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Informações sobre distúrbios no período neonatal, como cólicas, candidíase oral e apneia. São descritos sinais e sintomas, fisiopatologia, diagnóstico, tratamento, diagnósticos e prescrições de enfermagem. O texto é voltado para profissionais da área de enfermagem que trabalham com recém-nascidos.
Tipologia: Esquemas
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1- Sobre os seguintes distúrbios no período neonatal descreva: sinais e sintomas, fisiopatologia, diagnóstico, tratamento, além de possíveis Diagnósticos de Enfermagem (DE) e Prescrições de Enfermagem (PE). CÓLICA Sinais e Sintomas Episódios de choro súbito, intenso, inexplicado e constante; Irritação; Inquietude; Ocorre, normalmente, na mesma hora do dia ou da noite; É separado por intervalos nos quais o bebê age normalmente. As cólicas são resultantes da imaturidade do funcionamento intestinal. Podem estar relacionadas com a deglutição excessiva de ar durante a mamada, “pega incorreta”, ou com a introdução de outros tipos de alimentos, como leite de vaca e/ou chás. Fisiopatologia De acordo com a literatura sobre a etiologia e os mecanismos fisiopatológicos, as hipóteses atuais e mais aceitas são que o choro excessivo ocorre por um desequilíbrio no Sistema Nervoso Central (SNC) dos lactentes e é reforçado pelo fato de que crianças que nascem com problemas do sistema nervoso central apresentam crises de choro de forma mais intensa, assim como os bebês com mães e/ou pais com depressão. Aqueles que nascem prematuros ou pequenos para a idade gestacional apresentam maior risco de ter choros excessivos nos primeiros meses de vida. Essa hipótese está fundamentada no fato de que esses grupos naturalmente de maior risco biológico também apresentam maior risco de atrasos do desenvolvimento, que podem estar relacionados a imaturidade do SNC e também do aparelho digestivo. O sistema circadiano cumpre importante função no SNC e alguns estudos associam esse funcionamento com as cólicas e o choro excessivo. Esse sistema circadiano regulado pelo hipotálamo afeta as atividades fisiológicas,
como horário de sono, temperatura corporal, alimentação e produção de hormônios, como a melatonina, e é maturado durante os três primeiros meses de vida, quando as cólicas costumam ser mais frequentes (HALPERN; COELHO, 2016). Diagnóstico Avaliação da história clínica da criança; Exame Físico. Tratamento Caso o recém-nascido faça uso de fórmulas lácteas ao invés do leite materno, provavelmente, será preciso realizar a troca por outra fórmula. Os chás (funcho, alcaçuz, camomila e hortelã), podem ser ofertados aos bebês, há também o uso de probióticos na melhora da cólica, mas os resultados ainda são controversos. Seguir corretamente as orientações prescritas a seguir. Diagnósticos de Enfermagem Motilidade gastrintestinal disfuncional relacionado a estressores, imobilidade e alteração nos hábitos alimentares, evidenciado por cólica abdominal. Prescrições de Enfermagem Orientar para que os pais e/ou responsável, mantenha uma postura calma, para tranquilizar o bebê. Orientar aos pais e/ou responsável a ofertar colo e carinho ao recém-nascido. Orientar aos pais e/ou responsável a deitar o bebê de bruços e massagear delicadamente as suas costas ou colocar o bebê junto ao abdome, pois o calor e o aconchego aliviam a dor. Orientar para que fiquem com o bebê em um ambiente aconchegante, à meia luz e, se possível, coloque uma música relaxante. Explicar que apesar de o peito acalmar a criança, evitarem amamentá-la, pois a sucção estimula as contrações intestinais, o que agrava as dores. Orientar aos pais e/ou responsável para que sempre coloquem a criança para arrotar após a amamentação.
(presença de ar ectópico intra-abdominal), Ecografia Abdominal (espessamento da fáscia e músculos, necrose muscular ou presença de alterações anatómicas) e de Tomografia Computorizada do abdómen (melhor caracterização da extensão de envolvimento muscular/fascial). Tratamento Antibioterapia, conforme a sensibilidade para o agentes gram-positivos ou gram-negativos. A cirurgia pode ser necessária no tratamento das complicações, nomeadamente da fasciíte necrosante. Diagnósticos de Enfermagem Integridade da pele prejudicada relacionada a secreções e hipertermia evidenciado por alteração na integridade da pele, vermelhidão, dor aguda e área localizada quente ao toque. Prescrições de Enfermagem Encaminhar o RN para serviço de referência devido ao risco iminente de sepse neonatal. O encaminhamento, nesses casos, deve ser feito independentemente da presença de sinais gerais de perigo. CANDIDÍASE ORAL Sinais e Sintomas A forma mais comum de Candidíase Oral é a pseudomembranosa, caracterizada por placas brancas removíveis na mucosa oral. Outra apresentação clínica é a forma atrófica, que se apresenta como placas vermelhas, lisas, sobre o palato duro ou mole. Lesões brancas de aspecto cremoso no interior da boca do bebê e problemas para sugar ou mamar, juntamente com irritabilidade e agitação. Alguns bebês não conseguem mamar, porque a boca escorrega da mama, ou fazem um barulho como um estalo quando tentam sugá-la. Uma assadura que não desaparece com as pomadas comumente recomendadas também pode ser um sintoma, assim como o gás devido ao excesso de levedura no trato gastrointestinal do bebê. Fisiopatologia É causada por leveduras do gênero Candida , principalmente da espécie C. albicans. Nos bebês saudáveis, mecanismos de defesa imunológicos e não imunológicos como os relacionados à saliva e a própria descamação
do epitélio bucal, impedem a instalação do microrganismo nos tecidos. A doença vai aparecer quando um ou mais fatores, locais ou sistêmicos, quebrarem a homeostase do meio bucal. Diagnóstico Além do aspecto clínico, visualização de leveduras e pseudo-hifas em exame microscópico de esfregaço da lesão, preparado com hidróxido de potássio a 10%. As culturas permitem a identificação da espécie. Tratamento Utiliza-se a suspensão oral de Nistatina na dose de 1 a 2 ml, três vezes ao dia, durante 5 a 7 dias ou até a cura completa. Como 2º opção, Cetoconazol, recomenda-se 4 a 7 mg/kg/dia, via oral, uma vez ao dia, com duração de tratamento entre 7 a 14 dias. Diagnósticos de Enfermagem Integridade da mucosa oral prejudicada relacionada a infecção evidenciado por desconforto oral, dificuldade para mamar, exsudato oral esbranquiçado como leite talhado e manchas brancas na boca. Prescrições de Enfermagem Orientar a mãe e/ou responsável a: Lavar as mãos antes e após manipulação do bebê. Limpar a boca da criança com um pano suave enrolado em um dedo e umedecido com água e sal ou bicarbonato de sódio. Agitar bem o frasco antes de aplicar a nistatina na boca da criança; não misturar com o leite. Aplicar um conta-gotas de nistatina a cada seis horas na boca da criança. Observar e aplicar, sempre, nistatina no mamilo e na aréola de 6/6 horas. APNEIA DA PREMATURIDADE Sinais e Sintomas Apneia Central (10-25%): movimentos da caixa torácica ausentes e sem evidência de obstrução de vias
hiperextensão do pescoço, coxim nas espáduas). Manter o Decúbito ventral (estabilização da caixa torácica e sincronia dos movimentos respiratórios): apenas em RNs monitorizados (risco de morte súbita). Manter permeabilidade de vias aéreas. Realizar a Aspiração das vias aéreas cuidadosamente. Verificar a Nutrição, evitando-se a desnutrição e, portanto, a apneia decorrente de fadiga muscular. TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-NASCIDO Sinais e Sintomas Na maioria dos casos é transitória e autolimitada, com duração de três a cinco dias, mas pode apresentar quadro mais prolongado com hipertensão pulmonar persistente neonatal (HPPN). Desconforto respiratório precoce nas primeiras horas após o nascimento, caracterizado como taquipneia, frequência respiratória (FR) > 60 rpm; Dispneia associada à retração da caixa torácica; Batimento de asa de nariz; Gemido expiratório; Cianose. Fisiopatologia Alteração respiratória caracterizada pela presença de edema pulmonar decorrente da diminuição do clearance de líquido pulmonar. Ocorre no recém-nascido (RN) prematuro tardio e no RN termo, e geralmente está associada à cesárea eletiva sem trabalho de parto (TP). Apresenta evolução benigna e autolimitada, mas alguns RN têm piora clínica e fadiga respiratória, necessidade de ventilação mecânica e ocorrência de complicações, como o pneumotórax e a hipertensão pulmonar. Diagnóstico Raio–X de tórax: hiperinsuflação pulmonar com retificação do diafragma, infiltrado difuso e homogêneo
de edema pulmonar, congestão perihilar e espessamento, derrame cisural. Gasometria arterial: revela hipoxemia e hipercapnia, resultando em acidose respiratória. Tratamento Ambiente termoneutro; Manipulação mínima; Correção dos distúrbios metabólicos e ácido - básicos. Administração de antibiótico: conforme normatização de antimicrobianos. Oxigenoterapia e ventilação: a oxigenoterapia é administrada na forma de halo, e nos casos mais graves, de CPAP nasal e ventilação mecânica. Diagnósticos de Enfermagem Padrão respiratório ineficaz relacionado a fadiga da musculatura respiratória e hiperventilação evidenciado por taquipneia. Prescrições de Enfermagem Manter o decúbito do berço comum elevado; Manusear minimamente o recém-nascido; Manter bocas e narinas livres de secreção e posicionar o pescoço de forma que fique em discreta extensão. Manter o recém-nascido em ambiente térmico neutro para que sua temperatura corporal fique entre 36,5ºC e 37ºC. Medidas que busquem eliminar ou atenuar os fatores de risco para os recém-nascidos ao nascimento podem auxiliar na prevenção da taquipneia transitória do recém-nascido. SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO MECONIAL Sinais e Sintomas Taquipneia; Batimento de asas de nariz;
Radiografia com achados característicos Suspeita-se do diagnóstico da síndrome da aspiração de mecônio quando um recém-nascido mostra desconforto respiratório na presença de líquido amniótico tinto de mecônio. O diagnóstico é confirmado pela radiografia de tórax, que demonstra hiperinflação com várias áreas de atelectasia e achatamento do diafragma. Os achados iniciais da radiografia podem ser confundidos com os da taquipneia transitória do recém-nascido. O líquido pode ser visto nas fissuras pulmonares ou nos espaços pleurais; o ar, nos tecidos moles ou no mediastino. Como o mecônio pode propiciar o crescimento de bactérias e como é difícil diferenciar o diagnóstico de síndrome da aspiração meconial de pneumonia bacteriana, deve-se coletar amostras para hemocultura. Tratamento Medidas gerais de suporte; Oxigenoterapia e suporte ventilatório: melhora a oferta de O2 aos tecidos com redução da acidose metabólica. Se SAM sem HPPN, tolerar SatO2 ≥ 90% e/ou PaO2 = 50 a 80 mmHg. Casos leves: hallo/catéter nasal ou pressão positiva contínua nas VA (CPAP). VMA: DR grave ou se em CPAP por mais de 2 horas com necessidade de FiO2 > 0,6 (com PaO2 < 50 mmHg e PCO2 > 60mmHg ou pH < 7,25). o Geralmente usa-se PEEP=5-8cmH2O, tempo expiratório (TE) mais longo e Frequência de ciclagem (FC) mais baixa. Terapias adjuvantes: Surfactante exógeno − reduz a gravidade e a duração da VM, porém não interfere na mortalidade, no tempo de hospitalização e de oxigenoterapia e na incidência de pneumotórax, enfisema intersticial ou doença pulmonar crônica. Antibioticoterapia − para RNs com fatores de risco perinatais. Considerar suspensão precoce a depender
da evolução clínico-laboratorial (HMG, PCR e HMC parcial). Ventilação de alta frequência (VAF) − indicada quando há falha na ventilação convencional, que ocorre com maior frequência quando a SAM é acompanhada por síndrome de escape de ar (SEAr – sucesso da VAF: 63-80%) ou por HP (sucesso da VAF: 39-69%). Usar o mínimo de pressão e evitar hiperinsuflação. Indicações gerais: Índice de Oxigenação (IO) > 20; SEAr grave; Necessidade de PIP > 30cmH2O. Oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) − indicação quando não há resposta a outras terapêuticas. Não disponível no nosso serviço. Diagnósticos de Enfermagem Padrão respiratório ineficaz relacionado a fadiga evidenciado por padrão respiratório anormal, batimento de asa do nariz, taquipneia. Desobstrução ineficaz das vias áreas relacionadas a corpo estranho na via área e secreções retidas evidenciado por cianose. Prescrições de Enfermagem Ambiente termoneutro; Manipulação mínima; Manutenção de oxigenação (suplementação de oxigênio) e ventilação adequadas (evitar hiperventilação, alcalose respiratória e air-trapping); Ventilação assistida; Sedação; Surfactante (150 mg/kg/dose, nos pacientes com SAM e graves); Óxido nítrico: vasodilatador pulmonar (vide protocolo de Hipertensão Pulmonar);