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Um estudo sobre os efeitos do tempo de exposição ao feedback na aprendizagem em treinamento baseado na web. O documento discute objetivos, metodologia, resultados e discussão do estudo, incluindo referências a literatura sobre feedback e aprendizagem mediada por computador. O estudo investigou a efetividade do feedback imediato e atrasado, avaliou as reações dos participantes à interface gráfica e procedimentos instrucionais, e examinou a relação entre tempo de estudo do feedback e correção de erros.
O que você vai aprender
Tipologia: Exercícios
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Mestrando: Rommel Soares Ferreira Nogueira Dissertação apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ciências – Psicologia Orientadora: Profa. Dr a. Gardênia da Silva Abbad
Brasília, dezembro de 2006
1
Composição da Banca Examinadora:
Profa. Dra. Gardênia Abbad – Presidente
Profa. Dra. Miramar Ramos Maia Vargas – Membro Titular
Profa. Dra. Luciana Mourão – Membro Titular
Profa. Dra. Kátia Puente-Palacios – Membro Suplente
Brasília, 15 dezembro de 2006
2
“Se, por um milagre da engenhosidade mecânica,
um livro pudesse ser arranjado de maneira que
somente para aquele que fez o que foi conduzido a
fazer na página um, a página dois se tornaria visível,
e assim por diante, muito do que agora requer
instrução pessoal poderia ser gerenciado por livros
impressos.”
Edward L. Thorndike (1912)
Dedico esse trabalho às pessoas que levam o
conhecimento produzido pela psicologia aos
ambientes educacionais.
4
À equipe de programação (Akemi, Nestor, Raphael e Rômulo) que se debruçou sobre o desenho instrucional e o transformou em realidade.
Aos meus amigos, Arthur, Gabi, Anderson, Fábio Augusto, Enrique, Alberto, Eliane, Luís Antônio, Maurício, Maria Fernanda, Cassiano, Fernanda, José Renato, Cleide, por suportarem minhas ausências e manterem a paciência quando eu só falava de um único assunto...
Ao Fábio e ao Enrique por contribuírem para que eu dispusesse de todo o tempo de dedicação necessário ao trabalho.
Aos meus avós pelo exemplo de seguir sempre com fé em Deus.
Ao meu irmão Wilson que, apesar da distância física, se fez presente ao me questionar e me fazer sair das idéias para o mundo real e, quando presente, se dispôs a vencer as madrugadas ao meu lado para tornar mais fácil o esforço.
Agradeço a minha namorada Giovanna Guiotti pela paciência, carinho, bom humor, companheirismo, adiamento de planos, dedicação enorme e ter transformado em seu, o que agora é nosso sonho.
Ao casal Jaime e Ana Maria pelo carinho da acolhida e pelo modelo de relacionamento.
E, por fim, agradecer às duas jóias preciosas, meus pais, Wilson e Norma, que nunca mediram esforços para me permitir as melhores condições de vida, saúde ou estudo. Pelas conversas doces e carregadas de afeição, só para me fornecer um incentivo, puro em sentimento, muitas vezes desconhecendo a razão deste trabalho, mas acreditando fundamentalmente na pessoa. Muito obrigado!
Índice Lista de Figuras..........................................................................................................................x Lista de Tabelas ........................................................................................................................xi Lista de Quadros .................................................................................................................... xiii Resumo ...................................................................................................................................xiv
x
xi
xiii
Lista de Quadros
Quadro 1. Correspondência entre eventos instrucionais e processos internos......................... Quadro 2. Correspondência entre resultados de aprendizagem e condições instrucionais...... Quadro 3. Esquema de comparação de estratégias instrucionais............................................. Quadro 4. Análise de duas TDI................................................................................................ Quadro 5. Formatos de itens de verificação de aprendizagem. ...............................................
xiv
Resumo
Este trabalho compõe-se de duas partes. A primeira, objetivou elaborar um curso auto- instrucional na web, conforme a psicologia instrucional. A segunda visou: a) verificar o efeito da manipulação de feedback ; e b) avaliar o resultado no nível de reações e de aprendizagem. O curso foi desenvolvido para o Banco Central do Brasil, de abril/05 a junho/06 com dez aulas em quatro módulos. Na segunda parte utilizou-se desenho experimental com pré/pós-teste e grupo controle. A VI foi “tempo de exposição ao feedback” (fixo ou livre) e a VD principal foi “aprendizagem”. Formaram-se grupos com distribuição aleatória, um controle (sem feedback ) e três grupos de tratamento: condição 2 ( feedback por 30s); condição 3 ( feedback por 30s nos erros); e, condição 4 (tempo feedback livre). A coleta foi via intranet , de agosto a setembro/06. A amostra totalizou 130 participantes com a maioria de secretárias (56,9%), mulheres (91,5%) e menos de um ano na função (56,2%). Havia 33,9% com ensino médio. A idade média foi 23,9 anos (dp 7,4), variando de 16 a 54 anos. Utilizaram-se análises exploratórias, ANOVA e ANCOVA, extração dos fatores principais (PAF) e análises de confiabilidade (Alpha de Cronbach). Os resultados principais foram: a) somente a condição 2 diferenciou-se estatisticamente do controle; b) não houve diferença entre os grupos de tratamento; c) os efeitos do tratamento 2 foram significativos para os participantes com nível médio de escolaridade; d) não houve diferença entre os tempos de leitura do feedback no acerto ou erro na condição 4 e, e) as escalas de reações mostraram-se válidas, com alfas e cargas fatoriais semelhantes aos estudos anteriores, indicando satisfação com o curso.
Palavras-chave: Treinamento a distância; Planejamento instrucional; Desenho Instrucional; Aprendizagem; Reação ao curso; Feedback ; Curso auto-instrucional.
Apresentação
O desempenho dos colaboradores nas organizações é apoiado pelo treinamento,
desenvolvimento e educação (TD&E), entre outras razões, para garantir ao ser humano maior
adequação ao trabalho, antecipação às demandas advindas do contexto e para aprimorar
capacidades já existentes.
Algumas organizações vêm adotando o modelo de Universidades corporativas, como
unidades responsáveis por ações de TD&E para alinhar oportunidades de treinamento com os
objetivos do negócio da organização. Elas estão permitindo acesso mais amplo às ações
educacionais por empregarem educação a distância (EaD), facilitada pela evolução das
tecnologias da informação e comunicação.
O treinamento é um processo que reconhecidamente se subdivide em fases
(identificação de necessidades, planejamento das atividades instrucionais, execução e
avaliação do treinamento), sendo objeto de pesquisas, as quais abordam essas fases
isoladamente ou não.
Abbad, Carvalho e Zerbini (2006), comentam a respeito dos problemas atuais
encontrados na elaboração de cursos na área de TD&E que se apóiam nas novas tecnologias
da informação. O desenho instrucional inadequado estaria entre esses problemas que
poderiam levar ao descrédito os cursos dessa natureza.
Segundo Abbad, Carvalho e Zerbini (2006) a pesquisa de Zerbini (2003) sobre
avaliação de TD&E para cursos a distância e outras pesquisas contemplando treinamentos
presenciais apontam que o desenho instrucional afeta resultados de treinamento, mas
possuem pouco poder de explicação do impacto. Abbad (2006) aponta a baixa percentagem
de explicação da variável critério aprendizagem na predição de impacto, a partir dos
resultados das pesquisas sobre avaliação de TD&E.
Meneses e Abbad (2003) reafirmaram a suspeita de Abbad (1999) de que as medidas
de aprendizagem foram obtidas a partir de escores de avaliações finais que não estavam de
acordo com os objetivos instrucionais do treinamento. Isso evidencia a necessidade de
ancorar tais medidas de aprendizagem aos objetivos instrucionais, que são elementos
essenciais para o desenho instrucional (Mager, 1976).
Borges-Andrade (2002) considera que, ao elaborar medidas de aprendizagem, os
parâmetros de comparação do desempenho do aprendiz podem ser dados pelo desempenho
do grupo, ou pelos objetivos explicitados para o treinamento. Quando feito a partir de
objetivos estaria mais de acordo com uma proposta educacional, ou seja, verificar quanto o
17
aluno aprendeu. Em relação ao avanço das pesquisas sobre avaliação de aprendizagem, esse
autor sugere que uma boa medida de avaliação deve: (1) permitir que o avaliador e o
especialista de conteúdo elaborem os itens de aprendizagem a partir de objetivos bem
definidos; e, (2) comparar desempenhos antes e depois do treinamento, o que seria possível
com a utilização de pré e pós-testes. Ainda segundo Borges-Andrade (2002) o atendimento a
essas recomendações tem encontrado barreiras no treinamento empresarial, pois, para muitas
organizações, avaliação de aprendizagem é uma característica do ensino formal.
Corroborando essa recomendação, Abbad (1999), em revisão de literatura sobre
projeto de treinamento, observa que, apesar de ser recomendado, “o modelo experimental
‘pré e pós-teste com grupo controle’ não é o delineamento predominante nas pesquisas sobre
projeto de treinamento e transferência” no Brasil. Com o aumento da oferta de cursos a
distância, principalmente os realizados por meio da Web , permitir-se-á avançar nessa área, tal
como nas pesquisas sobre medidas de reação, estratégias de aprendizagem e impacto no
trabalho (Zerbini, 2003 e Carvalho, 2003), uma vez que essa modalidade de ensino favorece a
aplicação de testes pré e pós treinamento, até como condição de certificação.
No estudo de Borges-Ferreira (2005), que testou modelos de predição de
aprendizagem, reação ao curso e estratégias de aprendizagem em cursos de formação
baseados na web , a construção das medidas de aprendizagem foi realizada em conformidade
com princípios instrucionais de especificação de objetivos. Foi avaliado que o curso dispunha
de materiais didáticos adequados e bem formulados.
Entre seus achados, dado que a reação ao desempenho da tutoria e as estratégias de
aprendizagem não contribuíram significativamente para explicar a aprendizagem, essa
pesquisadora suspeitou que a qualidade do material instrucional do curso reduziu a
necessidade de consulta aos tutores, talvez porque os participantes eram capazes de resolver
sozinhos os exercícios. Isso vem ressaltar a importância do bom desenho instrucional,
notadamente em cursos auto-instrucionais baseados na web que não contem com o apoio de
tutoria ativa.
Quanto ao desenho instrucional, para Reigeluth (1999) como é uma atividade que se
fundamenta em recomendações da Teoria Instrucional e descrições da Teoria da
Aprendizagem, o conhecimento desses são tópicos essenciais ao desenhista instrucional
entender porque uma Teoria de Desenho Instrucional, um método, ou componente dela
funcionam.
Snelbecker (1999) aponta que as teorias de desenho instrucional (TDI) cresceram
muito nos últimos anos, oferecendo prescrições e tecnologias para realizar o planejamento
19
Assim, a presente pesquisa foi organizada nesse contexto de maior uso de ensino a
distância apoiado em tecnologias da informação, onde os resultados das pesquisas de
avaliação de treinamento ressaltam a importância do planejamento instrucional, baseado em
TDI que melhor promova a aprendizagem. Para isso, ela enfocou a fase de planejamento e
abordou avaliação de treinamento de curso baseado na web , para auxiliar o avanço de
utilização de EaD num ambiente corporativo. Por se tratar de um curso auto-instrucional ,
sem tutoria, o fornecimento de feedback foi manipulado por ser um elemento importante no
desenho instrucional.
O estudo foi dividido em duas etapas. A primeira foi a elaboração de um curso auto-
instrucional baseado na web, de acordo com prescrições da teoria instrucional de Gagné
(1985). A segunda foi a manipulação de um método componente do desenho que é o
fornecimento de feedback por um determinado tempo fixo ou livre, avaliando o resultado do
treinamento no nível de reações e de aprendizagem, conforme Hamblin (1978, citado por
Borges-Andrade, 1982).
Os objetivos do estudo foram: a) produzir um curso a distância auto-instrucional
baseado em computador, adequado a uma necessidade organizacional, que atendesse às
prescrições da psicologia instrucional sobre como estabelecer condições de ensino e
aprendizagem e uso de feedbacks ; b) verificar o efeito do tempo de exposição ao feedback na
aprendizagem do participante, como uma oportunidade de estudo, a partir da transposição dos
procedimentos sugeridos pela literatura experimental em aprendizagem, das condições
arranjadas em ambiente de laboratório a situações aplicadas de treinamento em organizações;
e, c) avaliar as reações dos participantes do curso à interface gráfica, aos procedimentos
instrucionais e aos resultados do curso.
Para isso, os conceitos básicos utilizados foram: a) aprendizagem, demonstração, por
parte do participante, da capacidade de executar, ao final do treinamento, os comportamentos
definidos nos objetivos instrucionais (Pilati e Abbad, 2005), no caso dessa pesquisa, ela foi
verificada a partir do desempenho do participante nos pré e pós-testes; e b) feedback,
informação imediatamente apresentada ao aprendiz de como ele se saiu no desempenho de
uma tarefa em relação a um critério previamente estabelecido.
A pesquisa teve caráter experimental e pretendeu contribuir para a formação de
tecnologia em planejamento instrucional de cursos a distância, em particular sobre um
componente prescrito em TDI que é o fornecimento de feedback. Este estudo oferece, ainda,
mais uma oportunidade de validar os instrumentos originalmente produzidos por Zerbini
(2003) e Carvalho (2003) em outra organização.
20
Buscou-se cumprir parte das agendas propostas por Zerbini (2003), Carvalho (2003),
De Paula e Silva (2004) e Borges-Ferreira (2005), em particular quanto aos aspectos de: (a)
utilizar delineamentos com pré e pós-testes de aprendizagem nas avaliações de treinamento; e
(b) aplicar os instrumentos produzidos para avaliar reações em outro contexto. Também se
buscou cumprir agenda específica sobre feedback , naquilo que Mory (2004) designou como
identificar e testar padrões interativos com variações no tipo de feedback empregado.
A estrutura do texto que se segue contempla nove capítulos: 1. Contexto de
Treinamento, Desenvolvimento e Educação; 2. Teorias de Aprendizagem, Teorias
Instrucionais e Teorias de Desenho Instrucional; 3. Medidas de Aprendizagem e de Reação;
pesquisa; 6. Descrição do Método; 7. Resultados; 8. Discussão; 9. Considerações Finais.
O capítulo 1 apresenta o contexto de treinamento, desenvolvimento e educação, no
qual se insere este estudo, abordando educação a distância e aprendizagem aberta. No
segundo capítulo são abordadas teorias de aprendizagem, instrucionais e de desenho
instrucional, com definições e modelos que exemplificam o uso dessa tecnologia, finalizando
com proposições de Reigeluth (1999) e Reigeluth e Frick (1999) sobre pesquisa em
planejamento instrucional. O capítulo 3 descreve a formulação de medidas adequadas de
aprendizagem em contextos de treinamento e as escalas nacionais já produzidas em avaliação
de treinamento a distância que são adequadas para avaliar reações.
O capítulo 4 traz um aprofundamento da literatura de feedback em instrução com
apoio de computadores, na qual são apontados os seus conceitos em alguns autores e as
vertentes de pesquisa. Numa seção desse capítulo, a área de pesquisa sobre apresentação de
feedback imediato é abordada sobre um tópico específico que é o tempo de apresentação. O
capítulo 5 delimita o problema e apresenta os objetivos da pesquisa. No capítulo 6 é descrito
o método da pesquisa, com as características da organização, do curso elaborado, da amostra,
dos instrumentos utilizados e os procedimentos de coleta e análise de dados. Também são
apresentadas definições das variáveis no experimento e características do grupo de controle e
dos grupos de tratamento. O capítulo 7 traz os resultados obtidos, com análises estatísticas
para verificação da aprendizagem, do efeito do tratamento e reações dos participantes ao
curso. Em seguida, no próximo capítulo esses resultados são discutidos em relação a outros
achados provenientes da revisão de literatura apresentada e limitações percebidas na
pesquisa. Por fim, o último capítulo descreve as contribuições deste estudo em termos de
implicações teóricas, metodológicas e práticas e sugere outros encaminhamentos de pesquisa
no tema abordado.