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Desintoxicação sexual um guia para o jovem solteiro por Tim Challies
Tipologia: Traduções
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 20/08/2020
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Tradução: Gustavo Vilela (capítulos 1 a 4) e Josaías Jr (capítulos 5 e 6) | iPródigo
Este guia foi feito gratuitamente para você. Você é livre para distribuí-lo à vontade no formato eletrônico ou impresso. Você pode baixar o arquivo original em www.challies.com e sua tradução para o português em www.iprodigo.com
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INTRODUÇÃO
ão é fácil ser um jovem rapaz hoje em dia. Talvez nunca tenha sido fácil, mas atualmente os desafios que os jovens que querem se manter santos enfrentam parecem ser mais difíceis do que nunca. Você vive em um tempo em que a cultura parece estar toda entregue ao sexo. Ele está sempre ao seu redor e você mal consegue evitar sua sedução. Aonde quer que você vá, você é encarado pelas tentações e, se você for igual à maioria dos garotos, já começou a ceder a elas. Talvez você tenha acabado de começar a olhar pornografia, talvez você já esteja nisso há vários anos. Talvez você esteja lutando contra a masturbação, desejando não se dar este prazer, mas talvez tenha descoberto que é muito mais difícil parar do que você um dia imaginou. Talvez você tenha descoberto que, mais do que nunca, o sexo está enchendo a sua mente e impactando o seu coração. Esse livreto é especialmente designado para homens jovens – aqueles que ainda não são casados, mas que esperam casar-se no futuro. Talvez você não esteja namorando ou talvez você já tenha encontrado a mulher dos seus sonhos e já esteja perto de casar-se e construir uma vida juntos. Talvez a mulher dos seus sonhos pareça estar ainda muito longe. Não importa sua situação, eu quero usar este pequeno guia para ajudá-lo a descobrir o plano de Deus para o sexo e para a sexualidade. Eu quero ajudá-lo a encontrar as mentiras em que você acreditou sobre o sexo e quero ajudá-lo a substituí-las pela verdade, que vem diretamente de Deus, que criou o sexo para nós.
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“PORNIFICANDO” O LEITO CONJUGAL
u sempre agradeço a Deus por ter crescido nos anos que antecederam a entrada da internet em todas as casas. Não estou certo se eu teria lidado muito bem com isso. Não é que eu seja antigo, mas os meus trinta e três anos significam que eu nasci e cresci em um mundo pré-internet. É difícil quantificar – ou mesmo qualificar – como o mundo mudou desde que a web ligou todos nós juntos nessa estranha e elaborada rede de bits e bytes. Há dificilmente uma área da vida que permanece intocada por ela. Nós não temos aquele mesmo velho mundo mais a Internet. Temos um mundo totalmente novo. Mesmo as coisas de carne e osso, como o sexo foram radicalmente alteradas neste mundo digital. Adolescentes nos anos 90 (quando eu estava crescendo) não eram muito diferentes das adolescentes de hoje. Queríamos as mesmas coisas, apenas tínhamos que batalhar um pouco mais para obter algumas delas. Se quiséssemos ver pornografia (e nós queríamos, é claro), o processo geralmente envolvia pelo menos duas crianças que trabalhavam em conjunto, uma das quais distraía um comerciante, enquanto o outro iria tentar roubar uma revista da prateleira na parte de trás da loja. Ela teria que pegar uma revista
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da prateleira, escondê-la dentro das calças e sair da loja sem ser notado. Era perigoso, envolvia altos riscos. Se desse errado, poderia facilmente envolver um encontro realmente desagradável entre seus pais e a polícia. Os tempos mudaram. Hoje, como você sabe, um cara só precisa ligar o seu computador e, em dois ou três cliques do mouse, ele pode ter acesso ilimitado a quantidades ilimitadas de pornografia. Hoje é realmente muito mais difícil evitar a pornografia do que encontrá-la. Seria literalmente impossível uma pessoa assistir a toda pornografia que está sendo criada hoje. Não haveria bastantes horas no dia ou dias no ano. Nem perto disso. Nem preciso dizer que os adolescentes – meninos, em particular, – são rápidos para aproveitar essa festa pornográfica. Mesmo meninos pré-adolescentes estão sendo atraídos para o mundo da pornografia. Desde o primeiro despertar da sexualidade de um menino, ele está sendo inundados com imagens pornográficas. Estas não são simples imagens de mulheres nuas como seria duas gerações atrás, mas são imagens muito fortes, que muitas vezes mostram o que é vil e degradante. A sexualidade de uma geração inteira de crianças está sendo formada não por conversas com seus pais, não pelo tipo de livro que me foi dado quando jovem,
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mais do que prostitutas. No best-seller SuperFreakonomics , Steven Levitt e Stephen Dubner gastam quase um capítulo inteiro investigando a economia da prostituição. Fazem muitas observações interessantes, uma das quais se baseia em comparações dos preços relativos entre os atos sexuais no passado e atos sexuais hoje. Parece que a natureza tabu de certos atos sempre trouxe consigo certo bônus. “Tabu” é um alvo em movimento. O que era proibido no passado e, portanto, era caro, é hoje tão popular que o preço caiu substancialmente. Algo que foi o ato mais caro está hoje entre os menos caros. Atos que antes eram tabu devido à sua natureza extremamente íntima ou vulgar e degradante são aceitos como legítimas formas de expressão sexual em qualquer relacionamento. O que por qualquer outro padrão seria considerado “normal” é agora muito indesejável, muito chato. Portanto, foi substituído pelo que é invasor e degradante. Pornografia é inerentemente violenta, intrinsecamente desamor. É uma perversão da sexualidade, não uma verdadeira forma dela, e algo que ensina a violência e degradação em detrimento do prazer mútuo e intimidade. É sobre conquistas. É o oposto da intenção de Deus para o sexo. A pornografia desvincula o amor do sexo, deixando o sexo como a satisfação imediata dos desejos mais básicos. Ela vive além das regras e da ética e da moralidade. Ela existe muito além do amor. E ainda inúmeros jovens, mesmo jovens cristãos, estão vindo para o casamento trazendo consigo toda essa bagagem pornográfica. Depois de ter visto milhares de atos sexuais num cenário pornográfico, eles pesam sobre suas esposas a
expectativa de ter uma atriz pornô. O jovem marido supõe ou demanda que sua mulher esteja disposta a fazer qualquer coisa, e que ela vai fazer tudo isso com a devida alegria e encorajamento, e que ela será tão disposta e desejosa e qualificada como as mulheres que ele viu numa tela. Minha grande preocupação com os jovens de hoje (que é realmente mais uma preocupação para as mulheres que serão em breve as suas jovens esposas) é que talvez inadvertidamente, ou talvez intencionalmente, pornifiquem o leito conjugal. Eles podem trazer impureza ao puro, egoísmo ao altruísmo. Tendo-se entregue à pornografia, tiveram toda a sua percepção da sexualidade alterada, moldada por pornografia profissional. Eles poderão em breve impor sobre suas jovens noivas a expectativa impossível de uma estrela pornô. Com a grande maioria dos jovens tendo sido expostos à pornografia (pelo menos 90% de acordo com estudos recentes), e com uma grande percentagem deles tendo sido viciados nela, e com muitos a apreciá-la mesmo depois que entram no casamento, eles precisam ter sua compreensão e suas expectativas redefinidas de acordo com Aquele que criou o sexo. Quando uma pessoa se torna viciada em drogas, ela tem que passar por um processo chamado de desintoxicação. No processo de desintoxicação o corpo da pessoa é limpo da droga de que se tornou dependente. É um processo difícil em que se abandona as velhas realidades e se abraça um novo padrão. Muitos jovens precisam de uma espécie de desintoxicação sexual antes que eles estejam preparados para ser o tipo de marido puro, amoroso,
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atencioso, sacrificial que Deus os chama a ser. Neste livrinho curto, voltado especificamente para jovens que são solteiros, ou noivos, ou à procura de encontrar essa mulher especial, no futuro próximo, espero poder ajudá-los a reorientar a
sua compreensão do sexo, tanto no quadro geral quanto no ato em si, de acordo com o plano de Deus para este grande dom. Eu vou ajudá-lo a se desintoxicar de todo o lixo que você viu, de todas as mentiras em que você acreditou.
Perguntas e respostas
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aparecer novamente com toda a sua feiúra. Talvez seja num momento em que sua esposa viaje por alguns dias, ou quando você viajar e encontrar-se sozinho em um quarto de hotel em uma cidade estranha. Talvez seja após o nascimento de seu primeiro bebê, quando há aquele tempo de espera em que, durante várias semanas, não se pode ter relações sexuais. Mas é muito provável que o pecado vá voltar para ferir você e sua esposa. Você precisa matar o pecado! Você não pode simplesmente pôr uma máscara sobre ele, encobri-lo, e achar que está lidando com o problema. É como aquelas pessoas de que você ouve falar no jornal, que matam alguém e guardam o corpo em uma parede ou colocam em uma caixa no porão. Quem é burro o suficiente para pensar que isso realmente funciona? O corpo vai começar a feder e mais cedo ou mais tarde todos irão perceber que algo está morto e apodrecendo. É assim com o pecado. Você pode encaixotá-lo para se parecer com algo legítimo, você pode colocar a caixa no porão e cobri- lo, mas, mais cedo ou mais tarde, a caixa e a morte que ela contém vão feder. Você não vai enganar ninguém, muito menos aquele que vê as profundezas do coração. “O inferno e o abismo estão abertos perante o Senhor, quanto mais os corações dos filhos dos homens!” (Provérbios 15:11). Não ignore o seu pecado!
Se você quiser ser um marido bom e piedoso algum dia, se você quiser ser capaz de tratar a sua esposa do jeito que ela merece ser tratada, você precisa parar de ver pornografia agora mesmo. Neste instante. Hoje. E então você precisa reformular a sua compreensão do sexo, substituindo as distorções pela verdade pura. “Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria pois por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência;” (Colossenses 3:5,6). Mas você já sabe que precisa parar. Não existem muitos homens cristãos por aí que estejam à procura de pornografia e que não saibam que precisam parar. O problema não é com o conhecimento, é com vontade e capacidade. Todo homem cristão que vê pornografia quer parar, mas muitos deles querem parar um pouco menos do que eles querem continuar. E assim o pecado prevalece. A única maneira de você parar é começar a ver a natureza monstruosa do pecado que você está cometendo. Você só vai parar quando o pecado for mais terrível para você do que agradável ao praticá-lo. Você terá que odiar o pecado antes que você se veja liberto dele. Obviamente a pornografia é um pecado que é, em primeiro lugar, contra Deus. Deus odeia a pornografia como ele odeia qualquer distorção de suas boas dádivas. Você sabe que isto já foi dito inumeráveis vezes. Neste livreto estou tentando mostrar-lhe alguns dos efeitos secundários da
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Tempo e experiência me faltariam para traçar um plano para derrotar a pornografia neste livreto. Você pode encontrar todos os tipos de informações online e em bons livros. Veja no fim desse livreto alguns recursos recomendados que te ajudarão. Mas, por melhores que os recursos possam ser, eu não recomendo começar em nenhum deles. Se você verdadeiramente quer superar a pornografia, procure o seu pastor. Não sei se há um só pastor na América que não esteja ajudando alguém a lutar contra a pornografia.
pornografia e, principalmente, o fato de que a pornografia reformula sua compreensão de sexo, de masculinidade, de feminilidade. Quero que você tenha ódio e medo disto como você deveria ter do pecado em si. Eu quero que você saiba que você não pode ser um marido amoroso, um marido eficaz, um homem temente a Deus, enquanto sua mente está cheia com as mentiras da pornografia. Você necessita se libertar e precisa de desintoxicação. Deus está infinitamente mais disposto a lidar com o seu pecado do que você está a cometer o pecado. Você pode até amar este pecado e estar comprometido com ele, mas se você é um Cristão, Deus está mais disposto do que você a superá-lo e destruí-lo. Ele concederá graça para você colocar o pecado à morte. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9).
Entenda a sua vontade de falar com alguém sobre o seu problema como um sinal de que você está, na realidade, finalmente, disposto a lidar com ele. A igreja local é o contexto ideal para combater esse tipo de pecado, uma vez que lá se encontra a autoridade e o apoio para ajudá-lo a lutar e, finalmente, para ajudá-lo a vencer. Se você quiser vencer a pornografia, verdadeiramente superá-la, você estará disposto humilhar-se e falar com alguém sobre isso. Embora Deus possa, ocasionalmente simplesmente remover o desejo de uma pessoa por pornografia, é muito mais provável que seja um longo e difícil processo. Ver o quão profundo este pecado foi e assim, lentamente tratar a infecção. Eu sei que há algumas pessoas que não têm este tipo de acesso aos seus pastores, o tipo que você pode dizer: “Preciso de ajuda!” Se esse for o caso, encontre um homem cristão maduro de confiança (certifique-se que ele preenche todos os quatro qualificadores), a quem você possa falar. Não fale com o seu amigo de dezoito anos de idade e faça algum acordo de responsabilidade com ele. É pouco provável que isso ajude. Recorra a um homem cristão a quem você ama e respeita e diga-lhe com o que você está lidando. Isso vai ser humilde e humilhante em todas as melhores formas. Mas garanto que ele vai simpatizar com você e estará tanto disposto quanto ansioso para ajudá-lo a lutar e vencer este pecado.
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Perguntas e respostas
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UMA TEOLOGIA DO SEXO
que Deus criou primeiro: a fome ou a comida? Deus fez o homem ter fome e depois inventou o alimento para saciar a necessidade? Ou será que Deus primeiro inventou os alimentos e, em seguida, deu ao homem um apetite que o motivasse a buscar esse bom presente de Deus? Enquanto nós geralmente criamos uma necessidade para depois conseguir satisfazê-la, Deus tem um fim antes mesmo do início. Ele cria bons presentes e, só depois, cria uma necessidade para eles. Ele não cria uma necessidade para a qual não haja preenchimento. O tema deste capítulo é, simplesmente, sexo, e quero oferecer uma breve teologia do sexo e do desejo sexual. Quero ajudá- lo a ver por que Deus criou o sexo, por que ele criou o desejo sexual, e por que ele distribuiu o desejo sexual em medida desigual.
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Deus nos dá o sexo porque ele tem um poder ímpar de conduzir um marido à sua esposa e uma mulher ao seu marido. Ele sabe disso porque ele inventou isso! Ele o fez de um modo que o sexo é muito mais do que a soma de suas partes. Poderíamos descrever o sexo apenas em termos de partes do corpo e hormônios, mas nunca chegaríamos nem perto de entender o
que ele é. É como tentar descrever um bolo só em termos dos seus ingredientes – farinha, leite, ovos (ou, se fôssemos descrever a Ceia do Senhor, fazendo referência apenas a comer pão e beber vinho). Sexo vai muito além do aspecto meramente físico. Ao contrário, estende-se para o emocional e espiritual. É através da união sexual que duas pessoas são feitos uma só. É um mistério que só pode ser comparado, em termos de impacto, com a união de Deus ao seu povo, como somos enxertados nele. Deus deu-nos algo extraordinariamente poderoso e foi sábio em colocar limites rigorosos sobre isso. Ele tem todo o direito de fazê-lo porque ele é quem criou o sexo e criou sua função. Sexo, então, é para ser compartilhado apenas entre um marido e sua esposa, e não pode ser estendido para outros, quer antes do casamento, quer durante o casamento (Mateus 5:27,28). O sexo não deve ser despertado até a hora certa (Cantares 8:4). Sexo é para ser praticado regularmente, durante um casamento (1 Coríntios 7:1-5). Tais limites não são destinados para inibir a liberdade, mas para aumentar a liberdade. Quando usamos este dom como Deus o quer, ganhamos grande alegria e liberdade nele. Quando utilizamos o dom de forma errada, acabamos sofrendo por tal abuso.
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comer isso tudo. Quando se trata de sexo, porém, o apetite excede em muito a sua finalidade biológica. Se o apetite sexual correspondesse à sua função biológica, a pessoa só teria desejo sexual algumas vezes na vida, ou então ela teria milhares de filhos. Será que isso não nos ensina que Deus deseja que façamos sexo por motivos além da procriação? A única outra alternativa é que esse apetite é um produto do pecado e deve ser suprimido. Mas não, isso não pode ser. A Bíblia é clara em legitimar o desejo sexual. O desejo dentro do casamento e o desejo pelo seu próprio cônjuge são legítimos diante de Deus. Deus dá desejo sexual ao homem, um apetite sexual, porque quer que ele tenha relações sexuais com a sua esposa. Será que não pode ser simples assim? E mais, Ele dá um apetite forte que supera qualquer tipo de finalidade biológica, porque ele quer que o casal a faça muito sexo. Afinal, a única admoestação na Escritura quanto à freqüência do sexo no casamento é permitir apenas uma breve pausa, com um objetivo bem definido e, mesmo assim, apenas para o motivo específico de dedicar tempo à oração (ver outra vez 1 Coríntios 7), e ainda, mesmo assim, só se ambos estiverem de acordo. Na verdade, a Bíblia vai tão longe a ponto de dizer que o corpo da mulher pertence ao marido, que ele tem autoridade sobre o corpo dela. E que o corpo do marido pertence à sua esposa, ela tem autoridade sobre o corpo dele. O princípio dominante é que maridos e mulheres devem ter relações sexuais com freqüência e não recusar um ao outro este dom especial.
Sexo é uma parte integrante da relação de marido e mulher de tal forma que Deus deu o desejo de participar disso, de apreciar esse relacionamento. Este desejo sexual motiva o homem a buscar uma esposa e se casar com ela para assim, juntos, eles poderem desfrutar do sexo. Este desejo motiva o homem a continuar buscando sua esposa, mesmo depois de estarem casados. Sem este desejo, sem este apetite, seria muito mais fácil para nós evitarmos cumprimento do dever dado por Deus de ter relações sexuais (e muitas) e, por meio delas, a experiência da intimidade e da unidade (e muita). Então Deus dá o desejo que se destina a ser cumprido apenas dessa forma. Se nós não experimentarmos as dores da fome nós podemos não comer. Se nós parássemos de comer, nosso organismo iria parar e nós morreríamos. Se nós não sentíssemos desejo sexual poderíamos não ter relações sexuais. E se deixássemos de ter sexo, nosso casamento iria sofrer e morrer. Desejo sexual, então, é um dom de Deus dado não para atormentar, mas para motivar a obediência. Quando um jovem inevitavelmente sente o desejo sexual não é um convite à pornografia e masturbação, mas uma cutucada em direção ao casamento.
No entanto, o desejo sexual, o apetite para o sexo, não é dado em igual medida. Ele é geralmente dado em maior parte para os homens. Por quê? A resposta, eu estou convencido, vai direto ao coração do relacionamento marido- mulher. Deus ordena que os homens, maridos,
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sejam líderes. Os homens têm o papel de liderança, enquanto as mulheres têm o de seguir. Deus quer que os homens tomem a liderança, mesmo no sexo e, portanto, ele dá aos homens um maior desejo sexual. Desta forma, os homens podem guiar suas esposas, tomar a iniciativa, tendo o cuidado de amar suas esposas de tal forma que elas desejem ter relações sexuais com seus maridos. De modo geral, o homem encontra intimidade e aceitação através de sexo, enquanto a mulher precisa experimentar intimidade e aceitação antes que ela possa estar preparada para desfrutar o sexo. E assim Deus dá ao homem um apetite sexual tal que ele possa, por sua vez, fornecer para sua esposa necessidades antes que ela providencie para ele. Seu apetite sexual não pode ser separado de sua liderança. Se a mulher estivesse na liderança a este respeito, se ela sempre fosse a instigadora sexual, seria muito menos provável que o marido buscaria sua esposa e procuraria atender suas necessidades exclusivas. Você vê o quanto isso é bonito? O marido tem um desejo que somente sua esposa pode satisfazer, um desejo por sua esposa. Portanto, ele assume a liderança na busca de satisfazer esse desejo. Ele faz isso ao encontro dos desejos de sua esposa que, por sua vez, leva ela a apreciar e, finalmente, satisfazer seus desejos. E então, nesse ato de consumação, Deus concede a graça que ultrapassa a mera união de carne e osso. Enquanto o marido lidera, a esposa é chamada por Deus a submeter-se à liderança de seu marido, mesmo no leito conjugal. Como em
outras áreas da vida, ela é chamada a desafiar tal liderança somente se as exigências do marido violarem a sua consciência ou a lei de Deus. Podemos ver isso como uma responsabilidade da mulher, mas também temos de ver isso como uma responsabilidade particular do marido. Ele deve liderar de tal maneira que sua esposa não tenha nenhuma razão para recusá-lo. Ele deve ser sensível às suas necessidades e desejos. Ele deve reconhecer os momentos em que, por uma razão ou outra, seria muito difícil para ela doar- se a ele. Ele não deve tentar conduzi-la a atos que iriam deixá-la desconfortável ou fazê-la sentir-se violentada. Ele precisa exemplificar a liderança como um servo mesmo ali no quarto. Seus pensamentos devem ser primeiro a favor dela. O marido pode ter, às vezes, tendência de ser um tirano no quarto, abusando de sua liderança por dominação ou abdicação. Ele nunca deve fazer isso. Se Adão e Eva gozavam sexo antes de sua queda em pecado (eu tenho a impressão de que a Queda aconteceu pouco tempo depois da Criação, mas creio que houve algum tempo entre os dois eventos, portanto, eles devem ter gozado do sexo perfeito por um pouco.) não deve ter havido uma só ocasião em que Eva recusou Adão porque nunca houve uma época em que ele não esteve pensando primeiro nela. Que razão teria ela para recusar? Mas depois que pecou, quando Adão parou de pensar em primeiro lugar em Eva e quando ela começou a se rebelar contra sua liderança, foi aí que o sexo tornou-se uma luta. E continua a ser uma luta hoje. Eu sei que a maioria dos maridos e
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Perguntas e respostas
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SEXO EGOCÊNTRICO
m minha infância, ouvia muitos boatos sobre os efeitos físicos da masturbação. Ouvi falar de casos em que pessoas perderam todo o cabelo, ou que crescia cabelo em suas mãos, outras que ficaram cegas e outras, ainda pior, que ficaram loucas por causa da prática da masturbação. Contudo, como disse James Dobson, “Se a masturbação realmente causasse [esses efeitos], toda a população masculina e metade da população feminina seria cega, fraca, estúpida e doente. Entre 95 e 98 por cento dos garotos a praticam – e pode ser que o resto esteja mentindo.” Meus pais certamente nunca me disseram essas mentiras, tampouco meus professores ou líderes de juventude na igreja. Essas histórias, no entanto, eram passadas de menino para menino no parquinho, normalmente muito antes de qualquer um de nós ter pensado seriamente sobre a sexualidade. Nem sabíamos o que isso era e nem quais eram suas terríveis consequências. Embora esses rumores não tenham fundamento, eles continuam a ser passados de garoto para garoto, simplesmente porque masturbação é um tema que gera culpa e vergonha. Esses boatos incentivam o medo de que a pessoa seja descoberta, de que a sua vergonha seja exposta. Não há nenhuma razão física para
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negar a si mesmo esse prazer sexual. Como Joshua Harris escreve no livro Sexo não é problema (Lascívia, Sim), “a masturbação não é um hábito imundo que deixa as pessoas sujas. Ele só revela a sujeira que já está em nossos corações.” O ato físico da masturbação simplesmente aponta para um profundo problema dentro de nós. Embora este ato não seja sujo e não torne uma pessoa suja, pode, no entanto, ser ainda um grande prejuízo mental e espiritual, enquanto garotos lutam com sentimentos de culpa, remorso e vergonha por causa de seus hábitos. Para algumas pessoas, esta pode ser uma razão convincente para evitar sua prática, mas para muitos não é. Para muitos de nós, a culpa não é motivação suficiente para limitar nossos comportamentos pecaminosos.
A razão mais comumente dada por que as pessoas não devem se masturbar é que polui a mente. A satisfação sexual não é apenas um ato físico, mas um ato que envolve a mente. O ato em si traz muito menos culpa do que a imaginação que o acompanha – as imagens da mente – que são uma parte inevitável da experiência. Essas fantasias correm desenfreadas durante atos de masturbação. Este tipo de fantasia pode