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deficiencias nutricionais do milho
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Você já fez o "check-up" do seu milho este ano? Todo agricultor deveria aprender a reconhecer os sinto- mas que são ilustrados aqui sinais que demonstram que uma cultura de milho está deficiente em um ou mais nutrientes essenciais para o crescimento sadio da planta e para produções lucrativas. Você pode ser o doutor do seu milho. Esta é uma parte importante do manejo da cul- tura: examinar regularmente as plantas e identificar os sinais que significam problemas para o seu desenvolvimento.
Os ótimos retornos econômicos de seu investimento na cultura depen- dem de um adequado suprimento de nutrientes em todo o período de desen- volvimento. Esses sintomas de deficiên- cia nutricional indicam que as neces- sidades não estão sendo supridas. Exa- mine a cultura várias vezes durante seu desenvolvimento. Algumas deficiências detectadas precocemente podem ser corrigidas por aplicação de fertilizantes em cobertura. Mesmo que elas não pos- sam ser corrigidas este ano, o conhe- cimento de onde elas ocorrem pode ser de valia para o planejamento do pro- grama de adubação para o próximo plantio.
As folhas de milho sadias devem ter coloração verde escura brilhante. Isso indica altos níveis de clorofila, essenciais para captar a energia solar e produzir açúcares, necessários para o crescimento e o desenvolvimento da planta. Qualquer estresse ou falta de nutriente irá alterar a coloração e dimi- nuir a produção de açúcar.
Traduzido do artigo escrito por K.C. Berger, Professor de Solos da University of Wisconsin - College of Agriculture; revisado e adaptado por Dr. Harold F. Reetz, Jr., Diretor do Potash & Phosphate Institute (PPI).
Doenças , como a causada por Helminthosporium , começam com pequenas manchas e gradualmente se espalham sobre a folha.
Produtos químicos ocasionalmente podem queimar a ponta, as margens e outras partes em que tiveram contato. O tecido morre, a folha torna-se esbranquiçada. Ilustrações: Maynard Reece
O sinal da fome de nitrogênio é um amarelecimento que começa na ponta e se move para o meio da folha, na forma de um V deitado.
A deficiência de potássio aparece como uma queimadura ou secamento da ponta e das margens das folhas inferiores.
A deficiência de fósforo marca as folhas com vermelho-púrpura, particularmente em plantas jovens.
Folhas saudáveis brilham com uma coloração verde escura quando adequadamente alimentadas.
A deficiência de magnésio causa listras esbranquiçadas (clorose internerval) paralelas à nervura principal e às vezes uma coloração púrpura na face inferior das folhas mais velhas.
A seca provoca uma coloração verde acinzentada nas plantas; as folhas podem se enrolar e ficar com o diâmetro de um lápis.
A deficiência de nitrogênio é menos provável de ser detectada pre- cocemente, mas quando as plantas jo- vens apresentam leve coloração verde amarelada, pode significar falta de N. Se a deficiência for detectada no início, a adubação nitrogenada em cobertura pode ajudar a resolver o problema.
Depois que o milho alcançar a altura dos joelhos, a taxa de crescimento aumenta, e a demanda por N cresce rapidamente. Exigências de 3,5 kg de N/ha.dia são comuns e podem ser duas vezes maior durante os períodos de pico de demanda. Se não houver suficiente nutriente disponível, as folhas inferio- res começam a amarelar no ápice, com amarelecimento progressivo ao longo da nervura principal.
Visto que o N é um nutriente móvel na planta, os sintomas caminham gradualmente para as folhas superiores da planta. As folhas inferiores morrem.
A análise de tecido para N pode ser feita no campo, usando indicadores químicos ou aparelhos eletrônicos de medida, como o medidor de clorofila, para auxiliar na diagnose da deficiência.
Morte prematura da planta e espi- gas pequenas e palhentas resultam da deficiência de N.
A deficiência de fósforo geral- mente aparece quando as plantas são muito jovens. Um sintoma inicial é a coloração púrpura-avermelhada das folhas. Colmos frágeis e delgados improdutivos ou com espigas pequenas e torcidas também indicam deficiên- cia de fósforo. Condições de baixas temperatura e ar excessivamente seco ou úmido no período inicial de cresci- mento, ou qualquer restrição física ao desenvolvimento das raízes, podem in- duzir aos sintomas de deficiência, ainda que haja adequado suprimento de fósforo no solo. A deficiência de fósforo também resulta em maturidade atrasada.
As altas taxas de absorção por dia, principalmente do florescimento à granação, salientam a importância da alta fertilidade do solo para a nutrição adequada de fósforo.
A deficiência de potássio mostra- se inicialmente como um amareleci- mento e bronzeamento ao longo das
das folhas. Ela pode ser uma indicação de solo ácido, especialmente em plantas jo- vens, sob cultivo mínimo. A aplicação de calcário dolomítico pode ajudar a corrigir o problema nos anos subseqüentes. Se o problema não for pH ácido, as fontes de Mg, tais como sulfato de potássio-magnésio, podem corrigir a deficiência. A seca e o encurvamento das folhas superiores podem indicar deficiência de cobre (Cu). A deficiência de zinco (Zn) é indicada por listras cloróticas paralelas à nervura central das folhas jovens, encur- tamento dos internódios e plantas raquíticas. Colmos sem espigas ou espigas estéreis em solos bem fertilizados, com alta população de plantas, podem ocorrer devidos à deficiência de boro (B). A acidez do solo afeta a absorção de muitos nutrientes pela planta e pode cau- sar deficiências mesmo quando há supri- mento adequado de nutrientes no solo. A análise de solo deve ser usada regularmente para identificar problemas de pH e moni- torar os níveis de P e K no solo. A análise de nitrato no perfil do solo fornece informações seguras que auxiliam na aplicação de N em regiões onde ele é retido no solo de uma safra para outra. Em regiões mais úmidas, o teste para nitrato pode ser menos seguro que os testes para pH, P e K.
Como um doutor em milho, seja meticuloso na avaliação do "paciente". Observe a aparência geral da cultura e compare as áreas problemas com a apa- rência "normal" das áreas saudáveis. Arran- que ou desenterre algumas plantas das
áreas "normal" e "problema". Inspecione cuidadosamente as raízes, quebre o colmo e examine o desenvolvimento da espiga. Observe, também, os problemas causados por insetos e doenças. Amostras coletadas nas áreas "problema" e "normal" durante o período de crescimento podem fornecer informações úteis para o diagnóstico através das análises de laboratório. Faça anotações detalhadas sobre o que você vê e sua exata localização no campo. Use a câmera para documentar as áreas "normal" e "problema" em fotos, slides ou video. Se você usar uma câmera de video, discorra sobre os sintomas e as condições de campo conforme você filma. Anote a localização no campo e a data em todas as fotos. Tal documentação em ano- tações e fotos será valiosa no planejamento da próxima safra. Na época da colheita, retire e exa- mine as espigas antes de colher a cultura. Novamente, as anotações podem ser valio- sas ferramentas para ajudar a corrigir pro- blemas para a próxima safra. Espigas defor- madas, incompletas, e colmos improduti- vos podem indicar deficiência nutricional. Colete amostras de solo das áreas da lavou- ra onde tais problemas ocorrem, bem como das áreas "normais". A comparação das análises de laboratório dessas amostras ajudará a completar o diagnóstico.
Ser um bom doutor em milho e aprender a identificar as deficiências nutri- cionais e outros problemas de saúde das plantas são partes importantes de um ma- nejo responsável da cultura. A adubação adequada, com base nas análises de solo, unida com outras práticas de manejo, é a chave para uma produção eficiente e eco- nômica.
margens das folhas inferiores, movendo-se gradualmente em direção à nervura princi- pal e às folhas superiores da planta. Outro sintoma comum de deficiência de K é uma mancha marrom escura nos nódulos, no interior do colmo, que pode ser revelada pelo corte longitudinal do mesmo. O ta- manho da espiga não é tão afetado como na deficiência de N ou P, mas a extremidade dos grãos não se desenvolve e as espigas ficam com os grãos não compactamente enfileirados no sabugo, por resultado da deficiência de potássio. Como o potássio também é o maior responsável pelo uso efi- ciente da água, os efeitos da seca são muito mais pronunciados quando seu suprimento é inadequado. Nos períodos de pico de demanda, o K é mais absorvido por dia que o próprio N, enfatizando a importância de altos níveis de fertilidade para se obter produções lucra- tivas.
Além das deficiências de N, P e K, outras deficiências de nutrientes ocorrem menos freqüentemente, mas podem ser fa- tores muito importantes na determinação dos limites de produção. A deficiência de enxofre (S) apresen- ta-se como uma coloração verde clara nas folhas superiores e crescimento deficiente. É mais comum em solos arenosos ou com baixo teor de matéria orgânica. Vários ferti- lizantes que contém enxofre podem ser usados para corrigir o problema. A deficiência de magnésio (Mg) produz listras esbranquiçadas paralelas às nervuras nas folhas inferiores, com desco- loração avermelhada ao longo das margens
CURVAS DE ABSORÇÃO DE MACRO E MICRONUTRIENTES PELO MILHO
Fonte: BÜLL, L.T. Nutrição mineral do milho. In: BÜLL , L.T. & CANTARELLA, H.; ed. Cultura do Milho. Piracicaba, POTAFOS, 1993.