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Defeitos congênitos, Resumos de Embriologia

Resumos sobre defeitos congênitos- Embriologia

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 09/10/2020

adrielli-teixeira-1
adrielli-teixeira-1 🇧🇷

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EMBRIOLOGIA
DEFEITOS CONGÊNITOS
Defeitos congênitos = anomalias congênitas = defeitos do nascimento: são distúrbios
estruturais, comportamentais, funcionais e metabólicos existentes por ocasião do
nascimento.
Teratologia: ramo da ciência que estuda as causas, mecanismos e padrão dos defeitos
congênitos
Teratógeno ou agente teratogênio: qualquer agente capaz de formar anomalias
congênitas, ou aumentar a incidência da anomalia na população
Se acontecer qualquer anormalidade cromossômica nas primeiras duas primeiras
semanas ocorre o aborto espontâneo
*Período embrionário: da primeira a oitava semana.
*Período fetal: da oitava até o parto
O período embrionário é o período da organogênese, os órgãos estão se formando.
Então da terceira a oitava semana é o período crítico do desenvolvimento.
Existem 3 tipos de teratógenos: físicos, químicos e biológicos.
Físicos: radiação,
Químico: drogas lícitas e ilícitas
Biológico: microrganismos, como vírus, bactérias, etc
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EMBRIOLOGIA

DEFEITOS CONGÊNITOS

 Defeitos congênitos = anomalias congênitas = defeitos do nascimento: são distúrbios

estruturais, comportamentais, funcionais e metabólicos existentes por ocasião do

nascimento.

 Teratologia: ramo da ciência que estuda as causas, mecanismos e padrão dos defeitos

congênitos

 Teratógeno ou agente teratogênio: qualquer agente capaz de formar anomalias

congênitas, ou aumentar a incidência da anomalia na população

 Se acontecer qualquer anormalidade cromossômica nas primeiras duas primeiras

semanas ocorre o aborto espontâneo

*Período embrionário: da primeira a oitava semana.

*Período fetal: da oitava até o parto

 O período embrionário é o período da organogênese, os órgãos estão se formando.

Então da terceira a oitava semana é o período crítico do desenvolvimento.

 Existem 3 tipos de teratógenos: físicos, químicos e biológicos.

Físicos: radiação,

Químico: drogas lícitas e ilícitas

Biológico: microrganismos, como vírus, bactérias, etc

 O teratógeno tem que agir no período crítico para causar a anomalia congênita

*Na década de 60 muitas mulheres usavam um medicamento para náusea chamado

talidomida, mas quando o medicamento era tomado no momento em que os braços do

bebê estavam se formando, o medicamento agia ali e não deixava os membros se

formarem, causando amelia (ausência de membro) ou meromelia (metade dos membros).

Esse é um caso de um teratógeno químico

*Rubéola: se a infecção acontecer no período crítico do desenvolvimento dos ouvidos ou

olhos causa surdez ou catarata. Se a infecção ocorrer antes ou depois dessa fase não afeta

o feto

 Tipos de anomalias congênitas

 Malformação: é a nível genético, o erro começou na gametogênese, como o ovócito

que recebeu 24 cromossomos, ou só recebeu 22 cromossomos, isso também pode

ocorrer por fatores ambientais. Ocorre durante a organogênese. Podem resultar em

ausência total ou parcial de uma estrutura ou alterações de sua configuração normal.

 Perturbação: ocorrem alterações morfológicas devido a exposição a teratógenos

 Deformação: resultam de forças mecânicas que moldam parte do feto por um período

de tempo prolongado, como os pés tortos, que são causados pela compressão na

cavidade amniótica. Envolvem frequentemente o sistema musculoesquelético. Outro

exemplo é a espinha bífida que ocorre quando a parte caudal do tubo neural não se

fecha.

 Displasia: células se organizam de forma anormal, dando origem a um tecido anormal

*Agentes tóxicos podem causar aplasia

*Aplasia = agenesia: não formação de um órgão ou estrutura anatômica

 Causas das anomalias congênitas

Os defeitos congênitos podem também ser causados por fatores ambientais, fatores

genéticos ou causados pela interação do ambiente com a suscetibilidade genética da

pessoa.

 Fatores genéticos: anormalidades cromossômicas (numérico, estrutural ou mutação)

 Fatores ambientais: físicos, químicos e biológico

 Herança multifatorial: fator genético + fatores ambientais

 FATORES GENÉTICOS

*Trissomias autossômicas:

Trissomia do 21: Síndrome de Down

-A síndrome de Down não ocorre só por trissomia, pode ocorrer também por mosaicismo

(recebe 2 linhagens celulares, algumas células tem 46 cromossomos outras tem 47 – tem

características mais brandas), ou por translocação.

-Quanto maior a idade da mãe, maior a probabilidade de ter um filho com síndrome de

Down

Trissomia do 18: Síndrome de Edwards

Trissomia do 13: Síndrome de Patau

**Síndrome: conjunto de sinais e sintomas que configuram uma patologia.

*Trissomia dos cromossomos sexuais:

47 XXX: é do sexo feminino, e tem leve retardo mental

47 XXY: Síndrome de Klinefelter, sexo masculino. Não produz espermatozoides, tem os

membros inferiores desproporcionalmente grandes, tem inteligência abaixo do normal e a

maioria tem ginecomastia (na puberdade os seios se desenvolvem)

47 XYY: sexo masculino, apresentam comportamento agressivo

*Tetrassomia:

Mulheres: 48 XXXX

Homens: 48 XXXY ou 48 XXYY

*Pentassomia: 5 cromossomos sexuais

Mulheres: 49 XXXXX

Homens: 49 XXXYY ou 49 XXXXY

-Quanto maior o número de cromossomos sexuais maior o nível de retardo mental

*Aneuploidia: indivíduo portador de um número de cromossomos que não é múltiplo do

número haploide 23, tem 45 ou 47 cromossomos.

45 cromossomos = hipodiplóide: Síndrome de Turner (45, X). Tem fenótipo feminino.

47 cromossomos = hiperdiploide

*Poliploidia: nunca nascem. Indivíduos portadores do número de cromossomos que é um

múltiplo do número haploide 23, que não é 46, pode ser 69 (se for fruto de uma

dispermia) ou 92 (quando 2 zigotos se fundem e formam um embrião tretaploide)

Tetraploidia (92 cromossomos):

Embriões tetraploides abortam precocemente

Pode resultar da fusão de 2 zigotos

As causas são por falha mitótica no início do desenvolvimento embrionário

 Anormalidades cromossômicas estruturais

Resulta de quebra de cromossomos seguidos por reconstituição com uma combinação

anormal

Os cromossomos se quebram e na hora deles se reconstruírem eles se combinam

anormalmente. Fatores ambientais como radiação, drogas, produtos químicos e vírus

causam essa anormalidade estrutural

Os cromossomos são constituídos por um braço curto (p) e um braço longo (q). Cada

região (p e q) é dividida em subdivisões. A través da técnica de bandeamento é possível

visualizar esses cromossomos.

 Anomalias causadas por fatores ambientais Princípios básicos da teratogênese:  A constituição genética do embrião  Estágio de desenvolvimento quando ocorre a exposição ao teratógeno (da terceira a oitava semana)  A dose e a duração da exposição *Os períodos críticos do desenvolvimento humano são os períodos da divisão, da diferenciação celular e da morfogênese (ponto máximo) Teratogênese por drogas  Tabagismo: restrição do crescimento intrauterino, baixo peso no nascimento, defeitos cardíacos, pode ocorrer hipóxia fetal crônica  Cafeína: não é considerado um teratógeno humano, mas não há garantia de que um grande consumo materno seja seguro para o embrião.  Álcool: síndrome do alcoolismo fetal, leva a alterações do crescimento e da morfogênese do feto, microcefalia, defeitos articulares, doenças cardíacas, nariz curto, lábios finos  Andrógenos e Progestógenos: pode estimular a genitália do feto de forma anormal, genitália externa ambígua  Anticoagulantes (warfarina): hipoplasia nasal, epífises mosqueadas, falanges hipoplásicas, anomalias oculares e deficiência mental  Antibióticos: tetraciclina faz com que os dentes da criança nasçam manchados. Estreptomicina e dihidroestreptomicina pode causar surdez  Anticonvulsivantes: Síndrome da hidantoína fetal, deficiência mental, microcefalia, restrição do crescimento intrauterino  Antieméticos  Agentes antineoplásicos: aminopterina – o bebê nasce anencéfalo, vive por poucos minutos  Corticosteroides: tem risco mínimo ou inexistente, mas não deve ser usado nas últimas semanas de gravidez  Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (agente anti-hipertensivo)  Insulina e drogas hipoglicemiantes:  Ácido retinóico (Vitamina A), risco de aborto espontâneo entre a terceira e quarta semana, dismorfia cranial, fenda palatina, defeitos cardiovasculares  Salicilatos (AAS): são potencialmente prejudiciais para o embrião ou para o feto  Tranquilizantes: meromelia ou amelia. Pode causar também micromelia (membros pequenos e curtos) ou focomelia (“membros de foca”)  Drogas ilícitas (LSD, maconha, cocaína): cocaína causa restrição do crescimento intrauterino, prematuridade, microcefalia, infarto cerebral, distúrbios neurocomportamentais. Maconha altera os padrões de sono do bebê Teratogênese por compostos químicos:  Mercúrio orgânico: atrofia encefálica, convulsões e deficiência mental  Chumbo  Bifelinas Policloradas: restrição do crescimento intrauterino, alterações da cor da pele Teratogênese por compostos químicos ambientais:  Rubéola: restrição do crescimento intrauterino, anormalidades cardíacas e de grandes vasos, microcefalia, surdez, catarata, glaucoma, deficiência mental, osteopatias, defeitos dentários

 Citomegalovírus: microcefalia, coriorretinite, pera auditiva, retardo do desenvolvimento mental e psicomotor, hepatoesplenomegalia, hidrocefalia, paralisia cerebral  Vírus do Herpes Simples (HSV): vesículas e cicatrizes na pele, coriorretinite, hepatomegalia, petéquias, anemia hemolítica, hidroanencefalia  Varicela: cicatrizes cutâneas, defeitos neurológicos, paralisia de membros, hidrocefalia, convulsões, catarata, deficiência mental, anomalias esqueléticas  HIV: probabilidade de transmissão para o bebê, podendo causar a AIDS, falha do crescimento  Toxoplasmose: alterações destrutivas no encéfalo, corioretinite, deficiência mental, microcefalia e hidrocefalia. Nos estágios iniciais da gravides pode causar a morte do feto  Sífilis congênita: se não tratar pode causar surdes, dentes e ossos anormais, hidrocefalia, deficiência mental Teratogênese por radiação: altos níveis de radiação causam microcefalia, deficiência mental, anomalias esqueléticas, retardo do crescimento e catarata.  Fatores maternos como teratógenos Diabetes mellitus: quando não é controlado pode causar aborto espontâneo. Recém nascidos de mães diabéticas geralmente nascem grandes (macrossomia), e apresentam maior risco de anomalias encefálicas, defeitos esqueléticos, e defeitos congênitos cardíacos Deficiência de fenilalanina: causa fenilcetonúria (erro inato do metabolismo), tem maior risco de microcefalia, defeitos cardíacos, deficiência mental e restrição do crescimento intrauterino Deficiência de ácido fólico: maior risco de defeitos do tubo neural (espinha bífida)  Teratogênese por fatores mecânicos O líquido amniótico absorve pressões mecânicas, protegendo o embrião da maioria dos traumas externos. Uma quantidade reduzida de líquido amniótico pode resultar na deformação mecânica dos membros. Deformações podem ser causadas por qualquer fator que restrinja a mobilidade do feto e produza compressão prolongada em uma postura anormal. Amputações intrauterinas ou outras anomalias causadas pela constrição local durante o crescimento fetal pode resultar de bandas amnióticas, que são faixas finas ou anéis de tecido formadas por ruptura do âmnio durante o início da gravidez.