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Diretrizes abrangentes para o diagnóstico, tratamento e prevenção da bronquiolite, uma infecção viral comum em crianças menores de 2 anos. Ele aborda tópicos como definição, diagnóstico, tratamento farmacológico e não farmacológico, medidas de prevenção e cuidados especiais para pacientes de alto risco. Uma iniciativa do núcleo de pediatria baseada em evidências, com o objetivo de fornecer ao corpo clínico revisões atualizadas sobre temas prevalentes na prática pediátrica, contribuindo para a melhoria da qualidade do atendimento aos pacientes.
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Relatora: Mariana Spadini dos Santos (marianass@einstein.br) Núcleo de Pediatria Baseada em Evidências: Eduardo Juan Troster, Ana Claudia Brandão, Adalberto Stape, José Luiz Brant de C. Britto, Kristine Fahl, Marcio Caldeira A. Moreira, Maria Teresa Bechere Fernandes, Mariana Spadini dos Santos, Victor Nudelman
INTRODUÇÃO
A bronquiolite é uma inflamação da mucosa do trato respiratório inferior, geralmente de etiologia viral. O vírus mais freqüentemente envolvido é o vírus sincicial respiratório (VSR), embora muitos outros possam levar a essa condição, como o influenza vírus, metapneumovírus, bocavírus, rinovírus, adenovírus, etc. É a causa mais comum de infecção do trato respiratório inferior em crianças até os dois anos de idade, sendo o principal motivo de internação por causas respiratórias em lactentes. Este texto é uma proposta para a abordagem diagnóstica e terapêutica dos lactentes com bronquiolite. É uma iniciativa do Núcleo de Pediatria Baseada em Evidências, com o intuito de fornecer ao corpo clínico revisões atualizadas da literatura médica sobre os temas mais prevalentes na prática pediátrica. Esperamos contribuir para melhorar ainda mais a qualidade do atendimento prestado aos pacientes desta instituição.
DEFINIÇÕES:
¾ Bronquiolite : Infecção aguda dos bronquíolos, geralmente de etiologia viral, caracterizada por aumento de secreção de muco, edema e necrose do epitélio da mucosa, associada ou não a broncoespasmo, com sintomatologia de obstrução das vias aéreas inferiores.
¾ Lactentes: pacientes com idade entre 0 e 2anos.
DIAGNÓSTICO:
¾ Idade entre 0 e 2 anos ¾ Início agudo de sintomas respiratórios como coriza, tosse, espirros precedidos ou não de febre ¾ Taquipnéia, com ou sem insuficiência respiratória ¾ Sinais clínicos de obstrução das vias aéreas inferiores, como sibilos, expiração prolongada Pontos importantes:
Terapia farmacológica:
¾ Broncodilatadores:
o A maioria dos pacientes não se beneficia do tratamento com broncodilatadores. o Em pacientes com sinais de desconforto respiratório pode ser feito um teste terapêutico, particularmente naqueles com antecedentes pessoais ou familiares de atopia o A epinefrina também pode ser utilizada,devido a sua ação alfa e beta agonista. Seu uso deve ser feito em ambiente hospitalar. o A manutenção dessas medicações só se justifica se houver melhora clínica significativa após 30 minutos da administração da primeira dose. Sugere-se a avaliação de parâmetros objetivos, como freqüência respiratória e saturação de oxigênio o Não há benefício no uso de brometo de ipatrópio em pacientes com bronquiolite
¾ Corticoesteróides:
o O uso de corticoesteróides sistêmicos não é indicado no tratamento rotineiro dos pacientes com bronquiolite o Não há benefício no uso de corticoesteróides por via inalatória na fase aguda do tratamento de pacientes com bronquiolite o Não foi demonstrado benefício a longo prazo no uso de corticoesteróides inalatórios para prevenção de hiperreatividade brônquica pós bronquiolite viral.
¾ Antimicrobianos:
o A ribavirina não deve ser utilizada no tratamento rotineiro dos pacientes com bronquiolite. o A ribavirina pode ser utilizada em pacientes com quadros muito graves ou em portadores de imunodeficiências graves, com bronquiolite causada por vírus sincicial respiratório, mediante confirmação etiológica. o O oseltamivir é liberado para uso em crianças acima de 1 ano de idade, e pode ser utilizado para o tratamento das infecções causadas pelo vírus Influenza em duas situações: Pacientes de alto risco para infecção grave Pacientes saudáveis com quadro clínico grave O benefício do tratamento é maior quanto mais precocemente utilizado. Se iniciado até 12 horas do início dos sintomas, diminui o tempo de duração da
doença em 3 dias. Se iniciado nos primeiros dois dias, diminui a duração em 1 dia. o Antibióticos não devem ser utilizados no tratamento de rotina da bronquiolite, exceto em infecções bacterianas documentadas. A presença de estertores faz parte do quadro clínico, e sua presença não caracteriza pneumonia bacteriana. o A otite média aguda é a complicação bacteriana mais freqüente nos pacientes com bronquiolite, encontrada em cerca de 50% dos pacientes. O tratamento das otites agudas deve seguir a recomendação habitual, independente da presença da bronquiolite.
¾ Antihistamínicos, descongestionantes, antitussígenos não devem ser utilizados em pacientes com bronquiolite
Terapia não farmacológica:
¾ Oxigênio: Pacientes com sinais de insuficiência respiratória devem receber oxigênio a fim de manter a saturação de oxigênio acima de 92%, e o mesmo deve ser retirado gradualmente, até que a saturação esteja consistentemente acima de 94% em ar ambiente
¾ Fisioterapia respiratória o A fisioterapia respiratória por técnicas de vibração e/ou percussão não diminui o tempo de internação nos pacientes com bronquiolite. Os estudos avaliados não incluem pacientes em ventilação pulmonar mecânica, ou admitidos em unidades de terapia intensiva. Alguns guidelines recomendam a aspiração das vias aéreas superiores como uma medida eficaz.
¾ Monitorização: o Pacientes hospitalizados em unidades de terapia intensiva devem ter monitorização cardíaca e respiratória constantes o Pacientes de alto risco hospitalizados devem permanecer com monitorização cardíaca e respiratória constantes o Pacientes internados na enfermaria com quadros moderados devem ser submetidos a reavaliações clínicas freqüentes, bem como a medidas intermitentes da oximetria o A oximetria contínua em pacientes fora das unidades de terapia intensiva aumenta o tempo de internação hospitalar
15 a 23 kg — 45 mg uma vez ao dia - >23 a 40 kg — 60 mg uma vez ao dia - >40 kg — 75 mg uma vez ao dia
¾ Imunoglobulina contra vírus sincicial respiratório – Há evidências que justifiquem seu uso na prevenção de bronquiolite por vírus sincicial respiratório em grupos de alto risco, porém não há indicações precisas na literatura. ¾ Palivizumab: imunoglobulina hiperimune contra o vírus sincicial respiratório Anticorpo monoclonal murino contra o vírus sincicial respiratório. Seu uso não previne a infecção pelo vírus sincicial respiratório, mas evita as formas graves na população de alto risco, para quem há indicação da sua utilização. Seu alto custo limita o uso em larga escala, mas o governo brasileiro disponibiliza esta medicação para as seguintes indicações: o Menores de um ano nascidos prematuros abaixo de 28 semanas o Menores de dois anos de idade portadores de: Cardiopatias congênitas cianóticas Cardiopatias com hipertensão pulmonar grave Cardiopatias com repercussão hemodinâmica (em uso de medicação) Doença pulmonar crônica da prematuridade em uso de terapia medicamentosa nos 6 meses que antecedem a estação de pico (outono e inverno) o A posologia é de 5 doses mensais (a cada 30 dias) de 15mg/kg via intramuscular
PRESENTES AUSENTES
Não/parcial
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