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O Presente Trabalho é sobre o Campo Magnético, mais concretamente sobre o campo magnético gerado por um disco totalmente carregado, e ainda como calcular o campo magnético gerado por um disco a uma distância “h”em relação ao seu eixo com uma densidade superficial e uma velocidade angular ω com o auxílio da lei de Biot-Savart.
Tipologia: Resumos
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Departamento de Ciências Básicas
Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica
Discentes
Docente
Aos 02/01/
Figura 2. Íman Artificial
Figura 1. Íman Natural que contem óxidos metálicos
em sua composição como magnetita. (Agostini).
Parte I-Campo Magnético
Íman
O íman é um material que tem a capacidade de magnetizar ou exercer uma força em materiais
constituídos por ferro (Fe), cobalto (Co), níquel (Ni) e suas ligas. Esta força é conhecida
como uma força magnética e pode atrair ou repelir. Estes materiais (chamados
Ferromagnéticos), na presença de um campo magnético externo faz com que os elétrons se
alinhem de modo a produzir um campo magnético permanentemente; outros materiais
exibem propriedades magnéticas muito fracas ou mesmo não as exibem. (Yamamoto e Fuke
Obs. Se a magnetização não é permanente, são chamados de ímanes temporários.
Tipos de ímanes
Estão dispostos dois ímanes:
Íman Natural, que é encontrado na natureza;
Íman artificial que é aquele que resulta de fabricação feita mediante a utilização de
materiais que possuem propriedades magnéticas. O íman artificial, por sua vez, pode
ser:
˗ Permanente: Mantem o seu magnetismo mediante uso de materiais
ferromagnéticos, e seu magnetismo só pode ser perdido de forma temporária
em decorrência de forte temperatura ou descarga elétrica;
˗ Temporal: o magnetismo adquirido através de materiais paramagnéticos
1
é
provisório;
˗ Eletroíman: aparelho capaz de gerar magnetismo mediante a presença
geralmente de ferro.
N.B.O íman natural mais comum é a magnetita, pedra vulcânica em que conta óxido de ferro
na sua constituição.
1
Materiais fracamente atraídos por ímanes.
Figura 3. Interação entre ímanes.
Polos Magnéticos
Todos Imanes possuem dois polos: o norte (N) e o sul (S). Eles interagem entre si, repelindo-
se em polos iguais e repelindo-se em polos opostos/diferentes. (Yamamoto e Fuke 2016).
Em um íman, um polo não aparece isolado (pois é um dipolo
2
); se um íman for partido, cada
pedaço terá seus próprios polos norte e sul. Trata-se de um princípio que é chamado de
princípio da inseparabilidade dos polos. (Yamamoto e Fuke 2016).
Figura 4 .inseparabilidade dos polos.
Campo Magnético
O Campo é uma propriedade do espaço próximo a uma partícula dotada de certa
característica, e neste espaço cada ponto da mesma é afetado por uma força. (Yamamoto e
Fuke 2016).
Assim quando um corpo atrai outro, pode existir um camp gravitacional criado por corpos
com massa; se corpos eletrizados se atraem ou repelem, temos um campo elétrico, que é
criado por corpo dotado de carga elétrica; do mesmo modo, aproximando um íman de um
prego, percebemos um atracão porque o prego se encontra no campo magnético criado pelo
íman.
O campo magnético
é a região do espaço onde um pequeno corpo de prova fica sujeito a
uma força de origem magnética. Esse corpo de prova pode ser um objeto de material que a
apresente propriedades magnéticas. T ,de Tesla é unidade no S.I do campo magnético.
Obs. O íman é que cria o campo magnético, da mesma forma como a carga elétrica e a massa,
que criam os campos elétrico e gravitacional respetivamente.
2
Par de polos magnéticos, cada um com carga oposta, separados por uma curta distância.
Figura 7 .Interacao entre polos de ímanes diferentes.
O campo magnético
é constituído por infinitos vetores de indução magnética
B , todos com
direção sempre tangente à linha de força do campo magnético e com o mesmo sentido dela,
como acontece com o vetor campo elétrico
E e suas linhas de força.
Figura 8 .Represetacao dos vetores de indução magnética nas linhas de forca do campo magnetico
Campo magnético gerado por corrente elétrica
No ano de 1820, o físico e químico Dinamarquês Hans Christian Oersted (1777-1851)
demostrou que a passagem de corrente elétrica por um fio condutor produzia efeitos
magnéticos em torno dele. (Silva 2014).
Devido ao seu experimento, hoje sabemos que cargas elétricas em movimento geram campos
magnéticos ao seu redor, que podem eventualmente interagir com objetos magnetizados ou
ferromagnéticos em sua vizinhança. (Yamamoto e Fuke 2016).
No artigo “ Experimenta circa effectum conflictus eletriciti in acum magneticam”
(Experiencias sobre o efeito do conflito elétrico sobre a agulha magnética), escrito por
Oersted, este descreveu os procedimentos necessários para determinar a direção da força
magnética que atua sobre um polo magnético de um íman, nas proximidades de fios
condutores atravessados pela corrente elétrica. Considera-se esse evento o início do
eletromagnetismo. (Yamamoto e Fuke 2016).
Experimento de Oersted
No experimento de Oersted, uma bussola é colocada com os ponteiros em equilíbrio na
direção paralela a um fio condutor retilíneo sem passagem de corrente elétrica. Quando a
corrente atravessa o fio condutor, o ponteiro da bussola sofre um desvio.
Figura 9. Experimento de Orsted.
Assim a única possibilidade para a mudança de direção da agulha da bussola era a presença
de um campo magnético nas proximidades da bussola diferente daquele provocado pela terra.
Assim Orsted Chegou a conclusão que as cargas elétricas em movimento eram capazes de
criar um campo elétrica, assim um fio que conduz corrente elétrica atua como um íman, mas
visto que este era um “íman ” enquanto estivesse submetido a uma ddp nas suas
extremidades, temos que foi chamado como “electro íman”.
Lie de Biot-Savart
Coube a dois físicos franceses, Jean-Baptiste Biot (1774-1862) e Félix Savart (1791-1841), a
formulação da equação que permitiu calcular a intensidade do campo magnético gerado por
uma corrente elétrica.
Consideremos um trecho muito pequeno, de comprimento
Δ l , de um fio condutor sendo
percorrido por uma corrente elétrica de intensidade
i cuja unidade de medida no SI é ampere
(A). Essa corrente gera um campo magnético de intensidade
, num ponto situado a uma
distância
d do trecho em questão. Se essa distancia for medida de modo a formar com
Δ l um
angulo θ , então a intensidade de Δ B será dada por:
A unidade de medida do campo magnético no SI é o tesla (T), em homenagem ao Nicola
Tesla, engenheiro croata e multi-inventor. A grandeza
μ na equação 1 é uma
medida da facilidade de produzir magnetização nesse meio, e é chamada
permeabilidade
magnética do meio e
seu valor, no vácuo é
de:
Fluxo dos
elétrons
Direção do
campo
magnético
μ ∙ i∙ Δl∙ senθ
4 π d
2
Equação 1 .Lei de Biot-Savart.
μ = 4 π ∙ 10
− 7 T ∙ m
Figura 12 .Ilustração do disco rígido carregado com uma velocidade angular no sentido horário.
Figura 13 .Campo magnético a uma distância h do eixo de um anel.
Em cada ponto do campo magnético, o vetor indução magnética
Δ B Tangencia a linha de
força e adota o mesmo sentido.
Parte II- Exercício Proposto
Apresentação e Resolução do exercício Proposto
Um disco de raio
homogéneo tem uma carga
distribuída pela sua superfície e gira com
velocidade angular
ω constante. Suponha que a densidade de carga seja constante ao longo da
sua superfície. Calcule o campo magnético a uma altura
h acima do eixo do disco.
Resolução:
Em primeira instância iremos fazer o esboço do disco e fazer as possíveis simplificações do
exercício de formas a resolver o meso de forma concisa e clara.
Como não é simples de se analisar o campo magnético no ponto
a uma “altura”
h , (fig.12)
tendo o disco como um todo, iremos subdividir este disco em
n anéis desde o raio zero até o
raio R , e estudar o campo magnetico nesta nova configuração (mantendo o sentido de rotação
do
disco, mas desta vez com uma “intensidade”
i percorrendo este anel).
Uma vez nesta configuração, iremos primeiramente obter a direção do campo magentico pela
regra da mão direita e observamos que o vetor
dB
forma um angulo α com a perpendicular, e
podemos ter os seus componentes em
x e
y , assim temos que:
Segundo a Lei de Biot-Savart Equação.1 temos o angulo
θ que o vetor
dl faz em relacão a
disntacia de
dl e o ponto
, que neste caso é a distancia
a , e o angulo entre o plano que a faz
e o vetor
dl
é perpendicular assim θ = 90 ° logo segundo a Equação.1 temos:
d B =
μ ∙ i∙ d l∙ senθ
4 π a
2
⇒ d B =
μ ∙i ∙ d l ∙ sen ( 90 ° )
4 π a
2
⇒ d B =
μ ∙i ∙ d l
4 π a
2
Equação 4. campo magnetico dB
gerado pelo pequeno segmento dl
Pela simetria observamos que todos os vetores perpendiculares ao nosso eixo (
d B
y
) acabam
por anular –se , so restando com a componete x , seja.
d B
x
. Assim o nosso campo magnetico
anel
gerado por todo anel no ponto
, sera dado por:
anel
∫
dB
Equação 5 .Campo magnético B
anel
Gerado por todo anel no ponto P.
Sabendo que:
dB = d B
x
y
; e
d B
y
devido a simetria, com a Equação.3, temos que:
dB = dB ∙ senα
dB = dB ∙
r
a
Assim:
anel
∫
dB ∙
r
a
anel
∫
μ ∙ di∙ d l
4 π a
2
r
a
anel
μ ∙ di∙ r
4 π a
3
∫
dl ⇒ B
anel
μ ∙ di∙ r
4 π a
3
l
Sabendo que o perimetro l do anel, l = 2 πr , e que a segundo pitagoras a = √
r
2
2
anel
μ ∙di ∙ r
4 π a
3
2 πr
anel
μ∙ di ∙r
2
√
r
2
2
3
Equação 6 .Campo magnético gerado pelo anel em função da intensidade.
Uma vez obtida a equação para o cálculo para o campo magnético gerado por anel, nos
podemos basear nesta para o cálculo do campo gerado pelo disco com uma densidade
superficial σ. Mas primeiramente iremos tomar
anel
= d B
disco
. Agora sabendo que:
i =
t
, e como estamos a tratar de um pequena parte do anel
dl teríamos que:
di =
dQ
dt
, mas e
dQ? Bem, lembrando que:
σ =
dQ
dS
dQ = σ ∙ dS
e
d b
y
= dB ∙ cos α
Equação 3. Cálculo da componente y do campo
magnético.
d B
x
= dB∙ senα
Equação 2. Cálculo da componente x do campo
magnético.
Conclusão
Neste trabalho interpelamos a temática: campo magnético, mas, com ostentação para o campo
magnético concebido por um disco carregado. Cumprimos todos objetivos que nos tínhamos
proposto, desde a definição do campo magnético, que é uma região do espaço ao redor de um
elemento magnético, em que um outro objeto de prova fica sujeito a uma força magnética.
Atentando as linhas do campo magnético, foi possível notar que estas linhas por convecção
tem o sentido do polo norte ao polo sul, jamais se cruzando, e a concentração é maior quanto
mais perto de um dos polos se encontrarmos, foi possível observar ainda, que o campo
magnético é constituído por infinitos vetores de indução magnética sempre tangentes as
linhas de campo e com o mesmo sentido destas.
Consoante a regra da mão direita, conseguimos determinar o sentido do campo magnético em
um “fio condutor” conhecendo o sentido da corrente (convencional) que com o polegar
apontando no mesmo sentido com o fluxo da corrente termos o campo magnético será dado
pelos demais dedos envoltos no fio como ilustrado na fig.11.
Conseguimos determinar a intensidade do campo magnético gerado pelo disco a uma
distância
h do seu eixo em relação ao centro, se baseando na imposição de Biot-Savart
(equação.1), mas usando a analogia de decomposição do disco com uma velocidade angular
ω , em
n anéis ate se apresentam como condutores, e levando que passa uma certa corrente
pelos mesmos na mesma direção que a velocidade angular, nos permitindo usar a lei de Biot-
Savart que calcula a intensidade do campo em gerado por uma corrente elétrica e depois de
algumas manipulações algébricas, obtivemos a expressão para o campo (pg.11).
O campo magnético gerado por um disco carregado é de fácil compreensão e análise,
observando as linhas de campo que o disco gera, notamos que o vetor no seu eixo sempre
tende a fazer um certo angulo α em relação a perpendicular do eixo, assim trabalhando com
as componentes do campo magnético, porém as componentes em y acabam anulando se
devido a simetria do disco o que facilita no estudo do campo resultante, podendo ser radial
para fora ou para dentro pois este vetor é sempre perpendicular as linhas de força. E foi
possível notar que dependendo do sentido de rotação/intensidade da corrente, teremos o polo
sul ou polo norte no eixo, implicando um campo magnético resultante diferente para cada
situação, porém, com mesma magnitude, pois, esta é maior quanto mais perto de um dos
polos, e mais fraca quando mais distante e atingindo zero no infinito
Este trabalho apresentou-se muito meritório, para o nosso discernimento, apreensão e
especialização desta matéria, uma vez que permitiu-nos apreender melhor a configuração do
campo magnético e compreensão das convenções adotadas no eletromagnetismo, como
também tivemos uma concepção da imposição de Biot-Savart e suas aplicações, além de ter-
nos outorgado aprimorar competências de investigação, seleção, organização e
aquinhoamento da informação com outrem.
Bibliografia
WALKER, Jearl. BIASI, Ronaldo Sérgio. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo .10ed.
Rio de Janeiro: LTC. 2016.
WALKER, Jearl. BIASI, Ronaldo Sérgio. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo .9ed.
Rio de Janeiro: LTC.
YAMAMOTO, Kazuhito. Física Para Ensino Médio: Eletricidade Física Moderna. 4ed.São
Paulo: Editora Saraiva.2016.
TIPLER, Paul A; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros .6ed.LTC.
CAMPO MAGNETICO. Disponível em: < https://www.preparaenem.com/fisica/campo-
magnetico.html>. Data de Acesso: 02/01/2022.