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Um estudo que investigou os efeitos da aplicação de uma bandagem elástica funcional (bef) em pontos gatilhos miofasciais do músculo trapézio superior. O objetivo era verificar a diminuição da dor e da temperatura local através da avaliação termográfica. O estudo incluiu 10 participantes e demonstrou resultados significativos, com redução da dor e temperatura após a aplicação da bef.
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Tipologia: Notas de aula
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Effects off Funcional Elastic Bandage in the treatment of myofascial trigger points in the Upper Trapezius muscle Luiz Antônio Cezar Neto^1 Vinicius Bócca Vieira^2 Marcos Antônio Pereira Brito^3 Resumo Esta pesquisa tem como objetivo demonstrar o efeito de diminuição da dor utilizando a Bandagem Elástica Funcional (BEF) sobre pontos gatilho miofasciais (PGM) e a redução da temperatura local através da avaliação termográfica. Fizeram parte da pesquisa 10 mulheres com idades entre 18 e 30 anos que apresentavam PGM em trapézio superior. Foram avaliadas previamente aplicando a EVA da dor e por uma câmera termográfica FLIR C2 1. para identificação da temperatura local. Após a avaliação inicial foram tratadas com Bandagem elástica Funcional por um período de 48 horas. Após as 48 horas a bandagem foi retirada e foram reavaliadas com a EVA da dor e câmara termográfica. Os resultados demonstram uma média de EVA inicial de 7,8 e final 3,8 e ao teste t p < 0,0001, e em relação à temperatura local, os resultados da tabela demonstra uma redução de 35,2°C na avaliação inicial para 33,8°C na avaliação após a aplicação da bandagem e ao teste t p < 0,0048. Conclui-se nesse estudo, que os efeitos clínicos proporcionados pela BEF foram significativos, promovendo redução da dor e temperatura local. Palavras Chaves: Bandagem funcional, Pontos-gatilho, termografia. Abstract This study aims to demonstrate the effect of decreased pain using Functional Elastic Bandage (FEB) on myofascial trigger points (MTP) and the reduction of the local temperature of the thermography evaluation. 10 women aged between 18 and 30 years were part of the research who presented MTP in the upper trapezius. They were previously evaluated applying the EVA of the pain and by thermographic camera FLIR C2 1.1 to identify the local temperature. After the inicial evaluation they were treated with functional elastic bandage for a period of 48 hours. After 48 hour the bandage was removed and the participants were revaluated with the EVA of the pain and thermographic camera. The results demonstrated an inicial EVA of the pain of 7,8 and 3,8 final and to the t <0,0001 test, and in relation to the local temperature, the chart results demonstrate a decrease of 35,2°C in the inicial evaluation to 33,8°C in the evaluation after the bandage usage and 1p< 0,0048 test. It is concluded in this study that the clinical effect provided by the FEB were significant, promoting reduction of the pain and local temperature Key words: Funcional Bandage, trigger points, thermograph. Introdução (^1) Acadêmico do curso de Fisioterapia no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Araçatuba- SP. (^2) Acadêmico do curso de Fisioterapia no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Araçatuba- SP. (^3) Fisioterapeuta Mestre em Engenharia Biomédica, Docente e Supervisor de Estágio do Centro Universitário Católico Auxilium das Áreas de Hidroterapia, de Ortopedia e Traumatologia do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Araçatuba-SP.
A articulação e todos os músculos que a compõem, principalmente o músculo trapézio, é uma das regiões mais propensas a se desenvolver tensão muscular, muito por conta do estresse que é gerado, através das atividades do cotidiano [1]. Em resposta a isso, formam-se Trigger Points ou Pontos Gatilhos (PGM), que nada mais são, nódulos sobre as fibras musculares que geram dor e limitação de amplitude de movimento. A dor característica dos pontos gatilhos é chamada de dor miofascial que se caracteriza pela desordem dos músculos esqueléticos e atinge quase todos os indivíduos durante alguma fase da sua vida [1]. Para identificação desses Pontos Gatilhos é necessário referir a dor à palpação, mais especificamente na zona situada a meia distância entre o acrômio e a vértebra cervical C7 [2,3]. A dor pode ser avaliada pela escala analógica de dor (EVA), nela os indivíduos demarcarão numa escala de 0 a 10 o grau de dor, sendo 0 ausência de dor e 10 dor excessiva [ 2 ]. Uma maneira eficiente de se avaliar estruturas musculares, é pela câmera termográfica. A avaliação termográfica ajuda de maneira significativa em relação a diagnosticar lesões [4]. Capta e registra a emissão de calor da superfície do corpo humano, que se altera devido a diversos estados patológicos. Dentre várias maneiras de se detectar uma lesão, a termografia ganha destaque por ser um método não invasivo, com resultados eficazes [5]. Dentre os diversos tipos de tratamento, a bandagem elástica funcional vem sendo muito utilizada, tendo várias funções: aumentar a estabilidade articular, potencializar ou inibir o tecido muscular, drenar edemas e hematomas e pode auxiliar nas correções posturais. É de fácil aplicação, porém o fisioterapeuta tem que ter um amplo conhecimento anatômico. A aplicação pode ser mantida de 3 a 5 dias, sendo resistente a água [ 6 ]. A Bandagem Elástica Funcional é utilizada para estimular os receptores somatossensoriais, assim aumentando as respostas a reações, melhorando a circulação sanguínea e linfática, diminuindo a dor muscular, aumentando propriocepção e auxiliando na reabilitação muscular de várias formas [ 7 ]. Além disso, possui baixo custo para a aplicação e resultados satisfatórios, tornando-se assim uma excelente alternativa para o alívio da dor e consequentemente conforto para o paciente [ 8 ].
Para a identificação deste tipo de PGM, as participantes referiram dor à palpação no músculo trapézio superior, mais especificamente na zona situada a meia distância entre o acrômio e a vértebra cervical C7, os mesmos apresentaram índice de massa corporal (IMC) entre 18,5 e 24,99, valores abaixo ou acima desta medida foram excluídos [ 9 ,11,12]. Na avaliação dos PGM foi realizado o exame para sensibilidade local ou para sinal do pulo, que essencialmente consiste no mesmo teste. As voluntárias foram colocadas numa sala climatizada à 20º C. Neste teste foi realizada a palpação do músculo trapézio superior e o sinal de pulo por um único examinador para que não ocorram variações de pressão. Este utilizou seu dedo indicador onde foi aplicado uma força quantitativa de 4 quilos aproximadamente até que se forme uma isquemia em sua unha, possibilitando assim visualizar o grau de sensibilidade local. Cada um desses achados de sensibilidade tem valor diagnóstico limitado devido à ambiguidade da causa da sensibilidade [ 1 3, 14 ]. A dor também foi avaliada através de uma escala visual analógica da dor (EVA) [15], nela as voluntárias demarcaram numa escala de 0 a 10 o grau de sua dor no dia da avaliação, sendo que 0 (zero) ausência de dor e 10 (dez) dor insuportável (Apêndice I). O PGM identificado durante o processo de avaliação foi demarcado com um lápis dermatológico para fim de localização posterior da área afetada pelo PGM. Após o processo de identificação do PGM e da EVA pela palpação as voluntárias também foram avaliadas pela termografia, recorrendo a uma câmera termográfica FLIR C2 1.1 e software ThermaCAM Researcher Pro 2.10 para recolha e posterior tratamento das imagens térmicas. Foram utilizadas BEF, da marca KT no músculo trapézio superior como ferramenta de tratamento. O modo de aplicação utilizado foi para inibição muscular, utilizando 1 5% de tensão, onde a BEF foi colocada da sua inserção para origem (uma âncora no acrômio e outra âncora no occipital e primeiras vértebras cervicais) com objetivo de inibir o excesso de uso muscular [ 21 ]. A reavaliação foi feita após 48 horas da aplicação da BEF, sendo utilizado o mesmo avaliador da primeira sessão de tratamento para não ocorrer alterações de percepção e seguindo os mesmos métodos da avaliação, palpação local e foto termográfica do local tratado.
Os resultados foram apresentados calculando médias e desvios padrões e para a análise estatística foi realizado o teste t (de Student) não-pareado, unicaudal, assumindo uma distribuição Gaussiana, com intervalo de confiança de 95%, nos valores, sendo considerados diferenças significativas p < 0,05. Resultados A Tabela 1 apresenta os dados antropométricos pesquisados sendo que a idade média foi de 22,5 anos (±1,77), peso corporal médio de 58,5 kg (±7,40), altura média de 1,61 (±0,06) e IMC médio de 22,34 (±1,65). Tabela 1 : Dados referentes à Idade, Peso, Altura e IMC. Dados referentes à Idade, Peso, Altura e IMC. Em relação ao grau de escolaridade, todas as voluntárias se encontram cursando o terceiro grau. Tabela 2 : Dados referentes à dor e temperatura antes e depois da aplicação da BEF. Voluntárias Idade Peso (Kg) Altura(m) IMC 1 21 52 1,60 20, 2 21 54 1,62 20, 3 24 56 1,65 20, 4 21 68 1,70 23, 5 22 48 1,51 21, 6 22 63 1,60 24, 7 21 59 1,57 23, 8 21 59 1,51 23, 9 23 80 1,80 24, 10 29 46 1,60 20, Total 225 585 16,1 223, Média 22,5 58,5 1,61 22, Desvio padrão ±1,77 ±7,40 ±0,06 ±1, Volunt. EVA Aval. T.°C Aval. EVA Reav. p. EVA T.°C Reav. p. T.°C 1** 8 35,8° 2 35,5° 2 8 33,9° 3 33,7° 3 8 35,1° 6 33,0° 4 8 35,1° 3 33,7° 5 7 34,0° 3 32,7 ° 6 8 35,4° 5 31,8° 7 7 35,9° 5 35,5° 8 8 36,2° 5 34,3° 9 8 35,0° 3 32,5° 10 8 35,6° 3 35,3° Total 78 352° 38 338,0° Média 7,8 35,2° 3,8 P< 0.0001 33,8** P< 0.0048 Desvio Padrão* ±0,44 ±0,77 ±1,22 ±1,
também na diminuição da temperatura local, com média de 1,5°C na redução de calor [19]. Em contrapartida, o estudo realizado por Soares, utilizou-se uma metodologia semelhante, avaliando os 15 indivíduos com a câmera termográfica e aplicando a BEF associada a mobilização passiva sobre o músculo trapézio superior. Cada participante foi avaliado em três dias consecutivos, utilizando a bandagem no segundo dia pós avaliação. Constatou-se então que o estudo não apresentou alterações estatisticamente significativas em relação a redução da temperatura local, sendo oposto aos resultados obtidos no presente estudo [2 0 ]. Em concordância com os dados colhidos após a aplicação da BEF demostrados no presente estudo, Ay et al utilizaram de um estudo clínico randomizado duplo-cego controlado por placebo. Onde foram colocados em dois grupos, aleatoriamente, 61 pacientes com dor miofascial cervical. O grupo 1 composto por 31 indivíduos foi tratado BEF e o grupo 2 foi tratado com placebo, durante 15 dias. No fim do tratamento, houve melhoria estatisticamente significativa na dor, no limiar de dor à pressão (p < 0,05) em ambos os grupos [21]. De acordo com autores, os receptores somatossensorias são responsáveis pelas informações sensoriais da pele. Então o sistema nervoso central capta tais informações e as interpreta para gerar uma determinada reação, assim, sendo de grande importância para a realização de tarefas motoras. A BEF é utilizada para estimular esses receptores através da tensão proporcionada pela fita, gerando assim um estímulo aferente e diminuindo a dor baseado na teoria das comportas, proporcionando um feedback sensório-motor [ 7 , 18 ]. Porém existem estudos que vão contra tal hipótese, demonstrando em suas revisões sistemáticas que a BEF apesar de alcançar o objetivo de diminuição da dor, em alguns casos, não há nada que comprove fisiologicamente a sua eficácia. Evidenciando efeito placebo ou nenhum efeito diante as condições de lesão músculoesqueléticas [16,17]. Apesar das controversas encontradas na literatura sobre os efeitos proporcionados através do tratamento utilizando a BEF, no presente estudo realizado demonstrou-se melhora significante no parâmetro de dor, alcançando p>0.0001 na análise estatística.
Conclusão Conclui-se que após a aplicação da BEF houve redução significativa da dor e da temperatura local em indivíduos com PGM no músculo trapézio superior. Porém, é importante ressaltar que novas pesquisas deverão ser feitas com amostras maiores e com grupo controle para efeito de comparação e com ferramentas avaliativas mais precisas e que demonstrem resultados mais confiáveis. Referências