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Este texto discute as ideias de edmund husserl e da pesquisa da gestalt sobre a constituição de objetos, enfatizando a importância de relações entre objetos e a interação entre consciência e mundo. Husserl critica a substancialização da atividade da consciência e a independência da alma em relação ao corpo, enquanto a pesquisa da gestalt supera a visão mecanicista de objetos isolados e reconhece a interação dinâmica entre eles. O texto também aborda a noção de sistema e a interação entre unidade e meio.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Quem quer que tenha alguma vez aprendido uma língua estrangeira sabe que apenas o estudo do vocabulário não lhe permitirá dominar o novo idioma. Mesmo que memorizasse um dicionário inteiro, não seria capaz de formular corretamente a mais simples enunciação; pois não poderia compor uma sentença sem determinados princípios de gramática. Precisa saber que algumas palavras são substantivos e outras verbos; precisa reconhecer algumas como formas ativas ou passivas do verbo, e conhecer a pessoa e o número que expressam; precisa saber onde está o verbo na sentença, a fim de compreender o sentido que tem em sua mente. Meros nomes separados de coisas (…) não compõem uma sentença. Uma fileira de palavras que poderíamos derivar correndo os olhos pela coluna da esquerda, no dicionário – por exemplo, “especilizar especiaria espécie especieiro especificação” – não diz nada. Cada palavra por si tem significado, porém, a série de palavras não tem (…). A estrutura gramatical, portanto, é uma fonte adicional de significância. Não podemos chamá-la de símbolo, uma vez que nem é um termo; mas desempenha uma missão simbolífica. Liga vários símbolos, cada qual com ao menos, um sentido fragmentário próprio, para compor um termo complexo, cujo significado é uma constelação especial de todos os sentidos envolvidos. O que a constelação especial é,
De Frege aprendi a meticulosidade e a clareza na análise dos conceitos e das expressões lingüísticas, a distinção entre expressões e aquilo que elas designam, assim como, a propósito destas últimas, entre aquilo que ele denominou Bedeutung (‘denotação’ ou nominatum ) e aquilo que designou Sinn ‘sentido’ ou significatum). (…). Uma outra tese, proveniente substancialmente de Frege, me pareceu de extrema importância: a tarefa da lógica e da matemática, no interior do sistema total do saber, consiste em estabelecer a forma dos conceitos, das asserções e das inferências, formas aplicáveis em toda parte e, por conseguinte, também no âmbito do conhecimento extralógico. Consequentemente, a natureza da lógica e da matemática pode ser bem entendida, considerando apenas com muita atenção o seu uso nos domínios extralógicos, especialmente na ciência empírica. (…). Graças ao ensino de Frege, compreendi tanto a exigência de toda a referência ao significado como, ao mesmo tempo, o enorme destaque dado à análise do próprio significado. Julgo serem estas extactamente as raízes do meu interesse filosófico, por um lado, pela sintaxe lógica, bem como, por outro lado, por essa parte da semântica que pode
Esboços duma gramática Filosófica
Consciência é, pois, fundamentalmente direcionalidade a algo. Nem toda vivência é intencional, mas a vivência intencional é consciência no sentido pleno da palavra. Ora, Husserl aceita e desenvolve a idéia de Brentano de que há diferentes maneiras de intencionalidade. De modo, as diferenças essenciais das vivências não dizem respeito, propriamente, a seu conteúdo imanente e não se orientam a partir de classes dos objetos, mas segundo a maneira como se referem aos objetos. E, assim como há diferenças de relação no lado do sujeito, deve haver algo no lado do objeto que a isso corresponda, isto é, não propriamente a diferença do conteúdo imanente dos objetos, mas diferenças dos objetos enquanto objetos de tais ou quais atos. Há diferentes objetividades, portanto, a ser tematizadas pela fenomenologia, que assim se manifesta como estudo dos fenômenos, dos dados objetivamente no como de seu dar-se. (OLIVEIRA, 1996: 42).
(…). Na maneira como falamos das coisas, já se mostra uma pré-compreensão das coisas, e a tarefa da filosofia consiste exatamente na explicitação e tematização crítica dessa nossa pré-compreensão do real, que é obrigatoriamente mediada lingüisticamente. (OLIVEIRA, 1996: 33).
da vida fisiológica; por suas raízes mergulha no organismo. A percepção e o pensamento estão ligados a funções nervosas. A organização que o psicólogo estuda deve ser aproximada à que o fisiologista estuda. (...) E se não há elementos psíquicos independentes, tampouco há processos cerebrais elementares independentes. (GUILLAUME, 1960:14).
(…) uma rigorosa formalização, baseada no aspecto sistêmico do objeto investigado, leva à formulação de alguns princípios essenciais, que surgem precisamente na medida em que tal objeto perde sua substancialidade (ou, se se quiser, a espessura material que os sustenta) e configura-se como um emaranhado de relações redutíveis a um número restrito de traços fundamentais. Isto é, “formas” comuns, princípios de estruturação que dão vida às diferentes configurações, podem ser captadas por detrás da heterogeneidade das substâncias preparadas. (BONOMI, 2001: 103).
(…). Numa perspectiva associacionista, o ponto de partida é constituído por um mosaico de dados sensoriais “atômicos” para os quais se trata de encontrar um princípio de coligação. (…) Ora, a psicologia da Gestalt inverte esta perspectiva: a ideia do dado sensorial “elementar” é uma abtração freqüentemente enganadora, o que conta é a estrutura de campo. A organização do conjunto perceptivo (e, portanto, de sua articulação em “coisas”) é um fato primário, e não é dedutível de uma multiplicidade de partículas elementares. (…). O problema central é portanto o do sentido (Sinn) inerente à experiência perceptiva, da articulação originária desta última em configurações globais dotadas de sentido, e não em simples agregados sensoriais. (BONOMI, 2001: 71).
Os fatos psíquicos são formas, unidades orgânicas que se individualizam e se limitam no campo espacial e temporal de percepção ou de representação. (...) A percepção das diferentes classes de elementos, e das diferentes espécies de relações, corresponde a diferentes modos de organização de um todo, que dependem ao mesmo tempo de condições objetivas e subjetivas. (...) Uma parte, num todo, é algo distinto dessa parte isolada ou em outro todo, por causa das propriedades que deve ao seu lugar e à sua função em cada um deles. (...). O problema da percepção consiste em determinar a constelação física de excitantes correspondente a cada forma percebida, e as variações da primeira que modificam a estrutura da segunda. Cada formação é uma função de diversas variáveis, e não mais uma soma de diversos elementos. (GUILLAUME, 1960: 12-13).
(…) para Saussure, as operações necessárias à determinação de uma unidade pressupõe que a referida unidade seja relacionada com as outras e recolocada no âmbito de um organização de conjunto. E é isso que os saussurianos entendem quando falam de sistema ou estrutura da língua: os elementos lingüísticos não têm uma realidade independentemente de sua relação com o todo. (DUCROT/TODOROV, 2007: 27).
(...). O estruturalismo implica, portanto, duas idéias: a de totalidade e a de interdependência. (...), o estruturalismo consiste em tomar seja em que caso for a atitude totalizante. Mas para totalizar é necessário relacionar o que se deve mostrar também como separável. (LYOTARD, 1986: 06).
(...) Segundo o Filósofo Granger, a noção de estrutura poderia então, ser assim definida: Sistema integrado, de modo que a mudança produzida num elemento provoca uma mudança nos outros elementos. (PIAGET, 1970: 09).
(…) poder-se-ia dizer que a relação entre língua e fala é precisamente a distinção entre um sistema de virtualidades abstratas e o conjunto de suas realizações empiricamente observáveis, entre forma pura^370 e uso concreto. (BONOMI, 2001: 100).
(…).Segundo Herder, a fala não é uma criação artificial da razão, nem deve ser explicada por um mecanismo especial de associações. Em sua tentativa de estabelecer a natureza da linguagem, Herder põe toda a ênfase sobre o que chamada de reflexo. O reflexo, ou o pensamento reflexivo, é a capacidade que o ser humano tem de distinguir, detre toda a massa indiscriminada da corrente de fenômenos flutuantes, certos elementos fixos para poder isolá-los e concentrar sua atenção neles: O homem manifesta a reflexão quando o poder de sua alma age de modo tão livre que consegue segregar de todo o oceano de sensação que irrompe por todos os seus sentidos uma onda, por assim dizer; e consegue deter essa onda, chamar a atenção para ela e ter consciência dessa atenção. Manifesta a reflexão quando, de todo o sonho bruxuleante de imagens que passam por seus sentidos, consegue apanhar-se em uma imagem espontaneamente, obsevá-la com clareza e com mais tranqüilidade e abstrair características que lhe mostram este e não outro é o objeto. Assim, manifesta a reflexão não só quando consegue perceber vívida ou claramente todas as qualidades, mas também quando consegue reconhecer uma ou várias delas como qualidades distintivas… Ora, por quais meios ocorreu tal reconhecimento? Por uma característica que ele deve abstrair e que, como elementos de consciência, apresentou-se claramente. Bom, exclamemos então: Eureka! Esse caráter inicial da consciência foi a linguagem da alma. Com isso, a linguagem humana foi criada. (CASSIRER, 2005: 70 e 71).
(^370) Respectivamente,modelo ideal (classes e categorias) como critérios a serem aplicados em casos singulares (empíricos ou significados)que são seus elementos (conteúdos) correlatos.
(…) O campo originário, que inicialmente parecia composto por uma massa confusa de elementos heterogêneos, começa deste modo a revelar linhas de força, centro de articulação, entre os quais transparece uma primeira dimensão de sentido. (BONOMI, 2001: 125).
(…), nossos termos e nomes cotidianos são os marcos de quilometragem da estrada que leva aos conceitos científicos, é nesses termos que recebemos nossa primeira visão objetiva ou teórica do mundo. Tal visão não é simplesmente “dada”; resulta de um esforço intelectual construtivo que não poderia alcançar seus fins sem a constante assitência da linguagem. (CASSIRER, 2005: 221 e 223).
Há o que é geralmente chamado de organização da experiência sensorial. A expressão refere-se ao fato de campos sensoriais terem, de certo modo, sua própria psicologia social. (...) Isto demonstra a operação de processos em que o conteúdo de
(^371) Esta faculdade humana (operativa) que atua sobre signos (internos e externos) foi chamada por Pierre Bourdieu de: principium divisiones … como já apareceu numa das citações que selecionei.
O paralelismo não existe entre fatos elementares, mas sim entre formas, fisiológica e psíquica, apresentando uma comunidade de estrutura. Tal é o princípio do isomorfismo, pelo qual a teoria da Forma renova a velha noção de paralelismo. Por
(^372) Conhecimento como processo. Nesta perspectiva Husserl intervêem com a noção de pedaços e momentos. Se aqueles são recortes de objetos sensíveis, estes são recortes dos processos e, portanto, somente pensáveis como dependentes da gama de movimentos que o erigiu.
essa doutrina, prenhe de conseqüências filosóficas, nega-se a estabelecer, sobre a base dessa propriedade de organização, uma separação entre o espírito e o corpo. O espírito não é uma força organizadora que, de maneira misteriosa, por uma atividade espontânea e incondicional, faria surgir, de um caos de processos fisiológicos, uma ordem que lhes seria completamente estranha. E Köhler põe como título de um dos seus capítulos a frase de Goethe: “Was innen ist, is aussen” (O que está dentro também está fora). (Fonte???) (GUILLAUME, 1960:15).
A definição de forma e conteúdo como “pontos de vista complementares”, como momentos correlativos da investigação estrutural, traduz na realidade uma atitude mais geral, que é de recusa da oposição entre o abstrato e o concreto. (BONOMI, 2001: 125).
[...] a análise intencional conduz a distinguir entre sujeito e objeto, ou consciência e mundo, uma correlação mais original que a dualidade sujeito-objeto e sua tradução em interior-exterior, já que é no próprio interior da correlação que se opera a separação entre interior e exterior. Mas o acesso a essa dimensão primordial só é possível se a consciência efetua uma verdadeira conversão, isto é, se ela suspende sua crença na realidade do mundo exterior para se colocar, ela mesma, como consciência transcendental, condição de aparição desse mundo e doadora de seu sentido. Está aí uma nova atitude que Husserl chamará atitude fenomenológica. A consciência não é mais uma parte do mundo, mas o lugar de seu desdobramento no campo original da intencionalidade. Isso significa que o mundo não é em primeiro lugar e em si mesmo [...] mas sim que ele é em primeiro lugar o que aparece à consciência: “O mundo, na atitude fenomenológica. Não é uma existência,
[...] o “a priori da correlação universal” tem como concepção central a idéia de que o sujeito e o objeto aparecem como inseparáveis. Sendo assim, trata-se de uma correlação de dois pólos que não podem existir independentemente; de “uma vinculação essencial, definida por leis a priori, sem as quais não seriam concebíveis a consciência nem o mundo”. [...] Não se trata aqui de uma posição realista, na qual o objeto está isoladamente independentemente do sujeito nem de uma posição idealista, na qual tudo está representado no sujeito. [...] Correlação na qual encontramos dois pólos no sujeito intrinsecamente ligados: um pólo que é caracterizado pelo ato que visa ( noese ), e que, ao captar os dados, os dota de sentido; e o pólo da coisa vivida ( noema ), o próprio conteúdo. [...]. (GOTO, 2008: 68-71).
A redução fenomenológica fez, com efeito, aparecer como resíduo, que não pode ser reduzido, a vivência da consciência. Mas esta vivência é vivida por um sujeito, ao qual se referem os objetos do mundo e de onde vêm as significações. [...]. (DARTIGUES, 1973: 31).
Para Husserl, a significação de uma frase predicativa é um objeto. Mas que objeto? Um objeto composto. Desse modo, a significação de toda a frase, enquanto decorrência da significação de suas partes constitutivas, deve ser entendida como uma composição. Ora, essa composição pressupõe, pois, objetos tanto com seus elementos como com seu resultado. (OLIVEIRA, 1996: 47).
“o que os fenomenólogos chamam de intuição das essências pode também ser chamado de escrutínio cuidadoso do significado das palavras”. (ADJUKIEWICZ, 1979: 46).
[...]. A evidência primeira, o terreno absoluto para o qual cumpre voltar não será mais o sujeito, mas o próprio mundo tal como a consciência o vive antes de toda a elaboração conceptual. Tal será, notadamente, a interpretação de Merleau-Ponty: “Voltar às coisas mesmas é voltar a esse mundo antes do conhecimento, do qual o conhecimento fala sempre e com relação ao qual toda determinação científica é abstrata, signitiva, e dependente, como a geografia com relação à paisagem onde aprendemos pela primeira vez o que é uma floresta, uma campina ou um rio. (DARTIGUES, 1973: 32).
(^373) Sígnico ou signitivo na linguagem de Merleau-Ponty.
A classificação é um dos aspectos fundamentais da fala humana. O próprio ato de denominação depende de um processo de classificação. Dar um nome a um objeto ou ato é incluí-lo em um certo conceito de classe. Se tal inclusão fosse prescrita de uma vez por todas pela natureza das coisas, ela seria única e uniforme. (…). E as classificações que encontramos na fala humana tampouco são feitas ao caso; são baseadas em certos elementos constantes e recorrentes de nossa experiência sensorial. Sem tais ocorrências não haveria um suporte, um ponto de apoio, para os nossos conceitos lingüísticos. (CASSIRER, 2005: 220).
De início, a classificação é definida em termos de uma operação lógica que consiste em hierarquizar as coisas do mundo sensível em grupos e gêneros cuja delimitação apresenta um caráter arbitrário. (BOURDIEU, 2007: XV). Obs.: Trecho de autoria do Prof. SÉRGIO MICELI.
b) Descrever a maneira como diferentes elementos se combinam é dizer que lugares respectivos eles podem tomar no encadeamenteo linear do discurso. (….). Descrever um sintagma é dizer quais unidades o constituem, em que ordem de sucessão,
e, se elas nãos são contíguas, a que distância se encontram uma das outras. PARADIGMA. No sentido amplo, chama-se paradigma toda classe de elementos lingüísticos, qualquer que seja o princípio que leve a reunir estas unidades. Neste sentido considerar-seão como paradigmas os GRUPOS ASSOCIATIVOS de que fala Saussure (…) e cujo elementos são reunidos apenas por associações de idéias. (…) Diante do grande número de critérios divergentes sobre os quais se poderiam basear tais paradigmas, muitos lingüistas modernos procuraram definir um princípio de classificação que estivesse ligado ao papel único das unidades dentro da língua. (DUCROT/TODOROV, 2007: 108 e 107).
A convicção básica de Husserl é que a fundamentação última do conhecimento só pode acontecer fenomenologicamente, isto é, a partir de uma pesquisa sobre os atos do conhecimento. O problema da possibilidade do conhecimento objetivo só se resolve a partir das intenções subjetivas de conhecimento, o que mostra a modernidade da postura husserliana. (OLIVEIRA, 1996: 38).
(…) o que é peculiar ao ponto de vista da Gestalt é a consideração imanente co campo perceptivo, a determinação de uma estrutura que atua na própria percepção e nela encontra sua motivação. O próprio campo sensorial não é, assim, um mosaico de estímulos, mas é originariamente organizado, é estruturado desde o início. (…). Como poderá a recordação de um casa intervir se em meu campo atual de visão certas linhas não se organizarem já de modo tal que eu possa falar de uma “semelhança” desta casa com outra que eu já vi? E mais, mesmo admitindo que seja determinante à recordação de uma organização precedente, é preciso ainda da conta desta organização primária (…). (BONOMI, 2001: 73).
(…). É na intersecção de seu horizonte externo com seu horizonte interno que a coisa vem a se constituir: por um lado, encontra-se em relação com conjuntos mais compreensivos (introduz-se num campo), por outro lado compreende a multiplicidade de subconjuntos (é analisável em suas partes internamente constitutivas). (BONOMI, 2001: 75).
(…) A linguagem e a ciência são os dois processos principais pelos quais avaliamos e determinamos nossos conceitos do mundo exterior. Precisamos classificar nossas percepções sensoriais e agrupá-las em noções e regras gerais para podermos dar-lhes um sentido objetivo. Tal classificação resulta num esforço persistente no sentido de simplificação. (CASSIRER, 2005: 234 e 235).
(…). Os termos da fala comum não podem ser medidos pelos mesmos padrões que aqueles com que expressamos conceitos científicos. Comparados com a terminologia científica, os termos da fala comum apresentam sempre um caráter um tanto vago; (…) eles são tão indistintos e mal definidos que não resistem à prova da análise lógica. Mas, não obstante esse efeito inevitável e inerente, nosso termos e nomes cotidianos são os marcos de quilometragem da estrada que leva aos conceitos científicos, é nesses termos que recebemos nossa primeira visão objetiva ou teórica do mundo. Tal visão não é simplesmente “dada”; resulta de um esforço intelectual construtivo que não poderia alcançar seus fins sem a constante assistência da linguagem. (CASSIRER, 2005: 221 e 222).
A definição de forma e conteúdo, como “pontos de vista complementares”, como momentos correlativos da investigação estrutural, traduz na realidade uma atitude mais geral, que é de recusa da oposição entre o abstrato e o concreto. (…). Com o avanço da investigação estrutural o sistema estudado tende cada vez mais a manifestar sua unidade interna, sua coesão e seu caráter exaustivo em relação aos fenômenos examinados. As estruturas descobertas perdem progressivamente sua particularidade incial e tendem a generalizar-se, por trás da multiplicidade dos dados empíricos transparecem relações cada vez mais simples que, pela sua recorrência, abrangem um campo de fenômenos muito amplo e garantem sua inteligibilidade (…). Mas a unidade assim explicitada não é uma forma fechada sobre si mesma, caracteriza-se por uma constante abertura para o evento, por uma capacidade de extensão. (BONOMI,
(^375) Este aspecto (Paradigma II) na verdade é o primeiro numa questão cronométrica: primeiro associamos um conteúdo (Paradigma II), para depois dispô-los, reuni-los num grupo ou classe por algum familiaridade ou elemento comum (Paradigma I) e, finalmente, para agruparmos perante um característica comum: substantivo, adjetivo, verbo (Paradigma III). Será este última paradigma que possibilitará a Sintaxe: que será um Paradigma IV = função do Paradigma III na oração = sujeito, predicado etc.