Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Cuidados em Administração de Medicamentos, Trabalhos de Semiologia

Trabalho sobre Cuidados em Administração de Medicamentos da disciplina de Semiologia.

Tipologia: Trabalhos

2010

Compartilhado em 09/06/2010

middian-meireles-4
middian-meireles-4 🇧🇷

5

(3)

6 documentos

1 / 30

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
INTRODUÇÃO
A administração de medicamentos, prática realizada nas instituições hospitalares sob
responsabilidade da equipe de enfermagem, deve ser vista por todos os profissionais de saúde
envolvidos com a terapia medicamentosa como apenas uma das partes do processo de
medicação.
No que diz respeito à enfermagem esta deve ater-se não somente aos procedimentos
técnicos e básicos inerentes à profissão, mas identificar os caminhos percorridos pelo
medicamento desde o momento que o médico o prescreve até a sua administração ao paciente e
analisar criticamente o sistema de medicação, refletindo sobre suas possíveis falhas e causas. A
enfermagem deve colaborar com a segurança do sistema buscando soluções para os problemas
existentes, além de colaborar com pesquisas sobre esta temática.
A utilização de medicamentos é uma das intervenções mais utilizadas no ambiente
hospitalar, no entanto, estudos, ao longo dos últimos anos, têm evidenciado a presença de erros
no tratamento medicamentoso causando prejuízos aos pacientes que vão desde o não-
recebimento do medicamento necessário até lesões e mortes (LEAPE et al. 1995; TÁXIS &
BARBER, 2003). A administração de medicamentos corresponde a última oportunidade de
prevenir um erro na medicação que pode ter surgido na prescrição ou na dispensação dos
medicamentos.
Os profissionais de saúde devem estar cientes e alertas para este fato e buscar,
permanentemente, medidas de prevenção de erros através de novos conhecimentos, condutas ou
de estratégias que visem proteger todos os envolvidos, principalmente o paciente.
Obter uma visão ampla do sistema de medicação possibilita aos profissionais condições
de análise e intervenções que garantam uma assistência responsável e segura ao paciente e a si
próprio. A partir dessas considerações esse estudo tem por objetivo discorrer sobre tipos e
causas de erros na medicação e sobre a importância de que haja uma visão ampla do sistema de
medicação dentro da instituição hospitalar.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO
PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Administração de medicamentos é um dos deveres de maior responsabilidade da equipe
de enfermagem. Requer conhecimentos de farmacologia e terapêutica médica no que diz
respeito a ação, dose, efeitos colaterais, métodos e precauções na administração de drogas. A
sua correta execução depende da aplicação de diversos princípios científicos que não se
verificando puderam levar a erros com prejuízo do paciente.
No processo de medicação estão identificados 5 componentes, sendo:
1. Seleção e obtenção do medicamento
2. Prescrição
3. Preparação e dispensar
1
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Cuidados em Administração de Medicamentos e outras Trabalhos em PDF para Semiologia, somente na Docsity!

INTRODUÇÃO

A administração de medicamentos, prática realizada nas instituições hospitalares sob responsabilidade da equipe de enfermagem, deve ser vista por todos os profissionais de saúde envolvidos com a terapia medicamentosa como apenas uma das partes do processo de medicação. No que diz respeito à enfermagem esta deve ater-se não somente aos procedimentos técnicos e básicos inerentes à profissão, mas identificar os caminhos percorridos pelo medicamento desde o momento que o médico o prescreve até a sua administração ao paciente e analisar criticamente o sistema de medicação, refletindo sobre suas possíveis falhas e causas. A enfermagem deve colaborar com a segurança do sistema buscando soluções para os problemas existentes, além de colaborar com pesquisas sobre esta temática. A utilização de medicamentos é uma das intervenções mais utilizadas no ambiente hospitalar, no entanto, estudos, ao longo dos últimos anos, têm evidenciado a presença de erros no tratamento medicamentoso causando prejuízos aos pacientes que vão desde o não- recebimento do medicamento necessário até lesões e mortes (LEAPE et al. 1995; TÁXIS & BARBER, 2003). A administração de medicamentos corresponde a última oportunidade de prevenir um erro na medicação que pode ter surgido já na prescrição ou na dispensação dos medicamentos. Os profissionais de saúde devem estar cientes e alertas para este fato e buscar, permanentemente, medidas de prevenção de erros através de novos conhecimentos, condutas ou de estratégias que visem proteger todos os envolvidos, principalmente o paciente. Obter uma visão ampla do sistema de medicação possibilita aos profissionais condições de análise e intervenções que garantam uma assistência responsável e segura ao paciente e a si próprio. A partir dessas considerações esse estudo tem por objetivo discorrer sobre tipos e causas de erros na medicação e sobre a importância de que haja uma visão ampla do sistema de medicação dentro da instituição hospitalar.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO

PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Administração de medicamentos é um dos deveres de maior responsabilidade da equipe de enfermagem. Requer conhecimentos de farmacologia e terapêutica médica no que diz respeito a ação, dose, efeitos colaterais, métodos e precauções na administração de drogas. A sua correta execução depende da aplicação de diversos princípios científicos que não se verificando puderam levar a erros com prejuízo do paciente. No processo de medicação estão identificados 5 componentes, sendo:

  1. Seleção e obtenção do medicamento
  2. Prescrição
  3. Preparação e dispensar
  1. Administração medicamentos
  2. Acompanhamento do paciente em relação aos efeitos do medicamento

No processo de administração medicamentos deve-se ter em conta:

  • Se o medicamento contém substâncias sujeitas a controlo especiais
  • Faixa etária a quem se destina a medicação terapêutica, isto é, crianças, jovens, adultos ou pacientes idosos
  • Grupo farmacológico
  • Descrição da ação, reação e iteração das drogas
  • Posologia
  • Prescrição médica Caso o enfermeiro não tenha em consideração dos fatores acima descritos puderam ocorrer erros:
  • De omissão
  • De administração
  • De dose extra
  • Relacionados com a via de administração
  • Devidos ao horário incorreto
  • Devidos a preparação incorreta
  • Devidos à utilização de técnicas incorretas
  • Devido a medicamentos deteriorados
  • De prescrição
  • De distribuição

Os erros na medicação também podem estar relacionados com:

  • As deficiências da formação acadêmica
  • Inexperiência
  • Negligência
  • Desatenção
  • Desatualização quanto aos avanços tecnológicos e científicos
  • Ao manusear de equipamentos
  • Aos procedimentos definidos

Neste sentido, a aplicação da regra "5 certos" que vem sendo defendida por diversos autores e investigadores, deve ser recorda como um dos guias condutores no processo de administração medicamentos:

  • Medicamento certo
  • Paciente certo
  • Dose certa
  • Hora certa
  • Via certa

Regras gerais e cuidados a ter em consideração na preparação e administração medicamentos:

  • Não conversar durante o processo de preparação de medicamentos.
  • Enquanto prepara o medicamento deve ter sempre à frente a bula do medicamento e a prescrição médica.
  • (^) Ler o rótulo do medicamento três vezes, e antes de cada uma das seguintes etapas compare-o com a prescrição médica: - De retirar o recipiente do armário; - De colocar o medicamento no recipiente para administrar; - (^) De repor o recipiente no armário.
  • Na bandeja de medicamentos deve colocar sempre juntos o cartão e o recipiente de medicamentos.

REGRAS GERAIS

  1. Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico.
  2. A prescrição deve ser escrita e assinada. Somente em caso de emergência, a enfermagem pode atender prescrição verbal, que deverá ser transcrita pelo médico logo que possível.
  3. Nunca administrar medicamento sem rótulo.
  4. Verificar data de validade do medicamento.
  5. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas.
  6. Interar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados específicos e efeitos colaterais.
    • melhor horário;
    • diluição formas, tempo de validade;
    • ingestão com água, leite, sucos;
    • antes, durante ou após as refeições ou em jejum;
    • incompatibilidade ou não de mistura de drogas;
  7. Tendo dúvida sobre o medicamento, não administrá-lo.
  8. Manter controle rigoroso sobre medicamentos disponíveis.
  9. Alguns medicamentos como antibióticos, vitaminas e sulfas, precisam ser guardados corretamente, pois se alteram na presença da luz, do ar ou do calor.

CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

  • Ao preparar a bandeja de medicamentos, não conversar.
  • Ter sempre à frente, enquanto prepara o medicamento, o cartão do medicamento ou a prescrição médica.
  • Ler o rótulo do medicamento três vezes, comparando-o com a prescrição: a) antes de retirar o recipiente do armário; b) antes de colocar o medicamento no recipiente para administrar; c) antes de repor o recipiente no armário. - Colocar o cartão e o recipiente de medicamentos sempre juntos, na bandeja.
  • Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas.
  • Esclarecer dúvidas existentes antes de administrar o medicamento.
  • Identificar o paciente antes de administrar o medicamento, solicitando nome completo e certificando-se da exatidão do mesmo, pelo cartão de medicamento ou prontuário.
  • Lembrar a regra dos 5 certos: medicamento certo, paciente certo, dose certa, hora certa, via certa.
  • Só cancelar a medicação após administrá-la, rubricando ao lado.
  • Quando o medicamento deixar de ser administrado por estar em falta, por recusado paciente, jejum, esquecimento, ou erro, fazer a anotação no relatório.
  • Fazer anotações cuidadosas sobre efeitos dos medicamentos ou queixas do paciente.
  • Para uma medida perfeita, ao despejar o medicamento no copo graduado, levantá-lo à altura dos olhos. Correspondência: colher de sopa (15ml), colher de sobremesa (10ml), colher de chá (5ml), colher de café (3ml).
  • Ter sempre o cuidado de limpar com gaze a boca dos vidros de medicamentos, antes de guardá-los.
  • Ao colocar o medicamento no copo, manter o rótulo do frasco voltado para a mão, a fim de não sujá-lo.
  • Se faltar medicamentos, tomar providências imediatas, seguindo normas e rotinas do serviço.
  • Certificar-se sobre as ordens de controle hídrico, dietas, jejum, suspensão de medicamentos antes de prepará-los. É de grande utilidade seguir o roteiro para a correta administração de medicamentos elaborada por Du Gas:
    1. O cliente tem alguma alergia?
    2. que medicamentos foram prescritos?
    3. Por que está recebendo esses medicamentos?
    4. Que informações devem ser dadas pela enfermagem, em relação ao efeito desses medicamentos sobre o cliente?
    5. Existem cuidados de enfermagem específicos devido à ação das drogas contidas nestes medicamentos?
    6. Como devem ser administrados os medicamentos?
    7. Que precauções devem ser tomadas na administração de tais medicamentos? Existem precauções especiais que devem ser tomadas por causa da idade, condição física ou estado mental do paciente?
    8. Alguns dos medicamentos exigem medidas acautelatórias especiais na administração?
    9. O paciente precisa aprender alguma coisa com relação à sua terapia médica?
    10. O paciente ou sua família necessita de conhecimento ou habilidades específicaspara continuar a terapia em casa? CUIDADOS NA DILUIÇÃO - Todas as drogas que provocam irritações e com gosto forte, devem ser diluídas, caso não haja contra-indicação.
  • Normalmente, não é aconselhável misturar medicamentos líquidos. Poderá ocorrer uma reação química, resultando em precipitado.
  • Água fresca deve ser usada para aumentar o paladar, se não houver contra-indicação.
  • Satisfazer o quanto possível os pedidos do paciente quanto ao gosto, que pode ser melhorado, dissolvendo-se o medicamento em suco de frutas ou acrescentando açúcares, se não houver contra-indicação.
  • Medicamentos amargos podem ser diluídos na água. Diminui-se o amargor colocando-se gelo na boca antes e depois da medicação.
  • Xaropes devem ser administrados puros.
  • Salicilatos, digital, corticóides, irritam a mucosa gástrica e podem produzir náuseas e vômitos. Devem ser servidos com leite, e durante as refeições.
  • O gosto do iodeto de potássio e solução de lugol pode ser amenizado diluindo-os em suco de uva ou laranja. -O óleo de rícino ou outros óleos podem ser misturados com suco de laranja ou de limão, café ou chá. Gelo também desestimula as papilas gustativas. É bom tomar com substâncias efervescentes e geladas (coca-cola, guaraná).
  • Antibióticos, de modo geral, devem ser tomados com água (nunca com leite) e com estômago vazio. CUIDADOS EM RELAÇÃO AO REGISTRO DOS MEDICAMENTOS
    • A fim de evitar acidentes, desperdícios, roubos e uso abusivo, os medicamentos devem ser guardados em lugar apropriado e controlados.

diuréticos devem ser administrados, de preferência, no período da manhã.

VIA SUBLINGUAL

Consiste em colocar o medicamento debaixo da língua e deixar que seja absorvido pela mucosa bucal. MÉTODO

  1. Lavar as mãos.
  2. Separar o medicamento
  3. Dar água para o paciente enxaguar a boca.
  4. Colocar o medicamento sob a língua e pedir para abster-se de engolir a saliva por alguns minutos, a fim de que a droga seja absorvida.
  5. Lavar as mãos.
  6. Checar o horário e fazer as anotações necessárias.

VIA GÁSTRICA

  • É feita através da introdução do medicamento na sonda nasogástrica. É utilizada para pacientes inconscientes e pacientes impossibilitados de deglutir.
  • Os medicamentos sólidos são dissolvidos em água e introduzidos na via gástrica com seringa.
  • As cápsulas são abertas, dissolvendo-se o pó medicamentoso nelas contido. Obs.: Ver cuidados específicos na técnica de sondagem gástrica.

VIA RETAL

É a introdução do medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister medicamentoso. MATERIAL Bandeja contendo:

  • Supositório
  • Gaze, papel higiênico
  • Cuba-rim
    • Saco plástico para lixo
    • Luva de procedimento

SUPOSITÓRIO

  1. Explicar ao paciente o que vai fazer.
  2. Lavar as mãos.
  3. (^) Colocar o supositório sobre uma gaze, numa cuba-rim ou bandeja pequena.
  4. Colocar o paciente em decúbito lateral.
  5. Calçar a luva na mão dominante, e com o polegar e indicador da outra mão afastar o ânus.
  6. (^) Introduzir o supositório no reto, delicadamente, e pedir ao paciente que o retenha.
  7. Retirar a luva e desprezar no saco plástico.
  8. Colocar o material em ordem.
  9. Lavar as mãos.
  1. checar o horário. OBSERVAÇÕES
  • O paciente poderá colocar com auxílio da enfermagem.
  • Em se tratando de criança, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório.
  • Às vezes é necessário colocar imediatamente a comadre ou encaminhar o paciente ao banheiro.

VIA VAGINAL É a introdução e absorção de medicamentos no canal vaginal. O medicamento pode ser introduzido sob a forma de:

  1. Velas, tampões, supositórios, comprimidos.
  2. Óvulos.
  3. Lavagens e irrigação.
  4. Cremes ou gel. MATERIAL
  • Luvas de procedimento
  • Aplicador vaginal
  • Gaze com vaselina
  • Saco plástico para lixo.
  • Comadre, se necessário

MÉTODO

  1. Explicar à paciente sobre o que vai ser feito.
  2. Lavar as mãos.
  3. Organizar o material e levá-lo para junto da paciente.
  4. Cercar o leito com biombo.
  5. Colocar a paciente em posição ginecológica.
  6. Calçar as luvas.
  7. Colocar o medicamento no aplicador e lubrificar a ponta com vaselina, ou umedecê-la com água, para facilitar a penetração.
  8. Abrir os pequenos lábios, expor o orifício vaginal e introduzir o aplicador com o medicamento. O aplicador deve ser dirigido em direção ao sacro, para baixo e para trás, cerca de 5cm, para que o medicamento seja introduzido na parede posterior da vagina.
  9. Pressionar o êmbolo, introduzindo o medicamento.
  10. Pedir para que a paciente permaneça em decúbito dorsal, aproximadamente por 15 minutos, com um travesseiro sob os quadris, para melhor distribuição de medicamento sobre a mucosa.
  11. Colocar um absorvente, se necessário.
  12. Retirar as luvas e deixar o ambiente em ordem.
  13. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
  14. Lavar as mãos.
  15. Checar o horário na prescrição médica e fazer as anotações necessárias.

VIA TÓPICA OU CUTÂNEA

  1. Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável.
  2. Lavar as mãos.
  3. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
  4. Checar o horário na prescrição médica e fazer as anotações necessárias.

VIA OCULAR

É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular. MATERIAL Bandeja contendo:

  • Colírio ou pomada.
  • Conta-gotas.
  • Algodão, gaze ou lenço de papel.
  • Espátula.
  • Saco plástico para lixo. Aplicação de colírio
  1. Explicar ao paciente sobre o cuidado.
  2. Lavar as mãos.
  3. Organizar o material e levar para perto do paciente.
  4. Posicionar o paciente com a cabeça um pouco inclinada para trás.
  5. Retirar, com o conta-gotas, a quantidade de medicação prescrita.
  6. afastar com o polegar a pálpebra inferior, com auxílio do lenço ou gaze, expondo o fornix inferior.
  7. Solicitar ao paciente que olhe para cima e instilar a medicação no ponto médio do fundo do saco conjuntival, mantendo o olho levemente aberto, sem forçar, para que o colírio não se perca.
  8. Enxugar o excesso de líquido com gaze ou lenço de papel.
  9. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
  10. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
  11. Lavar as mãos.
  12. Checar o horário na prescrição médica e fazer as anotações necessárias. Aplicação de pomada
  13. Afastar a pálpebra inferior com o polegar.
  14. Colocar cerca de 2 cm de pomada com o auxílio de uma espátula ou a própria bisnaga.
  15. Após a aplicação, solicitar ao paciente que feche lentamente as pálpebras e faça movimentos giratórios do globo ocular.
  16. Com auxílio do algodão ou lenço de papel, retirar o excesso de pomada e fazer uma pequena fricção sobre o olho, para que a medicação se espalhe.
  17. Ocluir o olho com monóculo, quando indicado.

VIA AURICULAR

Consiste em introduzir o medicamento no conduto auditivo externo (ouvido).

MATERIAL

Bandeja contendo:

  • Medicamento prescrito.
  • conta-gotas.
  • cuba-rim.
    • Gaze, bola de algodão ou cotonete.
    • Saco plástico para lixo.

MÉTODO

  1. Explicar ao paciente o que vai ser feito.
  2. Lavar as mãos.
  3. Organizar o material e levar para próximo do paciente.
  4. Inclinar a cabeça do paciente lateralmente (sentado ou deitado).
  5. Retirar, através de conta-gotas, a medicação prescrita.
  6. Entreabrir a orelha e pingar a medicação, evitando que o conta-gotas toque o orifício interno do ouvido. No adulto, puxar com delicadeza o pavilhão da orelha para cima e para trás, a fim de retificar o conduto auditivo. Na criança, puxar para baixo e para trás.
  7. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
  8. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
  9. Lavar as mãos.
  10. Checar o horário na prescrição médica e fazer as anotações de enfermagem. A medicação deve ser administrada à temperatura ambiente. Se estiver na geladeira, retirar e aguardar o tempo necessário.

VIA PARENTERAL

  • É a administração de drogas ou nutrientes pelas vias intradérmica (ID), subcutânea (SC), intramuscular (IM), intravenosa (IV) ou endovenosa (EV).
  • Embora mais raramente e reservadas aos médicos, utilizam-se também as vias intra arterial, intra-óssea, intratecal, intraperitonial, intrapleural e intracardíaca.
  • Existe uma fundamental diferença entre a VIA ENTERAL, em que o medicamento é introduzido no aparelho digestivo e a VIA PARENTERAL. Nesta, as substâncias são aplicadas diretamente nos tecidos através de injeção, com emprego de seringas, agulhas, cateteres ou hipospray. Vantagens
  • Absorção mais rápida e completa.
  • Maior precisão em determinar a dose desejada.
  • Obtenção de resultados mais seguros.
  • (^) Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos. Desvantagens
  • Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga.
  • Em casos de engano pode provocar lesão considerável.
  • Devido ao rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir infecção.
  • Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la.
  • Resultam da introdução na corrente sangüínea de ar, coágulos, óleos ou cristais de drogas em suspensão. É um acidente grave conseqüente da falta de conhecimento e habilidade do profissional.
  • Pode ser devido à falta de aspiração antes de injetar uma droga, introdução inadvertida de ar, coágulo, substância oleosa ou suspensões por via intravenosa, ou à aplicação de pressão muito forte na injeção de drogas em suspensão ou oleosas, causando a ruptura de capilares, com conseqüente microembolias locais ou gerais. 5. Traumas
  • Podemos dividi-los em trauma psicológico e trauma tissular.
  • No trauma psicológico, o cliente demonstra medo, tensão, choro, recusa do tratamento, podendo chegar à lipotimia. O medo pode levar à exagerada contração muscular, impedindo a penetração da agulha, acarretando acidentes ou a contaminação acidental do material.
  • É sempre de grande importância orientar o cliente, e acalmá-lo, antes da aplicação. Nos casos extremos, esgotados os recurso psicológicos, faz-se necessária uma imobilização adequada do cliente, a fim de evitar outros danos.
  • Os traumas tissulares são de etiologias diversas, podendo ser conseqüentes à agulha romba ou de calibre muito grande, que causa lesão na pele ou ferimentos, hemorragias, hematomas, equimoses, dor, paresias, parestesias, paralisias, nódulos e necroses, causando por técnica incorreta, desconhecimento dos locais adequados para as diversas aplicações, falta de rodízio dos locais de aplicação ou variações anatômicas individuais. MATERIAL Bandeja contendo:
    • Seringas e agulhas esterilizadas. O ideal é usar material descartável.
    • Algodão.
    • Recipiente com álcool a 70%.
    • Serrinha, se a ampola não for semi-serrada.
    • Garrote.
    • Medicamento prescrito.
    • Cartão de identificação.
    • Saco para lixo.

PREPARO DO MEDICAMENTO EM AMPOLA

  1. Lavar as mãos.
  2. Certificar-se do medicamento a ser aplicado, dose, via e paciente a que se destina.
  3. Antes de abrir a ampola, certificar-se que toda a medicação está no corpo da ampola e não no gargalo. Se não estiver, fazer a medicação descer fazendo movimentos rotatórios com a ampola.
  4. Fazer desinfecção do gargalo com algodão embebido em álcool a 70%.
  5. Proteger os dedos com algodão, ao serrar ou quebrar o gargalo.
  6. Abrir a embalagem da seringa.
  7. Adaptar a agulha ao bico da seringa, zelando para não contaminar as duas partes.
  8. Certificar-se do funcionamento da seringa, verificando, também se a agulha está firmemente adaptada.
  9. Manter a seringa com os dedos polegar e indicador e segurar a ampola entre os dedos médio e indicador da outra mão.
  10. Introduzir a agulha na ampola e proceder à aspiração do conteúdo, invertendo lentamente a agulha, sem encostar na borda da ampola.
  1. Virar a seringa com a agulha para cima, em posição vertical e expelir o ar que tenha penetrado.
  2. Desprezar a agulha usada para aspirar.
  3. Escolher, para a aplicação, uma agulha de calibre apropriado à solubilidade da droga e à espessura do tecido subcutâneo do paciente (VER Tabela).
  4. Manter a agulha protegida com protetor próprio.
  5. Identificar a seringa e colocá-la na bandeja com o algodão e o recipiente com álcool a 70%. PREPARO DO MEDICAMENTO EM FRASCO (PÓ)
  6. Retirar a tampa metálica, e fazer desinfecção da tampa da rolha com algodão embebido em álcool.
  7. Abrir a ampola.
  8. Preparar a seringa, escolhendo uma agulha de maior calibre (25 x 9, 10 ou 12).
  9. Aspirar o líquido da ampola e introduzir no frasco. (A agulha deve apenas atravessar a tampa da rolha).
  10. Retirar a seringa.
  11. Homogenizar a solução, fazendo a rotação do frasco, evitando a formação de espuma.
  12. Colocar ar na seringa, em volume igual ao medicamento a ser aspirado.
  13. Soerguer o frasco, aspirando.
  14. Retirar o ar contido na seringa.
  15. Trocar de agulha e identificar a seringa. SUGESTÕES PARA DIMINUIR A DOR NAS INJEÇÕES
  16. Transmitir confiança.
  17. Aplicar compressas quentes ou cubos de gelo, um pouco antes da aplicação.
  18. Introduzir a agulha rapidamente.
  19. Injetar a solução vagarosamente.
  20. Deixar na seringa uma pequena bolha de ar que, injetada no final, evitará a dor, especialmente no caso de soluções irritantes para os tecidos.
  21. Fazer rodízio de locais de aplicações, evitando áreas doloridas.
  22. Escolher a agulha ideal ao tipo de paciente e da solução, evitando agulhas calibrosas demais (Tabela I).
  23. Manter o paciente em posição confortável e apropriada (ver posição indicada).
  24. Não aplicar com agulhas com pontas rombas ou rombudas.
  25. Após a aplicação, fazer pressão leve e constante no local de penetração da agulha. Massagear a área, a não ser que haja contra-indicação.
  26. Existem medicamentos doloridos que vem acompanhados de diluentes com anestésico. INJEÇÃO INTRADÉRMICA (ID)
  • É a aplicação de drogas na derme ou córion.
  • Geralmente utilizada para realizar teste de hipersensibilidade, em processos de de sensibilidade e imunização. (BCG).

ÁREAS DE APLICAÇÃO

Os locais mais adequados para aplicação são aqueles afastados das articulações, nervos e grandes vasos sangüíneos:

  • partes externas e superiores dos braços;
  • laterais externas e frontais das coxas;
  • região gástrica e abdome (hipocondrio D e E);
  • nádegas;
  • costas (logo acima da cintura). Obs.: Na aplicação de injeções subcutâneas o paciente pode estar em pé, sentado ou deitado, com a área bem exposta. Não se deve aplicar:
    • nos antebraços e pernas;
  • nas proximidades do umbigo e da cintura;
  • próximo das articulações;
  • na região genital e virilha. MATERIAL Bandeja contendo:
    • (^) Seringa especial de 0,5 a 1 ml (seringa para insulina).
    • Agulhas pequenas 13 x 3,8 ou 4,5.
    • Álcool a 70%.
    • Algodão.
    • (^) Etiqueta de identificação.
    • Saco plástico para lixo. MÉTODO
  1. Lavar as mãos.
  2. Preparo da medicação conforme técnica anteriormente descrita.
  3. Explicar ao paciente o que vai fazer e deixá-lo confortável, sentado ou deitado.
  4. Expor a área de aplicação e proceder a anti-sepsia do local escolhido.
  5. Permanecer com o algodão na mão não dominante.
  6. Segurar a seringa com a mão dominante, como se fosse um lápis.
  7. Com a mão não dominante, fazer uma prega na pele, na região onde foi feita a anti- sepsia.
  8. Nesta prega cutânea, introduzir a agulha com rapidez e firmeza, com ângulo de 90º (perpendicular à pele).
  9. Aspirar para ver se não atingiu um vaso sanguíneo, exceto na administração da heparina.
  10. Injetar o líquido vagarosamente.
  1. Esvaziada a seringa, retirar rapidamente a agulha, e com algodão fazer ligeira pressão no local, e logo após, fazer a massagem. Para certos tipos de drogas, como a insulina e a heparina, não é conveniente a massagem após a aplicação, para evitar a absorção rápida.
  2. Observar o paciente alguns minutos, para ver se apresenta alterações.
  3. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
  4. Lavar as mãos.
  5. Checar o cuidado fazendo as anotações necessárias. OBSERVAÇÕES
  6. Não utilizando a agulha curta, a angulação será de 45º para indivíduos normais, 60º para obesos e 30º para excessivamente magros.
  7. A diluição das drogas deve ser feita com precisão e segurança. Na dúvida, não aplicar.
  8. Na aplicação da heparina subcutânea, para evitar traumatismo do tecido, não é recomendado aspirar antes de injetar a medicação e para evitar absorção rápida da medicação, não se deve massagear o local após a aplicação.
  9. Na aplicação de insulina, utilizar a técnica do revezamento, que é um sistema padronizado de rodízio dos locais das injeções para evitar abscessos, lipodistrofias e o endurecimento dos tecidos na área da injeção. INJEÇÃO INTRAMUSCULAR (IM)
  • É a deposição de medicamento dentro do tecido muscular.
  • Depois da via endovenosa é a de mais rápida absorção; por isso o seu largo emprego.

Locais de aplicação Na escolha do local para aplicação, é muito importante levar em consideração: a) a distância em relação a vasos e nervos importantes; b) musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento; c) espessura do tecido adiposo; d) idade do paciente; e) irritabilidade da droga; f) atividade do cliente; São indicadas, para aplicação de injeção intramuscular as seguintes regiões: a. Região deltoidiana - músculo deltóide.

Escolha da agulha Para aplicar com agulha ideal, deve-se levar em consideração: o grupo etário, a condição física do cliente e a solubilidade da droga a ser injetada. TABELA I Dimensões de agulhas em relação ao grupo etário, condição física e tipo de solução ( Injeção IM) Espessura da tela subcutânea Soluções aquosas Soluções oleosas e suspensões

Adulto: magro normal obeso

25 x 6 ou 7 30 x 6 ou 7 40 x 6 ou 7

25 x 8 ou 9 30 x 8 ou 9 40 x 8 ou 9 Criança: magra normal obesa

20 x 6 ou 7 25 x 6 ou 7 30 x 6 ou 7

20 x 8 25 x 8 30 x 8

Adaptado de Horta & Teixeira Angulação da agulha

  • Nas regiões D e DG, a posição é perpendicular à pele, num ângulo de 90º.
  • Na região VG, recomenda-se que a agulha seja dirigida ligeiramente à cristailiaca.
  • Na região FALC o ângulo deve ser de 45º, em direção do pé.

MÉTODO

  1. Preparar o medicamento conforme técnica descrita.
  2. Levar o material para perto do paciente, colocando a bandeja sobre a mesinha.
  3. (^) Lavar as mãos.
  4. Explicar o que vai fazer e expor a área de aplicação.
  5. Com os dedos polegar e indicador da mão dominante, segurar o corpo da seringa e colocar o dedo médio sobre o canhão da agulha.
  6. (^) Com a mão dominante, proceder à anti-sepsia do local. Depois, manter o algodão entre o dedo mínimo e anular da mesma mão.
  7. Ainda com a mão dominante, esticar a pele segurando firmemente o músculo.
  8. Introduzir rapidamente a agulha com o bisel voltado para o lado, no sentido das fibras musculares.
  9. com a mão dominante, puxar o êmbolo, aspirando, para verificar se não lesionou um vaso.
  10. Empurrar o êmbolo vagarosamente.
  11. Terminada a aplicação, retirar rapidamente a agulha e fazer uma ligeira pressão com o algodão.
  12. Fazer massagem local enquanto observa o paciente.
  13. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
  14. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
  15. Lavar as mãos.
  16. Checar o cuidado fazendo as anotações necessárias. OBSERVAÇÕES
  17. (^) Em caso de substâncias oleosas, pode-se aquecer um pouco a ampola para deixá-la menos densa.
  1. Em caso de substância escura, puncionar com seringa em medicação e aspirar. Não vindo sangue, adaptar a seringa com a medicação e injetar.
  2. Caso venha sangue na seringa, retirar imediatamente e aplicar em outro local.
  3. Injeções de mais de 3 ml. não devem ser aplicadas no deltóide.
  4. O volume máximo para injeção IM é de 5 ml. Volume acima de 5 ml, fracionar e aplicar em locais diferentes.
  5. Estabelecer rodízio nos locais de aplicação de injeções.
  6. O uso do músculo deltóide é contra-indicado em pacientes com complicações vasculares dos membros superiores, pacientes com parestesia ou paralisia dos braços, e aquelas que sofreram mastectomia. APLICAÇÃO EM Z OU COM DESVIO É usada para evitar o refluxo da medicação, prevenindo irritação subcutânea e manchas pelo gotejamento da solução no trajeto da agulha. MÉTODO
  7. Puxar a pele e o tecido subcutâneo para um lado (uns 2 cm) e manter assim até o final da aplicação.
  8. Com a outra mão, inserir a agulha, aspirar com a ajuda dos dedos polegar e indicador e empurrar o êmbolo com o polegar.
  9. Retirar a agulha e só então liberar a mão não dominante, deixando o tecido subcutâneo e a pele voltarem ao normal.

INJEÇÃO ENDOVENOSA (EV)

É a introdução de medicamentos diretamente na veia. FINALIDADES

  1. Obter efeito imediato do medicamento.
  2. Administração de drogas, contra-indicadas pela via oral, SC, IM, por sofrerem a ação dos sucos digestivos ou por serem irritantes para os tecidos.
  3. Administração de grandes volumes de soluções em casos de desidratação, choque, hemorragia, cirurgias.
  4. Efetuar nutrição parenteral.
  5. Instalar terapêutica com sangue e hemoderivados.

LOCAIS DE APLICAÇÃO

  • Qualquer veia acessível, dando-se preferência para:
    • Veias superficiais de grande calibre da dobra do cotovelo: cefálica e basílica.
    • Veias do dorso da mão e antebraço.

MATERIAL Bandeja contendo: