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Edema Agudo Pulmonar: Abordagem e Tratamento em Fisioterapia, Resumos de Enfermagem

O documento trata-se de um resumo sobre a diferenciação do edema pulmonar cardiogênico do não cardiogênico e os benefícios da VNI para esses pacientes.

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 23/05/2020

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FACULDADE MADRE THAÍS FISIOTERAPIA 4° SEMESTRE
ILHÉUS-BA
DISCIPLINA: Urgência e Emergência
PROFESSOR (A): Daniella Navarro
DISCENTE (A): Mirelle Ferreira Lisboa da Silva
EDEMA AGUDO PULMONAR
Edema agudo pulmonar (EAP) é uma síndrome clínica onde ocorre
cúmulo de líquido nos espaços alveolares e intersticiais dos pulmões que
causa uma insuficiência respiratória aguda hipoxêmica decorrente de etiologias
variadas. O edema agudo pulmonar é dividido em dois grupos: cardiogênico e
não cardiogênico, sendo diferenciados pela pressão capilar pulmonar.
No EAP cardiogênico acontece a elevação da pressão capilar pulmonar
para > 18 mmHg e esse aumento da pressão vai aumentar também a filtração
transcapilar. Entre as principais causas desse edema temos a disfunção
ventricular sistólica e diastólica, obstrução da via de saída do VE, estenose
mitral e hipertensão renovascular. O resultado dessas etiologias é a
transudação de líquido para o interstício pulmonar causando dispneia intensa e
abrupta, tosse com expectoração, taquipnéia, cianose e extremidades frias e
sudoréticas.
Já no EAP não cardiogênico a pressão capilar é normal, < 18 mmHg, e
ocorre um aumento da permeabilidade pulmonar acarretando também no
aumento da filtração transcapilar. Entre as principais causas desse edema
temos a síndrome do desconforto respiratório agudo (SARA), edema pulmonar
de grandes altitudes, edema pulmonar neurogênico, edema pulmonar de
reperfusão e reexpansão, intoxicação por opioides e salicilatos,
tromboembolismo pulmonar (TEP) e doença veno-oclusiva pulmonar.
Os pacientes com edema agudo de pulmão não são todos iguais. Na verdade,
podemos diferenciar 3 tipos de pacientes conforme o perfil hemodinâmico:
Paciente com falência vascular (sem hipervolemia) que apresentam
usualmente pressão arterial sistólica > 140 mmHg, paciente com congestão
crônica passiva que apresenta pressão arterial sistólica 100-140 mmHg e
hipoperfusão, onde o paciente possui a PAS < 100 mmHg (Choque
cardiogênico).
A abordagem ao paciente com edema agudo de pulmão deve seguir conforme
o seguinte perfil hemodinâmico: Pacientes com > 140 mmHG: VNI,
Nitroglicerina venosa; Evitar diuréticos; Pacientes com 100-140 mmHg: VNI,
Diuréticos e nitratos; Pacientes com < 100 mmHg: Inotrópicos e vasopressores
podem ser usados.
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FACULDADE MADRE THAÍS FISIOTERAPIA 4° SEMESTRE ILHÉUS-BA DISCIPLINA: Urgência e Emergência PROFESSOR (A): Daniella Navarro DISCENTE (A): Mirelle Ferreira Lisboa da Silva

EDEMA AGUDO PULMONAR

Edema agudo pulmonar (EAP) é uma síndrome clínica onde ocorre cúmulo de líquido nos espaços alveolares e intersticiais dos pulmões que causa uma insuficiência respiratória aguda hipoxêmica decorrente de etiologias variadas. O edema agudo pulmonar é dividido em dois grupos: cardiogênico e não cardiogênico, sendo diferenciados pela pressão capilar pulmonar. No EAP cardiogênico acontece a elevação da pressão capilar pulmonar para > 18 mmHg e esse aumento da pressão vai aumentar também a filtração transcapilar. Entre as principais causas desse edema temos a disfunção ventricular sistólica e diastólica, obstrução da via de saída do VE, estenose mitral e hipertensão renovascular. O resultado dessas etiologias é a transudação de líquido para o interstício pulmonar causando dispneia intensa e abrupta, tosse com expectoração, taquipnéia, cianose e extremidades frias e sudoréticas. Já no EAP não cardiogênico a pressão capilar é normal, < 18 mmHg, e ocorre um aumento da permeabilidade pulmonar acarretando também no aumento da filtração transcapilar. Entre as principais causas desse edema temos a síndrome do desconforto respiratório agudo (SARA), edema pulmonar de grandes altitudes, edema pulmonar neurogênico, edema pulmonar de reperfusão e reexpansão, intoxicação por opioides e salicilatos, tromboembolismo pulmonar (TEP) e doença veno-oclusiva pulmonar. Os pacientes com edema agudo de pulmão não são todos iguais. Na verdade, podemos diferenciar 3 tipos de pacientes conforme o perfil hemodinâmico: Paciente com falência vascular (sem hipervolemia) que apresentam usualmente pressão arterial sistólica > 140 mmHg, paciente com congestão crônica passiva que apresenta pressão arterial sistólica 100-140 mmHg e hipoperfusão, onde o paciente possui a PAS < 100 mmHg (Choque cardiogênico). A abordagem ao paciente com edema agudo de pulmão deve seguir conforme o seguinte perfil hemodinâmico: Pacientes com > 140 mmHG: VNI, Nitroglicerina venosa; Evitar diuréticos; Pacientes com 100-140 mmHg: VNI, Diuréticos e nitratos; Pacientes com < 100 mmHg: Inotrópicos e vasopressores podem ser usados.

A Intubação orotraqueal imediata deve ser avaliada em pacientes com alteração do estado mental, fadiga franca e choque cardiogênico. Para os demais, o melhor tratamento e que comprovadamente tem maior impacto em sobrevida é a ventilação não invasiva. Sua aplicação permite manter os alvéolos abertos, diminuir a liberação de catecolaminas e aumentar a pressão intratorácica que diminui o retorno venoso.