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ECONOMIA-O papel da Pecuária na economia de Rondônia, Notas de estudo de Economia

pecuaria em rondonia

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 08/06/2012

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roseli-de-freitas-2 🇧🇷

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O surgimento da Pecuária no Estado de Rondônia
O crescimento populacional de Rondônia teve um grande impulso com
o “Ciclo Agrícola” que consolidou sua vocação como Estado produtor da
Amazônia e entreposto comercial da Região Norte do país. As marcas
características desse ciclo são a presença maciça de investimentos federais
nos projetos de colonização e a intensificação do fluxo migratório. O efeito
imediato deste último fator foi à rápida formação de aglomerados urbanos e a
ocupação efetiva do Estado ao longo da BR-364, de forma acelerada e
desordenada, o que tornou impraticável a ação do governo no que se refere ao
controle ou antecipação de medidas necessárias, como infra-estrutura de
saúde, educação e transporte, para atender a esse grande contingente. Este
processo provocou no Estado a quebra da estrutura espacial existente e que
até então estava condicionada aos ciclos extrativos, concentrando a economia
nos municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim. A partir do Ciclo Agrícola essa
hierarquia foi alterada e o eixo de importância econômica do Estado deslocou
se para os municípios situados ao longo da BR-364. O resultado do processo
de deslocamento populacional em direção a Rondônia pode ser visualizado nos
números que dão conta da sua evolução a partir de 1980, sobretudo nesta
década, em que houve um crescimento anual de 7,9% ao ano, o que
comparado com o verificado para o Brasil (1,97% ao ano) e com a própria
Região Norte (3,9% ao ano), pode ser considerado explosivo. Com base no
Relatório sobre Desenvolvimento Humano total do PNUD/IPEA de 1996, com
referência aos dados dos Indicadores Municipais 1995/1996 da SEPLAN,
estimava-se uma densidade de 5,62 hab./Km² distribuída por 52 municípios,
refletindo a construção e consolidação de conglomerados urbanos no Estado.
Este relatório aponta como último dado, datado de 1991, um crescimento
urbano em Rondônia no período de 1980/1991 de 10,1%, substancialmente
superior ao observado para a Região Norte (6,3%) e para o Brasil (3%). A
população total do Estado de Rondônia, para o final de 1998, foi estimada em
1.300.000 habitantes, o que denota diminuição do fluxo migratório. Cumpre
destacar também que esta população é predominantemente jovem conforme
dados do IBGE sobre a contagem da população em 1996, que tem 81,2% de
seus habitantes com menos de 40 anos, tem neste aspecto um grande
potencial empreendedor. Cerca de 40% da população rondoniense está
sediada na área rural, representando maior potencial para produção de
alimentos e, desta forma, possibilitando a introdução de novas atividades agro-
industriais nos núcleos urbanos, ampliando as oportunidades de geração de
novos empregos.
Considerando a trajetória de criação e crescimento do Estado de
Rondônia pode-se avaliar que a taxa de crescimento populacional e a
emergente necessidade de geração de fontes de subsistência, levou a
população imigrante a optar pela alternativa mais evidente que era abertura de
campo, “quem não desmatava perdia sua terra”, para a agricultura e pecuária,
o que em função das condições de fatores e preços de oportunidade
favoreciam a expansão da criação do gado bovino e conseqüentemente, a
produção leiteira e ainda, a instalação de indústrias processadora do leite.
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O surgimento da Pecuária no Estado de Rondônia

O crescimento populacional de Rondônia teve um grande impulso com o “Ciclo Agrícola” que consolidou sua vocação como Estado produtor da Amazônia e entreposto comercial da Região Norte do país. As marcas características desse ciclo são a presença maciça de investimentos federais nos projetos de colonização e a intensificação do fluxo migratório. O efeito imediato deste último fator foi à rápida formação de aglomerados urbanos e a ocupação efetiva do Estado ao longo da BR-364, de forma acelerada e desordenada, o que tornou impraticável a ação do governo no que se refere ao controle ou antecipação de medidas necessárias, como infra-estrutura de saúde, educação e transporte, para atender a esse grande contingente. Este processo provocou no Estado a quebra da estrutura espacial existente e que até então estava condicionada aos ciclos extrativos, concentrando a economia nos municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim. A partir do Ciclo Agrícola essa hierarquia foi alterada e o eixo de importância econômica do Estado deslocou se para os municípios situados ao longo da BR-364. O resultado do processo de deslocamento populacional em direção a Rondônia pode ser visualizado nos números que dão conta da sua evolução a partir de 1980, sobretudo nesta década, em que houve um crescimento anual de 7,9% ao ano, o que comparado com o verificado para o Brasil (1,97% ao ano) e com a própria Região Norte (3,9% ao ano), pode ser considerado explosivo. Com base no Relatório sobre Desenvolvimento Humano total do PNUD/IPEA de 1996, com referência aos dados dos Indicadores Municipais 1995/1996 da SEPLAN, estimava-se uma densidade de 5,62 hab./Km² distribuída por 52 municípios, refletindo a construção e consolidação de conglomerados urbanos no Estado. Este relatório aponta como último dado, datado de 1991, um crescimento urbano em Rondônia no período de 1980/1991 de 10,1%, substancialmente superior ao observado para a Região Norte (6,3%) e para o Brasil (3%). A população total do Estado de Rondônia, para o final de 1998, foi estimada em 1.300.000 habitantes, o que denota diminuição do fluxo migratório. Cumpre destacar também que esta população é predominantemente jovem conforme dados do IBGE sobre a contagem da população em 1996, que tem 81,2% de seus habitantes com menos de 40 anos, tem neste aspecto um grande potencial empreendedor. Cerca de 40% da população rondoniense está sediada na área rural, representando maior potencial para produção de alimentos e, desta forma, possibilitando a introdução de novas atividades agro- industriais nos núcleos urbanos, ampliando as oportunidades de geração de novos empregos.

Considerando a trajetória de criação e crescimento do Estado de Rondônia pode-se avaliar que a taxa de crescimento populacional e a emergente necessidade de geração de fontes de subsistência, levou a população imigrante a optar pela alternativa mais evidente que era abertura de campo, “quem não desmatava perdia sua terra”, para a agricultura e pecuária, o que em função das condições de fatores e preços de oportunidade favoreciam a expansão da criação do gado bovino e conseqüentemente, a produção leiteira e ainda, a instalação de indústrias processadora do leite.

O potencial agropecuário de Rondônia é favorecido com a vasta extensão de terras e clima quente, o que leva os detentores de propriedades rurais a investirem na pecuária, isso leva a maior produção de leite, a qual se constitui na principal fonte de renda para o pequeno produtor rural, representando sua subsistência.

O papel da Pecuária na Economia de Rondônia

A economia do estado de Rondônia tem como principais atividades a agricultura, a pecuária , a indústria alimen�cia e o extra�vismo vegetal e mineral. Em 2007 , o Produto Interno Bruto (PIB) do estado era de aproximadamente R$ 15 bilhões, representando 11,2% do PIB da região Norte e 0,56% do PIB nacional. Já em 2009, o PIB do estado saltou para R$ 20,2 bilhões, representando 12,4% do PIB da região Norte e 0,62% do PIB nacional. O PIB Per capita do estado é de R$ 13.455,56. A agropecuária representa 23,6%, da composição econômica do Estado de Rondônia.

Atualmente, o estado possui um rebanho bovino de 11.709.614 de cabeças de gado (8.107.541 com finalidade de corte e 3.622.073 com finalidade leiteira), sendo o 7º maior do país. Em 2008, Rondônia foi o 5º maior exportador de carne bovina do país, de acordo com dados da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), superando estados tradicionais, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul , Paraná e Santa Catarina. Além da pecuária de corte, a pecuária leiteira também se destaca no estado, com uma produção total em 2007 de cerca de 708 milhões de litros de leite, sendo o maior produtor da região Norte e 7º maior produtor nacional.

Rondônia é líder em produtividade no setor agropecuário leiteiro nacional. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de 2009 , o Estado é responsável pela produção anual de 747 milhões de litros de leite, o que resulta em uma média de 487 litros da bebida por habitante por ano, totalizando 1,4 milhões por ano.

A pecuária bovina de corte e leite vêm se desenvolvendo com grande rapidez a partir dos anos 80. A criação de suínos, aves, ovino, caprinos e bubalinos tem crescido, ainda que não nos índices do rebanho bovino

A pecuária foi à atividade do setor primário que mais se expandiu nos últimos anos no Estado, especialmente a bovina, que hoje se apresenta como plenamente capaz de satisfazer o consumo interno e ainda oferecer excedentes exportáveis. A pecuária de corte possui nível tecnológico mais elevado que a pecuária de leite e tem evoluído mais rapidamente junto com a expansão das áreas de pastagens, contra uma estagnação, até mesmo redução de áreas de lavoura.

A pecuária de leite se desenvolveu mais nas áreas de pequenas e médias propriedades, como fator de agregação de renda aos agricultores tradicionais e se caracteriza pelo seu baixo nível tecnológico e baixa produtividade. No entanto, a grande quantidade de leite produzida no estado tem provocado a expansão da indústria de laticínio.

Anexo

Imagens retiradas do Google imagem

Bibliografia

  • h�p://www.fefa-ro.com.br/ronatural/mais/palestra_grecelle_ropecuaria.pdf
  • www.fiero.org.br/downloads/anexos/proj_diagnos�co_rondonia.pdf
  • h�p://www.idaron.ro.gov.br/portal/
  • www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1248265804.pdf

• PT.Wikipedia.org/wiki/Rondônia#Economia

Introdução

Com o grande fluxo migratório para o Estado em sua criação, houve desmatamento para abrir pastagem e iniciar a habitação do estado, com esses campos abertos e o clima favorável iniciou-se a agropecuária, onde que a pecuária teve papel fundamental para a solidificação da economia do estado tendo como principais agentes o gado de corte e o gado leiteiro, fazendo-se com que a economia se elevasse em pouco tempo fazendo de Rondônia líder de corte da região Norte, líder nacional em produtividade de leite, 7º maior produtor de leite nacional e a 5º maior exportadora de carne do Brasil.