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Deficiencia Hidrica Florestal, Notas de estudo de Agronomia

Deficiencia hidrica em duas cultivares de eucalipto

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 15/12/2011

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igor-wechwert-9 🇧🇷

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Deficiência Hídrica Florestal
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Deficiência Hídrica Florestal

Deficiência hídrica no solo e seu efeito

sobre transpiração, crescimento e

desenvolvimento de mudas de duas

espécies de eucalipto

Fabrina Bolzan MartinsI; Nereu Augusto StreckII; Joel Cordeiro da SilvaIII; Weslley Wilker MoraisIV; Felipe SusinIV; Márcio Carlos NavroskiIV; Magnos Alan VivianIV IDoutoranda em Ciência Florestal, Departamento de Engenharia Florestal,

Universidade Federal de Viçosa – UFV. Av. PH Rolfs s/n, CEP 36570-000 Viçosa (MG). Bolsista do CNPq. IIProfessor do Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Maria –

UFSM. Av. Roraima 1000, CEP 97105-9000 Santa Maria (RS). IIIProfessor do Centro Federal de Educação Tecnológica de São Vicente do Sul –

CEFET/SVS. Rua Vinte de Setembro s/n, CEP 97420-000 São Vicente do Sul (RS). IVAlunos de Graduação em Engenharia Florestal, UFSM

Introdução

• A água é um recurso natural valioso e

certamente o elemento mais importante para a

vida dos animais e vegetais, pois é necessária à

maioria das funções vitais, reações e rotas

metabólicas.

• A redução da água disponível no solo para a

planta influencia negativamente o seu

crescimento e desenvolvimento (Sinclair &

Ludlow, 1986). Dessa forma, a produtividade

agrícola e florestal é influenciada pela

disponibilidade de água no solo.

  • A deficiência hídrica pode afetar o crescimento e

desenvolvimento de espécies florestais em qualquer fase

de seu ciclo.

  • Existem vários índices que podem ser utilizados para

expressar a quantidade de água no solo e, a partir deles,

pode-se determinar-se o déficit hídrico no solo, como, por

exemplo, quantidade total de água armazenada (QTA),

capacidade de armazenamento de água disponível (CAD),

fração de água disponível (FAD) e fração de água

transpirável no solo (FATS).

  • O objetivo deste trabalho foi quantificar a influência do

déficit hídrico no solo sobre a transpiração e sobre alguns

parâmetros de crescimento e desenvolvimento em mudas

de Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna. Essas espécies

foram escolhidas por representarem, respectivamente, 30

% e 10 % da área plantada com eucalipto no Estado do Rio

Grande do Sul, além de serem objeto de controvérsia e

debate de acordo com a eficiência no uso da água

(Kallarackal & Somen, 1997).

  • A deficiência hídrica foi imposta quando as plantas tinham em

média 20 folhas acumuladas, quando foi suprimida a reposição de

água no tratamento com deficiência hídrica. Para garantir que a

água fosse perdida apenas através da transpiração das plantas,

todos os vasos foram cobertos por um filme plástico branco, a fim

de minimizar a perda de água pela evaporação do solo. Os vasos

foram saturados com água, deixados drenar por 10 h para atingir

a capacidade de campo e pesados para determinar a massa

inicial. A partir de então, foi aplicada a deficiência hídrica nos

vasos do T2, os quais não foram mais irrigados até o final do

experimento. Diariamente, ao final da tarde, todos os vasos foram

pesados. Logo após a pesagem, os vasos do T1 foram irrigados

com a quantidade de água perdida pela transpiração das plantas,

determinada pela diferença entre a massa do vaso no dia

específico e a massa inicial (primeiro dia em que foi aplicada a

deficiência hídrica). O término do experimento foi considerado

quando as plantas do T2 atingiram uma taxa de transpiração

relativa (TR) de 10%, comparada com as plantas do T1, calculada

pela equação (Sinclair & Ludlow, 1986):

  • O E. saligna teve maior transpiração e consumiu mais

água diariamente que o E. grandis no T1, em ambas as

épocas de semeadura (Quadro 2), o que está

relacionado com a maior área foliar encontrada nesta

espécie (Whitehead & Breadle, 2004). No T2 da

primeira época de semeadura, o Eucalyptus saligna

apresentou transpiração e consumo de água similares

aos de E. grandis, diferentemente da segunda época

de semeadura no T2, quando o E. saligna teve uma

transpiração e consumo de água menores do que os

do E. grandis. Houve redução na transpiração e no

consumo de água no T2, em ambas as espécies, graças

à redução na área foliar, tendo sido essa redução na

área foliar maior no E. grandis. No E. saligna , houve

maior redução na transpiração e no consumo de água,

apesar da menor redução na área foliar, pelo fato de

tal espécie apresentar maior controle na abertura e

fechamento estomático (Silva et al., 2004).

Conclusões

• 1. O crescimento e o desenvolvimento de mudas

de eucalipto foram afetados pela deficiência

hídrica, antes mesmo de ser a transpiração

afetada pela redução da água no solo.

• 2. O início da redução da transpiração, indicativo

do início do fechamento estomático, mostrou-se

dependente das condições climáticas e

aumentou com a temperatura ambiente.

• 3. Os valores de FATS para as duas espécies de

eucalipto foram maiores do que os da maioria

das culturas anuais e perenes estudadas,

indicando boa adaptação dessas espécies à

deficiência hídrica no solo.