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CT 112 Metrologia, Notas de estudo de Cultura

CT 112 Metrologia

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 03/05/2011

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manoel-nazareno-nobre-saraiva-1 🇧🇷

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CT 112 – Metrologia
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APRESENTAÇÃO

A metrologia é uma ciência que se aplica a todas as grandezas que podem ser determinadas,

ou, em outras palavras, a ciência das medidas e das medições.

Desta forma, ela trata dos conceitos básicos, dos métodos, dos erros e sua propagação, das

unidades e dos padrões envolvidos na quantificação de grandezas físicas, bem como da

caracterização do comportamento estático e dinâmico dos sistemas de medição.

Apenas com estas definições é possível perceber a importância da metrologia no cotidiano

das atividades industriais, onde se mede, verifica-se, anota-se, confere-se e controla-se.

Sendo assim, esse texto foi preparado para possibilitar o estudo dos principais instrumentos

e procedimentos de medição.

Para uma melhor compreensão dos assuntos, o conteúdo é apresentado de forma simples,

com muitas ilustrações (principalmente fotografias) e exercícios propostos e resolvidos. Ao final de

cada capítulo, como é padrão do Projeto Multifunção, o leitor encontra um questionário que, na

realidade, é um guia de estudos.

O texto foi estruturado da seguinte maneira:

O Capítulo 1 é dedicado aos conceitos básicos da metrologia, considerando-se diversos

aspectos de grande importância, tais como os tipos de medições, a terminologia usual e sistema de

unidades.

Por outro lado, o objetivo do Capítulo 2 é o de descrever o mais elementar instrumento de

medição utilizado nas oficinas, ou seja, a régua graduada (escala), bem como os seus tipos e

aplicações. Adicionalmente, são citadas as trenas.

Os Capítulos 3 e 4 descrevem os paquímetros e micrômetros, respectivamente, bem como

os seus tipos e usos.

O Capítulo 5, por sua vez, descreve os relógios comparadores, seus tipos e usos, incluindo

os apalpadores e os medidores internos com relógio (súbito).

No Capítulo 6 são apresentados os vários tipos e formas de uso dos instrumentos dedicados

à verificação e controle dimensionais.

No Capítulo 7 se analisa o goniômetro, instrumento empregado para medir ou verificar

ângulos.

No Capítulo 8 são abordados o conceito de torque de aperto de parafusos e a ferramenta para

executar esta função adequadamente, a qual é conhecida por torquímetro.

O Capítulo 9 apresenta os manômetros, os quais são instrumentos destinados à medição da

pressão.

Finalizando, ressalta-se que o monitoramento da temperatura é fundamental praticamente

em qualquer atividade industrial. Desta forma, o Capítulo 10 apresenta os diversos conceitos,

termos e definições relacionadas com a termometria, bem como os termômetros de contato.

  • CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO A METROLOGIA ____________________________________
    • RESUMO __________________________________________________________________________
    • 1.0 - INTRODUÇÃO _________________________________________________________________
    • 2.0 - MEDIÇÃO _____________________________________________________________________
    • 3.0 – TERMINOLOGIA ÚTIL _________________________________________________________
    • 4.0 – CONSIDERAÇÕES GERAIS _____________________________________________________
    • 5.0 – VERIFICAÇÃO E CONTROLE___________________________________________________
    • 6.0 - SISTEMAS DE MEDIDAS________________________________________________________
    • QUESTIONÁRIO ___________________________________________________________________
  • CAPÍTULO 2: RÉGUAS E TRENAS _______________________________________________
    • RESUMO __________________________________________________________________________
    • 1.0 - INTRODUÇÃO _________________________________________________________________
    • 2.0 – RÉGUA GRADUADA ___________________________________________________________
      • 2.1 – Considerações Gerais ___________________________________________________________________
      • 2.2 – Tipos________________________________________________________________________________
      • 2.3 – Leitura das Réguas _____________________________________________________________________
      • 2.4 - Características_________________________________________________________________________
      • 2.5 - Conservação __________________________________________________________________________
    • 3.0 - TRENAS _______________________________________________________________________
    • 4.0 – METRO ARTICULADO _________________________________________________________
    • QUESTIONÁRIO ___________________________________________________________________
    • EXERCÍCIOS PROPOSTOS __________________________________________________________
  • CAPÍTULO 3: PAQUÍMETROS __________________________________________________
    • RESUMO _________________________________________________________________________
    • 1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________
    • 2.0 – PARTES COMPONENTES______________________________________________________
    • 3.0 – TIPOS E USOS ________________________________________________________________
      • 3.1 - Paquímetro Universal __________________________________________________________________
      • 3.2 - Paquímetro Universal com Relógio _______________________________________________________
      • 3.3 - Paquímetro de Profundidade_____________________________________________________________
      • 3.5 - Paquímetro Digital ____________________________________________________________________
      • 3.5 - Traçador de Altura ____________________________________________________________________
    • 4.0 - PRINCÍPIO DO NÔNIO_________________________________________________________
    • 5.0 – LEITURA NO SISTEMA MÉTRICO _____________________________________________
    • 6.0 – LEITURA NO SISTEMA INGLÊS________________________________________________
      • 6.1 – Polegada Milesimal ___________________________________________________________________
      • 6.2 – Fração de Polegada ___________________________________________________________________
    • 7.0 – LEITURA DE PAQUÍMETRO COM RELÓGIO ___________________________________
    • 8.0 – ERROS DE LEITURA __________________________________________________________
      • 8.1 – Erros de Paralaxe _____________________________________________________________________
      • 8.2 – Erros Devido À Pressão de Medição ______________________________________________________
    • 9.0 – TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO___________________________________________________
    • 10.0 – CONSERVAÇÃO _____________________________________________________________
    • QUESTIONÁRIO __________________________________________________________________
    • EXERCÍCIOS PROPOSTOS _________________________________________________________
  • CAPÍTULO 4: MICRÔMETROS__________________________________________________
    • RESUMO _________________________________________________________________________
    • 1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________
    • 2.0 – PARTES COMPONENTES______________________________________________________
    • 3.0 – TIPOS E USOS ________________________________________________________________
      • 3.1 – Micrômetro Para Medições Externas ______________________________________________________
      • 3.2 – Micrômetro de Profundidade ____________________________________________________________
      • 3.3 – Micrômetro de Três Contatos Para Medidas Internas _________________________________________
      • 3.4 - Micrômetro de Dois Contatos Para Medidas Internas _________________________________________
        • 3.3.1 – Micrômetro tubular________________________________________________________________
      • 3.3.2 – Micrômetro do tipo paquímetro ________________________________________________________
      • 3.4 – Micrômetros Para Aplicações Específicas __________________________________________________
        • 3.4.1 – Micrômetro com contato em forma de V _______________________________________________
        • 3.4.2 - Micrômetro com disco nas hastes _____________________________________________________
        • 3.4.3 – Micrômetro para medição de roscas ___________________________________________________
        • 3.4.4 – Micrômetro para medir parede de tubos________________________________________________
        • 3.4.5 – Micrômetro com contador mecânico __________________________________________________
        • 3.4.6 – Micrômetro com arco profundo ______________________________________________________
      • 3.5 – Micrômetros Digitais __________________________________________________________________
    • 4.0 – LEITURAS NO MICRÔMETRO MÉTRICO_______________________________________
      • 4.1 – Micrômetros Sem Nônio (Vernier) _______________________________________________________
      • 4.2 – Micrômetros Com Nônio (Vernier) _______________________________________________________
    • 5.0 – LEITURA DO MICRÔMETRO NO SISTEMA INGLÊS _____________________________
      • 5.1 – Micrômetros Sem Nônio (Vernier) _______________________________________________________
      • 5.2 – Micrômetros Com Nônio (Vernier) _______________________________________________________
    • 6.0 – LEITURA DO MICRÔMETRO DE TRÊS CONTATOS PARA MEDIDAS INTERNAS___
    • 7.0 – LEITURA DOS MICRÔMETROS DO TIPO PAQUÍMETRO E DE PROFUNDIDADE___
    • 8.0 – CALIBRAÇÃO ________________________________________________________________
    • 9.0 - CONSERVAÇÃO ______________________________________________________________
    • QUESTIONÁRIO __________________________________________________________________
    • EXERCÍCIOS PROPOSTOS _________________________________________________________
  • CAPÍTULO 5: RELÓGIOS COMPARADORES _____________________________________
    • RESUMO _________________________________________________________________________
    • 1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________
    • 2.0 – PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DO RELÓGIO COMPARADOR ________________
    • 3.0 – PARTES COMPONENTES DO RELÓGIO COMPARADOR _________________________
    • 4.0 – MODELOS DE RELÓGIOS COMPARADORES ___________________________________
    • 5.0 – SUPORTES PARA RELÓGIOS __________________________________________________
    • 6.0 – ACESSÓRIOS PARA OS RELÓGIOS COMPARADORES___________________________
    • 7.0 – APLICAÇÕES DOS RELÓGIOS _________________________________________________
    • 8.0 - EXECUÇÃO DE LEITURAS COM O RELÓGIO COMPARADOR ____________________
    • 9.0 – CONSERVAÇÃO DOS RELÓGIOS ______________________________________________
    • 10.0 - MEDIDORES INTERNOS COM RELÓGIO (SÚBITOS) ____________________________
    • 11.0 – RELÓGIOS APALPADORES___________________________________________________
      • 11.1 – Partes Componentes __________________________________________________________________
      • 11.2 – Exemplos de Aplicações ______________________________________________________________
      • 11.3 – Conservação dos relógios apalpadores____________________________________________________
    • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS __________________________________________________
    • QUESTIONÁRIO __________________________________________________________________
    • EXERCÍCIOS PROPOSTOS _________________________________________________________
  • CAPÍTULO 6: INSTRUMENTOS DE VERIFICAÇÃO E CONTROLE __________________
    • RESUMO _________________________________________________________________________
    • 1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________
    • 2.0 – CALIBRADORES PASSA/NÃO-PASSA ___________________________________________
    • 3.0 – CALIBRADOR TAMPÃO_______________________________________________________
    • 4.0 – CALIBRADOR DE ROSCA _____________________________________________________
    • 5.0 – CALIBRADOR DE BOCA ______________________________________________________
    • 6.0 - VERIFICADORES DE FOLGA __________________________________________________
    • 7.0 - ESCANTILHÕES ______________________________________________________________
    • 8.0 – VERIFICADORES DE RAIOS ___________________________________________________
    • 9.0 - VERIFICADORES PARA PASSOS E PERFIL DE ROSCAS__________________________
    • 10.0 – VERIFICADORES DE PARA CHAPAS E ARAMES _______________________________
    • 11.0 – VERIFICADORES TELESCÓPICOS ____________________________________________
    • 12.0 – VERIFICADORES PARA PEQUENOS FUROS ___________________________________
    • 13.0 – COMPASSOS DE VERIFICAÇÃO ______________________________________________
    • 14.0 – OUTROS TIPOS DE CALIBRADORES __________________________________________
    • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS __________________________________________________
    • QUESTIONÁRIO __________________________________________________________________
  • CAPÍTULO 7: GONIÔMETRO ___________________________________________________
    • RESUMO _________________________________________________________________________
    • 1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________
    • 2.0 – TIPOS E PARTES COMPONENTES _____________________________________________
      • 2.1 – Goniômetro Simples___________________________________________________________________
      • 2.2 – Goniômetro de Precisão ________________________________________________________________
      • 2.3 – Goniômetro Digital ___________________________________________________________________
    • 3.0 – LEITURA DO GONIÔMETRO __________________________________________________
    • 4.0 - CONSERVAÇÃO ______________________________________________________________
    • REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ____________________________________________________
    • QUESTIONÁRIO __________________________________________________________________
    • EXERCÍCIOS PROPOSTOS _________________________________________________________
  • CAPÍTULO 8: TORQUÍMETROS_________________________________________________
    • RESUMO _________________________________________________________________________
    • 1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________
    • 2.0 – CONCEITO DE TORQUE ______________________________________________________
    • 3.0 – SURGIMENTO DE TENSÕES CONFORME O TORQUE APLICADO ________________
    • 4.0 – TIPOS DE TORQUÍMETROS ___________________________________________________
    • 5.0 – TORQUÍMETRO DE VARETA __________________________________________________
    • 6.0 – TORQUÍMETROS DE RELÓGIO________________________________________________
    • 7.0 - TORQUÍMETRO DE ESTALO __________________________________________________
    • 8.0 – TORQUÍMETRO DE GIRO LIVRE OU DE ESCAPE _______________________________
    • 9.0 – OUTROS TIPOS DE TORQUÍMETROS __________________________________________
      • 9.1 - Torquímetro axial _____________________________________________________________________
      • 9.2 - Torquímetro eletrônicos e digitais ________________________________________________________
    • 10.0 – MULTIPLICADORES DE TORQUE ____________________________________________
    • 11.0 – ADAPTADORES OU EXTENSÕES _____________________________________________
    • 12.0 – ESCOLHA DO TORQUÍMETRO _______________________________________________
    • 13.0 – CALIBRAÇÃO DE TORQUÍMETROS __________________________________________
    • TORQUÍMETRO __________________________________________________________________ 14.0 – PROCEDIMENTOS PARA O APERTO DE JUNÇÕES PARAFUSADAS COM UM
    • 15.0 – PRECAUÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DE TORQUÍMETROS _____________________
    • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS __________________________________________________
    • QUESTIONÁRIO __________________________________________________________________
  • CAPÍTULO 9: MANÔMETROS __________________________________________________
    • RESUMO _________________________________________________________________________
    • 1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________
    • 2.0 - ESCALAS DE PRESSÃO ________________________________________________________
    • 3.0 - MANÔMETROS _______________________________________________________________
    • 4.0 – MANÔMETRO DE DIAFRAGMA - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO _____________
    • 5.0 – INSTALAÇÃO ________________________________________________________________
    • 6.0 – VANTAGENS E DESVANTAGENS ______________________________________________
    • QUESTIONÁRIO __________________________________________________________________
  • CAPÍTULO 10: TEMPERATURA _______________________________________________
    • RESUMO ________________________________________________________________________
    • 1.0 - INTRODUÇÃO _______________________________________________________________
    • 2.0 - ESCALAS DE TEMPERATURA ________________________________________________
    • 3.0 - DILATAÇÃO TÉRMICA_______________________________________________________
    • 4.0 – EQUILIBRIO TÉRMICO ______________________________________________________
    • 5.0 - TERMÔMETRO DE LÍQUIDO EM VIDRO ______________________________________
    • 6.0 - TERMÔMETRO BIMETÁLICO ________________________________________________
    • QUESTIONÁRIO _________________________________________________________________
  • ANEXO: RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS____________________________
    • RESUMO ________________________________________________________________________
    • CAPÍTULO 2 _____________________________________________________________________
    • CAPÍTULO 3 _____________________________________________________________________
    • CAPÍTULO 4 _____________________________________________________________________
    • CAPÍTULO 5 _____________________________________________________________________
    • CAPÍTULO 7 _____________________________________________________________________
    • CAPÍTULO 9 _____________________________________________________________________
    • CAPÍTULO 10 ____________________________________________________________________

CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO A METROLOGIA

RESUMO A medição divide-se em: a) Medição Direta , a qual consiste em avaliar a grandeza e medir, por comparação direta com instrumentos , aparelhos e máquinas de medir; e,

Este capítulo se dedica aos conceitos básicos da metrologia, considerando-se diversos aspectos de grande importância, tais como os tipos de medições, a terminologia usual e sistema de unidades. b) Medição Indireta , a qual consiste em determinar a grandeza de uma peça com relação à outra, de padrão ou dimensão aproximada.

1.0 - INTRODUÇÃO

A metrologia é uma ciência que se aplica a todas as grandezas que podem ser determinadas, ou, em outras palavras, a ciência das medidas e das medições.

Naturalmente, ao se medir por uma das maneiras citadas ocorrerão imprecisões, o que permite Desta forma, ela trata dos conceitos básicos, definir novos termos, ou seja: dos métodos, dos erros e sua propagação, das unidades e dos padrões envolvidos na quantificação de grandezas físicas, bem como da caracterização do comportamento estático e dinâmico dos sistemas de medição.

a) erro é a diferença entre o valor real e o medido; b) erros grosseiros que, normalmente, decorrem da falta de atenção ou de experiência da pessoa que está fazendo a Neste contexto, o operador é, talvez, o medição; elemento mais importante e a parte inteligente na apreciação de medidas.

c) erros sistemáticos : fixada uma maneira de medir a grandeza, os erros sistemáticos aparecerão em todas as medidas e sempre com o mesmo valor. Decorrem, normalmente, de imperfeições no instrumento de medidda, do método utilizado e do próprio observador. Como exemplos tem-se os erros de calibração e os do aparelho de medida, entre outros;

De sua habilidade depende, em grande escala, a precisão conseguida. Um bom operador servindo-se de instrumentos relativamente débeis, consegue melhores resultados do que um inábil com excelentes instrumentos. Portanto, o operador conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza, ter iniciativa para adaptar o método aconselhável às circunstâncias e possuir conhecimento suficiente para interpretar os resultados encontrados. d)^ erros acidentais ou aleatórios : podem ser avaliados de acordo com o desvio padrão calculado a partir de um universo de medidas. Decorrem de causas indeterminadas e afetam as medidas de modo imprevisível. Aparecem de forma aleatória para cada medição. Como exemplos, tem-se os erros por variações nas condições de medida e os de julgamento do operador;

2.0 - Medição

A medição é o processo de comparar duas grandezas da mesma espécie, tomada como unidade padrão. Observa-se que, para toda grandeza, existe um padrão correspondente, ou seja, para o tempo, velocidade, luminosidade, força, comprimento, etc. Como exemplos de medição tem-se: e) incerteza indica genericamente a presença de erro em resultados, ou seja, o resultado real ou correto deve estar dentro da faixa delimitada pela incerteza.

a) Comparar 1 kg de uma massa qualquer com o quilo padrão; b) Comparar um litro de um líquido qualquer com o litro padrão; c) Comparar uma unidade de comprimento com o comprimento correspondente, ou seja comparar um metro com o metro padrão ou uma polegada com a polegada padrão.

3.0 – TERMINOLOGIA ÚTIL

________________________________________________________________________________________________

Capítulo 1: Introdução a Metrologia - 1

Existem vários termos no universo da metrologia que são convenientes conhecer. Os de maior interesse são os seguintes:

a) aferição ou calibração é o procedimento metrológico que consiste em estabelecer a correspondência entre os valores indicados por um instrumento e os valores verdadeiros ou corretos correspondentes à grandeza medida;

g) conhecer a finalidade de medida; h) empregar o instrumento adequado; i) domínio sobre o instrumento.

Além disto, deve-se evitar: a) Choques, quedas, arranhões, oxidação e sujeira nos instrumentos; b) confiabilidade metrológica indica o grau de confiança que pode ser associado ao resultado de um processo metrológico;

b) Misturar instrumentos, principalmente com ferramentas; c) Cargas excessivas no uso, medir provocando atrito entre a peça e os c) instrumentação é o conjunto de instrumentos; técnicas e instrumentos usados para observar, medir, registrar, controlar e atuar em fenômenos físicos. Preocupa- se com o estudo, desenvolvimento, aplicação e operação dos instrumentos;

d) Medir peças cuja temperatura esteja fora da temperatura de referência; e) Medir peças pouco precisas com instrumentos caros. Alguns cuidados são importantes no manuseio de equipamentos e realização das medições, ou seja, sempre que possível:

d) resolução é a menor entrada que aplicada a um instrumento resulta em uma saída visível na leitura. Por exemplo, é a menor tensão que aplicada a um voltímetro resulta em um deslocamento visível do ponteiro;

a) usar proteção de madeira, borracha ou feltro, para apoiar os instrumentos; b) deixar a peça atingir a temperatura ambiente antes de tocá-la com o instrumento de medição.

e) acuracidade ou exatidão é o quanto a graduação do instrumento se aproxima do padrão real; f) precisão indica a dispersão dos resultados em torno de um valor de referência, ou seja, a medida da variabilidade de um processo de medição de qualquer grandeza. É normalmente dada por duas vezes o desvio padrão de um conjunto de medidas. Quanto menor o desvio padrão maior a precisão do instrumento. Se há repetibilidade nos resultados, há precisão;

5.0 – VERIFICAÇÃO E CONTROLE A verificação é feita em função da medição, ou seja, comparam-se os valores obtidos na medição com o desenho, com a norma ou com a fonte de informação correspondente. Nela, fazem-se as anotações dos valores obtidos na medição, do tipo e precisão do instrumento de medida utilizado, das condições de superfície em medição, das condições do ambiente e outras situações que afetam diretamente a medição. Mede-se, verifica-se, anota-se, confere-se e controla-se.

g) leitura é a menor subdivisão de uma grandeza que o instrumento permite ler, sem interpolações; O^ controle ,^ por^ outro^ lado,^ é^ um^ fator importante na redução das despesas gerais e no acréscimo da produtividade. Ele consiste da relação e da determinação dos padrões dos métodos de medição, bem como dos equipamentos (paquímetro, micrômetro, relógio e dispositivo de medição, etc.), dos relatórios de medição, das comunicações, dos controles estatísticos dos controles dos fornecedores, da assistência técnica e, enfim, do controle de qualidade, que deve ser praticado pelo profissional.

h) sensibilidade é a capacidade do equipamento de medida acusar uma variação dinâmica da grandeza medida.

4.0 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

Algumas normas de procedimento são importantes quando se realizam medições, ou seja, é necessário:

6.0 - SISTEMAS DE MEDIDAS a) tranqüilidade; b) limpeza; c) cuidado; d) paciência; e) senso de responsabilidade;


Capítulo 1: Introdução a Metrologia - 2

O sistema oficialmente adotado hoje no Brasil, e na maioria dos paises, é o Sistema Internacional de Unidades (SI) estabelecido em 1960, através 11ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) , com f) sensibilidade; base no Sistema Métrico Decimal.

  1. Quais são as normas importantes de procedimento quando se realizam medições?

QUESTIONÁRIO

  1. O que é metrologia?

  2. Do que a metrologia trata?

  3. Qual a participação de operadores na metrologia?

  4. O que é medição?

  5. Como se divide a medição? Detalhe os tipos.

  6. O que é erro de medição?

  7. O que são erros sistemáticos? Exemplifique.

  8. O que são erros acidentais ou aleatórios? Exemplifique.

  9. Defina o termo incerteza.

  10. O que é aferição?

  11. Calibração e aferição são sinônimos?

  12. O que é confiabilidade metrológica?

  13. Defina o termo instrumentação.

  14. O que é resolução?

  15. O que é exatidão?

  16. Qual é o seu sinônimo para o termo exatidão?

  17. O que é precisão?

  18. Defina leitura.

  19. O que é sensibilidade?

  20. Quais fatores devem ser evitados em medições?

  21. Quais os cuidados devem ser tomados no manuseio dos equipamentos e realização de medições?

  22. O que é verificação?

  23. O que se faz na verificação?

  24. Em que consiste o controle?

  25. Qual é o sistema de medidas oficialmente adotado no Brasil na atualidade?

  26. Qual a unidade fundamental de comprimento no SI?

  27. Mostre como se utilizam os múltiplos e submúltiplos da unidade fundamental de uma grandeza no SI.

  28. Qual outro sistema de medidas bastante utilizado no meio técnico?

  29. Quais são as unidades de comprimento neste sistema?

  30. Como tais unidades se relacionam com as do sistema métrico decimal?

  31. Como se dividem as frações de polegada?

  32. Como transformar polegadas em milímetros?

  33. Como transformar milímetros em polegadas?

________________________________________________________________________________________________

Capítulo 1: Introdução a Metrologia - 4

________________________________________________________________________________________________

Capítulo 2: Réguas e Trenas - 5

CAPÍTULO 2: RÉGUAS E TRENAS

RESUMO O objetivo deste capítulo é o de descrever o mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas, ou seja, a régua graduada (escala), bem como os seus tipos e aplicações. Adicionalmente, são citadas as trenas.

1.0 - INTRODUÇÃO

A régua graduada (escala), o metro articulado e a trena constituem-se no mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas e é empregada para medidas lineares quando não há exigência de grande precisão.

2.0 – RÉGUA GRADUADA

2.1 – Considerações Gerais

A régua graduada pode ser descrita como uma lâmina de aço carbono ou inoxidável. Nessa lâmina estão gravadas as medidas em centímetro (cm) e milímetro (mm) de acordo com o sistema métrico e/ou em polegada e suas frações, conforme o sistema inglês, para que seja completa e tenha caráter universal.

Figura 1 – Exemplo de régua graduada.

Figura 2 – Escalas graduadas.

Utiliza-se a régua graduada nas medições com erro admissível superior à menor graduação, a qual, normalmente, é igual a 0,5 mm ou 1/32”. As réguas graduadas apresentam diversos tamanhos, sendo as mais comuns as de 150 mm (aproximadamente 6”) e as de 300 mm (aproximadamente 12”).

2.2 – Tipos Existem vários tipos de régua graduada, tais como: a) Régua de encosto interno : Destinada a medições que apresentem faces internas de referência;

Figura 3 – Régua de encosto interno.

b) Régua sem encosto ;

Figura 4 – Régua sem encosto.

c) Régua de profundidade : Utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos;

Figura 5 – Régua de profundidade.

________________________________________________________________________________________________

Capítulo 2: Réguas e Trenas - 7

As figuras a seguir apresentam alguns exemplos de uso das réguas.

Figura 10 – Exemplos de uso de réguas.

2.4 - Características

De modo geral, uma régua de qualidade deve apresentar bom acabamento, bordas retas e bem definidas e faces polidas.

As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável ou de metais tratados termicamente. É necessário que os traços da escala sejam gravados, bem definidos, uniformes, eqüidistantes e finos. A retitude e o erro máximo admissível das divisões obedecem a normas internacionais.

2.5 - Conservação

Para a boa conservação da régua, deve-se:

a) evitar que ela caia; b) evitar flexioná-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre; c) limpá-la com estopa após o uso; d) protegê-la contra a oxidação usando óleo, quando necessário.

3.0 - TRENAS

A trena é um instrumento de medição composto por uma fita de aço, fibra ou tecido, graduada em uma ou em ambas as faces, no sistema métrico e/ou no sistema inglês, ao longo de seu comprimento, com traços transversais.

Figura 11 – Fita de uma trena com escalas.

As trenas podem ser de bolso ou de grande extensão. No caso das trenas de bolso , as suas fitas são em aço fosfatizado ou esmaltado, especialmente fabricadas para serem acondicionadas em forma de rolo dentro de estojos de fácil transporte e apresentam, em geral, largura de 12,7 mm e comprimento entre 2 m e 5 m. Em geral, a fita está acoplada a um estojo ou suporte dotado de um mecanismo que permite recolher

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Capítulo 2: Réguas e Trenas - 8

a fita de modo manual ou automático. Tal mecanismo, por sua vez, pode ou não ser dotado de trava. Além disto, elas apresentam uma alça para fixar a trena na cinta ou na cintura da calça.

Figura 12 – Trena de bolso.

Note-se que, na extremidade da trena, há um gancho para medidas internas e externas.

Figura 13 – Detalhe do encosto das trenas.

As trenas de grande extensão são fabricadas em fibra de vidro ou tecido e possuem comprimentos de 10 até 75 metros.

Figura 14 – Trena de grande extensão.

As figuras a seguir apresentam alguns exemplos de uso das trenas.

Figura 12 – Exemplos de medições com trena.

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Capítulo 2: Réguas e Trenas - 10

  1. Quais são as leituras das medições mostradas nas figuras a seguir?

2.1)

  1. As figuras a seguir representam medições realizadas em peças com uma régua no sistema métrico. Efetuar a leitura.

3.1)

  1. As figuras a seguir representam medições realizadas em peças com uma régua no sistema inglês. Efetuar a leitura.

4.1)

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Capítulo 3: Paquímetros - 11

CAPÍTULO 3: PAQUÍMETROS

RESUMO Este capítulo descreve os paquímetros, seus tipos e usos.

1.0 - INTRODUÇÃO

O paquímetro é um instrumento para medir as dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor, o qual permite leituras de fração de milímetros e de polegada, através de uma escala chamada Vernier ou Nônio.

Utilizado para fazer medição, com rapidez, em peças cujo grau de precisão é aproximadamente até 0.02 milímetros, 1/128 “ou 0.001”. As suas superfícies são planas e polidas, e o instrumento geralmente é feito de aço inoxidável. Suas graduações são calibradas a 20 ºC.

2.0 – PARTES COMPONENTES

O paquímetro com vernier ou nônio possui duas partes principais, ou seja, o corpo fixo e o móvel (cursor), como ilustra a figura 1.

Figura 1 – Partes de um paquímetro.