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• A desnutrição pode surgir porque as pessoas não conseguem obter ou preparar alimentos, porque apresentam algum distúrbio que dificulta a ingestão ou absorção de alimentos ou porque possuem uma necessidade de calorias excessivamente alta.
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Aproximadamente um em cada sete idosos que vivem nas suas próprias casas e quase metade dos idosos residentes em lares de terceira idade apresentam desnutrição.
A desnutrição proteico-energética (também conhecida como má nutrição proteico-energética) é uma deficiência grave de proteínas e calorias que surge quando a pessoa não consome proteínas e calorias suficientes durante um longo período.
Distúrbios ou medicamentos que interferem na ingestão, no processamento (metabolismo) ou na absorção de nutrientes Aumento da necessidade de calorias A pessoa pode não ter acesso a alimentos porque não tem condições de pagar por eles, não tem uma maneira de chegar ao supermercado ou tem alguma limitação física que as impede de fazer compras. Em algumas partes do mundo, o abastecimento de alimentos é inadequado devido a guerras, secas, enchentes ou outros fatores. Alguns distúrbios como, por exemplo, distúrbios de má absorção interferem com a absorção de vitaminas e minerais. Uma cirurgia que envolve a retirada de parte do trato digestivo pode ter o mesmo efeito. Alguns distúrbios como, por exemplo, AIDS, câncer ou depressão fazem com que a pessoa perca o apetite e consuma menos alimentos, o que resulta na desnutrição. O uso de determinados fármacos também pode contribuir com a desnutrição. Os medicamentos podem fazer o seguinte: Redução do apetite: Por exemplo, medicamentos usados no tratamento de hipertensão arterial (como diuréticos), insuficiência cardíaca (como digoxina) ou câncer (como cisplatina). Provocam náuseas, diminuindo o apetite Aceleram o metabolismo (como, por exemplo, a tiroxina e a teofilina) e, com isso, aumentam a necessidade de calorias e nutrientes Interferem com a absorção de determinados nutrientes no intestino Além disso, a interrupção de certos medicamentos (como os ansiolíticos e os antipsicóticos) ou o consumo de álcool pode levar à perda de peso. A ingestão excessiva de álcool, que possui calorias, mas baixo valor nutritivo, diminui o apetite. Como o álcool danifica o fígado, pode também interferir na absorção e no uso de nutrientes. O transtorno por uso de álcool pode causar deficiências de magnésio, zinco e algumas vitaminas, incluindo tiamina. O hábito de fumo atenua o paladar e o olfato, tornando o alimento menos atraente. O fumo também parece causar outras alterações no corpo que contribuem para um baixo peso corporal. Por exemplo, o fumo estimula o sistema nervoso simpático, que aumenta o uso de energia do corpo. Alguns problemas de saúde aumentam bastante a necessidade calórica. Elas incluem infecções, ferimentos, glândula tireoide hiperativa (hipertireoidismo), queimaduras extensas e febre prolongada. Nos idosos, vários fatores, incluindo mudanças no corpo relacionadas à idade, atuam juntos para provocar desnutrição (Destaque para Idosos: Desnutrição). TABELA Causas da desnutrição
O sinal mais óbvio de uma deficiência de calorias é a perda de gordura corporal (tecido adiposo). TABELA Como a inanição afeta o corpo Se a inanição durar cerca de 1 mês, uma pessoa perde aproximadamente um quarto do seu peso corporal. Se a inanição continuar por mais tempo, os adultos podem perder metade de seu peso corporal, e as crianças podem perder ainda mais. Os ossos são observados através da pele e esta torna-se fina, seca, pouco elástica, pálida e fria. A gordura do rosto acaba se perdendo, deixando as bochechas fundas e os olhos fundos. O cabelo fica ressecado, fraco e cai com facilidade. O desgaste grave do músculo e do tecido adiposo é chamado de caquexia. A caquexia é considerada resultado de produção excessiva de substâncias chamadas citocinas, que são produzidas pelo sistema imunológico em resposta a um distúrbio, como infecção, câncer ou AIDS. Outros sintomas incluem fadiga, incapacidade de permanecer aquecido, diarreia, perda de apetite, irritabilidade e apatia. Em casos muito graves, a pessoa pode deixar de apresentar resposta (um quadro clínico denominado estupor). As pessoas se sentem fracas e incapazes de fazer atividades normais. Nas mulheres, os períodos menstruais ficam irregulares ou cessam. Se a desnutrição for grave, pode haver retenção de líquido nos braços, nas pernas e no abdômen. O número de alguns tipos de glóbulos brancos diminui, como acontece com os pacientes com AIDS. Por conseguinte, o sistema imunológico fica debilitado, aumentando o risco de infecção. Se a deficiência de calorias continuar durante muito tempo, pode-se desenvolver uma insuficiência hepática, cardíaca e/ou respiratória. A inanição total (quando não se consome nenhum alimento) provoca a morte em 8 a 12 semanas. Crianças que estão gravemente desnutridas podem não crescer normalmente. O desenvolvimento comportamental pode ser acentuadamente lento, e uma incapacidade intelectual leve pode ser desenvolvida, continuando até, pelo menos, a idade escolar. A desnutrição, mesmo quando tratada, pode deixar efeitos a longo prazo nas crianças. Perda de habilidade intelectual e problemas digestivos podem persistir, às vezes por toda a vida. Com o tratamento, a maioria dos adultos se recupera totalmente.
Se os médicos suspeitarem que a causa é um outro distúrbio, outros testes podem ser feitos para ajudar a identificar a causa. Por exemplo, se as pessoas tiverem diarreia grave ou persistente, apesar do tratamento, os médicos podem analisar uma amostra das fezes e verificar se há micro- organismos que podem causar infecção. Os exames, como exames de urina e raio X do tórax, podem ser feitos para procurar infecções. Destaque para Idosos: Desnutrição
A desnutrição em idosos é grave, porque aumenta o risco de fraturas, problemas após cirurgias, úlceras de decúbito e infecções. Se algum desses problemas ocorrer, pode ser mais grave em pessoas com desnutrição. Os idosos correm o risco de ter desnutrição por várias razões. Mudanças no corpo relacionadas à idade: No corpo de um idoso, a produção de e a sensibilidade aos hormônios (como hormônio do crescimento, insulina e androgênios) mudam. Consequentemente, os idosos perdem tecido muscular (um quadro clínico chamado sarcopenia). Desnutrição e redução da atividade física pioram essa perda. Além disso, a perda de tecido muscular relacionada à idade é responsável por muitas das complicações da desnutrição em idosos, como um maior risco de apresentar infecções. Os idosos tendem a se sentir satisfeitos com menos alimentos e apresentam perda de apetite. Dessa forma, eles podem comer menos. Eles também podem comer menos porque, com a idade, a habilidade de sentir o sabor e o cheiro diminuem, reduzindo o prazer de ingerir o alimento. A capacidade de absorver alguns nutrientes é reduzida. Algumas pessoas produzem menos saliva, resultando em problemas dentais e dificuldade para deglutir. Transtornos: Muitos distúrbios que contribuem para a desnutrição são frequentes entre os idosos. A depressão pode provocar perda de apetite. Um derrame ou tremores podem causar dificuldade para mastigar, deglutir ou preparar alimentos. A artrite ou outras deficiências físicas, que reduzem a habilidade de se movimentar, podem dificultar a compra e o preparo de alimentos. Os distúrbios de má absorção interferem na absorção de nutrientes. O câncer pode diminuir o apetite e aumentar a necessidade de calorias do corpo. A demência pode fazer com que as pessoas se esqueçam de comer ou que percam a capacidade de preparar alimentos e, portanto, percam peso. As pessoas com demência avançada não conseguem alimentar-se por si mesmas e podem resistir a receber alimentos dados por outras pessoas. Problemas odontológicos (como dentaduras mal colocadas ou doença da gengiva) podem dificultar a mastigação e, portanto, a
digestão de alimentos. A anorexia nervosa presente por muito tempo pode piorar com um evento na terceira idade, como a morte do(a) parceiro(a) ou medo de envelhecer. Medicamentos: Muitos dos medicamentos usados no tratamento de distúrbios comuns entre os idosos (como depressão, câncer, insuficiência cardíaca e hipertensão arterial) podem contribuir para a desnutrição. Os medicamentos podem aumentar a necessidade de nutrientes do corpo, mudar como o corpo usa os nutrientes ou diminuir o apetite. Alguns medicamentos apresentam efeitos colaterais que interferem na ingestão, como náuseas, diarreia e constipação intestinal. Condições de vida: Os idosos que vivem sozinhos podem estar menos motivados a preparar refeições e ingerir alimentos. Eles podem ter problemas financeiros, forçando-os a comprar alimentos baratos e menos nutritivos ou menos alimentos no geral. Eles podem estar fisicamente incapazes ou com medo de sair para comprar alimentos ou podem não ter um meio de transporte até o supermercado. Os idosos que vivem em instituições apresentem mais obstáculos à nutrição adequada. Eles podem estar confusos e incapazes de dizer quando estão com fome ou o que querem comer. Eles podem não conseguir escolher os alimentos que desejam. Eles podem não conseguir se alimentar sozinhos. Se eles comem devagar, principalmente se precisam ser alimentados por um funcionário da instituição, o funcionário pode não ter ou disponibilizar tempo suficiente para alimentá-los adequadamente. Os idosos que estão hospitalizados às vezes têm os mesmos problemas. Prevenção e tratamento: Pode-se motivar os idosos a comer mais e tornar os alimentos mais atraentes. Por exemplo, pode-se servir alimentos preferidos do idoso ou com sabor mais forte, no lugar de alimentos com baixo teor de sal ou gordura. Os idosos podem estar seguindo dietas especiais (como uma dieta com baixo teor de sal), por causa de alguma doença (como insuficiência renal ou cardíaca). Porém, essas dietas às vezes não são atraentes nem saborosas. Se for esse o caso, as pessoas podem não comer o suficiente. Nesses casos, eles ou os membros de suas famílias devem conversar com o nutricionista ou médico sobre como preparar alimentos com sabor para os idosos e que atendam aos requisitos de suas dietas. Os idosos que precisam de ajuda no supermercado ou para se alimentar devem receber mais atenção. Por exemplo, eles podem precisar de entrega de refeições em suas casas. Ocasionalmente, as pessoas recebem um medicamento para estimular seu apetite (como o dronabinol) ou para aumentar seu tecido muscular (como a
Os nutrientes são administrados por via oral, sempre que possível. Se eles não puderem ser administrados por via oral, os nutrientes podem ser administrados por um dos métodos a seguir: Um tubo inserido no trato digestivo (alimentação por sonda) Um tubo (cateter) inserido na veia (alimentação intravenosa)
A alimentação por sonda (nutrição enteral) pode ser utilizada para alimentar pessoas cujo trato digestivo funciona normalmente se não conseguirem comer o suficiente para atender às suas necessidades nutricionais (como um paciente com queimaduras graves) ou que não conseguem deglutir (como as pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral). Intubação nasogástrica