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Guias e Dicas
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Desenvolvimento da infância e adolescência, Resumos de Psicologia do Desenvolvimento

Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial da infância (primeira, segunda e terceira infância) e da adolescência.

Tipologia: Resumos

2025

À venda por 08/07/2025

carolinarodrigx
carolinarodrigx 🇧🇷

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Não perca as partes importantes!

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1. DESENVOLVIMENTO FÍSICO NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Os costumes em torno do nascimento refletem crenças, valores e recursos de cada
cultura;
Nos últimos anos, houve uma redução nos riscos que envolvem gravidez e o
nascimento em países industrializados, como, disponibilidade de antibióticos,
transfusões de sangue, anestesia segura, melhorias de higiene, medicamentos para
induzir o parto, aprimoramento da avaliação e assistência médica pré-natal (condições
de maior segurança). Mas os riscos não foram eliminados, como, o aumento da idade
materna, obesidade pré-gravidez, doenças pré existentes e parto cesárea;
1.1 Recém-nascido
Período neonatal: As primeiras 4 semanas de vida, é um tempo de transição do útero
(feto sustentado pela mãe) para uma existência independente;
Em seus primeiros dias, o neonato perde cerca de 10% de seu peso, por causa da perca
de fluidos. Eles começam a ganhar peso novamente por volta do 5º dia e voltam ao seu
peso do nascimento entre o 10º e o 14º dia;
Recém nascidos possuem cabeça grande, um quarto do comprimento do corpo, um
queixo recuado, que facilita a amamentação, uma área no alto da cabeça, fontanela,
onde os ossos do crânio não se encontram, o que facilita a passagem do neonato
através do canal vaginal (as placas do crânio se fundem ao longo dos 18 meses de
vida);
Além disso, a maioria dos neonatos possuem aparência rosada, pele fina, pêlos (parte
do lanugo ainda não caiu) e quase todos os bebês estão cobertos com vernix caseosa,
proteção gordurosa contra infecções que resseca já nos primeiros dias de vida;
1.3 Sistemas corporais
Antes do nascimento, a circulação sanguínea, a respiração, a nutrição, a eliminação de
resíduos e a regulação da temperatura são realizadas através do corpo da mãe (mesmo
que possuam sistemas separados, esse processo ocorre via cordão umbilical). Após o
nascimento, todos os sistemas e funções do bebê operam por conta própria (bebês
instintivamente sugam para ingerir o leite, que é digerido por suas secreções
gastrointestinais, além disso camadas de gordura se desenvolvem permitindo queca
temperatura corporal se mantenha), essa transição ocorre de 4 a 6 horas após o parto;
Traumas de nascimento podem ocasionar danos permanentes ao cérebro e a outros
órgãos, causando deficiência intelectual, problemas comportamentais, icterícia
neonatal ou até a morte;
1.4 Avaliação clínica e comportamental
Os primeiros minutos após o nascimento são cruciais para o desenvolvimento. É
importante saber, o mais rápido possível, se o bebê tem algum problema que necessita
de cuidados especiais;
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1. DESENVOLVIMENTO FÍSICO NA PRIMEIRA INFÂNCIA

● Os costumes em torno do nascimento refletem crenças, valores e recursos de cada cultura; ● Nos últimos anos, houve uma redução nos riscos que envolvem gravidez e o nascimento em países industrializados, como, disponibilidade de antibióticos, transfusões de sangue, anestesia segura, melhorias de higiene, medicamentos para induzir o parto, aprimoramento da avaliação e assistência médica pré-natal (condições de maior segurança). Mas os riscos não foram eliminados, como, o aumento da idade materna, obesidade pré-gravidez, doenças pré existentes e parto cesárea;

1.1 Recém-nascido

Período neonatal: As primeiras 4 semanas de vida, é um tempo de transição do útero (feto sustentado pela mãe) para uma existência independente; ● Em seus primeiros dias, o neonato perde cerca de 10% de seu peso, por causa da perca de fluidos. Eles começam a ganhar peso novamente por volta do 5º dia e voltam ao seu peso do nascimento entre o 10º e o 14º dia; ● Recém nascidos possuem cabeça grande, um quarto do comprimento do corpo, um queixo recuado, que facilita a amamentação, uma área no alto da cabeça, fontanela, onde os ossos do crânio não se encontram, o que facilita a passagem do neonato através do canal vaginal (as placas do crânio se fundem ao longo dos 18 meses de vida); ● Além disso, a maioria dos neonatos possuem aparência rosada, pele fina, pêlos (parte do lanugo ainda não caiu) e quase todos os bebês estão cobertos com vernix caseosa, proteção gordurosa contra infecções que resseca já nos primeiros dias de vida;

1.3 Sistemas corporais

● Antes do nascimento, a circulação sanguínea, a respiração, a nutrição, a eliminação de resíduos e a regulação da temperatura são realizadas através do corpo da mãe (mesmo que possuam sistemas separados, esse processo ocorre via cordão umbilical). Após o nascimento, todos os sistemas e funções do bebê operam por conta própria (bebês instintivamente sugam para ingerir o leite, que é digerido por suas secreções gastrointestinais, além disso camadas de gordura se desenvolvem permitindo queca temperatura corporal se mantenha), essa transição ocorre de 4 a 6 horas após o parto; ● Traumas de nascimento podem ocasionar danos permanentes ao cérebro e a outros órgãos, causando deficiência intelectual, problemas comportamentais, icterícia neonatal ou até a morte;

1.4 Avaliação clínica e comportamental

● Os primeiros minutos após o nascimento são cruciais para o desenvolvimento. É importante saber, o mais rápido possível, se o bebê tem algum problema que necessita de cuidados especiais;

1.5 Estados de alerta

● Condição fisiológica e comportamental de um bebê em um determinado momento no ciclo periódico diário de vigília, sono e atividade; ● Parecem ser inatos e altamente individuais, coordenados por múltiplas áreas do cérebro e acompanhadas por mudanças no funcionamento de praticamente todos os sistemas corporais; ● Os bebê mais jovens dormem mais e acordam com maior frequência; ● Os horários de sono dos bebês variam de uma cultura para outra;

1.6 Complicações do parto

● Baixo peso ao nascer (menos de 2,5 kg), bebês prematuros (antes da 37ª semana), bebês pequenos para a idade gestacional (menor que 90% das crianças com a mesma idade gestacional), os bebês também podem ser afetados por ficarem mais tempo no útero (pós-maduros), natimortos, ● Alguns dos principais fatores de risco são: fatores demográficos, socioeconômicos, fatores clínicos que antecedem a gravidez, fatores pré-natais comportamentais e ambientais, condições clínicas associadas a gravidez; ● A 1ª infância é uma fase que traz muitos riscos, como a mortalidade infantil, porém essa tem diminuído quase que constantemente desde o começo do século XX;

1.7 Desenvolvimento físico inicial

● O crescimento e o desenvolvimento físico seguem o princípio cefalocaudal , crescimento ocorre de cima para baixo, assim como o desenvolvimento sensorial e motor, os bebês aprendem a usar as partes superiores do corpo primeiro, e o princípio próximo-distal , de dentro para fora, o crescimento e o desenvolvimento motor ocorrem do centro do corpo para as extremidades, os bebês aprendem a usar as partes do corpo mais próximas do centro antes de aprenderem a usar as mais distantes; ● A nutrição é essencial para um crescimento saudável. A alimentação precisa mudar rapidamente durante os 3 primeiros meses de vida. É recomendável que o bebê se alimente de leite materno, e apenas isso, por, no mínimo, 6 meses, mas diversos fatores dificultam esse processo. A única alternativa para o leite materno é a fórmula. O leite materno só é desaconselhado em casos de infecção da mãe;

1.8 O cérebro e o comportamento reflexo

● O crescimento do cérebro ocorre ao longo da vida, com surtos de desenvolvimento em diferentes fases, começando no 3º trimestre da gravidez e continuando até os 4 anos de idade, sendo essencial para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional; ● Os reflexos primitivos (como sucção e Moro) estão ligados à sobrevivência e proteção. Entre o 2º e 4º mês, surgem reflexos posturais, enquanto os reflexos locomotores precedem movimentos voluntários. A maioria desaparece nos primeiros 6 a 12 meses, exceto aqueles com funções protetoras;

2.2 Abordagem piagetiana

● O primeiro dos quatro estágios de Piaget é o estágio sensório-motor. Durante esse estágio (do nascimento até os 2 anos, aproximadamente), os bebês aprendem sobre si mesmos e sobre o mundo mediante suas atividades sensoriais e motoras. Os bebês passam de seres que respondem basicamente por meio de comportamentos aleatórios e reflexos a crianças orientadas para uma meta; ● O estágio sensório-motor consiste em seis subestágios, que fluem de um para o outro à medida que os esquemas do bebê, os padrões de pensamento e comportamento, tornam-se mais elaborados. Durante os cinco primeiros subestágios, o bebê aprende a coordenar os dados provenientes dos sentidos e a organizar suas atividades em relação ao ambiente. Durante o sexto e último subestágio, ele evolui para o uso de símbolos e conceitos a fim de resolver problemas simples; ● O crescimento cognitivo inicial surge por meio de reações circulares, quando o bebê aprende a reproduzir eventos originalmente descobertos ao acaso; ● Primeiro subestágio (do nascimento a 1 mês, aproximadamente), o recém-nascido treina seus reflexos, iniciando um comportamento mesmo quando o estímulo inicial não está presente; ● Segundo subestágio (por volta de 1 a 4 meses), o bebê aprende a repetir propositadamente uma sensação corporal agradável obtida ao acaso. Ele também começa a se voltar para os sons, demonstrando a capacidade de coordenar diferentes tipos de informação sensorial (visão e audição); ● Terceiro subestágio (em torno de 4 a 8 meses) coincide com um novo interesse em manipular objetos e aprender sobre suas propriedades. Os bebês repetem intencionalmente uma ação não simplesmente por repetir, como no segundo estágio, mas para obter resultados além do próprio corpo da criança; ● Quarto subestágio (em torno de 8 a 12 meses), eles aprendem a fazer generalizações a partir da experiência passada para resolver novos problemas. Eles modificam e coordenam esquemas anteriores para encontrar um que funcione. Esse subestágio marca o desenvolvimento de comportamentos complexos orientados para uma meta; ● Quinto subestágio (entre 12 e 18 meses), os bebês começam a experimentar novos comportamentos para ver o que acontece. Agora eles se envolvem em reações circulares terciárias, variando uma ação para obter resultado semelhante, em vez de meramente repetir o comportamento agradável que acidentalmente descobriram. Pela primeira vez, as crianças demonstram originalidade na resolução de problemas. Por tentativa e erro, elas experimentam comportamentos até encontrarem a melhor maneira de atingir uma meta; ● Sexto subestágio (entre 18 meses e 2 anos) é uma transição para o estágio pré-operatório da primeira infância. A capacidade de representação, capacidade de representar mentalmente objetos e ações na memória, principalmente por meio de símbolos como palavras, números e imagens mentais, liberta as crianças da experiência imediata. Elas sabem fantasiar e sua capacidade de representação aumenta a sofisticação do faz de conta. Elas sabem pensar em ações antes de realizá-las. Não precisam mais recorrer à laboriosa tentativa e erro para resolver problemas, elas

podem experimentar soluções mentalmente. Durante esses seis subestágios, os bebês desenvolvem a capacidade de pensar e lembrar, também desenvolvem conhecimento sobre certos aspectos do mundo físico, tais como objetos e relações espaciais; ● A imitação se torna cada vez mais valiosa no final do primeiro ano de vida, quando os bebês experimentam novas habilidades. Piaget indicou esse comportamento nas suas próprias observações e defendeu que a imitação visível (que usa partes do corpo como mãos e pés, que os bebês enxergam) se desenvolve primeiro, sendo seguida pela imitação invisível (que envolve partes do corpo que os bebês não enxergam) aos 9 meses; ● Piaget sustentava que crianças com menos de 18 meses não podiam fazer imitação diferida (reprodução de um comportamento observado após algum tempo), uma habilidade mais complexa e que exige memória de longo prazo. Exige uma representação armazenada da ação a ser lembrada. Piaget defendia que crianças pequenas não podiam fazer imitação diferida porque não tinham a capacidade de reter representações mentais; ● Piaget notou que bebês com menos de aproximadamente 8 meses agem como se um objeto não existisse mais após desaparecer de seu campo de visão, o que o levou a teorizar sobre o conceito de objeto, o entendimento de que objetos possuem existência, características e localização espacial independentes. A noção de permanência do objeto, a percepção de que algo continua existindo quando está fora do campo de visão. A princípio, o bebê parece não ter essa noção. Contudo, entre 18 e 24 meses, quase todos os bebês parecem entender que os objetos possuem existências independentes e procuram objetos escondidos de maneira confiável. De acordo com Piaget, a permanência do objeto se desenvolve gradualmente durante o estágio sensório-motor, à medida que as crianças desenvolvem a capacidade de representar simbolicamente objetos; ● Boa parte do conhecimento que as pessoas adquirem sobre seu mundo é obtida por meio de símbolos, representações intencionais da realidade. Aprender a interpretar símbolos é uma tarefa essencial na infância. Um dos aspectos do desenvolvimento simbólico é o desenvolvimento da competência imagética, a capacidade de entender a natureza das imagens; ● O que pode ser aprendido com imagens também é afetado pela mídia na qual a informação é apresentada; ● Nas crianças ocorre erro de escala, um erro de percepção momentâneo sobre os tamanhos relativos dos objetos; ● A jornada de desenvolvimento desde o comportamento reflexo até chegar ao começo do pensamento é longa e lenta. Durante aproximadamente um ano e meio, o bebê aprende apenas a partir de seus sentidos e movimentos, não antes da última metade do segundo ano, ele avança para o pensamento conceitual. Contudo, as pesquisas que fazem uso de tarefas simplificadas e instrumentos modernos sugerem que certas limitações vistas por Piaget nas primeiras habilidades cognitivas da criança talvez reflitam habilidades linguísticas e motoras ainda imaturas; ● Formas imaturas de cognição precedem formas mais maduras. A percepção dos bebês está bem à frente de suas habilidades motoras;

2.5 Abordagem sociocontextual

● Possui influência da teoria sociocultural de Vygotsky e estuda como o contexto cultural afeta as primeiras interações sociais que podem promover a competência cognitiva; ● Participação guiada: interações mútuas com adultos que ajudam a estruturar as atividades da criança e preenchem a lacuna entre compreensão da criança e a do adulto. Inspirado pela visão de Vygotsky da aprendizagem como um processo colaborativo. Geralmente ocorre em brincadeiras compartilhadas e nas atividades normais do dia a dia; ● O contexto cultural influencia o modo como os cuidadores contribuem para o desenvolvimento cognitivo. Contudo, apesar dos modos diferentes usados pelos cuidadores para ensinar habilidades valiosas, todas as crianças aprendiam o que precisavam para serem bons membros das suas sociedades; ● A abordagem construcionista social é influente na educação na segunda infância. Além disso, as abordagens construcionistas sociais à educação na segunda infância podem ter efeitos positivos em outras variáveis importantes para o sucesso acadêmico posterior;

3. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA PRIMEIRA INFÂNCIA

● Embora os bebês apresentem os mesmos padrões de desenvolvimento, cada um deles, desde o início, exibe uma personalidade distinta: a combinação relativamente coerente de emoções, temperamento, pensamentos e comportamentos (torna cada pessoa única). Esses modos característicos de sentir, pensar e agir, que refletem influências tanto inatas quanto ambientais, afetam a maneira como a criança responde aos outros e se adapta ao seu mundo. O desenvolvimento da personalidade se entrelaça com as relações sociais, e essa combinação chama-se desenvolvimento psicossocial;

3.1 Emoções

● São reações subjetivas à experiência e que estão associadas a mudanças fisiológicas e comportamentais. A frequência e intensidade com que se sente uma determinada emoção é algo individual e subjetivo; ● A cultura também influencia o modo como as pessoas se sentem em relação a uma situação e a maneira como expressam suas emoções; ● Durante o primeiro mês, os bebês choram quando estão infelizes e se acalmam ao som de uma voz humana ou quando alguém os pega no colo. Poderão sorrir quando um adulto pegar suas mãos para fazer com que batam palmas. Quando suas mensagens trazem uma resposta, aumenta a sensação de ligação com as outras pessoas. A sensação de controle sobre seu mundo também aumenta quando percebem que seu choro traz ajuda e conforto, e que seu sorriso e sua risada provocam uma reação também de sorriso e risada; ● O choro tem como função evidenciar quando estão se sentindo infelizes e ter um som desagradável para os adultos. É a principal forma usada pelos bebês para comunicar

suas necessidades e é considerado um sinal honesto de carência. É a maneira mais veemente de os bebês comunicarem suas necessidades (choro de raiva, choro de fome, choro de dor e choro de frustração). As características dos choros dos bebês estão relacionadas ao seu estado fisiológico. À medida que crescem, as crianças começam a perceber que o choro serve a uma função comunicativa; ● Os primeiros sorrisos ocorrem espontaneamente logo após o nascimento (sorrisos involuntários), geralmente ocorrem em resposta a processos fisiológicos. O sorriso social, se desenvolve no segundo mês de vida. Os bebês sorriem para os outros com maior ou menor frequência, dependendo da resposta dos adultos ao seu redor. A risada é uma vocalização ligada ao sorriso que se torna mais comum entre os 4 e os 12 meses. O humor dos bebês torna-se mais complexo com a idade. Quando ri do inesperado, o bebê demonstra que sabe o que espera, ao inverter as ações, ele mostra que tem consciência de que pode fazer as coisas acontecerem (desenvolvimento cognitivo); ● Sorriso antecipatório ocorre quando os bebês sorriem ao ver um objeto e depois olham para um adulto enquanto continuam sorrindo (8 e 10 meses). Processos afetivos positivos são recíprocos; ● O desenvolvimento emocional é um processo ordenado, emoções complexas desdobram-se a partir de emoções mais complexas. O bebê revela sinais de contentamento, interesse e aflição logo após o nascimento. São respostas difusas, reflexas, a maior parte fisiológicas, à estimulação sensorial ou a processos internos. Esses estados emocionais iniciais se diferenciam em verdadeiras emoções: alegria, surpresa, tristeza, repugnância, e depois raiva e medo aos 6 meses. A emergência dessas emoções básicas, ou primárias, está relacionada à maturação neurológica; ● Emoções autoconscientes (constrangimento, a empatia e a inveja) surgem somente depois que a criança desenvolveu a autoconsciência : compreensão cognitiva de que ela tem uma identidade reconhecível, separada e diferente do resto de seu mundo (15 e 24 meses). É necessária para que a criança seja capaz de compreender o que é ser o foco da atenção, identificar-se com o que outros "eus" estão sentindo, ou desejar o que os outros têm; ● Ao adquirir autoconsciência e mais algum conhecimento sobre os padrões, regras e metas aceitas de sua sociedade, a criança torna-se mais capacitada para avaliar seus próprios pensamentos, planos, desejos e comportamento com relação àquilo que é considerado socialmente apropriado. Só então ela pode demonstrar emoções autoavaliadoras (orgulho, culpa e vergonha) (3 anos); ● Os bebês também formam “opiniões” sobre os outros com base nos seus comportamentos sociais (os bebês também possuem comportamentos altruístas e empáticos). Um bebê que divide seus brinquedos não necessariamente tende a consolar ou ajudar, tal comportamento pode refletir coletivamente empatia, a capacidade de imaginar como outra pessoa poderia estar se sentindo em uma determinada situação; ● A motivação para ajudar e compartilhar se combina com a capacidade de entender as intenções alheias e ambas contribuem para um desenvolvimento importante entre os 9 e 12 meses: a colaboração com os cuidadores em atividades conjuntas. As atividades

limites apropriados para que a vergonha e a dúvida as ajudem a reconhecer a necessidade desses limites;

3.4 A teoria do apego

● O apego é um vínculo recíproco e duradouro entre o bebê e o cuidador, cada um contribuindo para a qualidade do relacionamento, o apego tem valor adaptativo para o bebê, assegurando que suas necessidades tanto psicossociais quanto física (apego promove a sobrevivência da criança); ● Situação Estranha: Técnica clássica de laboratório, elaborada para avaliar padrões de apego entre bebê e adulto. Existem 4 padrões principais de apego: apego seguro (bebês com apego seguro são flexíveis e resilientes em situações de estresse), apego ansioso ou inseguro (evitativo, não são afetados por um cuidador que se ausenta ou retorna, continuam a brincar e muitas vezes interagem com o estranho e demonstram pouca emoção), apego ambivalente ou resistente (ficam ansiosos antes mesmo de o cuidador se ausentar, e às vezes se aproximam do cuidador em busca de conforto quando o estranho olha para eles ou chega mais perto para tentar interagir, são extremamente reativos à saída do cuidador da sala e geralmente ficam muito incomodados), e o apego desorganizado-desorientado (parecem não ter uma estratégia coesa para lidar com o estresse da Situação Estranha, apresentam comportamentos contraditórios, repetitivos ou mal direcionados e parecem confusos/temerosos ); ● De acordo com Bowlby, os estilos de apego são o resultado de interações repetidas com um cuidador. Bowlby chamou esses conjuntos de expectativas de modelos de trabalho e teorizou que esses primeiros modelos se tornavam a base para a dinâmica do relacionamento. Contanto que a mãe continue agindo da mesma maneira, o modelo se sustenta. Se o comportamento dela mudar constantemente o bebê poderá rever esse modelo, e a segurança do apego poderá ser alterada. O modelo de trabalho nasce das interações entre ambas as partes do relacionamento, os bebês podem ter modelos de trabalho diferentes com pessoas diferentes; ● Uma base segura permite que as crianças explorem o seu ambiente com maior eficácia, pois sabem que podem confiar nos seus cuidadores para salvá-las rapidamente, se necessário (interação mútua, estímulo, atitude positiva, afeto, aceitação e apoio emocional). ● Apego é um processo relacional, o temperamento da criança e a parentalidade interagem. A irritabilidade do bebê pode jogar contra o desenvolvimento de um apego seguro, mas não se a mãe tiver habilidade para lidar com o temperamento do filho; ● Ansiedade diante de estranhos é cautela com pessoas que não conhece. Ansiedade de separação é aflição sentida quando um cuidador familiar se ausenta; ● A segurança do apego parece afetar a competência emocional, social e cognitiva, quanto mais seguro o apego com um adulto atencioso, maior a probabilidade de a criança desenvolver um bom relacionamento com os outros; ● Entrevista de Apego do Adulto (EAA): mede o apego com as crianças e os pais;

3.5 A socialização

Socialização é o processo em que a criança desenvolve hábitos, habilidades, valores e motivações que a tornam membros responsáveis e produtivos na sociedade. A socialização depende da internalização desses padrões e sua transformação em seus para, então, elas próprias acreditarem que estes padrões estão certos e são verdadeiros; ● Autorregulação é o controle de seu próprio comportamento para se conformar às exigências ou expectativas de um cuidador, mesmo quando este não está presente. É a base da socialização e vincula todos os domínios do desenvolvimento (físico, cognitivo, emocional e social) juntamente do autocontrole , armazenamento e processamento de informações; ● A qualidade do relacionamento com os pais afeta a socialização e a autorregulação (desejo de agradar os pais); ● Antes que possa controlar o próprio comportamento, a criança precisa regular seus próprios processos de atenção e modular as emoções negativas permitindo o desenvolvimento da força de vontade e lidar com a frustração; ● Alguns dos fatores que favorecem a socialização são: o modo como os pais cuidam de socializar o filho e a qualidade do relacionamento entre eles, apego seguro, relacionamento afetuoso e mutuamente responsivo, e a socialização emocional;

Sistemas de ação são combinações cada vez mais complexas de habilidades motoras que permitem um espectro mais amplo ou mais preciso de movimentos e um maior controle do ambiente; ● A preferência por usar uma mão em vez da outra, geralmente, fica evidente por volta dos 3 anos;

4.3 Desenvolvimento artístico

● As mudanças nos desenhos das crianças pequenas parecem refletir a maturação do cérebro e dos músculos. Crianças de 2 anos rabiscam, não aleatoriamente, mas em padrões, como linhas verticais e em ziguezague; ● Aos 3 anos, as crianças desenham formas e as combinam para formar desenhos mais complexos. A fase pictórica (utilização de desenhos ou pictogramas para representar objetos e ideias) tipicamente se inicia entre 4 e 5 anos; ● Os desenhos das crianças na fase pictórica inicial demonstram energia e liberdade, os da fase pictórica posterior demonstram cuidado e correção; ● A transição da forma e do desenho abstratos para a representação de objetos reais marca uma mudança fundamental no propósito dos desenhos infantis, refletindo o desenvolvimento cognitivo da capacidade representacional;

5. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA SEGUNDA INFÂNCIA

5.1 Teoria piagetiana - Estágio pré-operatório

● Esse estágio vai dos 2 aos 7 anos e é caracterizado por uma grande expansão no uso do pensamento simbólico. Contudo as crianças ainda não estão preparadas para se envolver em operações mentais lógicas; ● Função simbólica: Ser capaz de pensar em algo na ausência de estímulos sensoriais ou motores. As crianças nesse estágio têm a capacidade de usar símbolos ou representações mentais para as quais atribuem um significado. È um avanço essencial, pois, sem símbolos, as pessoas não poderiam comunicar-se verbalmente; ● As crianças em idade pré escolar demonstram a função simbólica de diversas maneiras: a imitação diferida, imitação de uma ação após a terem observado, relacionada à uma representação mental de uma ação observada, a brincadeira de faz de conta , brincadeiras envolvendo pessoas e situações imaginárias, em que objetos representam outra coisa; (a linguagem é fundamentalmente um sistema de símbolos); ● As crianças também começam a conseguir entender os símbolos que descrevem espaços físicos, ainda que esse processo seja lento. Até pelo menos os 3 anos de idade, a maioria das crianças não entende seguramente a relação entre figuras e os objetos ou espaços que eles representam; ● Transdução: Vinculação mental de dois eventos, sobretudo os que são próximos no tempo, haja ou não uma relação causal lógica. As crianças pré operatórias ainda não são capazes de raciocinar de modo lógico sobre causa e efeito. Piaget estava errado em acreditar que crianças pequenas não entendem a causalidade;

● A criança em idade pré escolar desenvolve um melhor entendimento do que são identidades, o que fundamenta o conceito de self e a compreensão da identidade alheia no que reflete o entendimento sobre a própria identidade; ● A categorização exige que a criança identifique semelhanças e diferenças. Um tipo de categorização é a capacidade de distinguir coisas vivas de coisas inanimadas. A tendência de atribuir vida a objetos não vivos é o animismo ; ● Princípio da cardinalidade: As crianças entendem que o número de itens de um conjunto é o mesmo, independentemente de como estão organizados, e que o último número contado é o número total de itens do conjunto, independentemente da forma como são contados (ocorre por volta de 2 anos e meio). Desenvolvimento do sentido numérico básico; ● Centração: Tendência a concentrar-se em um aspecto de uma situação e negligenciar outros. Segundo Piaget, as crianças em idade pré-escolar chegam a conclusões ilógicas, pois não sabem descentrar, pensar em diversos aspectos de uma situação simultaneamente. A centração pode limitar o pensamento das crianças pequenas tanto sobre relacionamentos sociais como os físicos; ● O egocentrismo é uma forma de centração, as crianças pequenas centram-se de tal modo em seus próprios pontos de vista que não sabem assumir um outro. As crianças pequenas podem demonstrar egocentrismo primeiramente em situações que estão além de suas experiências imediatas; ● Conservação: Fato de duas coisas permanecerem iguais se aparência for alterada, desde que nada seja acrescentado ou retirado. As crianças não entendem plenamente esse princípio até atingirem o estágio operatório concreto, e desenvolverem diferentes tipos de conservação em diferentes idades. Isso ocorre por causa da centração e da irreversibilidade. As crianças no pré-operatório não conseguem descentrar, ou seja, considerar múltiplos atributos de um objeto ou situação, elas também são limitadas pela irreversibilidade, não conseguir entender que uma ação pode ir em duas ou mais direções, seu raciocínio é concreto, não conseguem inverter mentalmente a ação e perceber, elas se concentram em estados sucessivos e não reconhecem transformações de um estado para outro;

5.2 Linguagem

● Aos 3 anos, vocabulário expressivo de fala e entendimento. Associação rápida permite captar o significado aproximado de uma nova palavra depois de ouvi-la uma ou duas vezes em uma conversa. A partir de um contexto, as crianças parecem formar uma hipótese rápida a respeito do significado da palavra; ● Discurso particular ou fala privada é falar alto consigo mesmo, sem nenhuma intenção de comunicar-se com os outros, é normal e comum na infância. Segundo Piaget, essa fala era egocêntrica, sinal de imaturidade cognitiva, as crianças estavam simplesmente vocalizando o que pensavam no momento. Já segundo Vygotsky, acreditava que o discurso particular era uma forma especial de comunicação, conversação consigo mesmo, para ele, o discurso particular era parte do processo de aprendizagem;

a menos que sejam lembradas, e algumas vezes escolhem estratégias de memorização ineficientes; ● Memória genérica produz roteiros de rotinas familiares para guiar o comportamento, se inicia por volta dos 2 anos, ajuda a criança a saber o que esperar e como agir. Memória episódica é uma memória de longo prazo de experiências ou acontecimentos específicos, ligados a tempo e lugar, são temporárias, a menos que se repitam diversas vezes, elas perduram algumas semanas ou meses e depois se desvanecem. Memória autobiográfica é um tipo de memória episódica, de eventos específicos da própria vida, nem tudo na memória episódica torna-se parte da memória autobiográfica, apenas aquelas memórias que têm um significado especial e pessoal para a criança, surge por volta dos 3 anos; ● No modelo de interação social de interação social as crianças constroem colaborativamente memórias autobiográficas com os pais ou outros adultos conversam sobre eventos; ● Amnésia infantil é a incapacidade de lembrar experiências antigas;

6. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA SEGUNDA INFÂNCIA

6.1 Emoções

● O autoconceito fica mais claro e mais irresistível à medida que a pessoa adquire habilidades cognitivas e lida com as tarefas de desenvolvimento da infância e adolescência e, depois, da fase adulta; ● Compreender as próprias emoções ajuda as crianças a controlar seu modo de demonstrar seus sentimentos e ser sensível a como os outros se sentem. Uma progressão semelhante ao autoconceito; ● As crianças pré-escolares sabem algo sobre suas emoções, mas ainda têm muito o que aprender. Elas são capazes de falar sobre seus sentimentos com frequência, podem discernir os sentimentos dos outros e compreendem que estão ligadas a experiências e desejos. Entretanto, ainda carecem de uma plena compreensão de emoções autodirigidas (vergonha e orgulho) e têm dificuldade para reconciliar emoções conflitantes;

6.2 Teoria de Erikson - Terceira crise

● A terceira crise é iniciativa x culpa , e fala sobre a necessidade de lidar com os sentimentos conflitantes sobre nós mesmos. Ao mesmo tempo em que as crianças estão aprendendo sobre o que é socialmente certo ou não (o que as crianças querem e podem fazer); ● O conflito surge a partir do crescente sentido de propósito, o qual permite à criança planejar e realizar atividades, e crescentes ¨dores¨ na consciência que a criança pode ter em relação a esses planos; ● As crianças aprendem a regular esses impulsos opostos e desenvolvem a ¨virtude¨ do propósito, coragem de imaginar e perseguir metas sem ser indevidamente inibida pela culpa ou pelo medo de punição;

● Segundo Erickson, se essa crise não for resolvida adequadamente, a criança pode transformar-se em um adulto que está sempre se esforçando por sucesso ou se exibindo, ou que é inibido e pouco espontâneo ou convencido de suas próprias virtudes e intolerante, ou ainda, que sofre de impotência ou doenças psicossomáticas;

6.3 A autoestima e o brincar

● A autoestima na segunda infância tende a ser global (bom x mal). Os comportamentos favoráveis dos pais contribuem para a autoestima da criança; ● Quando a autoestima é boa, a criança é motivada a realizar. Entretanto, se a autoestima depende do êxito, as crianças podem considerar um fracasso ou uma crítica como denúncia de seu valor e podem se sentir impotentes para fazer melhor; ● Brincar é o trabalho das crianças, ele contribui para todos os domínios do desenvolvimento. Brincando, as crianças estimulam os sentidos, aprendem a usar os músculos, coordenam a visão com o movimento, adquirem domínio sobre seus corpos e novas habilidades; ● Assim, elas experimentam diferentes papéis, enfrentam emoções desconfortáveis, adquirem compreensão dos pontos de vista dos outros, constroem uma imagem do mundo social, tornam-se mais proficientes na língua e desenvolvem habilidades de resolução de problemas e criatividade; ● Jogo funcional é o nível cognitivo mais elementar na brincadeira, envolve movimentos musculares repetitivos. O jogo construtivo é o segundo nível cognitivo e envolve o uso de objetos ou materiais para fazer algo. O jogo de faz-de-conta é o terceiro nível cognitivo;

● Outro avanço crítico durante a terceira infância envolve a capacidade de avaliar causas e efeitos, aprendem mais sobre o mundo, e seu conhecimento crescente informa a qualidade do seu raciocínio (causalidade); ● Seriação: Colocar objetos em série de acordo com uma ou mais dimensões (tipo de categorização). As crianças se tornam cada vez melhores na seriação de dimensões como tempo, comprimento ou cor. O sucesso matemático posterior das crianças depende do numeramento no início da vida e as dificuldades na seriação são preditivas de transtornos da aprendizagem de matemática nos anos seguintes; ● Inferências transitivas são outra característica dessa idade, compreensão da relação entre dois objetos, conhecendo-se a relação de cada um deles com um terceiro. Piaget acreditava que as crianças não desenvolviam essa habilidade até a terceira infância. A inclusão de classes também é facilitada, capacidade de perceber a relação entre um todo e suas partes e de entender as categorias como parte do todo; ● Raciocínio indutivo envolve fazer observações sobre determinados membros de uma classe de pessoas, animais, objetos ou eventos, e então tirar conclusões gerais sobre a classe como um todo. O raciocínio dedutivo começa com um enunciado geral sobre uma classe e aplicá-la a um determinado membro da classe, se a premissa é verdadeira para toda a classe e o raciocínio é lógico, então a conclusão deve ser verdadeira; ● Piaget acreditava que as crianças no estágio operatório-concreto do desenvolvimento cognitivo usavam apenas o raciocínio indutivo, o raciocínio dedutivo não se desenvolveria até a adolescência; ● No estágio pré-operatório do desenvolvimento, as crianças se concentram nas aparências e têm dificuldade com conceitos abstratos. No estágio operatório-concreto podem elaborar respostas mentalmente (elas não têm que medir ou pesar os objetos) por causa dos entendimentos de identidade e reversibilidade, além de conseguirem descentrar. O pensamento das crianças nesse estágio é tão concreto, tão intimamente ligado a uma situação, que não conseguem tranferir facilmente o que aprenderam sobre um tipo de conservação para outro tipo, ainda que os princípios sejam os mesmos ( decalagem horizontal ); ● As crianças possuem um entendimento intuitivo de frações. Contudo, as crianças têm mais dificuldade quando lidam com números que são mais abstratos. Elas tendem a não pensar na quantidade que a fração representa, em vez disso, concentram-se nos números que a compõem. A capacidade de calcular progride com a idade;

8.2 Questão da moralidade

● A experiência cultural parece contribuir para a rapidez de desenvolvimento das habilidades piagetianas; ● Segundo Piaget, o desenvolvimento moral está ligado à maturação cognitiva e ocorre em duas etapas: moralidade de restrição , que corresponde aproximadamente ao estágio pré-operatório, e moralidade de cooperação , que corresponde aos estágios de operações concretas e operações formais; ● A moralidade de restrição é o primeiro de 2 estágios de desenvolvimento moral de Piaget, caracterizado por julgamentos rígidos e egocêntricos;

● O segundo estágio, moralidade de cooperação (acima dos 7 anos, correspondendo aos estágios de operações concretas e de operações formais), caracteriza-se pela flexibilidade. À medida que amadurecem, as crianças interagem com mais pessoas e têm mais contato com uma gama cada vez mais ampla de pontos de vista. Elas descartam a ideia de que existe um padrão único, absoluto e imutável de certo e errado e começam a elaborar seu próprio código moral;

8.3 Processos e capacidades básicas

● Os teóricos do processamento de informações pensam na memória como um sistema de arquivamento em 3 etapas ou processos: codificação, armazenamento e recuperação; ● Na codificação , a informação é preparada para armazenamento de longo prazo e posterior recuperação, o armazenamento , retenção da informação na memória para uso futuro, e a recuperação , a informação é acessada ou trazida de volta do armazenamento na memória, ocorre quando a informação é necessária, pode envolver reconhecimento ou recordação. Dificuldades em qualquer um desses processos pode prejudicar a eficiência; ● Os dispositivos para auxiliar a memória são denominados estratégias mnemônicas. A estratégia mnemônica mais comum entre crianças e adultos é o uso de recursos mnemônicos externos. Outras estratégias mnemônicas comuns incluem ensaio, organização e elaboração; ● Ficar repetindo algo depois de consultar para não esquecer é uma forma de ensaio ou repetição consciente. A organização significa colocar mentalmente as informações em categorias para facilitar a recordação. Na elaboração , as crianças associam as informações a outras coisa, como uma imagem ou história;

8.4 A criança na escola

● A atenção seletiva nas crianças em idade escolar são capazes de se concentrar por mais tempo do que as crianças mais jovens e sabem focalizar as informações de que necessitam e desejam, desconsiderando as que são irrelevantes; ● Nos anos escolares, a maioria das crianças já domina as regras básicas de forma e de significado. Elas são mais capazes de assumir o ponto de vista de outra pessoa e de se envolver em concessões sociais mútuas. Sua maior área de desenvolvimento linguístico é a pragmática, uso prático da linguagem para se comunicar. Isso inclui habilidades tanto de conversação como de narrativa; ● Uma vez que a escolarização é cumulativa, a base estabelecida na primeira série é muito importante. Os pais influenciam o aprendizado dos filhos envolvendo-se em sua vida escolar, motivando-os a realizar e transmitindo atitudes em relação ao aprendizado;

9. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA TERCEIRA INFÂNCIA

9.1 A quarta crise de Erickson