dourado, de disposição alterna ou oposta, principalmente nas folhas jovens, os frutos são alaranjados, drupáceos ou secos e esquizocarpos, ou ainda secos alados pelo cálice (Lorenzi; Souza, 2001). O pingo de ouro é muito utilizado em áreas de jardinagem e canteiros de vias urbanas, em bordaduras e renques a pleno sol, pode ser podado em variadas formas, moldando o espaço onde se encontra. Prefere climas quentes, úmidos e luminosidade, além de não apresentar exigências na adaptação e cultivo, possui rápido crescimento e é propagado principalmente por meio de estaquias, no período de outono e inverno (Lorenzi; Souza, 2001). A propagação vegetativa baseia-se na multiplicação assexuada de partes de plantas. É um método para produção de mudas no qual se utilizam segmentos vegetativos como caules, folhas ou raízes, não havendo recombinação gênica (Hartmann et al., 2002) Estaquia é o termo utilizado para denominar o método de propagação, no qual ocorre a indução de enraizamento adventício em segmentos destacados da planta matriz, que, submetidos a condições favoráveis, originam uma muda (Fachinello, 2005). Diversos fatores influenciam o sucesso da propagação vegetativa, entre eles a posição da estaca no ramo, pelo grau de lignificação; a quantidade de reservas e diferenciação dos tecidos; o tipo de substrato, pelas suas características químicas e físicas; e a condição fisiológica da planta-mãe, além de outros fatores (Hartmann et al., 2002). Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho, foi verificar o enraizamento de estacas de pingo de ouro em função da posição da estaca no ramo.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado em estufa, localizada na área experimental do curso de Agronomia da Unidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu, União da Vitória – Paraná. A partir da coleta do material junto à planta matriz, os ramos das foram divididos em três extratos: apical (herbáceo), mediano (semilenhoso) e basal (lenhoso). As estacas apresentavam diâmetro médio em torno de 2mm e foram confeccionadas com um comprimento de 4 a 6cm, com corte em bisel na base e corte reto na porção superior, mantendo-se um par de folhas no ápice com área reduzida à metade. Durante o processo de confecção, as estacas foram mantidas em baldes com água para evitar desidratação do material. Transcorridos 60 dias após a instalação dos experimentos foram avaliadas as seguintes variáveis:  Porcentagem de enraizamento (estacas vivas que apresentaram raízes de, pelo menos 1mm de comprimento);  Porcentagem de estacas com calos (estacas vivas, sem raízes, com formação de massa celular indiferenciada na base);  Número de raízes por estacas;  Comprimento das três maiores raízes por estaca (em cm);  Porcentagem de sobrevivência (estacas vivas que não apresentaram indução radicial nem formação de calos);

ocorrer antes da emissão dos brotos. De acordo com Hartmann et al. (2002), a formação de novas estruturas na parte aérea da estaca funciona como um dreno consumidor de carboidratos e demais substâncias de reserva, sendo que o seu surgimento antes da emissão das raízes na base da estaca pode levar à exaustão destas reservas, resultando na morte das estacas.

TABELA 2 – MÉDIA DO NÚMERO DE RAÍZES POR ESTACA, COMPRIMENTO MÉDIO DAS RAÍZES E INCREMENTO DE BROTAÇÕES EM ESTACAS DE PINGO DE OURO EM FUNÇÃO DA POSIÇÃO DA ESTACA NO RAMO.

Tratamentos N° de raízes (%) Comprimento raízes (cm)

Incremento Brotações (%) Herbáceas 4,45 a 1,12 a 23,68 b Semi-lenhosas 2,43 a 0,62 a 95,49 a Lenhosas 1,87 a 0,79 a 38,38 b Coeficiente de variação (%) 67,95 54,63 33, Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de tukey a 1% de probabilidade (p<0,01)

Os tratamentos não apresentaram diferença significativa entre si quando avaliadas as variáveis número de raízes e tamanho médio de raízes, contudo, observa-se que em estacas herbáceas há formação de um maior número de raízes e com maior tamanho, ainda que não se diferencie estatisticamente das demais, conforme a Tabela 2. De acordo com Antunes et al., (1996), o número e o comprimento médio das três maiores raízes/miniestaca são importantes variáveis na produção de mudas, a medida em que uma melhor resposta a estas variáveis, corresponderá posteriormente à mudas com melhor desenvolvimento radicial, onde terão maiores de sobrevivência quando transplantadas para o campo.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nas condições em foi realizado o experimento, conclui-se que a estaquia é um método eficiente na propagação do pingo de ouro ( Duranta repens ), sendo que estacas herbáceas apresentam maior capacidade enraizamento que as semi-lenhosas e lenhosas.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AKI, A; PEROSA, J.M.Y. Aspectos da produção e consumo de flores e plantas ornamentais no Brasil. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental , Campinas, v.8, n.1/2, p.13-23, 2002.

ANTUNES, J. A. S.; HOFFMANN, A.; RAMOS, J. D.; CHALFUN, N. N. J.; OLIVEIRA JÚNIOR, A. F. Efeito do método de aplicação e de concentrações do ácido indol butírico no enraizamento de estacas semilenhosas de Pyrus calleryana. Revista Brasileira de Fruticultura , Cruz das Almas, v. 18, n. 3, p. 371-376, 1996.

Lorenzi, H.; Souza, H. M. 2001. Plantas ornamentais no Brasil: Arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 3º Ed. Plantarum, Nova Odessa, Brasil, 1088 pp.

FACHINELLO, J.C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J.C.; KERSTEN, E.; FORTES, G.R. de L. Propagação de plantas frutíferas de clima temperado. 2. ed. Pelotas RS: Ufpel, 1995. 178p. Fachinello, J. C. et AL. Propagação de plantas frutíferas. 1º Ed. Embrapa Informação Tecnológica, Brasília, DF, 2005.

HARTMANN, H.T.; KESTER, D.E.; DAVIS JÚNIOR, F.T.; GENEVE, R.L. Plant Propagation : principles and practices. 7. ed. New York: Englewoos Clipps, 2002.

Kämpf, A. N. Produção Comercial de Plantas Ornamentais. 2º Ed. Agrolivros, Guaíba, RS, 2005.

Rocha, M. F. A.; Momente, V. G.; Alencar, H. A.; Nagao, E. O.; Innecco, R.; Cruz, G. F.; Mattos, S. H. Enraizamento de estacas de erva cidreira quimiótipo I (mirceno-citral). Horticultura Brasileira, v. 19, 2001.