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O governo do Estado de São Paulo tem modernizado a CPTM, aprovando investimentos utilizados na reforma da frota existente, aquisição de novos trens, adequação funcional de suas estações e implantação de um novo sistema de sinalização. A implantação do sistema de sinalização CBTC (Communication Based Train Control) e a operação de novos trens com menos carros (oito carros) permitirão a redução do intervalo entre trens e que mais composições permaneçam em circulação, possibilitando significativo a
Tipologia: Notas de estudo
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Graduando em Logística e Transportes FATEC Carapicuiba
Área Temática Transporte Urbano: Modos Público, Privado e Semipúblico
Resumo O governo do Estado de São Paulo tem modernizado a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), aprovando investimentos utilizados na reforma da frota existente, aquisição de novos trens, adequação funcional de suas estações e implantação de um novo sistema de sinalização. A implantação do sistema de sinalização CBTC ( Communication Based Train Control ) e a operação de novos trens com menos carros (oito carros) permitirão a redução do intervalo entre trens e que mais composições permaneçam em circulação, possibilitando significativo aumento na oferta de transporte. Palavras chaves: Ferrovia, Transporte Público, São Paulo, CBTC.
Abstract São Paulo state government has modernized the Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) by approving investments used to reform the existing fleet, acquire new trains, functional adequacy with regards to space allocation at its stations and implement a new signaling system.
CBTC (Communications-Based Train Control) signaling system implementation and the operation of new trains with fewer cars (eight cars) will reduce the headway, allowing a significant increase in transport supply. Key Words: Railways, Public Transportation, São Paulo, CBTC.
1 – Introdução Elaborado entre 1995 e 1998, o Plano Integrado de Transportes Urbanos para 2020 (Pitu 2020) previa “investimentos no sistema de transporte coletivo sobre trilhos e pneus, em infraestrutura do sistema viário e em políticas de gestão no trânsito” (STM, 1999, p.117). O Pitu 2020 norteou as futuras intervenções em transporte na Região Metropolitana de São Paulo, como o plano Expansão São Paulo 2007-2014, da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM), que destinava recursos ao Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). A CPTM, criada em 1992, possui 89 estações distribuídas por seis linhas com 260,8 Km de
extensão (DADOS ... 2013). Suas
linhas atendem a 22 municípios, sendo que São Paulo “tem a maior
extensão territorial e urbana, assim como possui também a maior
Média embarque dias úteis ITENS (^1387867) 2006 (^1577133) 2007 (^1824569) 2008 Viagens programadas-Dias úteis (^1623 1715 ) Frota programada 103 108 109 Trens reformados (PQMR II) 4 10 8 Tabela 1 – Aumento crescente da demanda. Fonte: Mandelli; Garcia, 2008, p.165.
densidade ferroviária e o maior
número de estações” (LUZ, 2010, p. 46). Segundo Luz ( Ibid. , p. 48),
depois de São Paulo, o município com maior movimento de embarque de passageiros é Osasco, com 66 mil embarques em cinco estações. O quadro da tabela 1 mostra o aumento crescente da demanda de passageiros transportados pela CPTM, e a necessidade de uma oferta maior. Luz ( Ibid. , p. 33-42), registra que a partir de 1997 a CPTM recebeu investimentos importantes para iniciar a recuperação e modernização da ferrovia (Tabela 2). Ribeiro (2008, p. 106), analisando o plano Expansão São Paulo, constatou que para o período entre 2007 e 2010, o Governo do Estado de São Paulo previu investimentos de até 7, bilhões de reais para a modernização da CPTM que seriam utilizados
Tabela 2 – Principais programas de investimento feitos na CPTM até 2008. Fonte: Luz, 2010, p.42.
Projeto Leste (intervenções na Linha
11- Coral); Projeto Sul (revitalização da Linha 9 - Esmeralda e implantação
da linha Capão Redondo-Largo Treze); Extensão da Linha 9 -
Esmeralda (entre as estações Jurubatuba e Grajaú); Modernização da Linha 12 – Safira; e PQMR II (reforma e aquisição de trens). Os programas de modernização e expansão da CPTM tem como principal objetivo tornar a oferta compatível com o potencial de demanda, além de atingir um padrão de excelência na prestação de seus serviços (MARQUES, op. cit. , p.145).
2.2.1 - Frota Segundo Kochen e Waisman (2012, p. 32), “quando do início de suas operações, a CPTM herdou frotas depreciadas e sem manutenção da então CBTU, e trens em estado razoável da FEPASA”. Até 2008, a frota da CPTM era constituída de distintas séries de trens com características de fabricação e performance diferentes (Tabela 3). Em março de 2010, a CPTM assinou contrato para Parceria Público Privada (PPP) com o Consórcio Paulista, formado pelas empresas CAF ( Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles ), a CAF Brasil (CAF Brasil Indústria e Comércio), e a ICF ( Inversiones en Concesiones Ferroviarias ). O contrato previa a manutenção e renovação da frota da Linha 8 - Diamante por 20 anos e a incorporação gradativa de 36 novas composições que substituirão a frota existente, em operação há mais de 30 anos (EVENTO … 2012).
Ainda em 2010, os novos trens
com 8 carros começaram a circular entre as estações Itapevi e Júlio
Prestes (Linha 8 – Diamante) junto com os tradicionais trens da série 5000 de 12 carros (FROTA … 2012). A introdução de composições de menor porte, ainda sem a instalação do sistema de sinalização e sem a consequente redução do intervalo de tempo entre trens, causou muita insatisfação nos usuários que já conviviam com a lotação dos trens nos horários de maior movimento.
2.2.2 - Sistemas de Sinalização Sistemas de sinalização ferroviária são conjuntos de equipamentos e dispositivos que permitem controlar com eficiência e segurança a movimentação e tráfego de trens. “O investimento da CPTM em sistemas de sinalização eficientes é uma questão de economia e de
eficiência ferroviária, levando-se em conta que são parte de um sistema muito mais complexo” (ACCURSO, 2012, p. 140).
2.2.2.1 - Sistemas de Sinalização “Bloco Fixo” Ragognette e Carballo (2007, p. 9) constatam que a sinalização ferroviária de “Blocos Fixos”, surgida no século XIX, consistia basicamente “em dividir a via em segmentos (blocos), (...), onde o objetivo principal era garantir um distanciamento seguro entre trens na via”. Sinais laterais, como bandeiras ou semáforos manuais, autorizavam a presença de apenas um trem dentro de um segmento de via ou bloco e garantiam esse distanciamento. Segundo Grossmann (2008, p. 156), o sistema Cab-Signal ( cab signalling ) substituiu os antigos sistemas de sinalização de campo,
segmento ou bloco e passa a ser
limitada pelo comprimento dos trens.
2.2.3 – Sistemas de sinalização na CPTM Em 2013, dentro do programa de modernização da CPTM, ainda estavam em implantação o sistema ATO nas linhas 7 – Rubi, 9 – Esmeralda e 12 – Safira (incluindo a substituição total dos equipamentos ATC das linhas 7 – Rubi e 12 Safira) e o CBTC nas linhas 8 – Diamante, 10 – Turquesa, e 11- Coral. Sanuki ( op. cit. , p. 132), constata que a implantação do CBTC iniciou-se pela Linha 8 – Diamante e será feita em fases: os sistemas de sinalização que controlam o alinhamento e a execução de rotas (denominados intertravamentos) serão substituídos sem que seja desativado o sistema ATC existente permitindo a circulação de trens equipados com CBTC ou não na mesma linha. Sanuki ( op. cit. , p. 132) declara que “ficará a critério da CPTM, a desativação dos circuitos de via e do ATC no final da obra”.
3 - Conclusão Em 2010, o plano Expansão São Paulo previa que, com trens novos e a implantação dos sistemas de sinalização, seria possível reduzir os intervalos entre as viagens da CPTM para cinco minutos nos horários de maior movimento (STM, 2010, p. 50). O aumento da velocidade comercial é a principal consequência da modernização dos sistemas de sinalização e da inserção dos trens novos na frota operacional. Portanto, os projetos de modernização da ferrovia são fundamentais para a região
metropolitana de São Paulo porque geram, entre outros efeitos: atendimento a demanda com maior conforto e rapidez nos deslocamentos da população para trabalho, educação saúde e lazer; melhoria das condições de vida devido à redução do tempo de viagem gasto pela população em deslocamentos; redução da emissão de poluentes atmosféricos em decorrência do aumento da oferta de trens e da consequente diminuição do tráfego de veículos automotores; economia de combustível; e descongestionamento do trânsito. “A CPTM se consolidará como uma importante empresa de transporte sobre trilhos de passageiros, organizando a mobilidade urbana na região metropolitana de São Paulo até o seu entorno” (KOCHE; WAISMAN, op. cit. , p. 32).
4 – Referências bibliográficas
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