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Estudo de caso: processo empreendedor criação de empresa energias renováveis
Tipologia: Notas de estudo
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OPEN JOURNAL SYSTEMS
CAPA > V. 4, N. 1 (2017) > COMPARIN
Jaqueline Freitas Comparin Universidade La Salle – Brasil. E-mail: jaquecomparin@gmail.com
A disposição e a habilidade para criar algo novo, agregado à capacidade de gerar soluções sustentáveis através de um empreendimento são talentos capazes de melhorar a eficiência de um sistema, promovendo ganhos econômicos e sociais. Deste modo, o objetivo do estudo foi identificar como as características pessoais, a atitude empreendedora e o ramo de negócio sustentável podem contribuir para o processo empreendedor. A pesquisa caracteriza-se como estudo de caso, de caráter qualitativo e exploratório, aplicando-se uma entrevista em profundidade a um empreendedor. Os resultados são categorizados em: “Dados Sociodemográficos e Empreendedorismo”, “Características pessoais de um Empreendedor”, “Atitudes envolvidas no Processo Empreendedor” e “Empreendedorismo e Sustentabilidade”. Os resultados obtidos indicam que existem fatores que favorecem o empreendedorismo, tais como a experiência anterior na área de interesse, alto nível de formação acadêmica e a procura por apoio especializado no momento de empreender. Assim, pode-se concluir que conquanto exista uma combinação “favorável” de fatores para o sucesso de um novo empreendimento, há muito que se discutir acerca do perfil, das motivações e das atitudes pessoais de cada empreendedor para que os novos negócios na área da sustentabilidade possam gerar lucros e estabelecer-se com sucesso no mercado atual. Palavras-chave: Empreendedorismo, Processo Empreendedor, Sustentabilidade
The willingness and ability to create something new, coupled with the ability to generate sustainable solutions through a venture are talents that can improve the efficiency of a system, promoting economic and social gains. Thus, the purpose of the study is to identify how attributes, an entrepreneurial attitude and sustainable business can contribute to the entrepreneurial process. The research is characterized as a case study, of qualitative and exploratory nature, applying an in-depth interview to an entrepreneur. The results are categorized into: “Sociodemographic Data and Entrepreneurship”, “Entrepreneurial Functions”, “Attitudes Involved in the Entrepreneurial Process” and “Entrepreneurship and Sustainability”. The results indicate that there are factors that favor entrepreneurship, such as previous experience in the area of interest, a high level of academic training, and the search for specialized support when it is undertaken. Thus, it can be concluded that while there is a “favorable” combination of factors for the success of a new venture, there is much to be discussed about the profile, motivations and attitudes of each entrepreneur so that new business in the area of Sustainability Led to generate profits and establish themselves successfully without current market. Keywords: Entrepreneurship. Entrepreneurial Process. Sustainability
No Brasil, a estabilidade econômica e a manutenção do regime democrático têm criado oportunidades para novas conquistas da atividade empreendedora (Vicenzi & Bulgacov, 2013). Como referência de dados estatísticos acerca do empreendedorismo, o GEM (Global Entrepreneurship Monitor), Monitor Global do Empreendedorismo, realiza pesquisas anuais para verificar a evolução desse segmento. No que tange aos dados do ano de 2015, o estudo relata que: “os brasileiros são favoráveis à atividade empreendedora e tem uma visão positiva a respeito dos indivíduos envolvidos com negócios próprios. Isso pode ser constatado pelo fato de que, em 2015, entre 70% e 80% dos brasileiros concordam que abrir um negócio é uma opção desejável de carreira, valorizam o sucesso dos empreendedores e acompanham na mídia histórias sobre empreendedores”. No que se refere à opinião de especialistas, “faltam políticas públicas adequadas às necessidades dos empreendedores e há excesso de burocracia para abertura, funcionamento e encerramento dos negócios. Os negócios também enfrentam alta carga tributária e complexidade da legislação brasileira, que aumentam os custos de operação e tornam os negócios menos competitivos” (GEM Brasil, 2015). Nesse cenário, onde há um mercado econômico exigente, surge uma nova gama de empreendedores que tem visado a um crescimento econômico aliado à melhoria na qualidade de vida da população, de forma consciente e sustentável. Destaca-se, nessa perspectiva, o empreendedorismo sustentável como forma de integrar as dimensões do desenvolvimento sustentável aos valores e às estratégias empresariais, agregando ações que gerem benefícios sociais e ambientais à atividade econômica. (Orsiolli & Nobre, 2016). Em vista disso, o interesse pelo estudo do empreendedorismo e pela formação de novos empreendedores é reconhecido como fundamental para o desenvolvimento econômico das nações (Kelley, Singer, & Herrington, 2012 apud Gil & Silva, 2015). Josende da Silva et al. (2015) relata em seus estudos que conhecer e investir em políticas de empreendedorismo é um assunto de grande relevância, haja vista que diversos economistas e especialistas apontam que a saída de situações de crise econômica continua sendo a mesma: estimular e desenvolver o empreendedorismo em todos os níveis (Dornelas, 2012). Neste contexto, têm-se o processo empreendedor como um novo enfoque de estudo da prática empreendedora. A relevância dessa temática reside em conhecer o caminho percorrido por um indivíduo, desde concepção de uma ideia, ou identificação de um oportunidade, até o sucesso de um empreendimento. Explorar o perfil, comportamentos, e hábitos de empreendedores parece ser um caminho favorável para fomentar as iniciativas que transformam ideias em negócio (Fillion, 1999; Dornelas, 2012). Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo identificar como as características pessoais, a atitude empreendedora e o ramo de negócio sustentável podem contribuir para o processo empreendedor.
O estudo do empreendedorismo é um assunto jovem no âmbito acadêmico, com cerca de apenas duas décadas no mundo. Deste modo, está em fase de construção conceitual e ainda levará algum tempo para atingir uma sólida base científica. Apesar disso, é um campo efervescente em termos de pesquisas e publicações (Dolabela, 1999 apud Santos & Silva, 2012). Muitos estudos abordam o termo do empreendedorismo, entretanto, quando se refere ao empreendedorismo sustentável e ao processo empreendedor, percebe-se uma diminuição na quantidade de publicações. Dalmoro (2009) avaliou em seus estudos a presença da sustentabilidade no perfil empreendedor de proprietários de quatro empresas incubadas em um Centro de Inovação Tecnológica, todavia seu objetivo não esteve focado na análise do processo empreendedor. Da mesma forma, Araújo (2006) trouxe em sua pesquisa grandes contribuições associando o empreendedorismo e a sustentabilidade, entretanto, direcionou seu estudo sob a ótica da psicologia e pensamento sistêmico. Pimentel, Oliveira, e Reinaldo (2012) demonstraram em seus estudos o nível de incorporação da sustentabilidade empresarial em micro, pequenos e médios empreendimentos industriais, com a finalidade de verificar a presença das dimensões da sustentabilidade empresarial. Cabe ressaltar que a amostra utilizada na referida pesquisa foi composta apenas por empresários que estivessem inscritos em um projeto local de incremento a competitividade de empresas, assim sendo, a pesquisa não contemplou o estudo de fatores pessoais presentes na fase inicial do processo de empreender. A abordagem simultânea do empreendedorismo sustentável e do processo empreendedor foi apresentada de forma consistente por Boszczowski e Teixeira (2012), entretanto o referido estudo realizou uma revisão, análise e associação entre diferentes vertentes da literatura sobre o processo empreendedor, promovendo um estudo comparativo, no qual se buscou encontrar semelhanças e particularidades sobre a temática pesquisada. Por conseguinte, o estudo não abordou as características e atitudes que permeiam o processo empreendedor. Diante do exposto, a presente pesquisa encontrou um gap na literatura no que tange ao estudo do processo empreendedor e o empreendedorismo sustentável, quando associado a uma análise do perfil, características e motivações de um empreendedor do ramo da sustentabilidade. Em vista disso, e entendendo a necessidade de averiguar melhor esta temática, efetuou-se uma busca na literatura, através de teses, dissertações e Bases de periódicos científicos nacionais e internacionais, conforme demonstrado no Quadro 1.
Quadro 1. Principais bases de informações pesquisadas
Macro bases
Amplitude Geográfica Base^ Filtros
Teses e dissertações
Nacional e Internacional
Host
Academic Search Complete, Business Source Complete, Environment Complete, Academic Search Premiere, Academic Periódicos Search Elite. científicos
Nacional e Internacional
Fonte: Elaborado pelo autor. A partir da proposta a ser estudada, foram definidas quais palavras chaves seriam buscadas. Estas palavras chaves foram pesquisadas tanto em português quanto em inglês. As palavras chaves e os resultados encontrados são apresentados no Quadro 2.
Quadro 2. Buscas realizadas e respectivos resultados
Palavras chaves pesquisadas Resultados obtidos
Entrepreneurship 42.
Empreendedorismo 107
Entrepreneurship and Sustainability 648
Empreendedorismo and Sustentabilidade 37
Entrepreneurial process 416
Processo Empreendedor 7
Entrepreneurship and Entrepreneurial process 321
Empreendorismo and Processo Empreendedor
Fonte: elaborado pelo autor.
O desenvolvimento econômico de um país decorre da sua capacidade de construir e administrar suas riquezas, criar e introduzir, em diferentes contextos, bens, serviços e tecnologia. Frente a essa realidade, o empreendedorismo se configura como mola propulsora para o desenvolvimento, contribuindo para o crescimento econômico, para uma melhor distribuição de renda e para a diminuição da pobreza de uma nação. A compreensão do fenômeno empreendedorismo e de seus atores, suas características, percepções e
seu negócio ao sucesso. (Hisrich, 2009). Em si, o processo empreendedor, sofre a influência de múltiplas variáveis, sejam elas individuais (motivações, habilidades e processo cognitivo), intrapessoais (relacionamento entre empreendedores e outras pessoas) e sociais (políticas governamentais, econômicas e condições de mercado). Estas influências conferem grande complexidade ao processo, o que requer o uso de todas as ferramentas disponíveis na tentativa de entender como tudo acontece e contribuir substancialmente para o mecanismo de reconhecimento e desenvolvimento das novas oportunidades no momento de empreender (Santos, 2015). Assim como Hisrich (2009), um outro quadro do processo empreendedor é apresentado por Dornelas (2012), igualmente estruturado em quatro fases (Quadro 3).
Quadro 3. O processo empreendedor
Fonte: Dornelas (2012). Embora as fases sejam apresentadas de forma sequencial, nenhuma delas precisa ser completamente concluída para que se inicie a seguinte. Muitas vezes ocorre ainda outro ciclo de fases antes de se concluir o processo completo (Dornelas, 2012). Diante desse cenário, e de posse dos conceitos de empreendedorismo e do processo de empreender, é de fundamental importância analisar e entender quais os principais fatores envolvidos nas etapas desse processo (Quadro 4).
Quadro 4. Fatores que influenciam no processo empreendedor (adaptado de Moore, 1986)
Fonte: Dornelas (2012).
A temática acerca do perfil empreendedor vem sendo discutida com grande ênfase no âmbito dos estudos sobre o empreendedorismo. O estudo do padrão comportamental e do perfil empreendedor, de forma geral, pode ser associado à McClelland (1976), que com base em características comportamentais de empreendedores de sucesso, dos mais variados contextos culturais, “desenvolveu um instrumento para medir o potencial empreendedor de cada uma destas características. Baseado na crença de que o estudo da motivação, além de levar em consideração a necessidade de realização dos empreendedores, deve também considerar que eles são motivados por suas necessidades de afiliação/planejamento e poder. E é a partir dessas necessidades que o autor identificou dez características comportamentais empreendedoras, sendo elas: busca de oportunidade e iniciativa; persistência; comprometimento; exigência de qualidade e eficiência; correr riscos calculados; estabelecimento de metas; busca de informações; planejamento e monitoramento sistemático; persuasão e rede de contatos e, independência e autoconfiança” (Brants et al., 2015). No tocante ao comportamento empreendedor, as pessoas dividem-se em dois grupos, sendo “um deles composto por uma minoria que, quando desafiada por uma oportunidade, se dispõe a trabalhar duramente para conseguir realizar algo. No outro grupo está a maioria que, não se importa tanto em conseguir alcançar objetivos e não são movidas pela necessidade de realização”. (McClelland, 1961 apud Brants et al., 2015). Filion (1999) ainda ressalta que a visão do empreendedor é um elemento primordial para explicar seu perfil, considerando-se que através dela é que um indivíduo pode almejar ser considerado um verdadeiro empreendedor. Por fim, estudos afirmam que além das características determinantes do perfil de um empreendedor, devem-se considerar outros fatores que também podem influenciar, tais como as diferenças culturais e de mercado. (Nascimento Júnior, Dantas, & Santos, 2005 apud Pedroso, Massukado-Nakatani, & Mussi, 2009).
No Brasil, o movimento do empreendedorismo começou a ser desenhado na década de 1990, com a criação de entidades de apoio à atividade empreendedora. (Da Silva, Furtado, & Zanini, 2015). Segundo Dornelas (2012), antes deste momento, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas, além de que os ambientes político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo em sua caminhada empreendedora. Dos Santos e Portugal et al. (2017), afirma que de acordo com dados do GEM 2003, “o Brasil já ocupou o primeiro lugar no grupo de países mais empreendedores do mundo, porém, paralelamente a tal performance imperava o alto índice de mortalidade empresarial”. O mesmo estudo ainda acrescenta que, segundo o SEBRAE, “em 2002, de cada 100 empresas constituídas, 49 não passavam do segundo ano de existência. Em 2008, o número de empresas que não passavam do segundo ano de existência caiu de 49 para 27. Fatores como o controle da inflação, a redução das taxas de juros, a ampliação do crédito para pessoas físicas e o aumento do poder de compra das classes C, D e E foram determinantes para essa melhora. Somam-se a esses fatores a melhoria em aspectos qualitativos do empreendedor, tais como: aumento na quantidade de tempo de estudos, a formação técnica e superior e a experiência adquirida pela vivência em outras empresas”. Pedroso, Massukado-Nakatani, & Mussi (2009) afirmam que “em relação às condições limitantes para o empreendedorismo no Brasil, cerca de 70% das menções feitas pelos especialistas ouvidos pelo GEM Brasil 2006 concentram-se em três condições: ◆ Políticas governamentais (26,7%): essa condição refere-se à legislação complexa, excessiva burocracia para abrir e operar um empreendimento, e à elevada carga tributária. ◆ Apoio financeiro (23,8%): refere-se à disponibilidade de crédito. ◆ Educação e capacitação (17,1%): está atrelada à qualidade, relevância e profundidade da educação e dos treinamentos voltados à criação e ao gerenciamento de novos negócios”.
Estudo semelhante, realizado no período de 2003-2005, identificou que “as principais causas para o fechamento prematuro das empresas são: comportamento empreendedor pouco desenvolvido (atitudes empreendedoras insuficientes); deficiências no planejamento antes da abertura das empresas; deficiência na gestão após a abertura do negócio; políticas insuficientes de apoio ao setor; conjuntura econômica deprimida e problemas pessoais” (Pereira et al., 2009).
Sustentabilidade é um termo relativamente antigo, porém, “a preocupação da sustentabilidade com o meio ambiente parece um tema recente, discutido por autores de diversas linhas de pensamento e de diferentes formações acadêmicas”. (Dalmoro, 2009). No contexto empresarial, percebe-se uma movimentação no sentido de incorporar novos modelos de negócios que pudessem gerar valor sustentável e, ao mesmo tempo, atender as exigências do mercado. (Estefanuto Orsiolli & Simon Nobre, 2016). “Essas mudanças mercadológicas proporcionaram oportunidades de negócio para que o empreendedorismo se destacasse como fenômeno incentivador do desenvolvimento sustentável” (Cicconi, 2013 apud Estefanuto Orsiolli & Simon Nobre, 2016). Nesse sentido, as ações de um empreendedor atento a esse novo contexto condicionam empresa e dirigentes a escolhas mais sensatas e equilibradas entre o lucro, o bem estar das pessoas e o planeta (Cohen & Winn, 2007 apud Dos Santos Portugal et al., 2017). Por essa razão, “Uma empresa sustentável é aquela que contribui para o desenvolvimento sustentável provocando benefícios econômicos, sociais e ambientais, fatores esses, denominados pilares do desenvolvimento sustentável. Essa definição dos três pilares de sustentabilidade, conhecidos como o triple bottom line , vem se difundindo no ambiente acadêmico e empresarial para justificar as práticas, os projetos e os investimentos ambientais, sociais e econômicos” (Claro & Claro, 2014 apud Santos Barboza, Luiz Leismann, & Adriani Johann, 2015).
A presente pesquisa caracterizou-se como exploratória, de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. Adotou-se o enfoque da pesquisa qualitativa, pois segundo Tozoni-Reis (2009) essa modalidade de estudo favorece a produção de conhecimentos sobre os fenômenos humanos e sociais, haja vista que interessa muito mais compreender e interpretar seus conteúdos do que tão somente descrevê-los. Para Yin (2005), além de favorecer a identificação de características de um fenômeno, este modelo de pesquisa ainda pode estabelecer, determinar ou confirmar proposições de uma determinada teoria. Corroborando com esse entendimento, Gil (1999) relata que o estudo de caso ocorre em um contexto real, preservando as características e peculiaridades das atividades desenvolvidas. Utilizou-se o estudo de caso único como estratégia de pesquisa tendo em vista que ao estudar o processo empreendedor do caso em questão - ainda estabelecendo um elo com o campo da sustentabilidade - fez-se necessária uma compreensão mais precisa das circunstâncias em que os fenômenos ocorreram para que fosse possível realizar uma análise de perfil, características e motivações de um empreendedor do ramo da sustentabilidade. Ou seja, o foco esteve em entender como se deu o desdobramento de características pessoais dentro da sistemática do processo empreendedor (Marioto et al., 2014). De acordo com Yin (2005), estudos de caso único contribuem, de forma incomparável, para a compreensão dos fenômenos individuais, organizacionais, sociais e políticos. Assim, pela variedade de informações coletadas, foi possível realizar uma triangulação dos dados com maior profundidade, evitando possíveis generalizações que derivem da comparação entre demais casos, o que poderia comprometer a análise em profundidade do caso estudado.
Para a coleta dos dados, utilizou-se uma entrevista em profundidade, constituída por questões acerca do perfil sociodemográfico do entrevistado, de características a atitudes presentes em empreendedores, processo empreendedor e também questões relativas ao ramo de negócio do entrevistado. A realização dessa modalidade de entrevista, em profundidade e semiestruturada, permitiu maior liberdade por parte da entrevistadora para melhor se expressar, uma vez que conforme Tozoni-Reis (2009, p. 62) “as questões são apresentadas ao entrevistado de forma mais espontânea, seguindo sempre uma sequência mais livre, dependendo do rumo que toma o diálogo.” Mattos (2010) enfatiza que a entrevista “em profundidade” tem sido cada vez mais utilizada na pesquisa em áreas da Administração, considerando a inadequação da metodologia quantitativa à área, uma vez que muitos dos problemas e fenômenos das relações que permeiam as organizações escapam ao pesquisador quando expresso em números e estatísticas. Para fins de organização e clareza, as questões que compuseram a entrevista foram divididas (Tabela 1) a fim de contemplar todos os objetivos propostos no presente estudo. Dessa forma o roteiro de questões do presente trabalho teve o seguinte delineamento:
Tabela 1. Roteiro da Entrevista
Perguntas Objetivos Específicos
Analisar o perfil sociodemográfico no empreendedorismo.
Identificar as principais características pessoais de um empreendedor.
Detectar e apresentar atitudes que possam contribuir para que jovens desenvolvam o processo empreendedor.
Verificar se o ramo da sustentabilidade e conceito “ eco friendly ” é um fato encorajador no momento de empreender no cenário atual.
Você acha que a sua formação foi útil para que você empreendesse? De que forma?
Quais eram as suas metas e suas necessidades quando iniciou o negócio? Como conciliou vida profissional e pessoal?
Como identificou a oportunidade do seu negócio?
Você decidiu empreender na área da sustentabilidade por mera oportunidade de mercado?
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Os dados inicialmente apresentados referem-se ao perfil sociodemográfico do empreendedor entrevistado. Após, são demonstrados os resultados obtidos por meio das entrevistas que foram aplicadas, e serão apresentados de acordo com o método de categorização de análise de conteúdo, que segundo Bardin (2006) é a forma mais antiga e mais utilizada. Ainda cabe ressaltar que o critério de categorização adotado foi o semântico, uma vez que possibilita o agrupamento dos temas com a mesma significância em uma mesma categoria (Bardin, 2006).
O entrevistado participante do presente estudo foi um homem de 30 anos, empresário, casado, com escolaridade de nível superior e uma qualificação de mestrado profissional, ambas nas áreas da Engenharia e com uma faixa salarial pessoal entre oito e dez salários mínimos (valor do salário mínimo considerado para o ano de 2016). Antes de empreender, o entrevistado já atuava na área da Engenheira Elétrica com ênfase em energias renováveis e pôde ter uma experiência profissional em uma empresa na Alemanha, onde teve contato com um modelo de negócio no qual se inspirou para iniciar seu próprio empreendimento. Na tabela abaixo (Tabela 2), estão expostos os dados sociodemográficos coletados durante a entrevista:
Tabela 2. Dados sociodemográficos do empreendedor entrevistado
Variável
Idade 30 anos
Sexo Masculino
Escolaridade
Ensino Superior Completo Mestrado Profissional
Estado civil Casado
Profissão Engenheiro e Empresário
Renda Pessoal
De 08 a 10 Salários mínimos Fonte: Elaborada pelo autor. De acordo com o GEM Brasil (2014), ao avaliar taxas específicas de empreendedorismo na Região Sul, têm-se um resultado de que os homens são mais ativos do que as mulheres. A taxa é de 21,1% entre os homens contra 15,9% entre as mulheres. No Brasil, essas taxas são de 19,4% e 15,6% respectivamente. Na presente pesquisa, os dados referentes a sexo, idade e faixa etária, vão ao encontro daqueles sugeridos pelo GEM Brasil (2015) como representativo do perfil empreendedor brasileiro. O entrevistado, porém, apresentou grau de instrução formal acima daquele apresentado como perfil dominante pelo GEM Brasil (2015) – nível médio completo –, todavia, estudos semelhantes relatam em seus achados que a maioria das populações avaliadas em pesquisas de empreendedorismo possuem um grau elevado de formação. Na pesquisa realizada por Crespam et al. (2009), todos os entrevistados, com exceção de um, eram graduados e buscavam algum curso de pós- graduação. Na pesquisa de Machado et al. (2003) 63,28% das entrevistadas também eram graduadas ou pós-graduadas (Vicenzi & Bulgacov, 2013). A elevada formação acadêmica do empreendedor é um importante indicador de sucesso, uma vez que faz-se necessário acompanhar o alto fluxo de informações no ambiente empresarial e ter maior capacidade de tomar decisões estratégicas complexas. Com isso, os empreendedores passaram a necessitar de formação acadêmica cada vez mais específicas, tendo em vista que quanto maior a escolaridade, mais facilidade o indivíduo tende a ter para planejar, inovar, empreender, e consequentemente, obter mais sucesso (Singer, 2014). No que tange a experiência prévia do empreendedor na área em que ele deseja empreender, dados demonstram que quanto mais experiências anteriores o empreendedor tiver acumulado, melhores chances a empresa terá de crescer e ter sucesso (Endeavor Brasil, 2013). Corroborando com os achados do presente estudo, pode-se sugerir que a associação dos aspectos “alto nível de formação” e “experiências anteriores” seriam fatores que contribuem positivamente para o sucesso de novos empreendimentos.
Partindo de uma perspectiva histórica, muito se comentam as características comportamentais do empreendedor, porém não há unanimidade nesse assunto, e cada autor percebe tais características de forma diferente (Pedroso, Massukado-Nakatani, & Mussi, 2009). Ao ser questionado sobre seus pontos fortes e fracos, o empreendedor entrevistado no presente estudo relata:
“(.. .) é difícil reconhecer os teus próprios erros e acertos quando vais abrir um negócio, pois tu sempre quer acertar, mas acho que meus pontos fortes foram a minha dedicação, e eu sempre acreditei no propósito do meu negócio, valorizava muito a parte social dele, isso sempre me deu ânimo. Bom, quanto a um ponto fraco, acho que é achar o timing certo pra colocar o negócio na rua, fazer dar certo e ter um bom retorno”. (Empreendedor entrevistado).
Muitos estudos argumentam que, embora não haja um perfil científico definido para o empreendedor, pode-se convencionar que para empreender, faz-se necessário deter a capacidade de estabelecer objetivos e os perseguir, além de manter o alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios; um empreendedor continua a aprender a respeito de possíveis oportunidades de negócios, toma decisões moderadamente arriscadas, objetiva a inovação e continua a desempenhar um papel empreendedor; é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões (Pedroso, Massukado-Nakatani, & Mussi, 2009).
“(.. .) quando ainda estava na Universidade, estive envolvido em pesquisas e sempre procurei levar minhas produções pra congressos, eventos e semanas acadêmicas da área. Eu era antenado nas oportunidades, trocava ideias com colegas e professores, então logo que sai da faculdade e surgiu uma oportunidade, eu não pensei duas vezes, larguei meu trabalho lá com 20 e poucos anos, e eu tinha um salário bacana na época, mas mesmo assim eu tive a oportunidade e eu fui morar por 7 meses na Alemanha, tu vê... eu larguei um cargo relativamente bom e fui ser estagiário lá fora, mas te digo que foi a melhor coisa que eu fiz... mesmo arriscando alto, eu vivi experiências muito transformadoras, trabalhei com Usinas que não teria a chance de trabalhar aqui no Brasil e tive contato com um modelo fantástico de negócios envolvendo energias renováveis “. (Empreendedor entrevistado).
São notáveis as características empreendedoras no relato do entrevistado, uma vez que a habilidade criativa e a disposição para arriscar o impulsionaram a buscar novas oportunidades no exterior. Também pode-se perceber em sua fala que desde cedo o entrevistado esteve envolvido em eventos acadêmicos, em contatos com professores e profissionais de sua área de interesse. É do conhecimento de todos que um bom networking é outro fator chave para as janelas de oportunidades necessárias à um novo empreendimento. Barros, Fiúsa e Ipiranga (2004) enumeram cinco elementos fundamentais para a caracterização do perfil de um empreendedor: a. Criatividade e inovação: empreendedores conseguem identificar oportunidades antes das outras pessoas. b. Habilidade: direcionam seus esforços criativos para objetivos determinados e claros. c. Força de vontade e fé: acreditam fervorosamente em sua habilidade de mudar as coisas e com perseverança buscam seus objetivos. d. Foco na geração de valor: buscam fazer as coisas da melhor forma possível, do modo mais rápido e com os menores custos. e. Correr riscos: quebram regras preestabelecidas, arriscam e buscam formas diferentes de fazer as coisas. Os autores ainda complementam que, “além das características que determinam o perfil do empreendedor, devem- se considerar outros fatores que também influenciam o comportamento do empreendedor, como as diferenças culturais e de mercado. Tais diferenças podem levar o empreendedor a tomar uma postura peculiar, na qual se encontra obrigado a adaptar-se às características regionais de cada mercado e da sociedade” (Barros, Fiúsa, & Ipiranga, 2004).
O empreendedorismo constitui uma forma de empoderamento dos indivíduos, e além do “perfil empreendedor” é relevante que se estude quais são as atitudes envolvidas nesse processo empreendedor. Para o desenvolvimento de um novo empreendimento, de acordo com Pinho; Thompson (2016), “afigura-se necessário desenvolver uma cultura orientada para o empreendedorismo promovida, em larga medida, por várias instituições responsáveis pela formação e socialização dos indivíduos. As instituições de ensino e formação poderão ter um papel relevante se devidamente incentivadas por programas públicos de empreendedorismo. Nesse sentido, os empreendedores não devem ser vistos como decisores isolados e autónomos, mas como importantes atores que são influenciados pelos contextos micro e macro-envolvente”
“(.. .) quando eu já estava no volta no Brasil, eu procurei um sócio que era meu colega na Universidade, na verdade eu já tinha trocado uma ideia com ele, mas pra tirar essa ideia do papel nós fomos atrás de cursos, fizemos várias oficinas no SEBRAE, e a gente sabia que precisava de um plano de negócios, por mais que tu tenha uma ideia sólida do teu modelo de negócios, tu precisa da ajuda de um especialista, né?”. (Empreendedor entrevistado).
É notada a existência de uma importante parcela das empresas, principalmente os novos empreendimentos, que não dispõem de um planejamento que possibilite aumentar o seu poder de competitividade e, assim, fazer frente ao atual mercado globalizado, sofrendo como consequência dessa carência, um alto índice de mortalidade. Para que isso não ocorra, órgãos de apoio criam programas de orientação e capacitação aos novos empreendedores, para que desenvolvam uma visão apropriada que os credenciem a gerir negócios autossustentáveis e capazes de sobreviver em um mundo tão competitivo quanto o contemporâneo (SEBRAE, 2015). Deste modo, pode-se perceber que a busca por apoio nas fases inicias do empreendimento é não apenas necessário, mas vital para que os novos negócios não caiam nas estatísticas de mortalidade até os 2 anos de vida. De acordo com ados do GEM Brasil, “dos empreendedores identificados em 2015, 14% procuraram algum órgão público ou privado de apoio ao empreendedorismo, dentre esses empreendedores, 66% buscaram o SEBRAE” (GEM Brasil, 2015).
“(.. .) e tu sabe que a gente tinha em mente que logo de cara seria muito pesado assumir prestações de aluguel, secretária e toda a infraestrutura necessária que o negócio iria precisar. Como eu tinha alguns contatos e conhecia alguns professores, nós conseguimos incubar a empresa nos primeiros tempos, e isso foi muito bom não só pela questão dos gastos, mas a gente também teve uma certa visibilidade a um baixo custo, ou seja, quando tinha feira, nós sempre estávamos ali com um espacinho no estande da incubadora, e assim foi indo, tínhamos um espaço bacana pra entregar nosso folder, pra fazer uns contatos, e no fim das contas, a gente conseguiu sair da incubadora antes de expirar nosso prazo, não tenho dúvidas de que foi uma grande oportunidade e de baixo custo”. (Empreendedor entrevistado).
É papel do Estado apoiar e criar as condições socioeconômicas para a potencialização da ação empreendedora do jovem brasileiro que empreende por oportunidade, buscando sua realização pessoal e sua inserção competitiva na economia. Para este grupo de empreendedores, a ação do Estado deve voltar-se para criar as condições para a inovação e o crescimento do empreendimento, através de cursos de gestão, assistência técnica, financiamento, apoio logístico, entre outros. As incubadoras tecnológicas, as incubadoras de empresas e a assistência e o apoio financeiro nos primeiros anos de vida são políticas que têm se revelado transformadoras nos países desenvolvidos. (Bulgacov, 2011)
“(.. .) eu tinha me formado na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, e a incubadora tecnológica era na mesma sede da Universidade, então eu já conhecia essa possibilidade, e a incubadora pertence a escola técnica que era sede da UERGS, então como eu tive a experiência na Alemanha, apresentei um bom planejamento pra comissão da incubadora, já tinha me formado na UERGS, a incubação da empresa foi um processo bem tranquilo”. (Empreendedor entrevistado).
No que tange a atitude do empreendedor que teve a experiência de incubação de sua empresa, as variáveis “experiência de trabalho anterior” e “formação acadêmica”, estavam correlacionadas na maior parte dos empreendedores que passaram por um processo de incubação em incubadoras situadas em universidades, uma vez que tinham experiência no meio acadêmico ou outro organismo de investigação e tendiam a ter maior grau de formação acadêmica. Porém não há indícios de que essas características (formação e experiência) poderiam interferir no desempenho do negócio ou da inovação (De Faria, 2015).
Quadro 3. Processo empreendedor do entrevistado
Fonte: elaborado pelo autor com base em Dornelas (2012).
Araújo, M. (2006). Empreendedorismo e sustentabilidade: uma visão psicológica. In: SIMPEP, 13, Bauru. Anais. Bauru, SP: SIMPEP. Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo. 5ª ed. Lisboa: Edições 70.
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Revista de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia , Passo Fundo, vol. 4, n. 1 p. 50-76, Jan.-Jun. 2017 - ISSN 2359- DOI: https://doi.org/10.18256/2359-3539/reit-imed.v4n1p50- Endereço correspondente / Correspondence address Jaqueline Freitas Comparin Rua Getúlio Vargas, 180 - 302 Bairro Pátria Nova - Novo Hamburgo. Rio Grande do Sul - Brasil Como citar este artigo / How to cite item: clique aqui!/click here!
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