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-Origem do sistema nervoso -Crista neural -Tubo neural
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Durante a evolução, os primeiros neurônios surgiram na superfície externa dos organismos, fato esse significativo, tendo em vista a função primordial do sistema nervoso de relacionar o animal ao meio ambiente Dos três folhetos embrionários é o ectoderma aquele que está em contato com o meio externo e é deste folheto que se origina o sistema nervoso O primeiro indício de formação do sistema nervoso consiste em um espessamento do ectoderma, situado acima da notocorda, formando a chamada placa neural Sabe-se que a para a formação desta placa e a subsequente formação e desenvolvimento do tubo neural, tem importante papel a ação indutora da notocorda e do mesoderma A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa e adquire um sulco longitudinal denominado sulco neural que se aprofunda para formar a goteira neural Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural O ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o assim do meio externo No ponto em que este ectoderma encontra os lábios da goteira neural, desenvolve-se células que formam de cada lado uma lâmina longitudinal denominada crista neural O tubo neural dá origem a elementos do sistema nervoso central, enquanto a crista dá origem a elementos do sistema nervoso periférico, além de elementos não pertencentes ao sistema nervoso.
Após a sua formação, as cristas neurais, são contínuas no sentido craniocaudal Se divide, dando origem a diversos fragmentos que vão formar os gânglios espinhais, situados na raiz dorsal dos nervos espinhais Neles se diferenciam os neurônios sensitivos, pseudo- unipolares, cujos prolongamentos centrais se ligam ao tubo neural, enquanto os prolongamentos periféricos se ligam aos dermátomos dos somitos Os elementos derivados da crista neural são os seguintes: gânglios do sistema nervoso autônomo (viscerais); medula da glândula supra-renal; paragânglios; melanócitos; células de Schwann; anfícitos; células C da tireóide; odontoblastos Pesquisas mais recentes demonstraram que algumas estruturas tidas como derivadas do ectoderma na realidade se originam da crista neural, como a dura-máter, a aracnoide e algumas partes do crânio
O fechamento da goteira neural e, concomitantemente, a fusão do ectoderma não diferenciado é um processo que se inicia no meio da goteira neural e é mais lento nas suas extremidades. Assim, em uma determinada idade temos tubo neural no meio do embrião e a goteira nas extremidades. Mesmo em fases mais adiantadas, permanecem nas extremidades cranial e caudal do embrião dois pequenos orifícios, que são denominados, respectivamente, neuróporo rostral e neuróporo caudal. Estas são as últimas partes do sistema nervoso a se fecharem
O crescimento das paredes do tubo neural não é uniforme, dando origem às seguintes formações a) Duas lâminas alares b) Duas lâminas basais c) Uma lâmina do assoalho d) Uma lâmina do tecto Separando, de cada lado, as lâminas alares das lâminas basais há o chamado sulco limitante Assim, das lâminas alares e basais derivam neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados, respectivamente, à sensibilidade e à motricidade, situados na medula e no tronco encefálico. Nas lâminas basais diferenciam-se os neurônios motores, e nas lâminas alares fazem conexão com os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos situados nos gânglios espinhais. O suco limitante pode ser identificado mesmo no sistema nervoso do adulto e separa formações motoras de formações sensitivas A lâmina de tecto, em algumas áreas do sistema nervoso, permanece muito fina e dá origem ao epêndima da tela corióide e dos plexos corióides A lâmina do assoalho, em algumas áreas, permanece no adulto, formando um sulco, como o sulco mediano do assoalho do IV ventrículo
- Dilatações do tubo neural A parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal; que dá origem a medula do adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo Com o subsequente desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo O mesencéfalo não se modifica, e o rombencéfalo origina o metencéfalo e o mielencéfalo O telencéfalo compreende uma parte mediana da qual se evaginam duas porções laterais, as vesículas telencéfalicas laterais. A parte mediana é fechada anteriormente por uma lâmina que constitui a porção mais cranial do sistema nervoso e se denomina lâmina terminal As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito para formar os hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo. O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que formam a retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que forma a neuro-hipófise - Cavidade do tubo neural A luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto, sofrendo, em algumas partes, várias modificações A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula, ou canal do epêndima que no homem é muito estreito e parcialmente obliterado A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o arqueduto cerebral (ou Sylvius), que une o III ventrículo A luz das vesículas telencéfalicas lateais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares Todas essas cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima e, com exceção do canal central da medula, contêm um líquido denominado líquido cérebro- espinhal, ou líquor - Flexuras Durante o desenvolvimento da diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras ou curvaturas no seu teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de crescimento diferentes. A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura, denominada flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do embrião na região do futuro pescoço. Aparece a terceira flexura, de direção contrária às duas primeiras flexuras, no ponto de união entre a mete e o mielencéfalo: a flexura pontinha Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem. A flexura cefálica permanece, determinando, no encéfalo do homem adulto, um ângulo entre o cérebro, derivado do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo