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Propõe-se uma reflexão sobre como a associação pela aplicação dos conceitos ergonômicos aliados à tecnologia adequada e medidas para melhoria na qualidade de vida no trabalho, reduzem os efeitos do estresse profissional, o surgimento de doenças e afastamentos do trabalho, melhorando o clima das relações organizacionais e aumentando a produtividade.
Tipologia: Exercícios
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Propõe-se uma reflexão sobre como a associação pela aplicação dos conceitos ergonômicos aliados à tecnologia adequada e medidas para melhoria na qualidade de vida no trabalho, reduzem os efeitos do estresse profissional, o surgimento de doenças e afastamentos do trabalho, melhorando o clima das relações organizacionais e aumentando a produtividade. Reflete-se sobre as vantagens obtidas pela utilização destas ferramentas no dia-a- dia das empresas, contribuindo para o crescimento e revertendo a perda de tempo pelos retrabalhos, pelo desperdício e principalmente o desgaste do elemento humano.Este trabalho foi desenvolvido através de Pesquisa Bibliográfica e Entrevistas com profissionais de Ergonomia, Segurança no Trabalho e Análise de Sistemas.Na tentativa de vencerem à competições acirradas, pressões freqüentes, as empresas incorrem em formas incorretas de trabalho. Observa-se também, o despreparo de grande parte destas organizações face ao crescimento globalizado, impactando desfavoravelmente, no clima organizacional e conseqüentemente, nos processos produtivos e resultados. Palavras-Chave: Ergonomia, Tecnologia, Qualidade de Vida no Trabalho.
reflection is considered on as the association for the application of the ergonomic concepts allies to
effect of professional stress, the sprouting of illnesses and removals of the work, improving the climate of the organizations relations and increasing the productivity. It is reflected on the advantages gotten for the use of these tools in day-by-day of the companies, contributing for the growth and reverting the loss of time for the re-works, wastefulness and mainly the consuming of the human element. This work was developed through Bibliographical Research and Interviews with professionals of Ergonomics, Security in the Work and Analysis of Systems. In the attempt to be successful to the incited competitions, frequent pressures, the companies incur into incorrect forms of work. It is also observed, the unpreparedness of great part of these organizations face to the globalization growth, causing unfavorable impact, in the organizational climate and consequently, in the productive processes and results. Key Words: Ergonomics, Technology, quality of life in the work.
GLÁUCIA APARECIDA PRATES Doutora em Engenharia de Produção pela UFSC. Mestra em Engenharia Florestal pela UFPR. MBA Business Strategy. Engenheira Florestal. Professora da Faculdades Bandeirantes. E-mail: gprates@hotmail.com
Face às grandes mudanças na economia global, observa-se dia-a-dia, o reflexo imediato sobre o mercado empresarial e as relações de emprego.
A competitividade acirrada, a necessidade de um bom posicionamento no mercado, tem levado as organizações investirem em tecnologia e colaboradores (funcionários) qualificados.
Nessa busca pela melhoria contínua, nem sempre munem-se de recursos adequados para os processos produtivos, gerando na grande maioria das vezes perda de tempo, desperdício e principalmente um desgaste do elemento humano.
O ambiente de trabalho deve favorecer o bom desempenho das atividades dos colaboradores, pois, refletirá diretamente na produtividade dos mesmos e consequentemente na lucratividade da empresa.
O conhecimento de técnicas ergonômicas e sua filosofia para adaptar o trabalho ao homem, têm gerado grandes benefícios a funcionários e às organizações.
Esta adequação permite reduções nos custos e vão desde: diminuição nos afastamentos do trabalho por doenças do esforço repetitivo às melhorias ambientais que atingem diretamente a produtividade organizacional.
Discorre-se a seguir, também, sobre o emprego da tecnologia adequada às necessidades da organização, levando-as à obtenção de informações e do material que necessitam mais rápida e eficazmente, diminuindo a perda de tempo e retrabalhos, fator que melhora sensivelmente os resultados da empresa.
Num último momento, enfoca-se o conhecimento com mais atenção sobre as medidas que melhoram a qualidade de vida no trabalho, direcionando os resultados para um amento no nível de satisfação do trabalhador dentro da organização, engajando-o favoravelmente nos processos produtivos, conseqüentemente elevando o nível de qualidade na produção.
Em âmbito geral, busca-se envolver as empresas e gestores num processo de contínuo
aprendizado e aperfeiçoamento, munindo-os de ferramentas que as auxiliarão à atingirem seus objetivos e metas, beneficiando o clima organizacional, seus resultados financeiros, a imagem da organização no mercado e sua equipe de trabalho mais saudável e satisfeita.
Várias empresas, ainda nos dias de hoje, têm g r a n d e s p r e j u í z o s s i m p l e s m e n t e p o r desconhecimento de tais informações.
O objetivo deste trabalho é estudar a aplicabilidade dos conceitos e técnicas: ergonômicos, tecnológicos e qualidade de vida no trabalho nas empresas, visando a melhoria no clima organizacional e na produtividade.
Como objetivo específico pretende-se refletir sobre como a aplicação dos conceitos ergonômicos aliada ao emprego de uma tecnologia adequada, com interfaces amigáveis e medidas para melhoria na qualidade de vida no trabalho, reduzem os efeitos do estresse profissional e o surgimento de doenças e afastamentos do trabalho, tornando as empresas mais produtivas, bem como melhorando sensivelmente o clima das relações organizacionais.
2 - METODOLOGIA
O presente trabalho foi desenvolvido através de: Pesquisa Bibliográfica e Entrevistas com profissionais de Ergonomia, Segurança no Trabalho e Análise de Sistemas. No item Resultados encontra- se o Quadro de Abordagens - I que em linhas gerais, demonstra palavras-chaves relativas aos aspectos discutidos com os profissionais, quanto às respostas da entrevistas também constam neste item com as devidas apreciações, em Quadro Comparativo - II e o questionário modelo foi inserido no item Apêndice, no Quadro explicativo - III. As respostas coletadas nas foram tabuladas, bem como a análise das mesmas. O tempo empregado com cada profissional para a entrevista, girou em torno de 30 minutos.
As entrevistas foram feitas pessoal e individualmente, com 3 profissionais que atuam nas áreas pesquisadas há cerca de pelo menos 10 anos, sendo um profissional da área de Engenharia de Segurança no Trabalho, que atualmente exerce as funções respectivas ao cargo em uma Universidade conceituada na região de Ribeirão Preto, um Fisioterapêuta, Mestre em Fisiologia, atuando
das condições de trabalho dos ambientes desfavoráveis e tensos, pesando sobre as habilidades dos operadores; como conseqüências pode-se citar acidentes freqüentemente fatais e no mínimo muitos erros, como extensão da fadiga e más condições.
Na fase Pós-Guerra o Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, investe no apoio à pesquisa para melhoria da Produtividade e de Condições de Vida adequadas à população em geral. O chamado “Human Factors”, como tratam a Ergonomia, passa a ser aplicado também pela indústria Não-Bélica. A partir da a Ergonomia difunde-se pelo mundo todo.
3. 1. 3 - C L A S S I F I C A Ç Ã O P O R ABORDAGEM
a) Análise de Sistemas- onde há o enfoque na preocupação com a equipe de trabalho, utilizando determinada máquina, em aspectos generalistas, quais sejam a distribuição das tarefas entre o homem e a máquina, observando custos, confiança, etc., até a fase de composição de postos de trabalho.
b) Análise de Postos de Trabalho – Trata da parte do Sistema onde o trabalhador atua, analisando questões como: tipo de tarefa, postura, movimentos, suas exigências físicas e psicológicas. Ex: A interação Homem, Máquina e Ambiente deve ser harmônica.
3. 1. 4 - C L A S S I F I C A Ç Ã O P O R CONTRIBUIÇÃO
Neste item é tratada a classificação pela ocasião em que é feita a análise ergonômica:
· Ergonomia de Concepção - Ocorre na fase inicial do projeto do produto, máquina ou ambiente. Esta fase permite amplas alternativas. Exige conhecimento e experiência, por decisões feitas sobre hipóteses. Busca-se a melhoria nos modelos existentes ou criados tridimensionalmente (mock ups), simulador de papelão com baixo custo.
· Ergonomia de Correção - Aplicada em situações reais para solucionar questões de segurança e fadiga excessiva, doenças do trabalhador, quantidade e qualidade na produção. Determinadas medidas podem ter baixo custo e
relativa facilidade, podendo exemplificar-se com mudanças de postura, colocação de dispositivos de segurança e aumento na iluminação, outras já podem ser mais complexas e de custo mais elevado como redução na carga mental ou de ruídos e substituição de máquinas inadequadas.
· Ergonomia de Conscientização- muitas vezes os problemas solucionam-se na fase de concepção e correção. Sendo um organismo vivo, os sistemas e os postos de trabalho, podem sofre mudanças constantes, desgastes naturais de maquinários, tipos novos de produtos, os quais exigirão novos treinamentos, noções de risco, onde o trabalhador deverá saber como agir.
3.1.5 - ERGONOMIA NO SETOR DE SERVIÇOS
A ergonomia tem levado às empresas a ganharem com aumento na produtividade e na qualidade de vida no trabalho.
A seguir, para melhor ilustrar as vantagens do emprego dos conceitos e técnicas ergonômicas, juntamente com a tecnologia adequada a cada segmento profissional, cita-se o caso da Volkswagen, conforme Xavier (2001), que no ano de 2001, implementou seus processos de produção, utilizando-se das mesmas propostas enfocadas neste estudo, obtendo excelentes resultados no aumento da produtividade e na qualidade vida no trabalho.
No ano de 2001 a Volkswagen, considerada a maior empresa privada do Brasil, investiu cerca de 150 milhões em avançados sistemas, equipamentos com tecnologia de ponta e conceitos e técnicas ergonômicas, reformulando as operações realizadas na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, tornando esta a fábrica mais moderna do grupo Volkswagen no mundo, em metodologia.
Optou-se por estas inovações após estudos feitos pelo setor de Segurança do Trabalho da Montadora. Através da instalação de novos equipamentos, como por exemplo:
· Na linha Pólo em termos de tecnologia houve grande redução na poluição ambiental sonora e gasosa, pois, os ruídos caíram de 84 para 78 decibéis e não produzem mais gases, simplesmente pela substituição de empilhadeiras e transportadores de peças, os quais agora são movidos à eletricidade.
· Parafusadeiras eletrônicas
· Transportadores de carroceriais com sistemas eletrônicos
· Monitoramento por equipamento óptico de segurança, no funcionamento das máquinas, para dar maior segurança aos funcionários nas áreas de risco.
· Com relação a ergonomia - sua maior parte agora é feita sobre esteira rolante, evitando o deslocamento do funcionário ao longo da linha, bem como o uso dos “elefantes” (transportadoras de carrocerias), regulam e adequam à altura do posto de trabalho à altura do funcionário da operação.
· Alteração do todo sistema de iluminação em todas as áreas de produção, buscando maior uso da luz natural.
· Placas sinalizadoras em todas as áreas, utilizando linguagem simbólica, eliminando barreiras de idioma e proporcionando à funcionários e visitantes maiores informações e maior segurança.
Segundo Xavier (2001), a Volkswagen é um dos exemplos mais avançados em aplicabilidade dos conceitos de alta tecnologia na produção em alta escala, com qualidade e custos compatíveis. Estes resultados são garantidos não só pela preocupação na escolha da mão-de-obra, mas pelo investimento nas condições ambientais do trabalho. A Volkswagen faturou 10,2 bilhões, em 2001 no Brasil, estando neste país desde 1953, onde mantém 05 fábricas e emprega 26 mil pessoas.
4 - UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA
Trata-se em seqüência, sobre a importância da empregabilidade nas organizações, finalidade, conhecimento e mudanças.
O emprego da tecnologia nas organizações empresariais é de suma importância para o seu êxito no mercado globalizado, o sucesso destas está intimamente ligado à sua capacidade de operar globalmente, tratam-se dos sistemas, maquinários e informação.
Em linhas gerais as organizações estão passando por um processo de transformação, abandonando a estrutura centralizadora e
caminhando para a estrutura horizontal descentralizada, composta por grupos flexíveis de generalistas que trabalham com informações atualizadas, levando ao mercado produtos e serviços direcionados às moldados de acordo com as expectativas dos segmentos que buscam atingir.
Neste contexto interligam-se os recursos tecnológicos para armazenagem, tratamento e recuperação de dados, os quais serão processados tornando-se informações úteis à sociedade.
Sob a nova estrutura organizacional observa-se as seguintes vantagens:
· Melhor comunicação entre o topo organizacional e os níveis mais baixos,
· Delegando-se maiores responsabilidades ao nível operacional, gerando maior autonomia e fluência de boas idéias e do conhecimento em forma de informações.
· Eliminação dos ruídos na comunicação oriundos da filtragem que era feita pela gerência intermediária, com relação à análise de problemas e solução dos mesmos, e aproveitamento de novas idéias.
· Surgimento de grupos de trabalho integrados e autogerenciáveis, com objetivos comuns (PIMENTEL & PRATES, 2002).
Segundo Laudon (1999) a tecnologia deve ser implantada com o fim de atender às necessidades específicas de cada organização. Diversas mudanças são necessárias durante a implantação e pós-implantação dos sistemas, e conseqüentemente uma grande necessidade de retreinamento do pessoal que irá operá-lo, a fim que seja útil e bem sucedido.
A utilização e aplicabilidade dos sistemas são de uma amplitude muitas vezes inimaginável, a b r a n g e n d o t e c n o l o g i a s , p r o c e d i m e n t o s organizacionais, práticas e políticas que geram informação, assim como as pessoas que trabalham com essa informação.
O conhecimento dos sistemas de informação consiste em:
· Um conhecimento e uma habilidade prática com tecnologias de informação
programas desenvolvidos pelas empresas:
· Ginástica Laboral e empresarial
· Saúde bucal, ocupacional e assistência médica.
· Campanha anti-stress / Ações Sociais
· Programa Anti-tabagismo
6 - RESULTADOS E DISCUSSÕES
Inicialmente, será apresentada para obtenção de uma visão ampla e geral um quadro com palavras chaves sobre os aspectos abordados nas entrevistas com os profissionais de Fisioterapia, Análise de sistemas e Engenharia de Segurança do Trabalho, denominado Quadro de Abordagens – I.
Posteriormente, será feita a análise detalhada das 12 questões constantes nas entrevistas e pré-apresentadas no Quadro 1, cujas respostas poderão ser apreciadas na íntegra conforme tabulação constante no Quadro 2.
Em análise ao parecer dos profissionais entrevistados nota-se que para o Analista de Sistemas e para o Fisioterapeuta o que pesa na escolha de uma nova tecnologia é a Viabilidade
Técnica, no entanto, para o Engenheiro de Segurança é a Ergonomia.
Nas empresas em que foram adotados sistemas tecnológicos específicos às necessidades das empresas, associados a estudos ergonômicos para a produção dos trabalhadores, notou-se um aumento significativo na produtividade e resultados, demandando menor esforço, descentralizando informações e ativando a fluência dos processos inter-setoriais.
Geralmente, estes sistemas devem ser de fácil operacionalização, deve haver investimento do treinamento de pessoal e manutenção de maquinários.
Ao atender-se às necessidades físicas e psicológicas do trabalhador através de políticas adequadas às funções com ênfase na boa postura e tecnologias portadora de layout amigável, concorre- se para a atingimento das metas.
Observa-se ainda, que os resultados são melhores nas empresas que possuem uma maior preocupação com a forma pela qual o trabalho se desenvolve e estimula seus funcionários à prática de exercícios e períodos regulares de descanso, utilizando também mobiliário correto às funções a serem desenvolvidas. Para as organizações que não têm esta visão em geral há queda na produtividade e Quadro 1 - QUADRO DE ABORDAGENS - PALAVRAS-CHAVE
têm esta visão em geral há queda na produtividade e aumento no nível de insatisfação e nos afastamento do trabalho.
Em Marassia (2000) foca-se as condições de vida no trabalho como fatores que implicam na Qualidade de Vida no trabalho, ou seja, inclui aspectos como bem-estar, garantia da saúde e segurança física, mental e social, capacitação para realizar tarefas com segurança e bom uso da energia pessoal. Completa ainda dizendo que, no Brasil a realidade gerencial mostra que na prática, Qualidade de Vida no Trabalho tem sido compreendida de forma parcial e incompleta. Frequentemente há um posicionamento assistencialista, mesmo um desconhecimento nas ações por parte dos gestores, que ignoram a Qualidade de Vida no Trabalho nas políticas e processos das empresas ou reparação de aspectos humanos e ambientais que neutralizam riscos na condição do trabalho
Nas organizações onde há trabalhadores que tenham desenvolvido doenças em decorrência do trabalho, tal qual a LER: Lesão por esforço repetitivo, ocorre encaminhamento ao médico do Trabalho, que por sua vez os encaminha à clínica de fisioterapia, onde para alguns pacientes indica-se a mudança de funções. Há, entretanto, outras organizações que ainda não despertaram para as vantagens de ampliar seus conhecimentos, quanto às contribuições: ergonômicas, tecnológicas e das Políticas de Qualidade de Vida no Trabalho no crescimento de sua empresa.
Ao comparar-se os custos gerados pelos investimentos para melhoria nas Políticas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), àqueles decorrentes dos afastamentos, das demissões e processos trabalhistas, nascidos dos problemas do Trabalho, vemos que os primeiros são baixíssimos em virtude dos benefícios que acarretam ao trabalhador e à empresa.
Ainda segundo Marassia (2000) existe correlação entre experiências de Stress mental e pressões no trabalho e sintomas psicossomáticos. Estas correlações dizem respeito a trabalhos com exaustivo esforço físico, padrões forçados de trabalho, problemas salariais, atividades desmotivantes.
Na visão dos profissionais entrevistados o s
trabalho excessivo, que faz o elemento humano atuar fora dos limites de suas forças, leva à redução nos níveis de produção e da qualidade do trabalho, conseqüentemente do produto e rendimentos.
Algumas organizações ouvem as opiniões de seus funcionários e pesquisam interesses e dificuldades na hora da implantação de uma nova forma de trabalho ou tecnologia. Outras porém, não o fazem e, na maioria das vezes, este procedimento quase sempre é prejudicial, pois, culmina em custos desnecessários devido à inadaptação por parte dos usuários que deveriam estar perfeitamente enquadrados no processo e não o conseguem, chegando mesmo, muitas das vezes, ao cancelamento de todo o processo de implantado, sendo vital para a organização a substituição, por outro que realmente corresponda à realidade organizacional.
Segundo Laurindo (2002) o melhor desempenho do negócio da empresa está intimamente ligado a um sistema de informações eficiente e eficaz. Há necessidade de levantamento prévio, buscando seguir um roteiro que observe desde a aplicabilidade, viabilidade, otimização dos recursos, minimizando erros, aprimorando a qualidade e a precisão dos resultados. Adaptá-lo às necessidades e funções dos usuários e em paralelo adequá-lo às estratégias globais da corporação, de modo a obter ganhos em competitividade e produtividade para a empresa. É necessário ater-se aos aspectos internos da atividade e bem como antever os possíveis impactos nas operações e estrutura da organização.
Os entrevistados, são unânimes em dizer que a produtividade e o nível de satisfação, crescem à medida que são utilizados: conhecimentos ergonômicos, tecnologia adequada e políticas para a qualidade de vida no trabalho. A associação destas ferramentas é fator essencial para o aumento na produção com qualidade e para o estabelecimento de um bom clima organizacional.
Em continuidade a esta pesquisa, propõe-se que em projeto futuro haja o aproveitamento dos dados coletados no presente trabalho, como base para implantar-se e ou implementar em uma empresa de pequeno ou médio porte, em termos práticos, os conceitos e técnicas aqui discutidos, mostrando a efetividade dos efeitos salutares desta
As organizações que tomam conhecimento dos benefícios e vantagens do emprego das técnicas ergonômicas, da inserção e atualização dos processos tecnológicos e de medidas que melhorem a qualidade de vida no trabalho, têm obtido excelentes resultados em seus processos produtivos e conquistado um bom clima organizacional.
A adaptação do trabalho ao homem, pela demonstrações ergonômicas, tem diminuído muitos dos processos degenerativos de práticas inadequadas ao trabalho humano e por conseguinte seus efeitos: como doenças, afastamentos do trabalho, custos com contratação de substitutos.
O uso de tecnologias de interface amigável, adequadas à realidade da empresa, leva à fluência e descentralização de informações e procedimentos.
Deve-se também investir em treinamento de pessoal, na manutenção de máquinas e políticas de incentivo. Estas medidas em conjunto melhoram o clima organizacional minimizando o estresse e custos desnecessários.
C o n c l u i - s e q u e , à s e m p r e s a s comprometidas com a qualidade e crescimento, é altamente recomendável o uso de tais ferramentas, para a obtenção do melhor aproveitamento de todos os seus recursos: humanos e materiais, e conseqüentemente, entrarem para o grupo das grandes organizações de sucesso onde se alia conquista de objetivos, metas e satisfação.
8 - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
A L B U Q U E R Q U E , L I N D O L F O GALVÃO; FRANÇA, ANA C. LIMONG. Estratégias de recursos humanos e gestão da qualidade de vida no trabalho: o stress e a expansão do conceito de qualidade total. Revista de Administração da USP , São Paulo: Universidade e São Paulo, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, v.33,
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