Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

descriçao dos componentes elementos de maquinas lixadeira de fita, Notas de estudo de Engenharia Industrial

descriçao dos componentes elementos de maquinas lixadeira de fita

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 09/12/2010

vinicius-rosolem-4
vinicius-rosolem-4 🇧🇷

4.8

(5)

16 documentos

1 / 35

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
1
1. Objetivos
O objetivo deste trabalho é descrever os componentes de maquinas que
compõem uma lixadeira de fita, que atua na usinagem de madeira, sendo estas serradas
ou painéis, tendo como objetivo proporcionar qualidade superficial aos materiais
usinados.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23

Pré-visualização parcial do texto

Baixe descriçao dos componentes elementos de maquinas lixadeira de fita e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Industrial, somente na Docsity!

1. Objetivos

O objetivo deste trabalho é descrever os componentes de maquinas que compõem uma lixadeira de fita, que atua na usinagem de madeira, sendo estas serradas ou painéis, tendo como objetivo proporcionar qualidade superficial aos materiais usinados.

2. Introdução

2.1. Importância do lixamento

A lixadeira de fita é um equipamento que tem como finalidade dar acabamentos, e proporcionar melhores condições de usinagem. O primeiro passo para obter uma boa pintura ou envernizamento da madeira é o lixamento. Ele influencia diretamente no resultado final do móvel ou objeto de madeira se não for feito um lixamento adequado, com certeza, o acabamento não ficará conforme o esperado, isto é, muito a desejar na qualidade que o comprador final espera.

O objetivo do lixamento é eliminar os danos causados na madeira durante o seu processo de obtenção em diversos formatos, e com isso permitindo nivelar e alisar a superfície, proporcionando uma condição ideal para a aplicação de produtos químicos como seladores e vernizes.

A lixadeira de fita oferece boa trabalhabilidade quanto à troca de lixas, porque estas são empregadas de acordo com a finalidade do produto, tipo de madeira, tipo de peça e equipamento que se utiliza para lixar. As granulometrias seguintes devem ser progressivas e nunca ultrapassar duas faixas granulométricas em relação à da lixa anterior.

Esse procedimento é muito importante, pois elimina os riscos causados pelas lixas de maior abrasividade, os quais ficam evidentes no processo posterior ao lixamento onde seladores ou vernizes são aplicados, prejudicando o aspecto do móvel

O lixamento deve ser efetuado sempre no sentido do veio da madeira para não provocar ranhuras na superfície.

Existem várias maneiras de efetuar o lixamento da madeira, entre os quais:

· Manualmente com lixadeira de cinta estreita;

· Lixadeiras mecanizadas de cinta larga.

  • Chavetas
  • Estrias Elementos para uniões não desmontáveis:
  • Soldagem
  • Rebite
  • Prensagens elevadas

A lixadeira de fita possui alguns desses elementos como os parafusos e soldas, que são utilizados na estrutura do equipamento juntamente com algumas fixações de componentes que compõem a maquina.

2.2.1. Parafusos

Com certeza esse é o elemento de união mais utilizado no planeta, e temos diversos tipos de parafusos, materiais e filetes de roscas. Basicamente o parafuso é utilizado para união de componentes, mas também é utilizado para movimentação de cargas pois transformam movimento circular em retílinio. Um elevador elétrico, muito utilizado em oficinas de acessórios, é um exemplo da utilização do parafuso para movimentação de cargas. O conceito fundamental de parafuso é a transformação do movimento de rotação em movimento linear.

Figura 2.1 – Parafuso e seus elementos

São manufaturados parafusos nos mais diversos materiais tais como: aço carbono, aço inox, nylon, alumínio, bronze e etc. Os materiais utilizados, amplamente normalizados, definem a resistência do material. Existem vários graus de resistência para as diversas utilizações. Para cada aplicação, no caso de parafusos manufaturados em aço, têm-se diversos tipos de tratamentos superficiais, tais como:

  • Oxidado preto
  • Bi-cromatizado
  • Galvanizado
  • Fosfatizado
  • Niquelado
  • Cadmiado

Figura 2.2 – Parafuso

2.2.1.1. Filetes de parafusos (Roscado)

Existem também diferentes tipos de filetes de parafusos, para diferentes usos. Alguns deles estão citados na tabela abaixo (Tabela 2.1 – Perfis de filetes de parafusos).

2.2.1.2. Cabeça de parafusos

Existem diferente tipos de cabeças de parafusos, e para estas uma determinada ferramenta para que se faça seu aperto. Conforme mostra a figura abaixo, identificam-se alguns modelos de cabeças de parafusos. As cabeças podem ser divididas em alguns grupos. As com fenda, cabeça sextavada, sextavada interna, prisioneiro (parafuso sem cabeça) e rosca sem fim, onde essa última tem esse nome porque é só formado pelo corpo roscado. Há ainda os parafusos sem cabeça que são constantes no centro e roscados nas extremidades, também conhecidos como prisioneiros.

Figura 2.3 – Parafusos com fendas

Figura 2.4 - Parafuso com cabeça sextavada a esquerda e com porca à direita

Figura 2.5 – Parafuso sextavado interno e externamente, rosca sem fim

Figura 2.6 – Parafuso Prisioneiro

2.2.1.3. Parafusos para madeira Existem diversas tipos de parafusos para diferentes materiais, então vejamos alguns tipos de parafusos para madeira (Figura 2.7 – Parafusos para madeira).

(a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) (i) (j) Figura 2.7 – Parafusos para madeira (a) Parafuso tipo prego, de cabeça escareada, (b) tipo prego, de cabeça redonda, (c) de cabeça escareada com fenda cruzada, (d) de cabeça redonda com fenda cruzada, (e) de cabeça escareada abaulada com fenda cruzada, (f) de cabeça escareada com fenda, (g) de cabeça redonda com fenda, (h) de cabeça escareado-abaulada, (i) de cabeça quadrada, (j) de cabeça sextava.

  • Poça de fusão é a região em fusão, a cada instante, durante uma soldagem por fusão.
  • Penetração é a distância da superfície original do metal base ao ponto em que termina a fusão, medida perpendicularmente à mesma.
  • Junta é a região entre duas ou mais peças que serão unidas. Estas juntas são usualmente de topo, ângulo, canto, aresta e sobre-posta.

Figura 2.9 - Tipos de soldas

2.3. Elementos de transmissão

Transmissão é a transferência de potência de um orgão motor para um orgão movido é feita por intermédio de um conjunto de componentes designados por transmissão. Alguns tipos de elementos de transmissão são:

  • Correias
  • Correntes
  • Engrenagens

2.3.1. Transmissão por correias A correia é um elemento flexível, que pode ser composta de vários materiais e formas, responsável pela transmissão de rotação entre dois eixos paralelos. Em sua forma mais simples, a transmissão por correias é composta por um par de polias, uma motriz (fixada ao eixo motor) e outra resistente, e uma correia ou grupo delas. Existem vários tipos de correias sendo estas planas, trapezoidais ou em V e dentadas.

2.3.1.1. Correias trapezoidais ou em “V”

A correia em V é inteiriça (sem-fim) fabricada com secção transversal em forma de trapézio. É feita de borracha revestida por lona e é formada no seu interior por cordonéis vulcanizados para absorver as forças.

O emprego da correia em V é preferível ao da correia plana e possui as seguintes características:

  • Baixo custo relativo
  • Funcionamento silencioso e boa capacidade de absorver choques
  • Distâncias entre centro significativas
  • Não necessitam de lubrificação
  • Dimensões globais da transmissão maiores
  • Precisão de transmissão afetada pelo escorregamento; razão de transmissão não constante (exceto para correias dentadas)
  • Limites admissíveis da velocidade periférica
  • Relações de transmissão limitadas
  • Relação de transmissão variável utilizando polias variadoras

Figura 2.10 – Correia trapezoidal

Figura 2.12 – Lixadeira de cinta

Figura 2.13 – Lixadeira de Disco e Lixadeira de Disco Manual

Figura 2.14 – Lixas Simples

Figura 2.15 – Lixadeira de Fita

2.5. Lixadeira de Fita utilizada no trabalho

A lixadeira de fita utilizada no trabalho pertence ao Campus Experimental de Itapeva e esta a disposição ao uso no laboratório de processamento da madeira. A lixadeira é da marca Verry (Uberlandia-MG) e do modelo Verry 7600. Essa empresa é especializada em equipamento para beneficiamento de madeira. Essa empresa não apresentou nenhum catalogo ao cliente (Campus Experimental de Itapeva) e para compradores. Para suas especificações foi usado um manual encontrado no site da fabricante Baldan (modelo LFE-1), pois tanto o equipamento fabricado pela Verry quanto pela Baldan, apresentam as mesmas características. Podemos verificar essa afirmação quando fizemos uma viagem a uma empresa em Itu. Tabela 2.2 – Características Técnicas da Lixadeira de fita da Baldan, modelo LFE - 1 Unidade Valor Dimensões da mesa Mm 800 x 2600 Curso vertical da mesa Mm 470 Curso horizontal da mesa Mm 800 Comprimento máximo da fita de lixa Mm 7100 Diâmetro do disco de lixa Mm 305 Potência necessária II P 3600 RPM CV 3 Peso líquido Kgs 220 Fonte: Baldan Máquinas e Equipamentos

2.8. Indicações de trabalho

A potência abrasiva ao lixar e a qualidade da superfície dependem principalmente da seleção da cinta abrasiva, assim como da velocidade da lixa de fita pré-selecionada. Quanto mais alta a velocidade da cinta, tanto maior o desbaste e mais fina a superfície lixada. Só lixas abrasivas em perfeito estado proporcionam uma perfeita potência abrasiva e poupam a ferramenta elétrica. Trabalhar com a mínima força de pressão possível, para elevar a vida útil das lixas abrasivas. Tomar cuidado com a regulagem de altura da mesa de apoio, regulando de tal forma, que possa ser suficiente para uma boa potência abrasiva. Um aumento demasiado da força de pressão não leva a uma potência abrasiva mais alta, mas a um desgaste mais forte da cinta abrasiva. Trabalhar com avanço moderado e realizar o processo de lixar movimentando a peça de modo a lixar com pistas paralelas e sobrepostas. Lixar no sentido das fibras. Vestígios transversais do processo de lixar produzem efeitos insatisfatórios. Especialmente ao remover restos de verniz, é possível que estes derretam e sujem a superfície do material e da cinta abrasiva. Por este motivo deverá trabalhar com aspiração de pó. Uma cinta abrasiva com a qual já foi trabalhado metal, não deveria mais ser usada para o processamento de outros materiais. As lixas abrasivas devem sempre ser guardadas penduradas e não devem ser dobradas, caso contrário são inutilizáveis. Com a armação de lixar (acessório) é possível regular a potência abrasiva ao lixar maiores superfícies de madeira.

3. Desenvolvimento

3.1. Funcionamento da lixadeira de fita e seus componentes

Nós dividimos o trabalho em três módulos para melhor compreensão do seu movimento, estrutura do equipamento, mesa e motor.

3.1.1. Estrutura do equipamento

Nesse módulo serão apresentados os elementos que dão sustentação ao equipamento para que possa ter condições de trabalho aceitáveis e em segurança tanto para o operador como para o trabalho realizado. A estrutura bem dimensionada e bem montada evita que o equipamento entra em colapso.

3.1.1.1. Uniões no equipamento

A estrutura de uma lixadeira de fita é formada por duas colunas verticais que são travadas por duas “vigas”, uma na parte superior das colunas e outra na parte inferior. Esse retângulo formado tem na parte inferior duas sapatas, nas extremidades inferiores de cada coluna para dar sustentação ao equipamento evitando que não tenha o risco de desequilibrar por causa do momento torçor que pode ser criado por uma força exagerada aplicada na parte superior ou então pelo peso da peça a ser lixada e pela vibração ocasionada pelo motor do equipamento. Os três elementos estruturais citados acima, colunas, vigas e sapatas são ocas para que o equipamento ter uma maior leveza e assim também transmitir o movimento por dentro das duas primeiras. Isso, pois se trata de um equipamento que não necessita de tanta resistência à vibração, caso contrário seria interessante que essa estrutura fosse maciça para diminuir a vibração do equipamento, o que aumenta a vida dos elementos de união por exemplo. As soldas que unem as colunas com a viga superior são unidas por solda, algumas usando soldas contínuas, com pontos e com o auxílio de mão francesa, o que

Figura 3.2 - Foto das mãos francesas em uma das colunas

3.1.2. Mesa

De um modo geral, a função da mesa é dar apoio ao material que será lixado. Ela tem sua altura regulada por uma manivela que está saindo da ponta direita da extremidade da viga superior, Figura 3.3 – Manivela que dá movimento vertical a mesa, e é sustentação por um trilho que do movimento horizontal (para frente e para trás) Figura 3.4 – Trilho onde corre a mesa.

Figura 3.3 – Manivela que dá movimento vertical a mesa.

Figura 3.4 – Trilho onde corre a mesa (Seção circular azul) e apoio do trilho (Caixa abaixo do trilho da cor da estrutura – cinza)

O quadro da mesa como já dito, tem a função de dar apoio ao material que será lixado, ela é formado por um quadro de aço e nele há um prolongamento, onde há uma seção circular que dá apoio, movimento e travamento para uma régua que ajuda ao posicionamento do material que será lixado.

3.1.2.1. Elementos de transmissão de movimento

Nesse módulo serão apresentadas as funções de todos os elementos que dão movimento a mesa.

3.1.2.1.1. Elementos de transmissão de movimento vertical

Os elementos principais desse movimento são dois parafusos de transmissão de movimento e uma corrente. No interior de cada uma das colunas está fixado um parafuso de transmissão de movimento de aproximadamente um metro de comprimento. Na superfície da viga superior direita do equipamento tem uma manivela que da início a esse conjunto de transmissão. Esse conjunto de transmissão é formado por essa manivela que é ligada a um tubo de aço de seção circular, que no seu centro