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Trabalho em pesquisa
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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João Pessoa 2014
A erosão é um processo natural de desagregação, decomposição, transporte e deposição de materiais de rochas e solos que vem agindo sobre a superfície terrestre desde os seus princípios. Para que o processo erosivo de desagregação e remoção de partículas do solo ou fragmentos de rocha ocorra é necessário a ação combinada da gravidade com a água, vento, gelo ou organismos. Contudo, a ação humana sobre o
A erosão pela água, mais conhecida como erosão hídrica engloba alguns dos principais tipos de processos erosivos, afinal, a água é o maior agente erosivo externo existente.
Dentre os tipos de erosão hídrica encontram-se:
Este tipo de erosão é provocado pelas águas das chuvas. A água das chuvas pode escorrer sobre a superfície do solo formando as enxurradas, ou infiltrar-se no terreno.
As gotículas de chuva, ao caírem em um barranco ou em qualquer outro terreno, provocam a saltitação ( splash erosion ) das partículas, tendo assim o que se chama de “ação mecânica das gotas da chuva”, e é justamente esta que provoca o arrancamento e o deslocamento de partículas. Quando o escoamento pluvial acontece é porque a quantidade de chuva caída em uma determinada área é maior que o poder de infiltração, dessa maneira formando as enxurradas, que irá esculpir de várias maneiras os locais por onde passar.
A ação das enxurradas vai, pouco a pouco, retirando a camada fértil do solo, tornando-o cada vez mais improdutivo. Além disso, as enxurradas arrancam plantas e fazem desmoronar barrancos.
A água da chuva que se infiltra no solo pode também arrastar para baixo sais minerais diversos, tirando-os do alcance das raízes e, portanto, empobrecendo a camada superficial do solo. A ação da água que se infiltra no solo e que corre na superfície pode, também, provocar desmoronamentos, formando grandes buracos conhecidos como voçorocas. As voçorocas são comuns em terrenos arenosos e desmatados, podendo atingir centenas de metros de comprimento e trinta ou mais metros de profundidade.
A erosão pluvial é um dos principais fatores que contribui para a diminuição da produtividade e sustentabilidade dos solos agrícolas, podendo acarretar sua degradação. Vários autores têm avaliado perdas de solo, água, nutrientes e matéria orgânica em diferentes sistemas de uso e manejo do solo. No Brasil, o principal agente de erosão é a água das chuvas. Infelizmente, em nosso país são muitos os exemplos de terras ricas que se tornaram estéreis.
É importante lembrar que a erosão pluvial do solo é o resultado da interação entre diversos fatores, como o potencial erosivo da chuva, a suscetibilidade do solo à erosão, o comprimento do declive, a declividade do terreno, o manejo de solo, de culturas e de restos culturais e as práticas mecânicas conservacionistas complementares.
Principais formas de erosão pluvial:
a) erosão laminar : quando a água corre uniformemente pela superfície como um todo, transportando as partículas sem formar canais definidos. Apesar de ser uma forma mais amena de erosão, é responsável por grandes prejuízos na atividade agrícola e por transportar grande quantidade de sedimentos que vão assorear os rios (Figura 01).
Figura 01. Erosão Laminar
b) erosão em sulcos de escorrência : quando a água se concentra em determinados sulcos do terreno, atinge grande volume de fluxo e pode transportar maior quantidade de partículas formando ravinas na superfície. Estas ravinas podem rapidamente atingir a alguns metros de profundidade (Figura 02).
Figura 02. Erosão em sulcos.
3.1.2 Erosão Fluvial
É o desgaste do solo provocado pelas águas dos rios, este processo ocorre graças às fortes correntezas dos rios que são capazes de arrancar fragmentos das margens, alterando assim os seus contornos. Um fato importante a ser citado é a presença de partículas sólidas em suspensão nas águas dos rios, pois estas são responsáveis por
A água do mar reage quimicamente com alguns materiais rochosos desgastando-os. A ação mecânica das águas faz-se sentir quando o mar atira contra a costa rochas de dimensões variáveis originando fraturas nas rochas do litoral. A ação que o mar exerce sobre os continentes faz-se sentir aos seguintes níveis desgaste, transporte e deposição. A ação de desgaste está condicionada pelos seguintes fatores:
a) reações químicas entre a água e os materiais;
b) ação mecânica da água;
c) força e direção das ondas;
d) natureza das rochas - dureza, constituição química e coesão.
O desgaste origina materiais soltos, de dimensões muito variáveis que as correntes marítimas transportam, por vezes, a grandes distâncias. Quando a velocidade e força das correntes diminuem os materiais transportados são depositados. As correntes marítimas transportam materiais resultantes do desgaste da costa ou trazidos pelos cursos de água (rios que deságuam no litoral) que depositam quando a velocidade das águas diminui devido à baixa profundidade formando cordões litorais(Figura 06).
Figura 06. Cordões litoriais.
Em outros casos, essa acumulação de areia dá-se entre o litoral e uma ilha próxima. No caso dos materiais acumulados emergirem a ilha fica ligada ao continente por uma faixa arenosa.
Quando o mar contacta o litoral em zona de costas de abrasão ocorrem fenômenos denominados recuo de barreira , como ilustra a figura 07.
Figura
07. Evolução e recuo de uma Barreira.
As ondas escavam a base da barreira e esta torna-se instável devido à perda da sua base de sustentação. Essa instabilidade origina a fragmentação e queda de blocos. Os fragmentos originam a plataforma de abrasão ( faixa entre o mar e a barreira ).
Quando as ondas batem na face da barreira, exercem, também, uma força compressiva que atua perpendicularmente à ela. Se esta tem fissuras, o ar situado nessas fissuras é comprimido. Quando a onda recua, dá-se um processo de descompressão. Desta forma os interstícios da rocha são alargados e a rocha vai-se fragmentando.
É a erosão provocada pelo vento. Quando sopra, o vento levanta areia do chão, transportando –a para lugares distantes. Durante o trajeto, os grãos de areia agem como lixa sobre as rochas que encontram pelo caminho, desgastando-as e alterando suas formas.
Formação das dunas
Quando o vento sopra seguidamente na mesma direção, ele acaba depositando num mesmo lugar a areia que carregou. Sendo dessa maneira que as dunas se formam, estas que são grandes depósitos de areia que podem ser encontrados em algumas praias e em desertos. As dunas podem surgir também quando a areia, transportada pelo vento, se acumula em torno de um obstáculo, como por exemplo uma grande pedra.
A erosão eólica ocorre em geral em regiões planas, de pouca chuva, onde a vegetação natural é escassa e sopram ventos fortes. Constitui problema sério quando a vegetação natural é removida ou reduzida; os animais e o próprio homem contribuem para essa remoção ou redução. As terras ficam sujeitas à erosão pelo vento quando deveriam estar com a vegetação natural e são colocadas em cultivo com um manejo inadequado.
É a erosão causada pelo gelo e pode ocorrer de três maneiras:
muito intenso, essas águas congelam-se, e o gelo que ocupa mais espaço que a água líquida faz pressão sobre as paredes da rocha, quebrando-a.
d.1) proteção direta contra o impacto das gotas de chuva;
d.2) dispersão da água, interceptando-a e evaporando-a antes que atinja o solo;
d.3) decomposição das raízes das plantas que, formando canalículos no solo, aumentam a infiltração da água;
d.4) melhor estruturação do solo pela adição de matéria orgânica, aumentando assim sua capacidade de retenção de água;
d.5) diminuição da velocidade de escoamento da enxurrada pelo aumento do atrito na superfície.
e) Natureza do solo: as propriedades físicas, principalmente estrutura, textura, permeabilidade e densidade, assim como as características químicas e biológicas do solo exercem diferentes influências na erosão. Suas condições físicas e químicas, ao conferir maior ou menor resistência à ação das águas, caracterizam o comportamento de cada solo exposto a condições semelhantes de topografia, chuva e cobertura vegetal.
f) Ação antrópica: Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão;
f.1) o desmatamento (desflorestações) desprotege o solo à chuva.
f.2) a construção de bairros de lata (favelas) em encostas que, além de desflorestar, tem a erosão acelerada devido ao declive do terreno.
f.3) as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.
f.4) a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem com seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.
terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos;
importante para a purificação e oxigenação das águas;
na fauna e flora nesses corpos d'água;
vindas as grandes chuvas, esses corpos d’água extravasam, causando as enchentes; O assoreamento em locais de pouca chuva podem ocasionar até mesmo o desaparecimento dos rios;
repentinos de grandes massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes tragédias.
Os efeitos da erosão podem e devem ser evitados ou diminuídos, abaixo encontram-se alguns meios que podem ser utilizados para combatê-los, principalmente na área agrícola.
Num terreno em declive, o plantio deve ser feito em curvas de nível, ou seja, os sulcos onde são colocadas as sementes devem ser alinhados todos num mesmo nível, deixando espaços entre cada fileira de vegetais para que corra a água das chuvas diminuindo a força da enxurrada, evitando a erosão do solo.
b) Formação de terraços
Quando o terreno é muito inclinado, a plantação deve ser feita em faixas planas, semelhantes a degraus de uma escada.
A grande vantagem desse método de plantio é diminuir a velocidade da água das chuvas. Assim, sua força não é suficiente para arrancar o solo, quando desce pela encosta, evitando assim a erosão.
c) Faixas de retenção
Quando o vegetal precisa de muito espaço para crescer, deve-se plantar vegetais diferentes na mesma área, em fileiras diferentes. Por exemplo: faixas de algodão intercaladas com faixas de cana-de-açúcar. As raízes de ambos se fixam em diferentes camadas do terreno, funcionando como verdadeiras barreiras para a enxurrada, isto é, funcionam como faixas de retenção, tornando a erosão mais difícil.
d) Evitar desmatamentos e queimadas
Deve haver uma conscientização entre os homens, pois os mesmos são fiéis contribuintes para o aumento da erosão do solo com o desmatamento florestal, as queimadas e a retirada de minério do solo. Com educação ambiental deve se instituir o importante papel do reflorestamento em áreas desmatadas, afim de amenizar ou extinguir os efeitos erosivos na área. E claro eliminar o método de queimadas para obtenção de novas pastagens e áreas de cultivo.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
SALLES, Ignez Helena Fabiano. Conceitos de geografia Física. 2ª Ed. São Paulo: Ícone, 1997.
OLIVEIRA, Luiz F. C. de et al. Rotina computacional para a determinação da velocidade de sedimentação das partículas do solo em suspensão no escoamento superficial. Eng. Agríc. , Jaboticabal, v. 25, n. 1, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0100-69162005000100014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 08 Aug
Endereços eletrônicos:
EROSÃO HÍDRICA: www.manejodesoloeagua.ufba.br/welcome_arquivos/Aulas Pg/ 5Erosão.pdf. Acesso em: 08 Aug 2008.
EROSÃO: http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/erosao.htm. Acesso em: 08 Aug 2008.
EROSÃO: http://www.mountain.eu/eroso_pt.html. Acesso em: 08 Aug 2008.